Tópicos | Visibilidade lésbica

As codeputadas do mandato coletivo Juntas (PSOL) subiram à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para lembrar do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado nesta quinta-feira (29).

A titular do mandato, Jô Cavalcanti, expôs as violências a que o grupo está submetido cotidianamente e defendeu políticas públicas para garantir a essas mulheres o direito a uma vida digna e livre da discriminação.

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“A lesbofobia é diferente da homofobia porque, além do preconceito sofrido pela orientação sexual, há o machismo. E para as lésbicas negras, a situação é ainda pior, pois são vítimas de racismo”, alertou Jô.

Segundo a parlamentar explicou, a data foi instituída em 1996, durante o 1º Seminário Nacional de Lésbicas. Desde então, agosto passou a ser um mês dedicado a lembrar a existência das mulheres lésbicas e as violências sofridas por elas, bem como pautar suas reivindicações. 

Jô Cavalcanti também enfatizou que a violência que as lésbicas sofrem se expressa até mesmo em espancamentos e “estupros corretivos”. Também abordou as dificuldades delas de acesso ao mercado de trabalho e o despreparo do sistema de saúde para atendê-las. 

“É preciso que o Estado garanta o direito a todas essas pessoas, independente de cor, sexo, identidade de gênero e orientação sexual. Praticamente não existem políticas públicas para garantir a elas o exercício de uma vida digna e livre da violência”, pontuou.

No próximo sábado (31), acontece a 4ª edição do Festival Lésbico Feminista, o Dyke Fest, na zona oeste de São Paulo. O evento criado por mulheres lésbicas com o objetivo de fortalecer a cena underground LGBTQI+ reúne debates sobre raça, classe, gênero e sexualidade, além de muita música, exposição e comida vegana.

O Dyke Feste foi criado pela produtora de eventos Natália Pinheiro, 29 anos, em agosto 2017, mês em que é celebrado o Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil (29). "Queria fazer da minha atuação como produtora uma extensão da minha vida e de meus posicionamentos políticos. O evento é uma forma de falar sobre o feminismo por meio da ótica das mulheres lésbicas que querem pensar gênero, sexualidade, identidade, classe e raça", explica.

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Nesta edição, o tema do festival será o "Hardcore contra a Lesbofobia" e contará com bandas de mental e indie rock de outros estados, a exposição "Mulheres Adultas Têm Pelos" e uma roda de conversa mediada por Bárbara Aguilar sobre o privilegio branco. "O público cresce a cada edição. Eu sinto uma diferença nas minhas busca e curadoria por bandas, por exemplo. Há três anos eu tive dificuldade para encontrar as bandas com integrantes lésbicas, agora podemos fazer um festival de três dias se quisermos", afirma Natália.

O evento também receberá doações de alimentos não perecíveis para compor cestas básicas que serão doadas ao Mulheres da Luz, um coletivo que busca garantir às mulheres em situação de prostituição o acesso a políticas públicas e a defesa dos Direitos Humanos.

 

Serviço

Dyke Fest #4

Quando: 31 de agosto, às 15h

Onde: Associação Cultural Cecília – Rua Vitorino Camilo, 449, Barra Funda, São Paulo - SP

Entrada: R$ 10 (para quem doar 1kg de alimento não perecível) e R$ 15

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