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A Frente Popular de Pernambuco decidiu se posicionar após as coordenações jurídicas das campanhas de Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho (União Brasil), candidatos ao Governo de Pernambuco, entrarem com representação na Justiça contra Danilo Cabral (PSB) por uso indevido da máquina pública em favor de sua campanha. 

Na última sexta-feira (23), vazou nas redes sociais uma operação política do PSB chamada "Dia D Proposta Voluntários". Este documento possivelmente foi enviado aos secretários, gestores estaduais e municipais exigindo a participação dos cargos comissionados no dia das eleições nas zonas eleitorais de Pernambuco.

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Por meio de nota enviada ao LeiaJá, a Frente Popular afirma que desconhece a origem do documento e garante que atua dentro do que manda a legislação.

Confira a nota na íntegra

Sobre o documento, a Frente Popular desconhece a origem e reforça que sempre cumpriu a Legislação Eleitoral e seguirá cumprindo. A campanha, desde o início do processo eleitoral, recebe de militantes e eleitores sugestões de atuação, sem a obrigatoriedade de acatá-las. A Frente Popular rechaça qualquer tentativa desesperada de ataque e maculação da campanha.

O candidato da Frente Popular de Pernambuco ao Governo, Danilo Cabral (PSB), prometeu, nesta segunda-feira (8), que vai, se eleito, duplicar a BR-232 até o município de Serra Talhada, no Agreste do Estado. 

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“Vamos duplicar a BR-232 até Serra Talhada. É um compromisso que queremos assumir. Eu tratei, inclusive, deste assunto com o presidente [candidato] Lula lá em Serra Talhada”, afirmou durante a sabatina na Rádio Jornal, o mencionar a passagem de Lula por Pernambuco em junho.

“Existe o projeto que foi colocado lá atrás de chegar até Arcoverde e não foi executado por problemas fiscais do próprio Governo Federal. Esta estrada custa, de São Caetano até Serra Talhada, e uma faixa até Salgueiro, R$ 3 bilhões. Estou falando de conta objetiva, eu falei esse assunto com Lula e já solicitei que pudéssemos apresentar esse projeto assim que o governo fosse instalado e dividir essa conta”, emendou Danilo.

O deputado federal disse ainda que quem é do interior do Estado sabe da importância da BR-232. “É fundamental que essa espinha dorsal de Pernambuco chegue até Serra. Este é um compromisso que estou assumindo”, reforçou.

Danilo ainda fez questão de salientar que o governo Bolsonaro não colaborou com a gestão de Paulo Câmara em Pernambuco. “Infelizmente o governador Paulo Câmara trabalhou sob um fogo serrado do Governo Federal, o governo Bolsonaro não foi um adversário do governo de Pernambuco, mas um inimigo. Precisamos reencontrar Pernambuco com o Brasil. Vamos ter a oportunidade de retomar diversos projetos e tirar do papel sonhos que não foram possíveis ser tirados”, disse projetando também a eleição do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto.

O pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), ainda não deslanchou na preferência dos eleitores no Estado. Para tentar virar o jogo, os socialistas contam com o apoio do ex-presidente Lula (PT). Na análise da deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), se o líder petista não apoiasse o PSB em Pernambuco, o partido iria preferir a vitória de Jair Bolsonaro (PL). 

"Sei que se Lula voltar atrás e um dia disser que não apoia mais o PSB no estado, a resposta deles será: 'Ah, então deixa o Bolsonaro ganhar a eleição", declarou a pré-candidata ao Palácio do Campo das Princesas em entrevista à Revista Veja nesta sexta-feira (22).

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Para a deputada, o Partido Socialista Brasileiro está mais interessado em "salvar o próprio projeto de poder em Pernambuco do que em promover a vitória de Lula nacionalmente". 

Por outro lado, Marília se diz fiel ao ex-presidente e analisa não ser tão crucial ter o petista em seu palanque. "O meu palanque é o dele, independentemente de estar presente. Sou Lula desde a juventude e todo mundo sabe", assevera. Ela avalia que o petista é "pragmático" e deve fazer o que for melhor para sua campanha. "Se puder vir para perto de mim, sei que virá"

"Meu candidato é Danilo"

Na última quarta-feira (20), em ato público realizado em Garanhuns, Agreste de Pernambuco, o ex-presidente Lula deixou claro que irá cumprir o seu acordo de alianças com o PSB e que o seu candidato no Estado é Danilo Cabral.

O difícil para o ex-metalúrgico será convencer os militantes petistas pernambucanos, já que nesta quinta-feira (21), em evento na casa de eventos Classic Hall, localizada em Olinda, Região Metropolitana do Recife, Cabral e outros políticos da Frente Popular, foram vaiados pelos presentes, que gritavam pelo nome de Marília Arraes. 

Por sua vez, Danilo disse que não queria briga. “Não vim aqui para arengar com ninguém, não aprendi a fazer política brigando, fazendo intriga, fofoca. Quem deve brigar são sempre as ideias, e é isso o que eu vim fazer aqui: defender as ideias da Frente Popular de Pernambuco”. 

O senador Humberto Costa (PT) anunciou, na manhã desta quarta-feira (24), que o deputado federal e senador eleito Jarbas Vasconcelos (MDB) declarou apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República. Jarbas era a única incógnita da chapa que disputou pela Frente Popular de Pernambuco com relação ao apoio a Haddad no segundo turno. Na primeira etapa do pleito presidencial o deputado apoiou Geraldo Alckmin (PSDB).   

