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As taxas de administração dos fundos de investimento caíram em maio, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A redução ocorreu, sobretudo, nos fundos DI e renda fixa voltados para o varejo, com baixa aplicação inicial.

Para fundos DI com aplicação mínima menor que R$ 1 mil, a taxa média caiu de 3,42% ao ano em abril para 3,33% em maio. Entre R$ 1 mil e R$ 10 mil, as taxas diminuíram de 2,01% para 1,84% no mesmo período.

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Nos fundos DI para grandes investidores, que exigem investimento inicial maior, as taxas subiram. Para investimento inicial entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, a taxa média avançou de 0,61% para 0,66%. Na média geral da categoria DI, a taxa de administração fechou maio em 1,28%, ante 1,29% em abril e 1,32% em maio do ano passado.

Nos fundos de renda fixa, ocorreu queda semelhante. Para as carteiras com aplicação inicial abaixo de R$ 1 mil, por exemplo, a taxa média caiu de 2,81% ao ano para 2,65%.

A Anbima destaca que em maio, seis fundos DI e três fundos de renda fixa registraram queda nas taxas de administração. No mesmo período, nove DIs e 15 fundos de renda fixa tiveram a aplicação mínima reduzida. Como muitos cortes feitos pelos bancos em maio começaram a valer a partir de junho, a Anbima prevê nova redução das taxas no mês passado.

A redução das taxas e da aplicação inicial nos fundos foi uma forma encontrada pelas gestoras de recursos para não perder aplicadores para a poupança, em meio à queda da Selic. Como a poupança não tem taxa de administração nem Imposto de Renda passou a render mais que fundos com taxas elevadas.

Esse movimento no setor de fundos começou com a Caixa Econômica Federal, que baixou as taxas de administração e ainda cortou a aplicação inicial para R$ 10 em algumas carteiras. Em seguida, o Banco do Brasil diminuiu a aplicação inicial em dois fundos de renda fixa para R$ 1. O movimento dos bancos públicos foi acompanhado por instituições privadas, como Bradesco e Santander.

A Caixa Econômica Federal anunciou na noite desta segunda-feira nova rodada de redução das taxas de administração e das aplicações mínimas em fundos de investimento. De acordo com o banco estatal, o custo de administração dessas carteiras caiu até 30% e o montante mínimo para investimento foi reduzido em até 86%. As medidas beneficiam fundos voltados aos clientes de média renda, além das empresas.

"O objetivo do banco com essas medidas é atrair o investidor pessoa física de classe média e as aplicações em fundos das pequenas e médias empresas", cita o banco em nota à imprensa. O corte beneficia todos os fundos de investimento que têm como referência o DI, que são os principais concorrentes da caderneta de poupança. "O objetivo é torná-los mais acessíveis e com desempenho competitivo frente a outros investimentos de renda fixa, inclusive a poupança".

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No fundo Caixa FIC Pleno Referenciado DI LP, por exemplo, a taxa de administração caiu de 1% para 0,70%, mas o investimento inicial não foi alterado e segue em R$ 2,5 mil. Para o FIC Preferencial Referenciado DI LP, o custo do investidor caiu de 0,75% para 0,60% e o valor mínimo diminuiu de R$ 100 mil para R$ 30 mil. Outras três carteiras foram beneficiadas com redução do montante mínimo para aplicação.

Segundo a Caixa, com as novas condições, esses fundos "poderão proporcionar uma expectativa de rentabilidade superior às novas regras da poupança, inclusive considerando-se a alíquota de Imposto de Renda de 22,5%".

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (5) a ampliação do prazo do financiamento habitacional, com recursos da Poupança (SBPE) e alienação fiduciária, para até 35 anos, cinco anos a mais do que o atual prazo, 30. Novas reduções nas taxas de juros dos financiamentos com recursos SBPE também foram anunciadas.

Para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), as taxas caem para 8,85% para todos os clientes, podendo chegar a 7,8% dependendo do grau de relacionamento do cliente com o banco. Fora do SFH, as taxas foram reduzidas para 9,9% para todos os clientes, podendo chegar a 8,9%. 

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Segundo o vice-presidente de Governo e Habitação, José Urbano Duarte, a nova redução, além de manter a Caixa Econômica Federal com as menores taxas do mercado, permitirá aos clientes a aquisição de imóveis melhores e em condições ainda mais vantajosas. 

