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A Huawei anunciou na última quinta-feira (23) que há novos gadgets da companhia chegando a terras tupiniquins. O relógio inteligente Watch GT 2 e o fone de ouvido sem fio FreeBuds 3 já estão disponíveis nos quiosques da marca e em e-commerces parceiros, como Fast Shop, Americanas.com e Submarino.

 O relógio inteligente possui bateria com até 2 semanas de duração e vem em modelos de 42 mm e 46 mm. Ele também consegue se conectar com qualquer smartphone, por meio do aplicativo Huawei Health. Ele também vem com o processador Kirin A1, desenvolvido pela própria Huawei, conectividade Bluetooth 5.1, monitoramento de exercícios, da frequência cardíaca e do sono. O preço sugerido de R$ 1.499 para a versão de 42mm, e R$ 1.699 para a versão de 46mm.

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 Já os fones de ouvido sem fio Freebuds 3 True Wireless Stereo Earbuds vêm equipados com o chip proprietário Kirin A1, suporte à redução de ruído em chamadas e cancelamento ativo e preciso de ruído (Active Noise Cancelling) em tempo real, com ajuste adaptável para o usuário. É possível, ao tocar duas vezes no fone de ouvido esquerdo, ativar ou desativar a função de cancelamento de ruído para desfrutar de músicas mesmo em lugares barulhentos. O preço sugerido pela Huawei é de R$ 1.299.

Pessoas com problemas de sono em Campinas, no interior de São Paulo, viram um novo aliado surgir nos últimos meses: os eletrônicos "vestíveis", como pulseiras e relógios inteligentes. Eles estão sendo usados por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para monitorar a rotina noturna de 400 pessoas da região e mapear possíveis problemas, como insônia, apneia e sonambulismo. Com o uso das pulseiras, esses pacientes não tiveram de dormir no hospital com eletrodos colados ao corpo para captar os dados.

Essa pesquisa é um exemplo de como os vestíveis se tornaram a aposta da vez na área da saúde, uma vez que possibilitam que médicos façam diagnósticos mais precisos e acompanhem a eficácia dos tratamentos prescritos.

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A pulseira inteligente usada pelos pesquisadores da Unicamp, tecnicamente chamada de actígrafo, possui sensores de movimento que detectam quando uma pessoa entra em sono profundo. Se os braços e as pernas começam a se mexer mais devagar, o dispositivo entende que a pessoa dormiu e começa a calcular o tempo total de horas em repouso. Estas informações ficam armazenadas em um software desenvolvido para o aparelho e são coletadas pelos pesquisadores em tempo real.

"Uma pesquisa completa sobre o sono exigiria que a pessoa dormisse no laboratório", explica a pesquisadora do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Tânia Marchiori. "O aparelho complementa nosso estudo." A pesquisa já está em seu segundo estágio, quando os pesquisadores selecionam casos de pessoas com sono irregular para realizar uma análise mais profunda e iniciar tratamentos. "Todo mundo aprovou. As pessoas estão receptivas a soluções práticas de tratamento", diz a pesquisadora.

Esse tipo de estudo, que une uma das principais tendências do mercado de tecnologia ao tratamento de doenças, não está em prática só em Campinas. Em todo o mundo, hospitais, startups e universidades começam a desenvolver métodos e tratamentos de saúde com a ajuda de vestíveis.

No Hospital Sírio-Libanês, localizado na cidade de São Paulo, um concurso de inovação, realizado no ano passado, deu origem a um sistema que pode detectar surtos de epilepsia com até 25 minutos de antecedência. O algoritmo deve ser, em breve, embarcado em um vestível. Os sensores do acessório vão monitorar dados como batimentos cardíacos, respiração e nível de atividade neurológica dos pacientes. A previsão dos ataques será resultado do cruzamento desses dados.

"Esse aparelho pode trazer mais qualidade de vida para o portador de epilepsia. Ele poderá tomar seu medicamento antes do surto ou parar alguma atividade de risco", afirma a pesquisadora da startup Epistemic e uma das responsáveis pelo projeto, Paula Renata Gomez.

"O uso de vestíveis não é a solução para casos graves, mas será essencial para o dia a dia de pessoas com doenças crônicas. É o futuro."

Recursos

A substituição de exames invasivos por um simples acessório inteligente traz diversos benefícios para pacientes e médicos. Se para o paciente o uso do dispositivo resulta em menos visitas ao hospital, para o médico trata-se do acesso a um novo mundo gigantesco de informações. "Dados que eram coletados apenas em momentos específicos já podem ser monitorados 24 horas, com o paciente em casa", afirma o fundador da Carenet, empresa que desenvolve softwares para vestíveis, Immo Paul.

Nos Estados Unidos, há uma série de experiências em andamento em hospitais e clínicas que envolvem o uso de vestíveis. No centro médico Cedars-Sinai, na cidade de Los Angeles, médicos selecionaram 30 pacientes em estado avançado de câncer para usar pulseiras inteligentes. Os dados coletados permitem que eles avaliem quais pacientes estão aptos a receber quimioterapia.

Barreiras

Apesar de promissor, o uso de vestíveis na área de saúde ainda precisa vencer uma série de desafios para se tornar realidade. O principal deles é o alcance da tecnologia, que chegou ao mercado no fim de 2012.

