Tópicos | Visita ao Nordeste

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) disse que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não é bem-vindo no Nordeste. Bolsonaro faz a primeira visita dele à região na próxima sexta-feira (24), ele cumprirá agendas no Recife e em Petrolina. Humberto, contudo, disse que o Nordeste sempre foi discriminado pelo presidente, derrotado em todos os nove Estados na eleição de 2018, e que até agora não apresentou nenhum projeto para o desenvolvimento regional.

“Bolsonaro não é bem-vindo aqui. E sabemos isso desde a eleição, quando o presidente foi derrotado no primeiro e no segundo turnos. Ele não veio enquanto ainda gozava de popularidade. Agora, quando a sua gestão caindo de podre, quer vir aqui. Se ainda não entendeu, é no Nordeste que ele vai entender o tamanho da sua rejeição”, afirmou o senador.

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Humberto lembrou também que o presidente já chegou a se referir à região e de forma pejorativa e preconceituosa. “Os nordestinos nunca tiveram medo de ameaças. Ao ganhar a eleição, ele disse que o Nordeste não deveria pedir nada a ele, já que os governadores da região eram todos oposição ao seu governo. Mas o presidente pode ficar tranquilo, que nós não vamos pedir nada. Nós vamos às ruas lutar contra os retrocessos do seu governo”, disparou o petista.

O parlamentar ainda ironizou o fato do presidente ter visitado diversos países desde que assumiu e, apenas agora, cumprir uma agenda em um Estado nordestino.

“O Nordeste, durante anos, sofreu com o descaso dos governantes do nosso país. Essa realidade só começou a mudar quando o presidente Lula assumiu o governo e, pela primeira vez, nós começamos a ser tratados como merecíamos. No entanto, todo esse esforço se esvaiu com na gestão de Michel Temer e, agora, com Bolsonaro. Aliás, desde que assumiu a gestão há quase cinco meses, o presidente já esteve na Suíça, no Chile, em Israel e duas vezes nos Estados Unidos. Mas jamais botou os pés no Nordeste. Isso dá uma ideia da prioridade que a região tem no seu governo”, argumentou.

O presidente desembarca em Pernambuco na manhã da sexta. Ele participa de uma reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) às 10h. E à tarde, às 14h, inaugura um residencial do programa Minha Casa, Minha Vida em Petrolina.

A presidenciável pela coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva (PSB), cumpre agenda no nordeste, este fim de semana. No próximo sábado (20), a candidata desembarca em Salvador, onde participa de evento voltado aos interesses da população negra e religiões de matriz africana.  

A candidata apresentará suas propostas de governo para o segmento, durante o evento intitulado ‘Roda de Diálogo’. Ela será subsidiada pelo secretário nacional de religiosidade da negritude socialista, o pernambucano Jorge Arruda. Na pauta estão à defesa e promoção do fim da desigualdade racial e intolerância religiosa, dentre outras sugestões. “É preciso corrigir as injustiças enfrentadas pela população negra no passado, pois sofremos com o período de escravidão e intolerância religiosa. O país é laico, mas as religiões de matriz africana e afro-brasileira precisam de certa atenção dos governantes, pois a escravidão foi muito cruel com nossa fé", defendeu. 

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Jorge Arruda ressaltou que as políticas atuais para o segmento serão ajustadas de acordo com os interesses da sociedade, que também terá oportunidade de sugerir ideias para serem incorporadas no programa socialista. Segundo o secretário, o PSB tem intensificado os projetos relacionados à população negra e religiões de matriz africana desde 2009, sob o comando do ex-governador Eduardo Campos.   

Sobre o fato de Marina Silva ser membro da igreja evangélica Assembleia de Deus, o secretário executivo de promoção da igualdade racial de Pernambuco não vê isso como problema, pois a ambientalista irá governar para uma nação e não para um segmento específico. “As religiões de matriz africanas precisam de assistência e Marina vai poder viabilizar as nossas necessidades, pois é algo humanitário, que independe de religião. Nós (PSB) fizemos mais de 40 propostas. Pretendemos corrigir o legado escravocrata, mas sabemos que mudar a cultura é difícil”, concluiu Arruda.  

  

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