As reduções de juros começam a valer a partir da próxima segunda-feira (11) para os financiamentos feitos com os recursos da poupança, mas não englobam imóveis financiados dentro do programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal. 

Urbano citou como exemplo as condições de financiamento de uma pessoa com renda familiar a R$ 10 mil, independente do relacionamento com o banco. Nas regras anteriores, o cliente financiava até R$ 267 mil. Com as novas taxas e prazo de 420 meses, o mesmo poderá financiar até R$ 280 mil. Se essa pessoa for cliente do banco, por meio da conta salário, poderá financiar até R$ 303 mi. 

Banco do Brasil - O Banco do Brasil também anunciou novas taxas que já estão valendo desde a última segunda-feira (4). Quem for cliente do banco e tiver uma conta salário e para quem fizer o pagamento das prestações da casa própria em dia terá acesso a taxas mais baixas. 

Os imóveis de até R$ 500 mil podem ser financiados com taxas que variam de 7,9% anuais, mais TR, a 8,9% ao ano, mais TR. As taxas anuais para imóveis de valor superior a R$ 500 mil vão de 9% a 10%, mais TR.

A Caixa Econômica Federal anunciou na tarde desta quinta-feira a segunda rodada de redução nas taxas de administração e na aplicação mínima inicial de fundos de investimento. O banco lançou ainda dois fundos que aceitam aplicação inicial de R$ 10 com taxas de 1,3% e 1,6% ao ano.

A taxa do CAIXA FIC Beta DI caiu de 2,00% para 1,5% ao ano. No CAIXA FIC Pleno DI, a redução foi de 1,20% para 1% ao ano. A aplicação inicial mínima dos dois produtos foi reduzida em 50%, para R$ 50 e R$ 2.500, respectivamente.

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Nos fundos CAIXA FIC Ideal RF e CAIXA FIC Soberano RF, houve redução na aplicação inicial de R$ 2.000 e R$ 3.000, respectivamente, para R$ 50.

O banco estatal criou ainda o fundo CAIXA FIC Geração Jovem RF Crédito Privado LP com aplicação mínima inicial de R$ 10 e taxa de 1,3% ao ano. Outro produto novo é o CAIXA FI Ações Consumo, com aplicação inicial de R$ 10 e taxa de 1,6% ao ano.

Em nota, o vice-presidente de Ativos de Terceiros da Caixa, Marcos Vasconcelos, diz que as novas iniciativas buscam tornar os investimentos em fundos mais atrativos, em um esforço de popularização do produto, para ser referência para a nova classe média e os pequenos empresários.

Vasconcelos afirma o mesmo em relação ao novo fundo de ações. "O baixo valor da aplicação proporcionará, via fundos, o acesso ao trabalhador e empresário da nova classe média disposto a aplicar em ações." A expectativa da Caixa é captar mais de R$ 500 milhões com estes novos fundos até o final do ano.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, fez uma série de cobranças em entrevista ao Estado, logo após o anúncio das medidas de apoio à indústria, na semana passada. Ele chamou os bancos de "avaros" na concessão de crédito "em momentos difíceis", classificou a ideia de desindustrialização como "tosca" e disse que o governo não vai dar mais incentivos às montadoras.

"O setor já tem muito incentivo", disse Pimentel. "Não vejo necessidade de mexer." Pelo contrário, Pimentel cobrou investimentos em pesquisa e inovação. "Não podemos dizer que ela (a indústria automobilística) está fazendo jus ao tamanho do mercado que o Brasil é." Pimentel baixou o tom, porém, ao comentar o estudo que teria sido encomendado por ele prevendo medidas mais agressivas para influenciar a taxa de câmbio. "Quem sou seu (para pedir medidas mais agressivas)", disse o ministro. "Sou mineiro".

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A seguir, os principais trechos da entrevista de Pimentel:

Os resultados do pacote aparecerão quando?

O efeito não é no curto prazo, mas será muito positivo. Para a desoneração da folha, temos a exigência da noventena. Mas, nas outras medidas, não. Acho em 90 dias tudo estará regulamentado e rodando. O BNDES em 10 e 15 dias já estará rodando as linhas com taxas novas.