 “Acabo de receber uma ligação do meu companheiro de chapa Jarbas Vasconcelos. Jarbas nos dá a grata notícia do apoio dele à candidatura de Fernando Haddad e Manuela D’Ávila”, afirmou Humberto, em publicação no Twitter.   

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“Com a brilhante história de luta que tem em defesa da democracia, Jarbas se mostra coerente com os seus princípios ao se posicionar, mais uma vez, ao lado do povo e das causas democráticas. É uma grande chegada à nossa frente, que recebe Haddad em PE amanhã”, completou, fazendo referência a agenda do candidato nesta quinta-feira (25), no Pátio do Carmo, área central do Recife. 

Apesar de ser do MDB, partido do presidente Michel Temer, e ter feito uma histórica oposição ao PT, Jarbas adotou uma postura amena e conciliadora  - até na redução dos discursos - nas eleições deste ano quando dividiu o palanque com Humberto Costa para disputar as duas vagas de Pernambuco no Senado - os dois venceram o pleito.

A tese de “unidade dos partidos de esquerda” em Pernambuco predominou entre os discursos do governador Paulo Câmara (PSB) e dos seus aliados durante a convenção da Frente Popular, neste domingo (5), no Recife. Apesar de estar sem o PDT no palanque, uma vez que a legenda deve integrar uma nova chapa ao governo que pode ser anunciada ainda hoje, Paulo disse que a coligação formada entre PCdoB, PSB e PT - e outros nove partidos - “reorganizou a esquerda” no Estado e vai “resgatar” investimentos proporcionados entre 2003 e 2011, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva governou o país. 

“Unimos a esquerda e agora vamos trabalhar por um Pernambuco mais junto. É preciso resgatar esses valores, o Brasil tem muito o que fazer”, salientou o governador, pontuando que a gestão do presidente Michel Temer (MDB) “não olha para os Estados mais pobres”. 

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A união dos partidos de esquerda é uma bandeira levantada pelo PT desde que anunciou a pré-candidatura de Lula à Presidência, pleito que também foi enfatizado por Paulo Câmara. O pessebista ponderou o desejo de “calar a voz” do líder-mor petista e disparou: “Pernambuco não vai deixar”. 

“Pernambuco tem gratidão e sabe o que Lula fez pelo nosso Estado. Então é uma hora importante nessa unidade da Frente Popular e das esquerdas na defesa de Lula, que sabe  muito bem onde quer chegar e do lado que estamos. É hora de saber quem está do lado do povo e quem está do lado do Temer”, observou. 

O senador Humberto Costa (PT), que concorrerá à reeleição pela Frente Popular, também enalteceu a aliança. “o PT chega com algumas dificuldades e problemas, mas certamente serão todos superados. Fizemos uma unidade acima de tudo pelo Brasil. Esse é o palanque que apoia Lula e vai nos ajudar a superar este momento difícil, com este governo incompetente de Michel Temer e levar Lula para um novo mandato”, frisou. 

A deputada federal e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos reforçou a tese da unidade. “Nos unimos para superar desafios e fazer um Pernambuco próspero, forte e impulsivo. É por isso que também em Pernambuco tivemos um grande marco de prosperidade e progresso, que foi uma aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva e o ex-governador Eduardo Campos. Esse foi um tempo que Pernambuco  mudou sua matriz econômica, cresceu e possibilitou mudanças sociais”, rememorou.  

Sem o PDT

No fim da convenção, o governador foi questionado pela imprensa sobre como via a ausência do PDT na Frente Popular e a criação de uma nova chapa onde o partido deve ser um dos protagonistas. Paulo disse que estava tentando ainda reverter o quadro. 

“Vim para cá eles ainda estavam debatendo. Estamos tentando conversar com eles, se tivermos êxito bem, se não vamos disputar”, resumiu-se.

Nos bastidores, já é certo de que o êxito do governador com a articulação junto aos pedetistas não virá.  De acordo com informações da Agência Estado, a chapa tendo o PDT como protagonista está sendo formada junto com o Pros e o Avante. A expectativa é de que eles apresentem o advogado e secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), Maurício Rands (PROS) como candidato a governador e o advogado Túlio Gadêlha (PDT), deve o vice. 

A composição ainda deve contar com o deputado federal Silvio Costa (Avante) como candidato ao Senado. 

Protagonista das articulações para que o PT fosse reintegrado a Frente Popular de Pernambuco e não concorrer ao Governo com a candidatura da vereadora Marília Arraes (PT), o senador Humberto Costa (PT) afirmou, neste domingo (5), que deve sentar à mesa nesta segunda-feira (6) com Marília e pontuou que pretende estimular que ela seja candidata à deputada federal. 

“Ela fez um trabalho maravilhoso [de pré-campanha], é hoje uma liderança emergente extremamente respeitada. Eu devo tentar conversar com ela amanhã, mas vamos estimular de todas as formas para que ela possa ser candidata e, certamente, terá uma grande votação”, projetou o senador, em conversa com jornalistas, depois da convenção que homologou a candidatura dele à reeleição

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“Temos o maior respeito e apreço por Marília. Queremos que ela continue fazendo [o trabalho que começou na pré-campanha] e esperamos que ela possa continuar fazendo isso disputando um mandato de deputada federal”, completou. 

