Aos cartolas, o banquete!

Magno Martins, | qua, 06/11/2013 - 00:00
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A presidente Dilma Rousseff deu o aval ao ministro Aldo Rebelo (Esportes) para tocar a proposta do deputado Vicente Cândido (PT-SP), que anistia os grandes clubes de futebol das dívidas que têm com a União.

A conta para a Viúva chega a três bilhões de reais com INSS, FGTS e Imposto de Renda. Dilma pediu que Rebelo defina com Cândido a melhor maneira – via Medida Provisória ou Projeto de Lei. É uma boa notícia para os clubes?

Certamente que sim. Mas o problema é que os cartolas do futebol não param de torrar dinheiro e de acumular novos prejuízos. Segundo levantamento recente da Pluri Consultoria, os 23 clubes de maior faturamento do Brasil tiveram um prejuízo acumulado de R$ 1,8 bilhão nos últimos seis anos (2007-12), equivalente a 15% do faturamento bruto no mesmo período. 

Apenas cinco dos 23 clubes apresentaram lucro nos últimos seis anos. Os quatro grandes cariocas são os campeões em perdas, com um acumulado de R$ 1,04 bilhão. Fica combinado o seguinte: podem continuar gastando, pagando salários estratosféricos aos “Luxemburgos da vida”.

Porque, daqui a quatro anos, na véspera da eleição de 2018, a pessoa que estiver sentada na cadeira mais confortável do Palácio do Planalto dará uma canetada e vai zerar tudo outra vez. Enquanto isso, no Nordeste os pequenos criadores e produtores, que perderam tudo na seca, desde a lavoura às cabeças de gado, estão sem crédito na praça, com dívidas executadas pela União.

É que assim que Dilma trata o Nordeste: aos cartolas, tudo, buscando o famigerado jeitinho brasileiro. Aos pobres produtores nordestinos, a lei dura e impiedosa!

E você ai preocupado com a prestação do carro, financiado em 60 meses, e não aparece ninguém pra aliviar sua vida…

BATATA QUENTE– Quem paga a conta do aumento da criminalidade no País? As pesquisas de opinião revelam que a segurança pública, ao longo dos anos, tem sido um dos principais problemas a ser enfrentado. Nem o Governo Federal nem os estaduais oferecem essa resposta. “A segurança é uma batata quente. E todo mundo joga esta batata das mãos de um  para outro”, revela Renato Sérgio, ex-coordenador do Fórum Nacional de Segurança.

E nós, mortais?– Do ex-prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (PSB), ao ser informado sobre a generosidade de Dilma com os timões do Sul e Sudeste: “Já os mortais, preocupados com a prestação do carro, muitas vezes financiado em até 60 meses, não conta com ninguém para aliviar a sua vida”.

Salários, o problema!– Renato Sérgio avalia que é preciso repensar o financiamento da segurança pública no País. Hoje, o investimento global anual é de R$ 61 bilhões, mas deste montante 40% são consumidos com o pagamento de aposentados. Ele afirma que sobra muito pouco para melhorar os salários dos policiais da ativa. Ele sugere desmilitarizar as polícias.

Calcanhar de Aquiles - O senador Roberto Requião pegou no pé das Organizações Globo. Encaminhou ao Ministério da Fazenda e ao MP pedidos de informações sobre as dívidas tributárias e fiscais da Rede Globo e sobre a investigação relativa ao sumiço do processo em que as Organizações eram investigadas por uma operação tributária irregular.

Non grata – O presidente do PDT, José Queiroz, virou persona non grata em Água Preta, onde, em eleição suplementar de domingo passado, o pedetista Armando Souto foi eleito. Tudo porque apoiou na eleição passada, também vencida por Armando, o candidato do PSB. O prefeito tem uma profunda mágoa de Queiroz, que não reconheceu a convenção do pleito passado.

CURTAS

PROGRAMA ILEGAL – O Ministério Público do Trabalho identificou ilegalidades no programa Mais Médicos. Constata que houve desvirtuamento da finalidade da medida, que seria supostamente um programa de ensino. “O foco é a contratação da força do trabalho, a relação de trabalho entre o poder público e cada um dos trabalhadores”, alega.

ESPIONAGEM– O deputado Mendonça Filho apresentou requerimento convocando ministros do Governo Dilma para explicarem espionagem a diplomatas de três países. A ABIN, segundo reportagem da Folha de São Paulo, fez dez operações secretas entre os anos de 2003 a 2004, fato que se assemelha ao caso de espionagem americana no Brasil.

Perguntar não ofende: Os ministros de Dilma vão dizer o que sobre a espionagem da ABIN a três países?

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