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Uma das bandas mais importantes do cenário do hardcore nacional tem sotaque pernambucano e é da Zona Norte do Recife: a Devotos. Com mais de 30 anos de estrada, os pernambucanos acumulam apresentações em festivais brasileiros e internacionais e, neste ano de 2022, vão acrescentar um nome relevante em seu currículo ao se apresentarem no Rock in Rio (RIR). O power trio nordestino sobe ao Palco Sunset, a convite do Black Pantera, grupo mineiro de crossover thrash, no dia dois de setembro. 

O ‘Dia do Metal’ do Rock in Rio contrá com os mineiros do Black Pantera, que levam ao festival o show da turnê do álbum ‘Ascensão’. Para deixar sua passagem pelo Rock in Rio ainda mais pesada, eles convidaram a banda pernambucana Devotos e o anúncio da parceria foi feito pelo Instagram, nesta terça (1º). “Para celebrar esse momento tão único, convidamos outra banda preta: os veteranos da Devotos, de Pernambuco”, diz  postagem no perfil dos anfitriões. No mesmo dia, se apresentam no RIR grandes nomes da música extrema como Sepultura, Iron Maiden, Megadeth e Dream Theater. 

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Também pelo Instagram, os pernambucanos da Devotos agradeceram pelo convite e festejaram o evento. Em seu perfil oficial, a veterana fala sobre esse encontro de gerações com entusiamo: “Black Pantera faz parte de uma nova geração de bandas que nos dá muito orgulho principalmente por também saberem que não é e nunca foi só música. Como é importante para a Devotos e a Black Pantera estarmos no Palco Sunset porque o que fazemos não é só música, as artes transformam”.  A programação completa do Rock in Rio pode ser vista no site oficial. 

O aniversário de 30 anos da banda Devotos foi celebrado, nesta quarta (28), em Reunião Solene na Assembleia Legislativa. O grupo de punk, rock e hardcore é composto por Cannibal (baixo e voz), Neilton (guitarra) e Celo (bateria). A iniciativa da homenagem partiu do deputado Isaltino Nascimento (PSB), que também é da comunidade do Alto José do Pinho, bairro da Zona Norte do Recife, onde o conjunto surgiu.

A trajetória e as composições do trio estão intrinsecamente ligadas ao local de onde os músicos vieram. A convivência com um cenário de pobreza e tensão social tornou-se matéria-prima para músicas que denunciam a realidade dos que vivem à margem de uma sociedade excludente. Ainda muito jovens, os integrantes aprenderam a compor e a tocar por conta própria, fabricando parte dos instrumentos que usavam. A mensagem da Devotos ultrapassou as fronteiras nacionais e encontrou eco em públicos distantes: França, Alemanha, Espanha e Itália foram alguns dos países por onde a banda se apresentou.

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Após receber uma placa comemorativa da Alepe, o cantor Cannibal fez discurso de agradecimento. “Esse reconhecimento foi uma surpresa para a banda, mas também muito gratificante. A história da Devotos vai além da música. É de transformação social porque somos militantes e queremos levar para outras comunidades o que fazemos no Alto José do Pinho. Acredito que a cultura é capaz de modificar uma realidade”, frisou. “Fomos a primeira banda da comunidade a rodar o mundo e a mostrar a multiculturalidade do bairro”, expôs.

LeiaJá também: Devotos celebra 30 anos querendo "começar de novo"

Durante a solenidade, o conjunto tocou algumas músicas de seu repertório. Há cerca de um ano, a Devotos lançou o sétimo álbum da carreira, intitulado O Fim que Nunca Acaba. O disco tem participações do Maestro Forró, que conduz o grupo para uma espécie de “frevo-jazz-hardcore”, e de Maciel Salú que, com sua rabeca, leva o som da Devotos até o Oriente Médio.

“São 30 anos da banda e precisamos reconhecer o trabalho que eles fazem, tanto artisticamente quanto socialmente, no Alto José do Pinho. Ao longo dos anos, acompanhei a evolução do grupo, e eles sempre foram inspiração para a juventude da nossa comunidade. Para mim, é um orgulho poder fazer esta homenagem”, enfatizou Isaltino, que presenteou os integrantes da Devotos com esculturas de madeira representando cada um deles, feitas pelo artista plástico Josa.