O fato da postulação da neta do ex-governador Miguel Arraes ter sido preterida gerou um novo racha interno no PT, que desde 2012 passou a lidar com fissuras eleitorais. Questionado sobre as feridas que ficaram, Humberto disse que vão cicatrizar e disse que o acordo feito com o PSB foi em prol da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“Será uma campanha de Lula e a medida que o tempo for passando as feridas vão cicatrizando. Pretendo fazer uma de conversas e acredito que vamos superar”, frisou. “Fizemos esse acordo porque ele, pelo Brasil e por Pernambuco. Precisávamos e precisamos consolidar um conjunto de partidos em torno da candidatura de Lula e o apoio do PSB, ainda que não seja formal, nos ajuda a trazer, como já trazemos, o Pros e o PCdoB que virá”, acrescentou. 

Ao ser indagado se temia protesto da militância petista nas urnas, o senador negou. “O protesto já aconteceu no dia da convenção [quando ele foi chamado de golpista]. Não acredito, o povo pernambucano vai entender perfeitamente o que nos levou a fazer essa aliança que é a defesa de Lula e o enfrentamento ao golpe que foi dado no Brasil”, argumentou. 

A Frente Popular de Pernambuco oficializou, neste domingo (5), a candidatura do governador Paulo Câmara (PSB) a reeleição. Durante uma convenção que acontece no Recife, a coligação que é composta por 12 partidos homologou a chapa majoritária que, além de Paulo, tem a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), como postulante a vice e nas duas vagas para o Senado, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) e o senador Humberto Costa (PT). 

Menor que em 2014, quando tinha 21 legendas na base eleitoral, a Frente este ano é composta por PSB, MDB, PSD, PR, PP, Solidariedade, PCdoB, PPL, PMN, PRP e Patriotas. Além do PT, que retoma a aliança com a legenda pessebista em Pernambuco, parceria rompida desde 2013, quando o então governador Eduardo Campos decidiu disputar à Presidência da República contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2014, Eduardo chegou a participar da corrida nacional, mas morreu após um acidente aéreo no dia 13 de agosto daquele ano.

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Durante o evento, o afilhado político de Eduardo associou sua imagem à do líder pessebista e a do ex-governador Miguel Arraes. Com o discurso de que não cumpriu todas as promessas da campanha anterior por conta da crise econômica e política enfrentada pelo país, ele disse que estava pronto para governar o Estado pelos próximos quatro anos e prometeu mais investimentos.  

"Fizemos um trabalho árduo e duro nos últimos três anos e meio. Na maior crise política e econômica que o país já enfrentou. E ela nos deu maior força para fazer Pernambuco andar para frente", declarou o pessebista.

Lembrando dos que o antecederam, Paulo Câmara foi firme ao salientar que pretende dar seguimentos aos "compromissos" de Arraes, Eduardo e Pelopidas da Silveira com o povo. E apresentou um balanço do que fez durante seu governo.

"Vivemos um presente que nos faz olhar para o futuro. Não podemos falar do futuro sem mostrar o que nós plantamos. É só olhar o que fizemos na educação. O que fizemos na saúde, temos a melhor rede de Upas do Nordeste. E vamos continuar a fazer muito. Uma saúde mais humanizada, mas nunca se fez tanta consulta, tanto exame", disse.

Ao tratar da segurança pública, um dos calos da sua administração, o governador frisou a queda do índice da violência nos últimos meses. "Vamos continuar fazendo segurança, apesar de não termos ajuda do governo federal. Soubemos investir, enfrentar com coragem. Pernambuco está no oitavo mês de redução. Vamos continuar investindo com polícia na rua. Isso vale também para tantas outras áreas", garantiu. 

Para finalizar o discurso direcionado para a militância, ele disse ainda que pedia com humildade o apoio e o voto do povo. "Chego aqui para dizer, com humildade, que quero o apoio de vocês porque a gente vai ganhar as eleições. Até 7 de outubro não tem descanso. Vamos fazer o que Eduardo sempre nos pediu, vamos pegar no serviço", concluiu.

Deputado estadual e candidato à reeleição, Waldemar Borges (PSB) esteve entre os postulantes da chapa proporcional da Frente Popular de Pernambuco que discursou durante a convenção da coligação que acontece neste domingo (5), no Clube Internacional do Recife, na área central da capital pernambucana. Ao assumir o microfone, o pessebista deu tom ao discurso crítico que será direcionado contra a principal chapa adversária do governador Paulo Câmara (PSB), que tem como líder o senador Armando Monteiro (PTB).

Waldemar fez questão de pontuar que os mandatos dos candidatos majoritários da chapa 'Pernambuco Vai Mudar', oficializados em convenção nesse sábado (4), foram conquistados graças ao ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido em 2014. 

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"Aquele palanque deve seu mandato a Eduardo Campos, eram políticos que estavam mortos e conquistaram um lugar graças a Eduardo", alfinetou Waldemar. "Agora eles querem fazer Pernambuco retroceder, mas não vamos permitir", completou. 

 

Fazendo crítica direta a Armando, mas de citar o nome do candidato, o deputado estadual disse que será a disputa do "usineiro que vê a vida da casa grande" contra o governador que conseguiu gerir o Estado e superar a crise. 
A convenção da Frente Popular, que iniciou por volta das 10h, deve seguir até as 17h e a expectativa é que sejam homologadas cerca de 400 candidaturas proporcionais. 

