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Se estivesse vivo, Paulo Freire completaria 100 anos neste domingo (19). Nascido no Recife no dia 19 de setembro de 1921, o pedagogo pernambucano tornou- se um dos intelectuais brasileiros mais relevantes do século passado, por ter dedicado sua vida ao desenvolvimento de uma pedagogia crítica, na qual a educação é tomada como instrumento de libertação das opressões sociais.

Autor de clássicos como “Pedagogia do Oprimido”, Freire foi nomeado Patrono da Educação Brasileira no dia 13 de abril de 2012, por meio de lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Em homenagem a seu centenário, o LeiaJá apresenta o documentário em áudio “Paulo Freire: o legado” - disponível ao fim do texto -, que enfatiza a influência de seu pensamento para educadores da atualidade.

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O trabalho jornalístico parte do processo de alfabetização do próprio Paulo Freire, em Pernambuco, e de suas primeiras vivências como professor, trazendo ainda detalhes da lendária experiência de Angicos, cidade localizada no sertão do Rio Grande do Norte, em que o pedagogo e sua equipe alfabetizaram 300 adultos em apenas 40 horas. A professora de pedagogia da Universidade de Pernambuco (UPE), Fátima Gomes, ressalta que o método de alfabetização de Paulo Freire ambicionava mais do que simplesmente ensinar a ler e escrever.

“Era preciso fazer uso social e político desse conhecimento na vida cotidiana. O método Paulo Freire estimula a alfabetização de adultos, principalmente, mediante uma discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, no contexto social dos alunos, que seriam estudadas, consideradas para aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo”, explica Fátima Gomes.

A ousadia de Freire em colocar em prática um trabalho de educação libertadora fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados por “subversão” pela ditadura militar, em outubro de 1964. “Os responsáveis pelo golpe foram estrategistas. Eles tiraram de cena as maiores cabeças, intelectuais que estavam tratando de fazer uma grande revolução para o país. Dessa maneira, controlaram todo o cenário de cima para baixo”, explica o historiador José Carlos Mardock.

Durante o exílio, Paulo Freire peregrinou por países como Bolívia, Chile e Estados Unidos, onde atuou um ano como professor visitante da Universidade de Harvard. De lá, o pernambucano rumou para Genebra, na Suíça, para assumir a chefia do departamento de Educação do Conselho Mundial de Igrejas, cargo que o permitiu viajar por diversos países da África e da Ásia, mundializando suas ideias e livros.

“A consequência foi justamente a produção de uma vasta obra e de um pensamento educacional e político que até hoje perdura. Sua trajetória de vida, a contribuição teórica, reflexão sobre a prática, proposta de políticas públicas, especialmente para  área educacional, fizeram com que ele se tornasse e seja até hoje uma referência mundial para diversos intelectuais, profissionais de diversos campos do saber, atores sociais, educadores e educadoras comprometidos com as causas populares, com a educação pública de qualidade e com a luta por uma sociedade mais justa”, ressalta Fátima Gomes.

Freire só voltou em definitivo para o Brasil em junho de 1980, para, em suas palavras, “reaprender o Brasil”. Após o retorno, o pedagogo voltou a assumir importantes cargos, o de Secretário de Educação da prefeitura de São Paulo, em 1989, durante a gestão da prefeita Luiza Erundina.

No dia 2 de maio de 1997, Freire faleceu em razão de um infarto agudo no miocárdio. O pedagogo soma mais de 40 títulos de doutor honoris causa, além de dezenas de obras publicadas.

Escute o radiodocumentário "Paulo Freire: o legado", assinado pelos jornalistas Nathan Santos e Marília Parente, com edição técnica de Danillo Campelo e Caio Lima:

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Após dois meses de internação, o veterano da 2ª Guerra Mundial, Lloyd Falk venceu mais uma batalha. Aos 100 anos, ele comoveu os profissionais de saúde do Henrico Doctor’s Hospital, de onde saiu recuperado da Covid-19. Há poucos meses, Falk havia perdido sua esposa, de 74 anos, para a doença.

Em um vídeo publicado nas redes sociais do hospital, é possível observar o momento que em que o veterano cruza os corredores, aplaudido pelos médicos e enfermeiros. "Nós o saudamos, senhor Falk. Sua coragem e resiliência inspira a todos nós", celebrou a unidade de saúde, na postagem.

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Boas notícias sobre o coronavírus começam a aparecer. De acordo com o levantamento feito pelo monitoramento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, localizada nos Estados Unidos, um total de 100.443 casos de pacientes diagnosticados com a covid-19 conseguiram se curar, em todo o mundo.

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O lugar em que mais pessoas se recuperaram foi justamente a província de Hubei, na China, onde o vírus foi descoberto, com 59.882 pessoas recuperadas da doença.

Os outros locais em que ocorreram mais curas foram o Irã, com 8.376, e a Itália, com 7.024. No mundo, o número de casos confirmados passou de 350 mil e o total de óbitos é de 15.430.

A Itália já foi mais afetada do que a própria China, com 5.476 mortes.

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