Com informações do site da Alepe

No próximo sábado (31), acontece a 4ª edição do Festival Lésbico Feminista, o Dyke Fest, na zona oeste de São Paulo. O evento criado por mulheres lésbicas com o objetivo de fortalecer a cena underground LGBTQI+ reúne debates sobre raça, classe, gênero e sexualidade, além de muita música, exposição e comida vegana.

O Dyke Feste foi criado pela produtora de eventos Natália Pinheiro, 29 anos, em agosto 2017, mês em que é celebrado o Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil (29). "Queria fazer da minha atuação como produtora uma extensão da minha vida e de meus posicionamentos políticos. O evento é uma forma de falar sobre o feminismo por meio da ótica das mulheres lésbicas que querem pensar gênero, sexualidade, identidade, classe e raça", explica.

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Nesta edição, o tema do festival será o "Hardcore contra a Lesbofobia" e contará com bandas de mental e indie rock de outros estados, a exposição "Mulheres Adultas Têm Pelos" e uma roda de conversa mediada por Bárbara Aguilar sobre o privilegio branco. "O público cresce a cada edição. Eu sinto uma diferença nas minhas busca e curadoria por bandas, por exemplo. Há três anos eu tive dificuldade para encontrar as bandas com integrantes lésbicas, agora podemos fazer um festival de três dias se quisermos", afirma Natália.

O evento também receberá doações de alimentos não perecíveis para compor cestas básicas que serão doadas ao Mulheres da Luz, um coletivo que busca garantir às mulheres em situação de prostituição o acesso a políticas públicas e a defesa dos Direitos Humanos.

 

Serviço

Dyke Fest #4

Quando: 31 de agosto, às 15h

Onde: Associação Cultural Cecília – Rua Vitorino Camilo, 449, Barra Funda, São Paulo - SP

Entrada: R$ 10 (para quem doar 1kg de alimento não perecível) e R$ 15

A banda americana Dead Kennedys, que estava com shows agendados no Brasil no mês de maio, cancelou sua turnê brasileira. O motivo foi a grande 'confusão' que se instaurou na internet após a produtora nacional da tour publicar um cartaz que foi apontado pelos internautas como uma crítica ao governo do atual presidente do país, Jair Bolsonaro. O comunicado foi feito, nesta sexta (26), pelo Facebook da banda.

Em menos de uma semana, o Dead Kennedys (DK) passou por uma montanha russa com os fãs brasileiros. Na última segunda (22), o pôster produzido pelo ilustrador Cristiano Suarez, que anunciava os shows dos americanos em solo nacional, caiu nas graças dos internautas que apontaram na arte inúmeras referências à atual situação política do país. Horas mais tarde, o perfil oficial do DK no Facebook postou um comunicado afirmando não ter nenhuma relação com a iniciativa. Prontamente, os fãs se revoltaram com o posicionamento da banda e teceram inúmeras críticas ao grupo.

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Já nesta sexta (26), a banda de hardcore americana informou ao público sobre a decisão de cancelar a turnê brasileira. também através de seu Facebook, eles disseram que o momento não é oportuno para a sua vinda ao país - seria a quarta -, e que eles estariam preocupados com a segurança de seus fãs. Segundo o post, "ações estúpidas foram tomadas" o que fez "com que os pregadores de ódio se manifestassem por todos os lados"; e que apesar do cartaz ter ficado "bem legal" as "consequências criaram uma situação bastante perigosa" para os fãs. Parte da renda da venda dos ingressos será doada a uma instituição de caridade.

Confira a nota na íntegra.

Ok Pessoal; o promotor no Brasil realmente não soube como gerenciar as coisas da forma correta. Sem nos contatar sobre o assunto, ações estúpidas foram tomadas e que fizeram com que os pregadores de ódio se manifestassem por todos os lados. Mesmo assim, nós consideramos que o pôster ficou bem legal e nós concordamos com a ideia; as consequências criaram uma situação bastante perigosa para nossos fãs que frequentam nossos shows. Nós nunca colocamos nosso público em risco, visto que isso não representa o que somos. Por esta razão, infelizmente estamos bastante tristes em informar que a banda não mais poderá tocar no Brasil este ano; sentimos que esta é realmente a única alternativa de manter as pessoas seguras. Nós faremos uma doação da porcentagem dos rendimentos que nos foram antecipados para uma instituição de caridade.