 

O MDB de Pernambuco aprovou em convenção, nesta sexta-feira (3), a candidatura do deputado federal Jarbas Vasconcelos ao Senado pela Frente Popular. Na ocasião, dos 94 delegados que estavam aptos a votar, apenas 58 compareceram. Destes, 56 votaram a favor da postulação do parlamentar por uma vaga na Casa Alta. Durante o encontro, também foi dado plenos poderes para que a Executiva Estadual defina as coligações da legenda para a disputa majoritária e proporcional. O presidente estadual e vice-governador Raul Henry optou por manter a aliança do partido com o PSB, que buscará a reeleição do governador Paulo Câmara. 

Durante a convenção, que iniciou pontualmente às 9h, foi apresentada uma moção assinada pelo emedebista Orlando Tolentino e subscrita pelo senador Fernando Bezerra Coelho com a proposta de que a aliança firmada no Estado tivesse consonância com a candidatura de Henrique Meirelles à Presidência e apontando o palanque do senador Armando Monteiro (PTB) como o viável para isto. A solicitação, por sua vez, foi negada pelos delegados. 

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“A moção, apesar de intempestiva, fará parte da nossa ata”, resumiu Raul, lembrando que há onze meses ele e a atual direção do MDB de Pernambuco é alvo de “ameaça permanente” com a busca de dissolução do colegiado, a pedido de Fernando Bezerra, e que agora tramita no Supremo Tribunal Federal. 

“Todos acompanharam a nossa luta nos últimos onze meses, sabem que vivemos sob uma ameaça permanente, uma espada pendurada sobre o nosso pescoço, uma luta contra a intervenção do nosso partido”, pontuou, em discurso rápido durante a convenção, fazendo menção a decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski negando o pedido de urgência para apreciar o processo e legitimando a realização da convenção estadual.  

“Fomos ameaçados de uma dissolução injusta que não cometeu nenhum deslize, em função do atropelamento que teve precisamos judicializar, com essa decisão são cinco do Supremo a nosso favor. Nossa convicção sempre foi que manteríamos o comando do MDB, esta etapa de hoje consolida”, completou o vice-governador.

Henry também fez questão de destacar a coragem que ele, Jarbas, o deputado estadual Tony Gel e outros parlamentares emedebistas tiveram de permanecer no partido, mesmo com a possibilidade de terem a carreira política interrompida caso perdessem a disputa pela direção e agradeceu ao deputado federal André de Paula por ter oferecido o PSD para que eles disputassem o pleito. 

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Jarbas entre sorrisos e afagos

Certo de que teria o nome referendado pela convenção, o que chamou a atenção durante o encontro entre os emedebistas foram os sorrisos de Jarbas Vasconcelos. De canto a canto, o semblante do parlamentar se mostrava confiável na volta a disputa por uma vaga na Casa Alta, onde já cumpriu mandato, e “alívio” pela decisão do STF favorável ao grupo dele e de Raul Henry. 

No palanque da Frente Popular, Jarbas vai precisar dividir com o espaço com o PT, partido de quem ele é rival histórico, e a disputa pelo Senado com o senador Humberto Costa que buscará a reeleição. O deputado disse estar preparado para lidar com a militância do Pt que já o chamou de golpista. 

“Temos que estar preparados para isso, não é uma aliança que é fácil, foi difícil de fazer esse alinhamento, uma troca de conversas comandada muito bem por Paulo Câmara e tenho certeza que teremos uma chapa exitosa. Cabe a gente dar continuidade a isso e ganhar uma eleição”, observou. 

A aliança com o PT também foi encarada como natural por Raul Henry. “Já disse que aqui em Pernambuco temos uma frente ampla que tem mais de uma candidatura, temos divergência nos problemas do país e convergências estaduais, capacidade de diálogo. Vejo com tranquilidade essa aliança”, disse. 

“Podemos ter opiniões diferentes nos problemas do país. A frente é ampla, mas temos convergência com relação a Pernambuco. Um governador aplicado, responsável, que honrou os compromissos com o povo de pernambuco, uma pessoa competente e que tem todas as condições de voltar a governar Pernambuco por mais um mandato e espero que em condições econômicas mais favoráveis”, completou o vice-governador.

A posição do MDB para o pleito estadual será reafirmada durante a convenção da Frente Popular de Pernambuco marcada para o próximo domingo, das 10h às 17h, no Clube Português, no Recife. 

A vereadora do Recife Marília Arraes está apostando positivamente no resultado do Congresso Estadual do PT, onde 300 delegados vão votar se endossam a tese de candidatura própria da legenda ao Governo de Pernambuco ou se optam pela aliança com o PSB, como já definiu a Executiva Nacional do partido.

Antes do início do encontro, que acontecerá na Zona Sul do Recife, Marília fez um discurso para os militantes que apoiam o nome dela para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas acusando o PSB de “chantagem” e deixando claro que, no que depender dela, “Pernambuco vai ter uma governadora do PT”. 

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“O PSB chantageia o PT pedindo para retirar uma candidatura que hoje faz parte da realidade de Pernambuco e é uma necessidade para Pernambuco resgatar o rumo. Temos a oportunidade de disputar fazendo a boa política sem cair no jogo deles [com a votação no encontro]. Somos um palanque que vem defendendo Lula como um projeto e não apenas um cabo eleitoral. Estamos aqui para escolher como vai ser os próximos anos, essa reação dos adversários mostra que a candidatura do PT vence a eleição”, observou a petista. 

