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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudiou, em nota, a afirmativa do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de extinguir o Ministério do Trabalho e incorporá-lo em outra pasta presidencial. A iniciativa, considerou a CUT, é “mais um desrespeito à classe trabalhadora e um serviço aos patrões”. Bolsonaro fez o anúncio durante uma entrevista nessa quarta-feira (7).

“Se não for mais uma bravata, a medida representa mais um desrespeito à classe trabalhadora e um serviço aos patrões. Fechar um espaço institucional, em nível de governo, de discussão, balizamento e regulação das relações capital-trabalho significa fechar um canal de expressão dos trabalhadores”, observou o texto, assinado pelo presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

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Para a central, a forma genérica como Bolsonaro tratou o assunto “revela seu total desprezo aos trabalhadores, trabalhadoras e ao mundo do trabalho”. A entidade considera o Ministério do Trabalho essencial à classe trabalhadora “ainda mais após a nefasta reforma trabalhista aprovada pelo governo ilegítimo de Michel Temer”.

“Com a extinção, os patrões ficarão livres para descumprir as leis, porque é o Ministério do Trabalho que fiscaliza, coíbe e pune abusos por parte dos empresários contra trabalhadores na cidade e no campo. Fiscaliza o trabalho escravo, hoje flagelo de 370 mil brasileiros e brasileiras… O Ministério do Trabalho também fiscaliza o registro profissional, o cumprimento de direitos como férias, 13º salário, coíbe a jornada abusiva, faz a gestão do FGTS, do Sine [Sistema Nacional de Emprego], além de ser o responsável pelo salário desemprego”, ressalta ainda o texto.

Ainda na ótica do presidente da CUT, o próximo passo de Bolsonaro será “fechar também a Justiça do Trabalho”.

Lideranças das centrais sindicais acreditam que a nova greve geral, marcada para o dia 30 de junho, deverá “enterrar de vez” as reformas trabalhista e previdenciária. A postura foi exposta após a rejeição do relatório do projeto que atualiza as leis trabalhistas no Brasil na Comissão Assuntos Sociais (CAS) do Senado, nessa terça-feira (20). Apesar da considerada vitória pela oposição, a matéria segue tramitando na Casa Alta, mas para o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, "a luta dos trabalhadores dá resultados".

“Demora, mas dá resultado. Prova é essa votação na Comissão do Senado, que só foi possível pela luta dos trabalhadores”, declarou durante uma reunião com senadores do PT na noite dessa terça. Vagner Freitas foi enfático ao afirmar que a reforma trabalhista não vai gerar mais empregos, e sim “institucionalizar o bico”.  

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Ele lembrou também que o texto está vinculado à reforma da Previdência. “Se passar a trabalhista, nem precisam mais aprovar a previdenciária, porque não vai mais ter novas pessoas entrando no regime geral da Previdência. As duas se somam. Só tem jeito de derrubar as reformas com povo nas ruas”, disse. 

Na mesma linha, o Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Edson Carneiro Índio, enfatizou que o resultado na CAS é “vitória do povo brasileiro, da classe trabalhadora e da bancada de oposição”. 

Para ele, os senadores que votaram contra a reforma trabalhista merecem o respeito do povo brasileiro. “Foi uma importante vitória, mas a luta continua”, frisou, acrescentando que a greve do dia 30 será “para enterrar de vez Temer e exigir eleições diretas”. “É importante a unidade das centrais e movimentos sindicais. A união do povo tem todas as condições de manter os direitos garantidos na Constituição”, afirmou. 

Líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), corroborou os sindicalistas e ressaltou que “agora é hora da nossa ofensiva. Listar o nome dos senadores, conversar um por um”. “E a greve do dia 30 vai enterrar de vez as reformas. O peso nos estados é decisivo nessa reta final”, ressaltou o senador. 

O presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse nesta segunda-feira (25) que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff representa um ataque aos direitos trabalhistas. “Se tiver o golpe, automaticamente os direitos dos trabalhadores serão confiscados. Quem quer fazer o golpe são os mesmos empresários que querem tirar os direitos”, afirmou Freitas, durante encontro internacional de partidos e organizações de esquerda na capital paulista.