A turnê brasileira da banda punk americana Dead Kennedys ainda nem começou e já está arrebatando os fãs, além de chamar a atenção de quem nem conhece o grupo. Isso porque um pôster exclusivo para a passagem dos caras pelo país ‘causou’ na internet pela eloquência de suas ilustrações. Os internautas apontaram diversas críticas sociais no desenho e colocaram a banda entre os assuntos mais comentados da internet, nesta segunda (22).

Nele, uma família caracterizada como palhaço, inclusive o famoso Bozo, segura armas, em meio a tanques e uma favela em chamas. O desenho é uma criação do ilustrador Cristiano Suarez. Na internet, os comentários apontaram críticas sociais presente na ilustração. "Acho que tem uma pequena provocação do Dead Kennedys com o presidente eleito, coisa leve, quase imperceptível"; "O pôster é lindo, uma porrada na fuça dos fascistas"; "A quantidade de detalhes e críticas específicas nesse pôster me surpreendeu bastante, não é apenas uma crítica barata jogada de qualquer jeito, teve um trabalho e cuidado de pesquisa real. Nada além de admiração".

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Esta é a quarta vez que os americanos tocam em solo brasileiro. Eles fazem quatro shows, passando pelo Rio de Janeiro (23 de maio); São Paulo (25 de maio); Brasília (26 de maio) e Belo Horizonte (28 de maio).

Considerado um dos maiores festivais de música do Brasil, o Garage Sounds Music, antes de desembarcar em Manaus, Natal, Fortaleza e Belém, chega ao Recife. A edição pernambucana está marcada para o próximo dia 9, a partir das 17h, no Baile Perfumado, com o melhor do rock nacional e grandes revelações da cena recifense.  Os ingressos custam R$ 40 (meia-entrada), R$ 45 + 1 livro (social) e R$ 80 (inteira). As entradas podem ser adquiridas através do site Sympla.

Entre os destaques da programação está Dead Fish, que volta ao Recife com o show comemorativo de 20 anos do disco ‘Sonho Médio’, um dos mais importantes do hardcore nacional.  O álbum, lançado em 1999 pelo próprio selo da banda, Terceiro Mundo Produções Fonográficas, foi o segundo do grupo e entrou para a história do hardcore nacional. O disco será tocado na íntegra, junto com outros grandes sucessos da carreira da banda.

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Já a banda gaúcha Fresno, a caminho dos 20 anos de carreira, a serem festejados em 2019, traz a nova turnê, "Natureza Caos", que estreia em São Paulo no dia 4 de março. A música que dá título a turnê é o novo single do grupo e foi lançada nas plataformas digitais na última sexta-feira (2). Além dos novos sucessos, o quarteto promete no repertório os seus grandes clássicos.

As bandas Zimbra e  Selvagens à Procura de Lei também estão entre os shows mais aguardados do festival. A primeira banda é de Santos, tem mais de sete anos de carreira e está em turnê divulgando o seu mais novo disco, “Azul”.  Já a Selvagens a Procura de Lei, surgiu em Fortaleza e é uma das atrações do Lollapalooza 2018,  segunda apresentação neste que é um dos maiores festivais do país, a primeira foi na edição de 2014. O grupo está em turnê com o show do álbum mais recente, “Praieiro". Em 2017, foram mais de 100 shows em 19 estados, incluindo passagem pela Argentina e show para mais de 1 milhão de pessoas na capital cearense, no Reveillon de Fortaleza, um dos maiores do país.

O Garage Sounds segue o modelo de festivais americanos e europeus de “rock fair” com apresentações simultâneas durante todo o dia, divididas em palcos diferentes. O festival conta com três palcos, Garage Geek - espaço com fliperamas e jogos eletrônicos - Galeria Garage Sounds - lojas com com artigos relacionados a música, moda e tatuagem - e fookpark com o melhor da gastronomia urbana.