Marília também disse que a participação do PT como protagonista no pleito estadual também vai resgatar o campo da esquerda, colocando em escanteio a “falsa esquerda que vira direita no momento oportuno”. 

A neta de Miguel Arraes ainda disse que não está desrespeitando a Executiva Nacional do PT ao se colocar ainda no páreo eleitoral e pediu que os militantes que a apoiam respeitem os posicionamentos internos divergentes. 

“Temos obrigação de respeitar o que a base do PT e o povo de Pernambuco está querendo. Muita cautela, atenção, respeito com os companheiros que pensam diferente. Vamos com tranquilidade, a tranquilidade dos vencedores. Essa é uma batalha que estamos vencendo aos poucos. Vamos mandar o recado: Pernambuco vai ter uma governadora do PT sim”, disparou a vereadora.

Caso a postura pela candidatura própria seja aprovada pelos delegados do PT no Congresso, o resultado será levado para o encontro do Diretório Nacional da legenda, como base para o recurso apresentado contra a resolução da Executiva Nacional que descarta a candidatura de Marília em Pernambuco e coloca a legenda no palanque do governador Paulo Câmara (PSB).  

O PSC foi o sexto partido a deixar a formação da Frente Popular de Pernambuco que elegeu o governador Paulo Câmara (PSB) em 2014. Com o desembarque, o palanque do pessebista, que pretende buscar à reeleição, perde uma parcela dos votos evangélicos do estado, considerado um eleitorado forte. Naquele ano, por exemplo, os deputados estadual e federal mais votados tinham o segmento como base eleitoral. 

A legenda social-cristã, que agora integra o grupo ‘Pernambuco Vai Mudar’, é o reduto do clã dos Ferreira que atualmente comanda a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, com Anderson Ferreira (PR); tem uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com o deputado estadual André Ferreira (PSC); e um mandato na Câmara do Recife, com Fred Ferreira (PSC). 

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O crescimento dos votos para a família vem sendo notado nas últimas eleições. Além dos seis mandatos do patriarca Manoel Ferreira (PSC) na Alepe, de 2004 para cá André passou de 7.232 votos, na primeira eleição para vereador do Recife, para a vaga de mais votado nos pleitos de 2008 e 2012 - com 15.117 e 15.774 votos respectivamente - e em 2014 foi eleito deputado com 74.448. 

Já Anderson, na sua primeira eleição, em 2010, recebeu 48.435 votos para deputado federal e em 2014 foi reeleito com 150.565 votos. Em 2016, ele disputou a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco, e conquistou 171.057 votos segundo turno. No mesmo ano, o clã recuperou a vaga que André tinha deixado na Câmara do Recife com a eleição de Fred Ferreira, com 14.277 votos. terceiro mais votado da Casa.

Nas eleições deste ano, o grupo pretende emplacar uma vaga na disputa pelo Senado ou na Câmara Federal com André Ferreira e tentar manter a presença na Alepe com o retorno do patriarca da família, Manoel Ferreira (PSC). 

A reconfiguração da Frente Popular 

As outras cinco legendas que já deixaram a base de Paulo Câmara são PV, Podemos (antes PTN), PSDB, DEM e PPS - todas agora endossam a pré-candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao Palácio do Campo das Princesas. Além delas, a Rede Sustentabilidade que recebeu o registro da Justiça Eleitoral depois daquele pleito, mas já apoiava o palanque pessebista, hoje também está no campo de oposição. 

Apesar das perdas, o governador ainda ostenta um grupo com 15 legendas (PCdoB, PSB, PTC, PRP, PR, PSD,SD, PPL, PHS, PSDC, PROS, PP, PEN, PSL e PDT) e se mantém com a maior frente, até agora, para a corrida eleitoral. Entre esses, entretanto, o Solidariedade tem expressado insatisfações e, nos bastidores, vem sendo cortejado por Armando para ingressar na oposição. Um desafio para Paulo Câmara que tem até agosto, quando registrará a candidatura, para manter ou conquistar novos partidos para a Frente Popular. 

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Apesar de protagonizarem alinhamentos opostos dentro do PT, a vereadora do Recife e pré-candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes, saiu em defesa da postulação do senador Humberto Costa (PT) à reeleição. Ao anunciar o nome do deputado Silvio Costa (Avante) como pré-candidato ao Senado na sua eventual chapa, nesta terça-feira (19), Marília deixou claro que a outra vaga é de Humberto e pontuou que o correligionário não precisa da aliança com o PSB para ser reconduzido a Casa Alta. 

“Humberto Costa não precisa do PSB para se eleger diferente de Jarbas. Humberto é o senador de Lula e o povo de Pernambuco reconhece nele este papel para continuar sendo”, observou a vereadora. “Gostaria que ele estivesse aqui. É minha opinião como política e militante: o senador da nossa chapa deve ser Humberto Costa”, completou.  

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Humberto é um dos petistas que defende a retomada da aliança entre PT e PSB para a disputa eleitoral deste ano. Caso isso aconteça, ele vai concorrer a reeleição ao lado do deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), que é crítico histórico do PT, mas já afirmou que não terá dificuldades em pedir votos para o petista. 

