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Os estudantes chilenos terão que voltar a usar máscara de proteção nas escolas, diante do maior surto já registrado no país do vírus sincicial respiratório (VSR), anunciou nesta terça-feira (13) o Ministério da Saúde.

"Iremos estabelecer o uso obrigatório de máscara nas instituições de ensino até o fim do alerta sanitário, em 31 de agosto", declarou a ministra Ximena Aguilera. A medida é válida para os estudantes com mais de 5 anos.

O vírus afeta, principalmente, crianças com menos de 1 ano, faixa etária em que pode ser fatal. Segundo dados do Instituto de Saúde Pública, já foi registrado neste ano um recorde de 18.728 casos positivos de vírus respiratórios, com seis mortes de menores de 1 ano.

A circulação do VSR é habitual no Chile durante o inverno. O alerta disparou após a morte, no último dia 6, de um bebê de 2 meses diagnosticado com o vírus, que não conseguiu um leito para ser internado na região de San Antonio, a 120 km de Santiago. A única unidade de emergência infantil com vaga se encontrava a mais de 2.000 km de distância.

Mais tarde, soube-se que havia leitos disponíveis em uma clínica particular de Santiago. As diferentes versões de autoridades da área de saúde sobre o caso levaram hoje à renúncia do subsecretário de Redes Assistenciais, Fernando Araos.

O aumento das infecções mantém cheios os serviços de emergência pediátricos, onde a ocupação hoje era de 93%. Como medida preventiva, o Chile mantém em vigor o alerta sanitário.

O Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta terça-feira (4), aponta que aumentou muito em 15 estados o número de crianças internadas por vírus respiratório.

O crescimento de internações de adultos por covid-19, segundo o boletim, é observado em 10 estados e atinge com risco muito maior àqueles que estão em atraso com o calendário de vacinação ou que sequer foram imunizados com a primeira dose da vacina.

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A análise consta dos dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e refere-se à Semana Epidemiológica (SE) 12, de 19 a 25 de março.  O estudo aponta que em oito estados - Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio e Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo – e no Distrito Federal constata-se o crescimento de covid-19 em todas as faixas etárias. Já no Amapá, Espirito Santo, Maranhão, Sergipe e no Tocantins, o aumento é de internações por vírus respiratório, e está concentrado basicamente nas crianças.

O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda que se a criança estiver com sintoma de infecção respiratória, o ideal é não mandá-la para a escola ou creche. “Dessa forma podemos tentar frear a disseminação do vírus respiratório em crianças”, alerta.  Até hoje, o país registra um percentual muito elevado de crianças que não foram vacinadas contra a covid-19.

O pesquisador lembra aos pais ou responsáveis que por mais que a covid-19 atinja com maior intensidade os adultos, os pequenos não vacinados também correm um risco importante de contrair a doença.

“A melhor forma de proteção é tomar a vacina e usar boas máscaras, especialmente quem está com sinal de infecção respiratória ou quem vive com alguém que faz pate do grupo de risco”, esclareceu Gomes.  Casos Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 46,2% para Sars-Cov-2 (covid-19); 3,3% para Influenza A; 3,7% para Influenza B e 36,2% para vírus respiratório.

Entre os óbitos, a presença do vírus foi de 82,7% para covid-19; 4,6% para Influenza A; 3,6% para Influenza B e 6,1% para vírus respiratório.

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