Até agora, somente em mercados maduros, como Estados Unidos e Europa, os usuários entendem o que são pulseiras e relógios inteligentes. "As pessoas já sabem para que serve um vestível nesses lugares", diz Paul.

O mercado ainda é pequeno. De acordo com a consultoria IDC, 80 milhões de equipamentos vestíveis foram vendidos em 2015 no mundo - um número baixo, se comparado ao mercado de smartphones, que alcançou 1,4 bilhão de unidades no mesmo período.

"O mercado de vestíveis ainda é muito novo", afirma o consultor da IDC Brasil, Pedro Hagge. "Existe uma boa perspectiva para o futuro, mas o crescimento será num ritmo mais modesto que o esperado."

No Brasil, o mercado é insignificante: foram comercializados apenas 133 mil unidades, entre pulseiras e relógios inteligentes, em 2015. "O Brasil é irrelevante com relação a mundo", diz Hagge. A estimativa da IDC é de que o País chegue a um mercado de 375 mil vestíveis até 2020 - apenas uma fração dos 213,6 milhões de acessórios inteligentes que devem ser vendidos em todo o mundo.

O preço dos produtos é o principal motivo que atrasa a adoção dos equipamentos no Brasil. Enquanto nos Estados Unidos as pessoas encontram uma pulseira básica para monitorar o sono por até US$ 20, a mais barata à venda por aqui custa R$ 95. No caso dos relógios inteligentes mais avançados, a diferença é ainda mais gritante: o Apple Watch, por exemplo, custa US$ 299 - a mesma versão é vendida no Brasil por R$ 4,6 mil. Um dos motivos é a alta carga tributária. "Porque as pessoas pagariam caro por algo que elas nem sabem como funciona?", questiona Paul.

Desafios

Para a diretora de pesquisas do Gartner, Annette Zimmermann, há outros desafios a serem superados para que esses dispositivos sejam adotados em larga escala na medicina. "Infraestrutura, problemas de regulamentação, segurança, privacidade de dados e desenvolvimento de protocolos são alguns deles", diz.

No Brasil, a situação é mais crítica: faltam investimentos em pesquisas que mostrem a utilidade dos equipamentos para o trabalho dos profissionais de saúde. "Falta investimento em pesquisa e componentes para os produtos", diz a pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Lúcia Nobuyasu. "Acabamos sempre atrás dos outros países."

No longo prazo, o cenário geral deve melhorar. "Está acontecendo uma transformação enorme que vai ajudar todas as partes", afirma o diretor de marketing da fabricante de processadores Intel, José Bruzadin. "A medicina vai se transformar." Quem sabe, ao mostrar os resultados positivos na saúde, o setor de vestíveis possa, finalmente, decolar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao contrário da Samsung, Google e LG, a Microsoft não deve entrar na briga dos smartwatches, mas sim investir em outro tipo de gadget vestível. É o que informa o veterano repórter de tecnologia Paul Thurrott. Segundo suas fontes, a gigante americana deve lançar uma pulseira de fitness com notificações de smartphones.

Thurrott afirma que a grande diferença do produto da Microsoft em relação à concorrência é que ele funcionará com todos os smartphones, independente de sistema operacional ou fabricante. No caso da Samsung, seus gadgets vestíveis só funcionam com celulares Samsung, os dispositivos Android Wear só se conectam com aparelhos Android e o provável iWatch da Apple deve funcionar apenas com sistemas iOS. O da Microsoft será compatível com Android, iPhone e Windows Phone.

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O foco será o esperado de pulseiras de fitness inteligentes. Através de sensores o dispositivo vai medir seus paços, calorias, batimentos cardiácos e por ai vai. Ele vai interagir com aplicativos dedicados à saúde para smartphones, como o Bing Health & Fitness e Heathvault da Microsoft, mas também funcionará com apps desenvolvidos por empresas diferentes, sem nenhuma espécie de exclusividade.

Segundo o relato de Thurrott, que está de acordo com três patentes da Microsoft recentemente publicadas (foto acima), o preço será o mesmo do Samsung Gear, cuja pulseira de fitness custa US$200 nos EUA e R$700 no Brasil, e deve ser da linha Nokia/Lumia ou Surface. O anúncio e o lançamento ocorrerão no último trimestre de 2014.

Uma das primeiras marcas populares mundialmente a entrar no mercado dos gadgets vestíveis está abandonando seu investimento no ramo. É que a Nike confirmou a demissão dos seus funcionários da divisão de hardware, que produz a pulseira direcionada para exercícios FuelBand.

Por e-mail, o porta-voz da empresa, Brian Strong, afirmou que a Nike deve manter o foco em outras prioridades. Além da FuelBand, a divisão de hardware da companhia também produzia o relógio Nike+ Sportwatch e outros periféricos esportivos.

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A FuelBand foi lançada em 2012, e em 2013 a empresa lançou uma nova versão do gadget, que adicionou suporte Bluetooth e novas opções de cores. Também no ano passado, a Apple contratou Ben Shaffer, diretor de design da pulseira da Nike, para trabalhar com tecnologias similares em Cupertino.

Nadando contra a maré da Nike, a Razer anunciou no início deste ano sua pulseira inteligente Nabu. O gadget, que é compatível com os sistemas operacionais Android e iOS, é resistente a chuva e suor, desta forma, poderá estar sempre nos braços do seu proprietário.

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