Ao ser questionada sobre a postura de Jarbas, Marília disse que o emedebista se comporta de acordo com a conveniência. “É assim que ele tem se comportado não só de agora, tem se comportado de acordo com a conveniência. Quando estava em baixa se aliou ao PSB, que combatia arduamente, e agora já está elogiando o PT. Se é opção é problema dele. Eu e os que estão aqui respeitam e praticam a política de outra maneira”, alfinetou. 

A sinalização para Humberto foi reforçada por Silvio Costa, ao pontuar que o petista não vai dividir palanque com quem votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Tenho certeza que o combativo, competente e o homem que lutou bravamente contra o impeachment não vai passar pelo constrangimento de dividir a chapa com Jarbas Vasconcelos. A política é um exercício de esperança e paciência. Para mim é um grande privilégio ter o combativo e competente senador Humberto Costa ao meu lado”, observou.

Silvio disse ainda ter dados de levantamentos que apontam que mais de 50% dos pernambucanos ainda não concordam com as justificativas do impeachment e em quem o apoiou. 

Diante das perspectivas de articulações eleitorais para a construção da chapa que concorrerá pela Frente Popular de Pernambuco, apoiando à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti (MDB), disse que temia o fato de ter um nome como o do deputado estadual André Ferreira (PSC) na disputa pelo Senado Federal. A colocação foi exposta durante um debate promovido pelo Movimento Ética e Democracia sobre os “desafios futuros” do país a partir da atuação do Congresso Nacional. 

Ao abordar a necessidade de se debater uma pauta progressista no Legislativo, visando a retomada do desenvolvimento do país, Murilo citou a possibilidade de ter Ferreira ou do deputado federal Eduardo da Fonte (PP) como postulantes na majoritária da Frente. “Como  pensar em uma agenda progressista, da desigualdade, da educação se você tem um cara, que representa 1/3 do eleitorado em Pernambuco que é a igreja, com a perspectiva eleger um candidato como André Ferreira para Senador da República e tendo chances reais”, desabafou. 

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O auxiliar do prefeito Geraldo Julio (PSB) não escondeu sua insatisfação e afirmou que “jamais” daria seu voto a alguém com o perfil de Ferreira. Além disso, também salientou que se não for na chapa de Paulo Câmara, o social cristão estará na corrida eleitoral ao lado do senador Armando Monteiro (PTB). 

Nomes como o de André Ferreira no Congresso Nacional, sob a ótica de Murilo Cavalcanti, reforçam a agenda conservadora que o país enfrenta. “E nós imobilizados, sem reação”, disparou o emedebista. Apesar disso, ele considerou ainda a necessidade de fazer alianças com partidos como o PSC. “Temos que fazer coligação mesmo, com esses partidos conservadores, mas uma coisa é fazer aliança em cima de princípios e outra coisa é eleger representantes atrasados no ponto de vista político, moral, ética”, completou. 

A pouco menos de dez dias para o encontro que deve definir se o PT marchará com o PSB nas eleições ou apresentará uma candidatura própria ao Governo de Pernambuco, a divisão entre as lideranças do partido sobre o assunto se tornou ainda mais visível. Durante uma reunião que aconteceu entre o Grupo de Tática Eleitoral (GTE) nacional e membros da legenda no estado, nessa quinta-feira (3), uma ala petista apresentou um documento defendendo o apoio a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). 

A carta apresentada aos dirigentes - que conta com a assinatura, dentre outras, do vice-presidente estadual Oscar Barreto - alerta para a necessidade do PT “sair do isolamento” e pondera que a legenda não conseguiu “atrair nenhum partido político e nossas chapas proporcionais se mostram bastante enfraquecidas”.

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“A busca de alianças que potencializem as nossas lutas é tarefa de todos nós. Aqui em Pernambuco não é e não pode ser diferente”, diz o documento. “Hoje no governo do estado estão o PSB, o PDT e o PCdoB e concretamente abre-se a oportunidade do PT vir a se incorporar a essa Frente, de retomar o protagonismo e a possibilidade de apresentarmos nossas propostas de melhorias das condições de vida do nosso povo”, completa a carta. 

Para o grupo, o PT precisa “fazer política olhando para frente”. Nos bastidores, afirma-se que esta ala petista já articulou a vaga do partido na majoritária da Frente Popular de Pernambuco: a reeleição do senador Humberto Costa (PT). Os líderes petistas que defendem a candidatura própria, com a apresentação do nome da vereadora do Recife Marília Arraes ao pleito, minimizaram o que pede o documento.

Outras investidas da ala do PT que busca a aliança com o PSB, entretanto, devem vir à tona até o próximo dia 12. Nesta sexta-feira (4), inclusive, está previsto um encontro entre Paulo Câmara e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O paulista já chegou a sinalizar o apoio a reaproximação entre os partidos

Eleito com uma coligação composta por 21 partidos, o governador Paulo Câmara (PSB) não deve ter a mesma adesão para a disputa eleitoral de outubro, quando tentará a reeleição. Da aliança firmada em 2014, cinco legendas já deixaram a Frente Popular de Pernambuco - PV, Podemos (antes PTN), PSDB, DEM e PRTB - , além da Rede Sustentabilidade que recebeu o registro da Justiça Eleitoral depois daquele pleito, mas já apoiava o palanque pessebista. 

Um sétimo partido também pode desembarcar do grupo aliado a qualquer momento: o MDB. A saída deste, porém, deve ser ainda mais sentida pois ocupa o posto de maior legenda de sustentação da base governista, depois do próprio PSB. 