O Festival Garage Sounds consolidou-se como um dos maiores festivais de música independente do país e chega para fortalecer o lançamento de tendências e novos artistas locais e nacionais, além de abrir espaço e servir de vitrine aos músicos e bandas que lutam por um espaço no mercado tão concorrido, como o musical.

LINE-UP:

PALCO GARAGE SOUNDS

20h10 - Recife Hardcore Clube

21h10 - Zimbra

22h30 - Selvagens à Procura da Lei

23h50 - Fresno

1h20 - Project46

2h40 - Deadfish

 

PALCO GRANA DISCOS

18h - Ruína

18h50 - Pandemmy

19h40 - Matakabra

20h30 - Serrapilheira

22h10 - Plugins

23h30 - Torre

1h - Dirty Finger Nails

2h - Howay

 

PALCO HEY HO

18h - Arquivo Morto

18h50 - Seeds of Destiny

19h40 - Demoniah

20h40 - Kamikazekillers

22h - Saga HC

23h20 - Subversivos

0h50 - Verdes e Valterianos

2h10 - Mondo Bizarro

 

SERVIÇO

GARAGE SOUNDS FESTIVAL

Quando: Sexta-feira, 9 de março, a partir das 17h

Local: Baile Perfumado

Atrações: Zimbra, Selvagens à Procura da Lei, Fresno, Dead Fish, Recife Hardcore Clube, Project46, Ruína, Pandemmy, Matakabra, Serrapilheira, Plugins, Torre, Dirty Finger Nails, Howay, Arquivo Morto, Seeds of Destiny, Demoniah, Kamikazekillers, Saga HC, Subversivos, Verdes & Valterianos e Mondo Bizarro

Ingressos: R$ 40 (meia-entrada), R$ 45 + 1 livro (social) e R$ 80 (inteira), à venda no site Sympla. 

Contrariando a possível falta de perspectivas, uma banda de hardcore criada na periferia do Recife, na comunidade do Alto José do Pinho, em 1988, encontrou espaço no cenário da música local, conquistando os mais diversos públicos e consolidando o seu som até tornar-se uma das mais importantes bandas do rock pernambucano, 30 anos depois. O Devotos abriu 2018 celebrando três décadas de trabalho e até o fim do ano continuará desenvolvendo atividades para comemorar, incluindo o lançamento de um disco de inéditas. Este trabalho chegará com a missão de 'zerar o cronômetro' e trazer novas possibilidades para que a banda possa se reinventar e assim dar conta de outros longos anos de hardcore.

Cannibal, Neílton e Celo eram três adolescentes do Alto Zé do Pinho quando se juntaram, no fim da década de 1980, para fazer música rápida e alta na cena punk do Recife. Entre baculejos da polícia e shows que só saberiam que estavam escalados ao se deparar com cartazes que os anunciavam pelos muros da cidade, o então chamado Devotos do Ódio foi percorrendo seu caminho. Nos primeiros nove anos, a banda ficou restrita à cena punk, como relembra o baixista e vocalista Cannibal, mas em 1994 uma noite no antigo Circo Maluco Beleza derrubaria a primeira (falsa) previsão pára a banda.

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A festa, promovida pelo produtor Paulo André (do Abril pro Rock), Rock’n Roll Circus, tinha em seu headline Mundo Livre S.A e Chico Science e Nação Zumbi, além de uma plateia bem diferente daquelas para as quais o Devotos costumava tocar. Entrando meio que “de penetra” no evento, apesar do receio do produtor e do desconhecimento do público, os rapazes transformaram uma participação de três músicas em um minishow com mais de cinco, que teve de ser encerrado para que as bandas escaladas pudessem tocar. Chico Science, ao ouvir o hardcore do grupo “começou a dançar” e, naquele momento, um novo caminho se abriu para o Devotos: “Acho que se a gente não tivesse agradado naquela noite a gente não teria se integrado”, diz Neílton, guitarrista do grupo.

