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Renê Hutzler não ouviu o grito da torcida quando cruzou a linha de chegada em frente à Praça do Marco Zero. Com a segunda colocação geral da Regata Benedito César – Ponta de Pedras / Recife, o velejador mostrou que não há limites para quem pratica esportes.

Antes da largada, ainda nas areias da praia do litoral norte, Renê já demonstrava que o dia poderia ser favorável a categoria prancha a vela, da qual faz parte. Surdo desde a infância, Renê, hoje com 36 anos, 25 deles dedicados a vela, precisou de terapia para desenvolver a fala.

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Através da leitura labial o velejador, que já foi campeão brasileiro e participou de campeonato mundial, entendeu a pergunta que lhe foi feita e afirmou que a expectativa era muito boa para a prova que começaria em poucos minutos. “O vento está favorável e provavelmente conseguirei a Fita Azul”.

O prêmio concedido ao primeiro lugar geral da prova não deu para ficar com Renê. Eliseu Vieira, também da prancha a vela, chegou 29 minutos antes dele e faturou a regata pela sexta vez.

Ao ver o amigo chegando logo após dele, Eliseu abriu o sorriso, que até então estava guardado devido ao cansaço da prova que foi concluída em cerca de uma hora e cinqüenta minutos. “Vela é um esporte difícil de aprender. Já estive em alguns campeonatos com Renezinho e ele é muito corajoso e determinado”, declarou Eliseu que é o recordista da Regata Benedito César com o tempo de 1h28m.

O vencedor da 59ª edição da Ponta de Pedras/Recife fez um prova tranqüila graças aos bons ventos da manhã deste domingo. “Saímos de Ponta de Pedras com ventos a mais ou menos 12 nós. Depois de Itamaracá esse vento aumentou e vim no limite da vela”, explicou Eliseu.

Campeão no ano passado a dupla Cláudio Cardoso e Ricardo Correa foi a terceira a completar a prova velejando com um Hobie Cat 16. No total 146 competidores, de 11 categorias, se inscreveram na segunda regata mais antiga do país, realizada pelo Cabanga Iate Clube.

Na primeira semana do Mundial de Vela, que acontece em Perth, na Austrália, o Brasil conquistou neste sábado mais uma vaga para a Olimpíada de Londres, no ano que vem. Depois que Adriana Kostiw, na Laser Radial, e Patrícia Freitas, na RS:X, foram as responsáveis pelas duas primeiras classificações, a terceira vaga foi garantida por Jorge Zarif na classe Finn. Mas os três ainda não estão confirmadas nos Jogos de 2012 - a vaga olímpica pertence ao Brasil, que só definirá os seus representantes no ano que vem.

Em um dia com bom vento e uma pequena, porém animada, torcida brasileira, Jorge Zarif garantiu a vaga brasileira no Finn. "Não foram os meus melhores resultados, mas eu sabia que a vaga estava entre eu, o russo e o alemão e procurei ficar mais perto deles. No fim deu certo e fico feliz em ter classificado o País para as Olimpíadas", comemorou o brasileiro, de apenas 19 anos, que com dois 33.º lugares no dia, terminou o Mundial na 32.ª posição.

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Na Laser Radial, Adriana Kostiw fez suas melhores regatas desde que as flotilhas ouro e prata foram separadas. Com um 14.º e um 21.º lugares, a paulista terminou o campeonato em 41.º lugar no geral. Na RS:X, Patrícia Freitas encerrou a sua participação no Mundial na 29.ª colocação, após obter um 30.º e um 28.º lugares neste sábado.

Pelos critérios da Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), os velejadores que tiverem o melhor resultado em suas classes no Mundial de Perth ganham um ponto na seletiva nacional pela vaga olímpica - é o caso, portanto, de Adriana Kostiw, Patrícia Freitas e agora Jorge Zarif. Depois, haverá um torneio pré-olímpico em Búzios (RJ), no começo do ano que vem, valendo outro ponto. E, se for necessário, acontecerá um desempate no Troféu Princesa Sofia, na Espanha.

Neste domingo serão conhecidos os novos campeões mundiais quando forem corridas as Medal Races das classes RS:X feminina, Laser Radial (feminino), 470 masculino e Finn (masculino) com os 10 melhores colocados gerais. E também terá a estreia da classe Star, que tem como um dos destaques a presença da dupla campeã mundial e medalha de prata em Pequim (2008): os brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada.