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O desfalque pode acontecer porque parte da sigla, liderada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), defende uma participação protagonista na disputa eleitoral e o senador já se colocou como pré-candidato ao governo, entretanto para que se concretize ele terá que vencer uma briga judicial que enfrenta contra o atual vice-governador e presidente do MDB-PE, Raul Henry, que defende a continuidade na Frente Popular. 

Mesmo assim, Paulo Câmara ainda ostenta um grupo com 17 legendas (PCdoB/PSB/PTC/PRP/PR/PSD/PPS/SD/PPL/PHS/PSDC/PROS/PP/PEN/PSL/ PDT/PSC), a maior frente, até agora, para a corrida eleitoral. Dentre eles, PSC e PP também são incertos, pleiteiam vaga na majoritária e vêm se articulando tanto com o governador quanto com a oposição. Os dois partidos desejam postular o Senado com o deputado estadual André Ferreira e o deputado federal Eduardo da Fonte, respectivamente.

Perdas naturais 

O desembarque dos partidos da base aliada durante os últimos três anos e um mês, foi considerado natural pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. 

”Fizemos uma maior aliança em 2014, ou seja, é natural que dentro do processo, até porque cada partido tem suas estratégias e aspirações, tenha aqui a acolá alguma decepção. Não gostaríamos que isso acontecesse, gostaríamos de ter a aliança renovada, mas sabemos que nem sempre isso é possível. Dentro do universo de 21 partidos você perder alguns é natural, mas vamos lutar ainda. Tem tempo para isso”, garantiu.

O pensamento foi comungado pelo cientista político Elton Gomes que avaliou a situação pré-eleitoral do governador. “Em todo o processo de coalisão acontece o que muitas vezes chamamos de fadiga material, passado quatro anos de Paulo Câmara, que não tem mais a figura do líder Eduardo Campos, é natural que você tenha distensões”, considerou. “Esse racha envolvendo o PMDB é o principal, partido que tem o vice e abriu brecha para muitas dissidências”, completou.

De acordo com Gomes, além da aliança, ter a máquina pública nas mãos pesará muito na disputa. 

“A Frente Popular ainda muito potente, mas tem muita rachadura… Apesar desse racha o PSB e as demais agremiações que dão sustentação a Paulo Câmara continuarão com um exército de deputados e candidatos que vão pedir votos para o governador que tem vantagem diante da oposição pelo tamanho da aliança e a máquina nas mãos. Dos últimos governadores, apenas um não foi reeleito, o Mendonça Filho”, lembrou.

Paulo Câmara tem até agosto, quando registrará a candidatura, para manter ou conquistar novos partidos para a Frente Popular. A expectativa, nos bastidores, é de que mesmo com as perdas e o possível desembarque do MDB, o PT, antigo aliado do PSB, retorne a base de sustentação do governo e amplie o leque do pessebista com a adesão de movimentos populares que militam com a legenda petista. 

O eventual desembarque do PMDB da Frente Popular de Pernambuco para uma disputa em 2018 foi amenizado pelo governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB. A possibilidade será concretizada caso a tese do ex-pessebista e recém filiado ao PMDB, senador Fernando Bezerra Coelho, de criar uma frente de oposição a Paulo tendo a legenda como "protagonista" na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas, ganhe fôlego e seja imposta pela direção nacional. Nos bastidores, conta-se que o candidato seria o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (ainda no PSB).

"Não trabalho com outra hipótese a não ser a de ter o PMDB de Jarbas e Raul conosco em 2018", salientou. "O PMDB tem ajudado a governar Pernambuco uma de maneira desafiadora", acrescentou ponderando que acredita na manutenção da direção local do partido e da liderança de Jarbas. O governador foi um dos que participou do evento em desagravo ao deputado na noite desta segunda-feira (18).

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Geraldo Julio corroborou dos argumentos do correligionário. "Sou confiante que este processo vai fundar com a garantia deles no comando do PMDB", cravou. Ao ser questionado se temia disputar uma eleição  contra ex-aliados, o prefeito disse que não. " Eleição tem que ter adversário. Estamos acostumados a disputar eleição contra forças políticas e a gente carrega como patrimônio mais importante da Frente Popular, em todas essas disputas, uma liga direta com o povo. O povo quer uma política séria e coerente", complementou.

O PMDB é o segundo maior partido que compõe a Frente Popular e ocupa hoje a vice-governadoria com Raul Henry.

A Frente Popular Brasil de Pernambuco promoverá no próximo dia 10 um ato, em defesa da Democracia e das Conquistas Sociais, intitulado “#ForaTemer”. A mobilização será realizada em todos os estados do país e na capital pernambucana terá como ponto de concentração a Praça do Derby, a partir das 15h.

De acordo com presidente do PT em Pernambuco Bruno Ribeiro, outros atos serão realizados em todo o país pela saída do presidente interino Michel Temer (PMDB) antes mesmo do dia 10 de junho. Na avaliação de Ribeiro, o governo Temer é ilegítimo e o PT não aceitará que o presidente interino atente “contra a Constituição (Federal) e os direitos sociais” conquistados ao longo da gestão de Dilma Rousseff.

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“Não deixaremos que Temer faça a entrega do pré-sal aos direitos internacionais. Nosso ato é também pela recusa dessa farsa que está sendo o impeachment de Dilma, estamos batalhando pelo respeito aos votos livres dados em 2014 (a Dilma)", cravou.

