Daniel: candidatura de Bolsonaro vem se consolidando

'Não acho que ele pode ser menosprezado ou como alguns dizem que ele vai ‘secar’ na eleição, que vai sumir, não acho que é uma equação tão simples', destacou o deputado federal

por Taciana Carvalho | sex, 09/02/2018 - 10:41
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O deputado federal Daniel Coelho (PSDB), durante entrevista concedida ao LeiaJá, falou sobre o cenário presidencial deste ano. O tucano que chegou a dizer, recentemente, que acreditava em um segundo turno entre o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSC) e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), minimizou desta vez ressaltando que não tinha “bola de cristal” para saber quem chegará em um possível segundo turno. 

Apesar da declaração, Daniel falou que é preciso ter cuidado para que a situação atual não seja ainda piorada e afirmou que a candidatura de Bolsonaro está se consolidando. “A candidatura de Bolsonaro é evidente que está se consolidando com uma parcela do eleitorado, mas também tem uma rejeição muito alta. Ou seja, é um candidato que no primeiro turno aparece bem e no segundo turno aparece com poucas chances, mas ele tem conseguido dialogar com essa parcela, ele está se consolidando naquele ambiente. Se ele vai ter capacidade de crescer e de garantir a presença e chegar ao segundo turno, só o tempo vai dizer”.   

Por esses fatores, o tucano ressaltou que Bolsonaro não pode ser menosprezado. “Não acho que ele pode ser menosprezado ou como alguns dizem que vai ‘secar’ na eleição, que vai sumir, não acho que é uma equação tão simples. Acho que há uma dúvida em relação a isso”. 

Ele acredita que o PT, assim como Bolsonaro, tem um cenário favorável no primeiro turno, mas que encontrará uma “dificuldade” no segundo. “Já as candidaturas de centro como Ciro Gomes, Álvaro Dias e Geraldo Alckmin, que não têm uma posição consolidada no primeiro turno, têm uma rejeição mais baixa no segundo. Então, um candidato de centro que chegue no segundo turno tem uma chance de vitória, caso ele consiga passar essa barreira”. 

Daniel ainda falou que há um quadro de indefinição muito grande e que não há candidaturas, de fato, consolidadas. "Também existe uma dificuldade dos candidatos a presidente de dialogar com a sociedade. Essa discussão não está chegando na população, está muito no campo teórico onde existe um ambiente perigoso onde um acusa o outro de corrupção, mas ninguém faz a autocrítica. Poucos estão tendo a capacidade de refletir os erros do seu próprio campo político. Espero também que não aconteça o mesmo que em 89 onde que teve mais de dez candidatos e acabou com um final que não foi bom coma vitória de Collor, que acabou vencendo por haver uma grande indefinição naquele período. A gente espera que o resultado não seja esse”, concluiu.

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