A integração a que ele se refere é o movimento Manguebit, que já chegou com força no início da década de 1990, encabeçado por Chico Science e, pouco mais tarde, tornou-se um dos mais importantes movimentos musicais do século 20, no Brasil. O Devotos vinha de outra cena e fazia um som bem diferente do que se ouvia no Mangue, mas havia algo que os ligava ao novo movimento: “A gente falava exatamente o que Chico falava também, esse foi o elo. A mesma informação que Chico pregava nas músicas dele eram as informações que a gente tinha nas nossas, e ele percebeu isso”, relembra Neílton. A partir daí, a banda punk da periferia passou a se apresentar em eventos mais estruturados, ganhando visibilidade e angariando fãs dos mais diferentes estilos, lugares e classes sociais.

Os anos seguintes foram de consolidação de um trabalho expressivo e forte que derrubou as demais (falsas) previsões para o grupo. O Devotos se desfez do ‘Ódio’ e, com o novo nome, ganhou respeito e credibilidade no meio musical nacional e internacional. Sem deixar sua comunidade e, sobretudo, zelando por ela, a banda conseguiu também valorizá-la e abrir as portas para “as pessoas subirem o Alto Zé do Pinho pra saber o que tava acontecendo lá”, como diz Cannibal. “O que a gente tinha antes era uma mídia sensacionalista que ia para o subúrbio cobrir os crimes e o tráfico, enquanto tinha os movimentos culturais rolando na comunidade e ninguém falava nada. Essa coisa da mídia começar a abraçar e passar a mostrar o que tinha de positivo na comunidade, acho que essa foi uma mudança forte que a gente conseguiu com a nossa música”, completa o vocalista.

Em três décadas de som alto, rápido e pesado, o Devotos conquistou seu lugar e hoje é referência e inspiração para “a pirralhada que está começando”, como diz o baterista Celo. E, apesar de terem alcançado amadurecimento e estabilidade na carreira musical, este trio ainda zera o relógio a cada novo trabalho, criando novas possibilidades e novo gás para continuar na ativa: “Eu acredito que uma banda sobreviva de perspectivas para poder ter continuidade. Devotos tem milhões de planos ainda.”, entrega Celo. É como diz o primeiro disco da banda, ‘Agora tá valendo’.

Comemorações

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Nos Estados Unidos, várias bandas de rock como "Our Last Night" e "The Animal in Me" já fazem sucesso com covers de hits do universo pop. Seguindo o exemplo, a banda paulistana de Metal/Hardcore "Sea Smile" resolveu gravar uma versão do hit "K.O", da cantora Pablo Vittar. Com o cover, o grupo marca posição contrária à intolerância de uma parte dos fãs da cena do Metal ao trabalho e à figura da artista maranhense. 

Mas, com menos de um dia lançado em milhares de visualizações no Youtube e Facebook, a versão do Hit foi aprovada pelo público, com direito a amplo apoio dos internautas nos comentários parabenizando à banda pela iniciativa. "União no Metal, chega de ficar só criticando", disse um fã no Youtube. "Sensacional versão! Com certeza a Pablo Vittar vai amar, vamos fazer chegar lá!", diz outro internauta na rede de vídeos. Também nas redes sociais, os fãs já incentivam a banda para gravar outros covers. "Ficou muito bom! Agora, falta fazerem um do Safadão", comentou Sarah Bosque. "Esperando a versão de 'Na Sua Cara'", sugeriu Thalita Shadow, fazendo menção à outro sucesso da Pablo Vittar.

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Sea Smile

A banda surgiu em 2010 e tornou-se um dos principais representantes do metalcore brasileiro. O último álbum do quarteto, "Do que Somos Feitos", foi eleito o segundo melhor discos de 2016 pela NewMetalDiscs Awards, um dos maiores reconhecimentos da cena nacional. Confira abaixo o vídeo com a versão de "k.O" lançada pela banda.

No próximo sábado (18), será montado palco em frente à Representação Regional do Ministério da Cultura, na Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife, onde a cena hardcore recifense assumirá os instrumentos com a proposta de repassar suas ideologias sobre democracia e oposição ao governo do presidente Michel Temer. O evento, denominado “HC Contra o Golpe”, está marcado para as 18h.

Na programação, estão confirmadas as bandas FIllen, Subversivos, Revolta Civil, Punho Cerrado e Rabujos. De acordo com a organização do evento, a iniciativa tem como motivação central a temática política, mas também almeja resgatar tradições do hardcore, remetendo ao final da década de 70 e a “segunda onda punk”.

