Tópicos | 2º trimestre

O crescimento da receita bruta nominal do setor de serviços acelerou na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, passando de 7,6%, na alta do primeiro trimestre fechado, para 9,2% no segundo trimestre, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), inaugurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 21. Em junho, houve crescimento de 8,6% ante junho de 2012.

O IBGE divulgou também o crescimento da receita bruta nominal por atividades de serviços. Os serviços prestados às famílias registraram variação de 9,0%; os serviços de informação e comunicação, 7,6%; os serviços profissionais, administrativos e complementares, 7,8%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, 9,8%; e outros serviços, 11,0%.

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A economia dos EUA se recuperou levemente no segundo trimestre, apesar de o ritmo de crescimento ter continuado fraco com os cortes de gastos dos consumidores e do governo federal. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma taxa anualizada de 1,7% entre abril e junho, segundo o Departamento do Comércio. Economistas consultados pela Dow Jones previam uma expansão bem menor, de 0,9%. O número representa uma recuperação em relação ao crescimento revisado de 1,1% no trimestre anterior.

A performance geral mostra que a economia norte-americana está com dificuldades para ganhar força em meio ao fraco crescimento global, à incerteza política doméstica, aos impostos mais altos e aos cortes automáticos de gastos federais. Mesmo assim, alguns dados sugerem que a economia pode se recuperar mais nos próximos meses, apoiada pela força do mercado imobiliário, pelos gastos das empresas e pela diminuição dos efeitos das políticas de gastos do governo.

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"O foco agora é na segunda metade do ano. Muitos esperam que o ritmo de atividade vai se recuperar nos últimos seis meses de 2013, apesar de a amplitude da aceleração ainda ser fortemente discutida", disseram economistas do Royal Bank of Scotland.

O governo dos EUA revisou os números para incluir novas medidas que, segundo as autoridades, refletem melhor a economia. Pela primeira vez, o Departamento do Comércio divulgou dados sobre ativos intangíveis como pesquisa e desenvolvimento e artes. No segundo trimestre, essas categorias contribuíram com o PIB.

Mesmo com as revisões, os consumidores continuaram sendo o componente mais importante do PIB. Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da demanda na economia, cresceram 1,8% no período, menos que o crescimento de 2,3% no primeiro trimestre. No entanto, um mercado de ações mais saudável e os preços altos dos imóveis, juntamente com ajustes nos impostos mais altos, pode motivar gastos nos próximos meses.

Os investimentos residenciais fixos, que incluem construções de imóveis e melhorias no lar, cresceram 13,4% no segundo trimestre, após terem registrado também sólidos ganhos nos últimos dois anos. O ritmo de investimentos das empresas também deu um salto, com aceleração nos gastos com equipamentos e estruturas, em um sinal de otimismo para os próximos meses.

Já os gastos do setor público recuaram 0,4%, ante queda de 4,1% no trimestre anterior, mas ainda representando um peso sobre o crescimento. Os números, porém, sugerem que o pior dos cortes de gastos pode já ter passado.

Já o comércio exterior foi um ponto positivo, com as exportações subindo 5,4%, apesar do crescimento mais fraco global. Fonte: Dow Jones Newswires.

O número de fusões e aquisições caiu 15% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, diz pesquisa da KPMG. No trimestre, foram registrados 194 negócios, contra 229 no mesmo intervalo de 2012. O contexto econômico menos favorável e a menor expectativa de crescimento no País foram as principais razões da queda, que foi observada também no primeiro trimestre ante um ano atrás, segundo a KPMG.

Para Luís Motta, sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, apesar do cenário de queda com relação a 2012, a tendência deste ano é de estabilidade nos patamares atuais. "Fechamos o primeiro trimestre de 2013 com 192 operações e o segundo com 194. Os números são muito parecidos e possivelmente serão mantidos até dezembro. No que diz respeito à redução do número de transações em comparação com o ano passado, o investidor está mais receoso em função, principalmente, da expectativa de crescimento do Brasil, que veio diminuindo nos últimos meses e aumentando o risco implícito neste tipo de transação", disse Motta.

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A pesquisa apresenta, ainda, os setores com número maior de operações de fusões e aquisições. Os destaques do trimestre foram Tecnologia da Informação (21), Óleo e Gás (18), Alimentos, Bebidas e Tabaco (15), Empresas de internet (14) e Prestadoras de Serviço (13). "O destaque do período ficou por conta da indústria de Óleo e Gás, que viveu um momento peculiar com a realização recente dos leilões de campos petrolíferos pela Agência Nacional do Petróleo", apontou o coordenador da pesquisa.