Era preciso oferecer capital de giro com taxas subsidiadas?

Há quem diga que o BNDES deveria se limitar aos investimentos de longo prazo, mas infelizmente o nosso mercado de crédito privado tem sido meio avaro na concessão de crédito (risos). Qualquer sinal de crise, eles restringem. Essa é uma queixa muito grande. O BNDES acaba tendo que suprir uma escassez do crédito privado.

O que pode ser feito?

Não sei se o BC pode estimular com alguns mecanismos, reduzir o compulsório. O aumento dos juros e do spread não faz sentido. A Selic está caindo. Não dá para entender. Eles estão se precavendo de um risco hipotético de crise. Na hora em que a economia mais precisa de crédito, justamente quando as coisas não estão tão bem, o setor privado se retrai. É natural que o setor estatal acabe tendo de cobrir. Não adianta baixar só o juro se o spread não cai.

A queda da taxa Selic ajuda no problema cambial?

Ajuda, mas não é decisiva. A economia sólida e uma política fiscal consistente acabam atraindo capital. E os nossos juros ainda são bem mais altos do que a média internacional. Isso tudo faz entrar muito dólar. Teremos que conviver daqui para frente com a moeda mais valorizada do que foi historicamente. Não estou dizendo com isso que vamos deixar valorizar demais. Pelo contrário.

O ministro Mantega falou que o dólar em R$ 1,80 e razoável...

Essa taxa não é nenhuma maravilha, mas é razoável. Ele um pouco que sinalizou - não vou dizer que é um novo patamar - mas que vamos tentar manter essa taxa aí.

Essa taxa é boa?

A indústria tem cadeias produtivas muito integradas com fornecedores lá fora. Não tem uma taxa de câmbio que atenda todo mundo. A taxa que vai ser boa para quem está muito mal será ruim para quem está melhor.

Mas o Sr está confortável com R$ 1,80?

Quando a gente vai viajar é muito bom (risos). Mas se eu for exportar é ruim demais. Para quem está fora do padrão de competitividade, de fato não é. Temos que ajustar. Como não vamos administrar o câmbio, temos que compensar isso com outro tipo de medida. É o que estamos fazendo agora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo - A taxa média de juros das operações de crédito para pessoa física recuou pelo terceiro mês e fechou outubro em 6,6%. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), este índice é 0,09 ponto percentual (p.p.) mais baixo do que o apresentado no mês anterior, quando os juros médios ficaram em 6,69%, e representa a menor taxa registrada desde 1995.

Considerando a taxa anual, a redução foi de 1,86%. Os juros médios passaram de 117,51% ao ano em setembro, para 115,32% em outubro.

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Dos seis itens considerados para medição, o único que se manteve estável foi o cartão de crédito, com taxa de 10,69% ao mês. Todos os demais apresentaram redução. As maiores quedas foram encontradas nos juros cobrados em operações de crédito direto ao consumidor (CDC) e empréstimos pessoais em bancos, que caíram 3,57% e 3,58%, respectivamente, fechando em 2,16% e 4,31% ao mês.

Empréstimos por meio de financeiras tiveram redução de 2,01% e taxa média de 8,76%. A marca de 5,44%, encontrada nos juros no comércio, representou uma queda de 1,81%. A taxa do cheque especial caiu 0,24% e ficou em 8,21% ao mês.

Já a taxa média de juros que é oferecida para as empresas passou de 3,97%, em setembro, para 3,89% em outubro. A queda de 0,08 p.p. representa uma redução de 2,02% no mês e foi a menor taxa desde fevereiro deste ano. A taxa anual passou de 59,55% para 58,08% de um mês para o outro. Considerando os últimos doze meses, os juros médios para pessoas jurídicas caíram 2,47%.

Para o vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as reduções podem ser atribuídas a quatro fatores: “bom momento por que passa a economia brasileira, mesmo com a pequena redução da atividade econômica; maior oferta de crédito, mesmo considerando uma redução no ritmo dos empréstimos; maior competição no sistema financeiro; e a queda da taxa básica de juros (Selic) promovida pelo Banco Central no último dia 19”.

Segundo a entidade, a perspectiva é de que as taxas de juros voltem a cair nos próximos meses por conta de prováveis novas reduções da Selic.

 

 

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