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Um dos organizadores do encontro de bandas e vocalista da Fillen, Renan Castro, detalhou o intuito do evento. “Queremos trazer o hardcore dos estúdios para as ruas e provocar uma discussão acerca do atual cenário político nacional. A ideia é pensar um pouco sobre úsica e relacionar com isso tudo ao nosso redor”, resumiu. O evento é gratuito e aberto ao público.

 

"Punkrock, hardcore, sabe onde é que faz? Lá no Alto Zé do Pinho!". Os versos são da Devotos, banda pernambucana que se diferencia não só pelo peso de seu som, mas por ter conquistado uma carreira sólida - de 28 anos - com a mesma formação de origem e sem sair de sua comunidade, cantada na música que abre esta matéria e em tantas outras de seu repertório. A Devotos mostra a força do seu som em um show, nesta sexta (15), no Estelita. A Plugins também sobe ao palco para completar a noite. 

Apesar de ter sido incluída no rol de bandas 'mangue' de Pernambuco, a Devotos surgiu bem antes do Manguebeat, quando em 1988, Cannibal (vocalista e baixista), Celo (baterista) e Neílton (guitarrista), se juntaram no Alto José do Pinho - comunidade periférica do Recife onde moravam e moram ainda, ou mantém suas raízes - pela vontade de se comunicar através da música. "O Devotos foi uma banda feita para falar sobre seu cotidiano e até hoje é assim. A gente não faz por obrigação", diz o vocalista Cannibal. Influenciados pelo movimento punk de São Paulo, eles fundaram um grupo musical que, anos mais tarde, viria a ser referência na cena underground pernambucana e, sobretudo, na sua própria comunidade.

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Oriundos de um lugar inundado de cultura popular - o Alto é casa de agremiações de maracatu de baque virado, caboclinho e afoxés, entre outros - os caras souberam se colocar neste meio e extrair dele elementos que somaram na sua música e imagem. Para o jornalista Wilfred Gadêlha, especialista nas cenas do metal e punk pernambucanos, este é um dos trunfos da Devotos: "Eles conseguiram uma interação com outras cenas que não só a do punk, souberam interagir muito inteligentemente com o Mangue e foi aí que eles cresceram, conseguindo agregar mais público por conta desse ecletismo".

Outro diferencial da banda é não ter deixado seu Estado de origem para tentar a carreira nos grandes eixos, como é comum de se ver no meio musical local. A Devotos preferiu ficar em casa e fazer disso uma verdadeira bandeira. Eles construíram um caminho de parceria com sua comunidade e o trabalho social fluiu naturalmente. A Rádio comunitária Alto Falante - idealizada por eles e outros músicos da localidade - deu voz à comunidade e às bandas que não param de nascer na periferia. Este movimento mudou a imagem do Alto e acabou por levar pessoas de diferentes lugares e classes até lá. "O devotos consegue provar q você consegue ser da periferia e nao ser taxado de marginal, pra molecada que cresce lá isso é essencial. Eles são um exemplo para a comunidade", afirma Wilfred.

Se não abandonaram as raízes, os Devotos por outro lado expandiram seu horizonte, e o de diversas bandas que se espelharam neles nestas quase três décadas de um som rápido, pesado e contundente. Já foram várias as turnês pelo Brasil e por diversos outros países, onde a banda tem público cativo.


Novo disco

Após um hiato de quatro anos sem lançar discos, a Devotos se prepara para a chegada de um novo trabalho com previsão de lançamento para setembro de 2016. Ainda em estúdio, o CD está sendo composto à medida que as gravações avançam: "É um disco meio caldo de cana", brinca o baterista Celo. O álbum é de inéditas e será lançado nos formatos de CD e vinil, no Brasil e na Europa. No show desta sexta(15), a banda antecipa o que vem por aí e manda duas músicas do novo disco para saciar a curiosidade dos fãs. Assista ao vídeo da entrevista com trio que forma a Devotos. 

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Confira este e outros eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

Devotos

Sexta (15) | 22h

Estelita  (Av. Saturnino de Brito, 385 - Cabanga)

R$ 15

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