Tópicos | 1ª vice-governadora

A reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) vai possibilitar a Pernambuco um marco: ter a primeira vice-governadora da história do Estado. Com a mudança de mandato, em 1º de janeiro de 2019, quem assume a vaga agora ocupada por Raul Henry (MDB) é a atual deputada federal Luciana Santos (PCdoB). Aos 52 anos e formada em engenharia elétrica, a comunista disse que pretende pautar a atuação pela “lealdade, colaboração e espírito público”, mas além disso que sua intenção é ser “soldado” em defesa da ampliação e transversalidade das políticas públicas voltadas para a mulher.

Com um perfil feminista e encarando com “entusiasmo” o protagonismo conquistado, Luciana afirmou que pretende se empenhar dobrado como vice-governadora. “[As pernambucanas podem esperar] um empenho dobrado meu, no sentido de garantir que a política pública da emancipação feminina, tudo que diz respeito a garantia de direitos, qualidade de vida das mulheres e enfrentamento a desigualdade ganhe mais contornos de transversalidade e perpasse todas as secretarias, que se possa construir uma cultura de olhar mais voltado para mulher em cada contexto”, comprometeu-se.

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Na ótica da política, “a autonomia financeira [das mulheres] é por onde a gente deve seguir como carro chefe”. “Autonomia financeira garante autonomia às mulheres, mas desde Eduardo [Campos] que há um acúmulo grande de avanços e conquistas, precisamos cada vez mais acompanhar o plano integrado de saúde da mulher, Pernambuco é pioneiro na Mãe Coruja, que garantiu um índice de mortalidade materna menor, e virou um programa nacional, hoje é o rede cegonha. Então, as pernambucanas podem ficar certas de que vão encontrar na vice-governadora um soldado para tudo o que diz respeito aos direitos da mulher”, garantiu.

A pauta da mulher, contudo, não é o único foco de Luciana Santos. A vice-governadora eleita, que já foi prefeita de Olinda por dois mandatos e deputada estadual, também afirmou que quer continuar atuando nas questões estruturantes do Estado, no diálogo com os movimentos sociais e no planejamento tecnológico a longo prazo e médio prazo.  

“Já fui gestora em Olinda, mas é diferente partilhar a gestão de um Estado inteiro. Vou aprender muito e poder ter o olhar voltado para o futuro, pensar em ações estratégicas para Pernambuco, que conseguiu se inserir nas diversas categorias econômicas brasileira, mas precisamos qualificar mais os pernambucanos e pernambucanas para a dinâmica que virá em função de um monte de fatores do sistema industrial brasileiro que tende se inovar. Além disso, quero participar de questões estruturantes, o que já faço como deputada”, observou.

Desafios de Pernambuco e do país

Prestes a ingressar na gestão estadual, Luciana fez projeções para o segundo mandato de Paulo Câmara e afirmou que ele pode se consolidar como o governador que garantiu o abastecimento hídrico para todo o Estado. “Ele pode consolidar essa marca, como se doutor [Miguel] Arraes fosse a luz para os pernambucanos e Paulo a água. Podemos consolidar algumas marcas neste novo governo”, ressaltou.

Entretanto, para conquistar essas marcas, a presidente nacional do PCdoB reconheceu que não será do dia para a noite, porque vai depender também do cenário nacional.

“Tenho pela consciência dos desafios que a gente tem, como vice-governadora procurarei me marcar pela lealdade, a colaboração, o espírito público e a consciência de que vamos atravessar uma maré difícil, porque mesmo que Fernando Haddad ganhe, e vamos lutar para garantir isso, não será uma coisa simples o cenário econômico e político que vamos enfrentar dada a radicalização política e ideológica que vemos no país, desde a deposição da presidenta Dilma para cá. É um ambiente ainda muito radicalizado que precisa ter espírito para afirmar a institucionalidade e saber que a retomada do crescimento do Brasil não será no piscar de olhos”, considerou Luciana.

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