"Estamos preparados, o barco está em ordem e agora é velejar. O primeiro dia é muito importante então é preciso começar de maneira consistente, sem cometer muitos erros. Viemos aqui para competir, é bom começar", contou Scheidt.

O Brasil estreou neste sábado no Mundial de Vela de Perth, na Austrália, com apenas uma vitória em três regatas disputadas na Match Race Feminina, classe na qual os barcos (todos Elliot 6M) fazem duelos país contra país. No primeiro dia de disputas, o Brasil 2, formado por Renata Decnop, Larissa Juk e Gabriela Sá venceu o Canadá 1, mas perdeu para Eslovênia e Estados Unidos

"Estávamos mesmo muito ansiosas, ainda não velejamos 100% e perdemos por bobeira a primeira regata (para a Eslovênia). M, na mas terminamos o dia bastante contentes. Velejamos bem mesmo contra equipes mais fortes. Já deu para perceber que evoluímos muito nos treinos no Brasil", contou a proeira Larissa Juk.

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O barco Brasil 2 está no Grupo A e, neste domingo, termina a primeira fase contra a Alemanha, Austrália e Portugal. Outras duas regatas estavam programadas para este sábado, mas foram adiadas por conta do vento. Outro barco do País, o Brasil 1, de Juliana Senfft, Fernanda Decnop e Luciana Barros, estreia no domingo, pelo Grupo B, contra Peru, Suécia, França, Croácia, Dinamarca e Espanha.

A classe Match Race Feminino distribui oito vagas nos Jogos Olímpicos de Londres. Outras quatro estarão em jogo no Mundial do ano que vem, em fevereiro, nos EUA. As próximas classes que abrem as disputas envolvendo brasileiros no calendário de Perth são RS:X (feminino), 470 (masculino), Laser Radial e Laser, todas na segunda-feira.

A superioridade do Brasil na vela continental é tamanha que dois atletas da delegação nem precisarão neste domingo da medal race, regata que vale o dobro de pontos, para garantir a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Tudo que Patrícia Freitas, da classe RSX, precisa neste domingo para sagrar-se campeã é cair na água de Puerto Vallarta. O caso é o mesmo de Matheus Dellagnelo, da classe Sunfish.

Patrícia garantiu momentos de bom humor ao revelar que ao fim da regata não sabia que já era medalha de ouro. "Só percebi quando vi minha família comemorando e meu técnico com a bandeira brasileira na mão e tirando a roupa para cair na água." A velejadora conta que as condições em Vallarta foram bastante favoráveis e a ameaça do furacão não a atrapalhou. "Os ventos estavam fracos, parecidos com a Baía de Guanabara, onde treino." A próxima meta da velejadora é a Olimpíada de Londres, mas espera mostrar seu melhor no Rio, em 2016.

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O mesmo acontece com Matheus, que nem precisou da segunda regata de sábado (a décima da competição) para ser campeão. "Mas vocês sabem como é. Na hora de finalizar, o nervosismo bate." Mas tudo deu certo e o velejador pôde comemorar com algum atraso o seu aniversário, celebrado no último domingo. Ficou feliz ao saber que Emanuel, que na ocasião lhe presenteou com uma camisa de competição autografada, havia ganho ouro no mesmo dia.

O catarinense, ao contrário de Patrícia, contou que teve um pouco de trabalho para se adaptar aos ventos fracos, pois os de Florianópolis, onde treina, são diferentes. "Prefiro de médio para forte." Matheus diz que sonha com os Jogos de 2016, mas em outra classe. "Provavelmente a Laser."

Das nove classes da vela disputadas em Guadalajara, o Brasil só não briga mais por medalhas em uma delas, a Laser Radial, na qual ocupa a 11.ª colocação. Os brasileiros vão para a medal race com a primeira colocação na RS-X masculina, com a segunda na Snipe, na Hobie Cat 16 e na J24, com a terceira na Lightning e com a quinta na Laser, mas a apenas dois pontos do segundo colocado.

Em 2007, no Rio, a vela proporcionou ao Brasil três medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze. A delegação brasileira tem tudo para melhorar este desempenho em Guadalajara neste domingo.

Preocupados com a previsão de ventos fracos no Pan de Guadalajara, os velejadores do Brasil adotaram uma estratégia inusitada durante o período de aclimatação no México. Eles decidiram perder peso para compensar a condição climática pouco favorável para a disputa do esporte.