O sindicalista prevê, caso Dilma seja destituída, um movimento empresarial para acabar com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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“O empresariado não suporta que o trabalhador brasileiro tenha leis consolidadas. Eles querem que não haja nenhuma legislação e que o empregador vá contratando da maneira que ele bem entenda, pagando da maneira que ele acha adequado, sem uma legislação que o obrigue a fazer isso.”

1º de Maio

Segundo ele, o ato de 1º de Maio da central sindical, que ocorrerá no próximo domingo, no Vale do Anhangabau  (centro paulistano), terá como prioridade esses dois pontos. “Os temas principais serão os direitos dos trabalhadores e não deixar que o golpe aconteça”, destacou Vagner Freitas.

A CUT espera contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma. “A presidenta Dilma é convidadíssima. Espero que ela venha para o Anhangabau falar com a população, defender e se comprometer com a pauta dos trabalhadores e denunciar o golpe para o mundo inteiro”, ressaltou o presidente da entidade.

Freitas acredita que seria importante que a presidenta se manifestasse mais publicamente contra o processo que vem sofrendo. “É importante que ela participe de todas as atividades públicas. Fez corretamente uma ida aos Estados Unidos e disse claramente que há um golpe ocorrendo no Brasil. Ela precisa fazer isso agora rodando o Brasil, conversando com os trabalhadores. Não tenho dúvida de que ela tem muito apoio na sociedade para impedir esse golpe”, concluiu o presidente da CUT.

Uma semana após a sede de o Instituto Lula ser vítima de uma bomba caseira, o Movimento Todos pela Democracia, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outros movimentos sociais vão promover um “abraçaço” no prédio. 

A mobilização acontece nesta sexta-feira (7), às 12h, e, segundo os organizadores, tem o objetivo de “repudiar o atentado” e “lembrar os valores da democracia e condenar a intolerância”. 

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Além do “abraçaço”, os movimentos sindicais e sociais vão realizar uma nova manifestação no dia 16 de agosto, data em que acontecerão novos protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) em todo o país. Desta vez, será realizada uma vigília, a partir das 14h. 

“Será uma vigília contra a intolerância e em defesa do legado do companheiro Lula, a maior liderança da classe trabalhadora brasileira, que tem sido alvo de ataques de intolerantes e fascistas”, afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas.

“Não aceitaremos retrocessos e desrespeito à democracia. Nesses dias vamos mostrar a importância de Lula para a classe trabalhadora brasileira e para o Brasil”, acrescentou o dirigente.

O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, fez críticas ao ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma Rousseff e disse que a entidade nunca apoiou o PT, e sim os programas de governo apresentados. "Pode ser que um dia a CUT apoie um candidato à Presidência da República que não seja do PT", disse o dirigente da maior central sindical do Brasil, que no ano passado apoiou e colocou militantes na rua pela reeleição de Dilma Rousseff.

"Pode ser que você tenha um candidato de qualquer outro partido que tenha no seu programa aquilo que nós defendemos", completou Freitas. Questionado se deixaria de dar apoio ao PT já nas próximas eleições, respondeu: "A CUT não vai deixar de apoiar o PT, porque ela nunca apoiou".

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Freitas explicou que a entidade teve mais proximidade com Dilma e Lula porque já existiam relações com os dois desde antes de chegarem ao poder e por trazerem propostas em favor do trabalhador. Propostas que, segundo ele, mudaram de direção desde a reeleição de Dilma, com medidas que "atropelaram" as entidades sindicais e prejudicaram os trabalhadores.

A central defende que sejam derrubadas na totalidade as medidas provisórias enviadas ao Congresso que criaram barreiras para a obtenção de benefícios trabalhistas e previdenciários. "É equivocado o governo da presidente Dilma enviar as medidas provisórias que tiram direitos dos trabalhadores", disse, antes de afirmar ser contra a estratégia de ajuste fiscal comandada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Não concordamos com a linha de política econômica, que tudo vira corte sem investimento", afirmou.

As afirmações foram feitas após reunião da direção nacional da CUT, onde também esteve o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto. A presença do representante do Palácio do Planalto no encontro não desfez a intenção da entidade de realizar um grande ato no próximo dia 13, já confirmado em 16 capitais, em defesa da Petrobras e contra as medidas econômicas do governo Dilma. "O ato acontecerá e será um ato importante na história do Brasil", disse Freitas.

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