Tópicos | TRE-RR

O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) decidiu, nessa segunda-feira (22), por 5 a 2, cassar pela terceira vez o mandato do governador Antonio Denarium. A causa: abuso de poder político e econômico. Ele teve aplicada pena de oito anos de inelegibilidade. 

Dessa vez, foi cassado também o mandato do vice-governador, Edilson Damião. Os dois permanecem no cargo enquanto recorrem da decisão. O caso deve subir de instância para análise do Tribunal Superior Eleitoral. 

##RECOMENDA##

A relatora, desembargadora Tânia Vasconcelos, concordou em parte com parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), segundo o qual Denarium cometeu irregularidades ao turbinar os programas Cesta da Família e Morar Melhor em ano em concorreu à reeleição. 

Ela afirmou que o governador “praticou condutas contrárias ao direito com especial desvio de finalidade utilizando a estrutura estatal e de vultosos recursos com o propósito de interferir no pleito eleitoral”. 

Flagrante infração

“A análise empreendida revela que no ano eleitoral de 2022 o gasto de recursos em medidas eleitoreiras e em flagrante infração à legislação eleitoral pode ter ultrapassado o patamar de R$ 90 milhões”, acrescentou a relatora. 

Segundo o voto da desembargadora, a quantia se refere à execução do programa Morar Melhor, com quase R$ 70 milhões transferidos a municípios. Em paralelo, os gastos do primeiro quadrimestre do programa Cesta da Família foram de R$ 11 milhões. 

Em nota enviada à imprensa, Denarium disse que respeita a decisão judicial e está confiante que sua situação será revertida em instância superior, “esclarecendo todas as questões levantadas e apresentando os contrapontos necessários".

 

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) extinguiu o processo contra o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB) e o vice-governador Chico Rodrigues (PSB), sem julgamento de mérito por 4 votos a 2. Dos seis juízes eleitorais, quatro acolheram a preliminar de prova ilícita, arquivando a Ação de Investigação Judicial Eleitoral, movida por Neudo Ribeiro Campos (PP) e Marília Natália Pinto.

O presidente do TRE-RR, Gursen De Miranda passou momentaneamente a presidência do órgão para o corregedor Lupercino Nogueira e iniciou com a leitura do relatório da ação. Entre os problemas encontrados estão crimes eleitorais a utilização do vale solidário para a compra de votos; a permanência em terras irregularmente ocupadas mediante a promessa de regularização, caso o governador se reelegesse; compra de votos pela cúpula do governo, envolvendo o irmão do governador, entre outros.

##RECOMENDA##

Em seguida, os advogados de defesa iniciaram explanação, alegando que o processo não oferecia provas idôneas que configurassem abuso de poder político. Para eles, as provas que constam no processo foram obtidas por meios ilícitos, ou seja, as gravações teriam sido feitas sem o consentimento dos interlocutores, afrontando o artigo 5º da Constituição Federal. 

Citaram ainda o fato de uma das testemunhas ter trabalhado em cargo comissionado no gabinete de Marília Pinto e destacaram que alguns termos de declaração foram feitos por advogados dos requerentes, sendo apenas assinados pelas testemunhas e encaminhados ao Ministério Público. 

Preliminares - Tendo em vista a ausência dos advogados de Neudo Campos e Marília Pinto, o relator Gursen De Miranda começou o julgamento apreciando as questões preliminares, antes de entrar no julgamento do mérito. Ao todo, a defesa interpôs sete preliminares: de “ilegitimidade ativa de Marília Pinto”, descartada por unanimidade.

O relator Gursen De Miranda e os demais magistrados que acompanharam o voto seguiram o entendimento das decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em casos semelhantes, quando as provas consistiam em gravações obtidas sem autorização judicial, como nos processos julgados em dezembro de 2012 em favor do deputado federal Chico das Verduras e do deputado estadual George Melo. 

*Com informações da Assessoria do TRE-RR

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral, promovida por Neudo Ribeiro Campos (PP) contra o atual governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), poderá ser julgada nesta terça-feira (4), pelo plenário do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR). O ato de n.º 2727-35 trata de abusos de poderes econômico, político e de autoridade e deverá ser analisado a partir das 16h.

Na ação, Neudo Campos afirma que tucano usou a máquina pública em benefício de sua reeleição. Entre as acusações, constam: utilização do vale solidário para a compra de votos; permanência em terras irregularmente ocupadas mediante a promessa de regularização caso o governador se reelegesse; compra de votos pela cúpula do Governo, envolvendo o irmão do governador, Jansen José Teixeira, o então procurador- geral do Estado, Francisco das Chagas, o secretário estadual Hiperion Oliveira e o assessor do Governo, Francisco Roberto.

##RECOMENDA##

Também há a acusação de utilização da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) para coordenar uma invasão de terras que não seria contestada pelo Governo e uso dos servidores do Instituto de Terras de Roraima  (Ireraima) para distribuir santinhos e pedir voto para Anchieta em troca de regularizar a invasão e construção de casas no bairro Brigadeiro.

*Com informações do TSE

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando