Tópicos | Vitória do PSB

Com 82,50% das urnas apuradas, o escolhido pelo ex-governador Eduardo Campos como candidato da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB) é eleito governador de Pernambuco. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), o socialista contabilizou 67,71% dos votos válidos, percentual suficiente para garantir a eleição no 1° turno. O socialista derrotou o senador licenciado Armando Monteiro Neto (PTB), apoiado pelo ex-presidente Lula, que obteve uma pontuação de 31,46%.

Dono de um leque de aliança composto por 21 partidos e do discurso da “nova política”, Paulo Câmara iniciou a campanha com 8% das intenções de votos e nas últimas pesquisas imprimiu uma diferença de 15 pontos percentuais à frente do petebista. A alavancada do socialista aconteceu após o dia 13 de agosto, quando Eduardo Campos faleceu durante um trágico acidente aéreo, no litoral paulista.

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A partir daquele momento, o ex-secretário saia do anonimato e se tornava o protagonista da Frente Popular no estado. Em meio ao clima de comoção que invadiu Pernambuco, o candidato que nunca antes disputou cargo eletivo passou a ser “o porta-voz do legado de Campos” até conquistar, neste domingo, o pleito eleitoral.

No programa de governo do socialista, registrado em cartório na última sexta-feira (3), consta ações como: a instalação do Bilhete Único de Transporte, a criação de três novos hospitais públicos, a manutenção das escolas integrais.

O pessebista vai exercer o mandato ao lado do vice-governador eleito, Raul Henry (PMDB). Câmara chegou a afirmar, durante a campanha, que não governará ao lado das chamadas “raposas”. Apesar de ter nas suas alianças líderes políticos como: Inocêncio Oliveira (PR), Guilherme Uchôa (PDT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Funcionário de carreira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ele ocupou três secretarias durante a gestão de Campos: de Administração (2007-2010), de Turismo (2010-2011) e da Fazenda (2011 - abril de 2014).

Em agosto, Câmara somava apenas 13% das intenções de voto no Estado, menos do que o somatório de brancos e nulos. No dia 13 daquele mês, contudo, o imprevisível modificou o pernambucano e o quadro nacional das eleições no Brasil. Com a morte de Eduardo, Marina Silva foi conduzida à cabeça de chapa na disputa pelo Palácio do Planalto e tirou Câmara da sombra política dele.

A ascensão de Câmara se deve, também, à estratégia traçada previamente por Campos: que construiu um 'chapão' de 21 partidos para seu afilhado político, o que garantiu a Câmara pouco mais de dez minutos de propaganda na TV, em contraponto aos quase cinco de Armando.

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