Magno Martins

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Política Diária

Perfil:Graduado em Jornalismo pela Unicap e com pós-graduação em Ciências Políticas, possui 30 anos de carreira e já atuou em veículos como O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Foi secretário de Imprensa de Pernambuco e presidiu o comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. É fundador e diretor-presidente do Blog do Magno e do Programa Frente a Frente.

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Cuspindo no prato

Magno Martins, | qui, 12/12/2013 - 00:00
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Picado pela mosca azul, o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), adotou uma estratégia desesperadora para tentar emplacar o seu nome na chapa majoritária em 2014 no campo governista. Feito mosca tonta, exercita a teoria do vale-tudo.

Não sei nem que é seu marqueteiro, mas suas ações parecem cômicas e não fossem trágicas. Primeiro, antecipou seu apoio ao nome do ex-ministro Fernando Bezerra para governador nem combinar com ninguém, muito menos a cúpula do seu partido.

Como se estivesse tresloucado, seu eco teve a ressonância de pregações em deserto. No PSB, ninguém deu bolas à rasgação de seda, porque não está deflagrada ainda a disputa interna. Aliás, nem haverá essa contenda, porque o nome socialista será definido pelo governador sem expor ninguém numa guerra antropofágica.

Numa sucessão de besteirol, o prefeito de Jaboatão, que sonha 24 horas em ser candidato a vice-governador, com crises que o levam a sonhar com o Senado, escolheu agora o discurso fácil de criticar o seu próprio partido.

Só faltou dizer que o partido é uma nau, sem rumo, porque não tem um comandante. Elias é um ingrato. Come no prato que cuspiu. De Sérgio Guerra, recebeu em 2008, quando disputou a Prefeitura de Jaboatão, todo apoio e condições.

Eleito, negou a Guerra espaços e dois anos depois, ao invés de apoiá-lo integralmente para federal, distribuiu seus votos com vários candidatos. Agora, como já viu que não terá apoio do partido para uma indicação majoritária, já começou a jogar pedras no seu comando.

Diz um provérbio popular que quem não sabe se controlar é tão sem defesa como uma cidade sem muralhas.

ENGESSAMENTO – A indiferença da população brasileira continua em relação aos escândalos envolvendo políticos. Em pesquisa nacional, realizada de 3 a 7 de dezembro, 93,5% das pessoas ouvidas disseram simplesmente um não à seguinte pergunta: “Depois da prisão dos envolvidos no mensalão, você mudou sua intenção de voto para as eleições presidenciais de 2014?”

Joguem o comandante!– A ousadia de Dilma em levar quatro ex-chefes de Estado para os funerais de Mandela rende piadinhas na internet. Dizem que na volta foi feita uma enquete para saber quem jogariam lá de cima no mar. Deu empate entre Collor e Sarney, mas quem ganhou, de fato, foi o comandante da aeronave.

Sem reforma– Numa conversa, ontem, com um grupo de jornalistas, o vice-presidente Michel Temer revelou pessimismo sobre uma possível reforma ministerial já para o próximo sábado, como chegou a ser noticiado. Segundo ele, a presidente Dilma só deve tratar do assunto em janeiro ou fevereiro. E tem gente ainda apostando que só sai mesmo em março.

Só em 2018- Sobre o PMDB, Temer disse que o partido só disputa a Presidência da República com candidatura própria nas eleições de 2018. “Vamos priorizar o crescimento da bancada do partido no Congresso”, disse o vice-presidente, para em seguida brincar: “Vocês dizem que o PMDB é um partido complicado e o PSDB? Quem aguenta mais essa briga de Aécio com Serra”, sapecou.

Aliado fiel– O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), disse que tem maior apreço e admiração pelo senador Armando Monteiro Neto, mas não sabe de onde saiu à notícia de que ele (Queiroz) estaria cotado para candidato a vice na chapa do trabalhista. “Sou eduardista de carteirinha e estarei no palanque do candidato escolhido pelo governador”, enfatizou.

CURTAS

SÓ EM 2014 – Numa entrevista ao Frente a Frente, ontem, o ministro da Integração, Francisco Teixeira, deixou a entender que dificilmente a presidente Dilma irá a Afogados da Ingazeira ainda este ano inaugurar mais um trecho da Adutora do Pajeú. O problema não tem nada a ver com a agenda, mas com dificuldades operacionais na adutora.

PIPEIROS CORTADOS – Sobre os pipeiros que estavam distribuindo água na área da seca com tanques já usados para transportar combustíveis, Teixeira disse que a Polícia Federal já identificou grupos e que os mesmos foram cortados do programa, através do Exército.

 

Perguntar não ofende: O que tanta conversaram Jarbas e Fernando Bezerra, ontem, em Brasília?

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