"O período de aclimatação foi importante para adaptar os velejadores ao clima. Já era prevista essa falta de ventos e nossa equipe multidisciplinar fez uma preparação direcionada ao evento, que incluiu redução de peso e ajuste dos barcos e dicas de meteorologia", revela Martha Rocha, chefe da equipe brasileira.

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Um dos favoritos ao ouro, na classe Sunfish, Matheus Dellagnelo emagreceu sete quilos para a disputa do Pan. "Após a conclusão da primeira etapa de treinamentos iniciei a preparação focada para o Pan. Tive de perder peso e me adaptar a um barco novo", explica o campeão mundial neste ano.

Mesmo com a nova estratégia, Dellagnelo espera ter dificuldade para confirmar o favoritismo. "Minha expectativa é fazer um bom campeonato. Espero um evento difícil, decidido nas últimas regatas, onde vários atletas estarão na briga pela medalha. Acredito que será bem diferente dos demais que já tive oportunidade de participar e espero poder curtir ao máximo esse momento", afirma.

Com atletas inscritos nas nove classes em disputa, a equipe brasileira de vela fará sua estreia no Pan nesta segunda-feira, às 16 horas (de Brasília), na cidade de Puerto Vallarta.

O velejador do Cabanga Iate Clube, Yuri Reithler sagrou-se campeão geral do Campeonato Sul-Brasileiro de Optimist, que terminou esta semana, na cidade de Porto Alegre.

Yuri enfrentou condições de tempo adversas ao que está acostumado a treinar: chuva e temperatura de 12 graus.  Ele desbancou os cinco melhores do país, entre eles o atual campeão brasileiro, o paulista Gabriel Eltroidt, que terminou como vice-campeão, e o campeão Sul-Americano, o gaúcho Tiago Brito, que acabou ficando em quarto.

Outra conquista que fortaleceu ainda mais a renovação do esporte no Estado foi o vice-campeonato de Tiago Monteiro (10), na categoria Mirim. Com este resultado, Tiago tem boas chances para fazer bonito no Brasileiro da classe, que acontece em janeiro de 2012. Tiago Soares (9), finalizou a competição em quarto na mirim.

Já Marina Hutzler (9), que pela primeira vez competiu fora de Pernambuco, conseguiu o lugar mais alto do pódio, na categoria feminino estreante.

“O resultado da equipe foi excelente. Mostraram um ótimo nível técnico, força de vontade e maturidade na água. A evolução da equipe do Cabanga  está constante. Yuri é um velejador que fez a diferença, arriscou e teve muita velocidade”, enfatizou o técnico do Cabanga, Edival Junior.

Os velejadores de Optimist do Cabanga Iate Clube disputaram neste fim de semana, na praia de Maria Farinha, três regatas válidas para o Ranking Pernambucano. Os oito participantes mostraram muita força, manobras rápidas e determinação na água.
 
A experiência de Yuri Reithler prevaleceu e o atleta venceu as três provas, sagrando-se líder da competição. Esta conquista já serviu como um combustível para Reithler, que viaja no próximo sábado (3) rumo a Porto Alegre, para participar do Campeonato Sul Brasileiro da classe, que acontecerá de 4 a 9 de setembro.
 
Briga acirrada mesmo foi pela vice-liderança e o terceiro lugar. Tiago Monteiro ficou como vice-líder, após tirar três segundos e Vitor Soares em terceiro geral, depois de cruzar a linha de chegada três vezes em terceiro. Marina Rutzler ocupou a quarta posição.
 
“A competição de sábado foi regular. Os meninos estão bem treinados, concentrados e largando com eficiência. Agora é adquirir mais experiência e continuar no ritmo de fortes treinos para fazer bonito no Brasileiro que acontece em janeiro de 2012, na mesma raia do Sul Brasileiro”, falou o técnico Felipe Araújo. Além de Yuri, viajam também para Porto Alegre, Vitor e Tiago Soares, Tiago Monteiro e Marina Hutzler.
 
Já os barcos de Snipe movimentaram, neste domingo (28), a área externa do Porto do Recife, com a realização de duas regatas valendo pelo pernambucano.  A dupla Daniel Dantas e Ítalo Silva saiu na frente. Ted Monteiro e Leo Monteiro ficaram na vice-liderança. Já Claudio Cardoso e Pedro Fázio ficarão em terceiro.

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