Para o presidente estadual do PT, as gravações divulgadas sobre as conversas que Romero Jucá com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, a do presidente do Senado Renan Calheiros com Machado e do ex-presidente José Sarney com o ex-presidente da Transpeto são uma “confissão de uma farsa” armada contra Dilma.

 

“Nós já vínhamos falando desse golpe, mas a divulgação dessas gravações está demonstrando que essa foi uma farsa montada para tirar Dilma do governo. Queremos a saída de Temer e a volta de Dilma. É por isso que vamos às ruas no dia 10”, frisou.  

Integrantes da Frente Popular de Pernambuco realizam, nesta sexta-feira (17), uma carreata em apoio à campanha presidencial de Aécio neves (PSDB) em Petrolina, no Sertão do Estado. A mobilização, liderada pelo PSB, vai se concentrar no aeroporto da cidade e está prevista para iniciar às 14h30.

Participam do ato o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB), os deputados federais Fernando Filho (PSB) e Gonzaga Patriota (PSB), além dos estaduais eleitos Lucas Ramos (PSB) e Miguel Coelho (PSB). 

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Além de pedir votos para o tucano, a carreata também servirá como ato de agradecimento dos socialistas pela votação obtida na cidade. Apesar de ser gerida por Julio Lossio (PMDB), que é opositor ao PSB no estado, a legenda conquistou uma votação expressiva no local. A intenção dos socialistas agora é tentar transferir a preferência para Aécio Neves.

"Vamos nos reunir para agradecer e promover a campanha de Aécio à presidência da República. Vamos movimentar a cidade para pedir que os nossos votos também cheguem a Aécio Neves", frisou o deputado estadual Miguel Coelho.

A Frente Popular de Pernambuco está organizando ações em prol da candidatura de Aécio Neves (PSDB) a presidência da República para o próximo fim de semana. O governador eleito Paulo Câmara (PSB), o vice Raul Henry (PMDB) e o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) devem visitar diversas regiões do estado para reforçar que agora participam do palanque tucano e pedir votos. Na capital pernambucana, as atividades ficarão sob a batuta do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). 

A previsão inicial é que eles visitem as cidades de Arcoverde, Petrolina, ambas no Sertão, e Caruaru, no Agreste. As atividades devem iniciar a partir desta sexta-feira (17). O cronograma está sendo finalizado pelo ex-secretário estadual de Saúde, Antônio Figueira, que participou da coordenação da campanha do PSB no estado. 

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Em todas as cidades, Câmara, Raul e Fernando devem participar de uma carreata seguida de comício. Na programação dos socialistas, Petrolina receberá a campanha no sábado (18). Três dias depois, na terça-feira (21), a cidade também está na rota petista. O ex-presidente Lula (PT) e a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, devem desembarcar no município sertanejo para endossar a preferência local. 

Com 82,50% das urnas apuradas, o escolhido pelo ex-governador Eduardo Campos como candidato da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB) é eleito governador de Pernambuco. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), o socialista contabilizou 67,71% dos votos válidos, percentual suficiente para garantir a eleição no 1° turno. O socialista derrotou o senador licenciado Armando Monteiro Neto (PTB), apoiado pelo ex-presidente Lula, que obteve uma pontuação de 31,46%.

Dono de um leque de aliança composto por 21 partidos e do discurso da “nova política”, Paulo Câmara iniciou a campanha com 8% das intenções de votos e nas últimas pesquisas imprimiu uma diferença de 15 pontos percentuais à frente do petebista. A alavancada do socialista aconteceu após o dia 13 de agosto, quando Eduardo Campos faleceu durante um trágico acidente aéreo, no litoral paulista.

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A partir daquele momento, o ex-secretário saia do anonimato e se tornava o protagonista da Frente Popular no estado. Em meio ao clima de comoção que invadiu Pernambuco, o candidato que nunca antes disputou cargo eletivo passou a ser “o porta-voz do legado de Campos” até conquistar, neste domingo, o pleito eleitoral.

No programa de governo do socialista, registrado em cartório na última sexta-feira (3), consta ações como: a instalação do Bilhete Único de Transporte, a criação de três novos hospitais públicos, a manutenção das escolas integrais.

O pessebista vai exercer o mandato ao lado do vice-governador eleito, Raul Henry (PMDB). Câmara chegou a afirmar, durante a campanha, que não governará ao lado das chamadas “raposas”. Apesar de ter nas suas alianças líderes políticos como: Inocêncio Oliveira (PR), Guilherme Uchôa (PDT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Funcionário de carreira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ele ocupou três secretarias durante a gestão de Campos: de Administração (2007-2010), de Turismo (2010-2011) e da Fazenda (2011 - abril de 2014).

Em agosto, Câmara somava apenas 13% das intenções de voto no Estado, menos do que o somatório de brancos e nulos. No dia 13 daquele mês, contudo, o imprevisível modificou o pernambucano e o quadro nacional das eleições no Brasil. Com a morte de Eduardo, Marina Silva foi conduzida à cabeça de chapa na disputa pelo Palácio do Planalto e tirou Câmara da sombra política dele.

A ascensão de Câmara se deve, também, à estratégia traçada previamente por Campos: que construiu um 'chapão' de 21 partidos para seu afilhado político, o que garantiu a Câmara pouco mais de dez minutos de propaganda na TV, em contraponto aos quase cinco de Armando.

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