O resultado negativo de R$ 1,346 bilhão no segundo trimestre deste ano é o primeiro prejuízo da Petrobras desde o primeiro trimestre de 1999, quando a perda foi de R$ 1,5 bilhão, em valores nominais. A cifra no vermelho é a terceira desde o Plano Real, em 1994, segundo dados da Economática.

Conforme a consultoria, o prejuízo de 1999 é o maior da história da estatal e ocorreu na época da maxidesvalorização do real, quando o dólar subiu 42,8% no trimestre. No segundo trimestre de 1995, foi registrado prejuízo de R$ 21 milhões.

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A Economática diz ainda que o número atual é o maior prejuízo com despesas financeiras da história da Petrobras: R$ 6,4 bilhões. O resultado é reflexo da variação cambial, já que a companhia possui dívidas em dólar.

O valor de mercado sobre o patrimônio líquido da Petrobras também atingiu a pior relação (72,13%) desde o quarto trimestre de 1998 (50,08%), de acordo com a consultoria. Em julho, houve uma recuperação nesta relação para 78,85%. Com o prejuízo inesperado, a relação deve voltar a cair na segunda-feira, quando o mercado acionário retoma os negócios.

A área de Abastecimento da Petrobras voltou a registrar forte prejuízo no segundo trimestre deste ano. Afetada pela política comercial da estatal de não aplicar repasse dos preços internacionais aos produtos vendidos no mercado doméstico, a área reportou prejuízo de R$ 7,03 bilhões entre abril e junho. No mesmo período do ano passado, a área havia registrado perda de R$ 2,28 bilhões.

A alta reflete o efeito do câmbio no período. Com o dólar valorizado em relação ao real, a compra de produtos no mercado externo ficou mais onerosa para a Petrobras. Por isso, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, reiterou no balanço divulgado na noite da sexta-feira a necessidade de a companhia adotar uma política de paridade entre os valores no Brasil e as cotações do mercado externo. "Estamos trabalhando para recuperar nossa rentabilidade. Desde que assumi a presidência da Petrobras, há cinco meses, venho reiterando nosso comprometimento com a paridade internacional de preços", destacou a executiva no documento.

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Preocupada com o resultado deficitário da área de Abastecimento, a diretoria da Petrobras anunciou três elevações de preços desde o final do ano passado. A primeira, em 1º de novembro, elevou o preço da gasolina na refinaria em 10%. O diesel foi reajustado em 2%. Depois, no fim de junho, uma segunda rodada de aumentos foi anunciada, com reajuste de 7,83% na gasolina e 3,94% no diesel. Dias depois, a companhia ainda anunciou reajuste de 6% no preço do diesel. "Esses reajustes são necessários para a financiabilidade do Plano de Negócios e Gestão, para preservarmos nossos limites de alavancagem e para garantir a lucratividade da companhia", disse Graça Foster.

O prejuízo da área de Abastecimento praticamente anulou o lucro líquido de R$ 10,673 bilhões da área de Exploração e Produção (E&P). O resultado ficou 0,7% superior ao registrado no segundo trimestre do ano passado. Destaque também para o prejuízo de R$ 5,329 bilhões na área Corporativa da Petrobras. O balanço não dá detalhes desse resultado.

O lucro líquido da área de Gás e Energia encolheu quase 90% entre o segundo trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado, para R$ 86 milhões. A área de Distribuição reportou lucro de R$ 472 milhões, mais de 100% maior do que o lucro de R$ 234 milhões do intervalo entre abril e junho do ano passado. A área de Biocombustível apresentou prejuízo de R$ 113 milhões, ante prejuízo de R$ 37 milhões de 2011. Já a área Internacional registrou queda de 93% no lucro no mesmo comparativo, para R$ 42 milhões.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 7,6% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2011. Esta foi a menor taxa de crescimento desde o primeiro trimestre de 2009, o que ressalta as dificuldades enfrentadas pela segunda maior economia do mundo.

Os dados, divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas, representam uma diminuição no ritmo de crescimento em comparação com o PIB de 8,1% do primeiro trimestre, mas vieram em linha com a previsão média de 7,6% de 15 economistas consultados pela Dow Jones.

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Neste primeiro semestre de 2012, o PIB chinês apresenta expansão de 7,8% ante o ano anterior. Em 2011, contudo, no mesmo período, havia uma expansão de 9,6% na economia do país asiático. Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, a promoção do crescimento será a prioridade do governo. As informações são da Dow Jones.

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