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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,3% no segundo trimestre de 2015, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta terça-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é maior do que o observado nos primeiros três meses deste ano, quando ficou em 7,9%. No segundo trimestre do ano passado, a taxa de desemprego nacional havia sido ainda menor, de 6,8%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.882,00 no segundo trimestre de 2015. O valor é 0,5% menor do que no primeiro trimestre deste ano. O resultado ainda representa alta de 1,4% em relação ao período de abril a junho de 2014.

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Já a massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 167,9 bilhões no segundo trimestre deste ano, queda de 0,3% ante os primeiros três meses de 2015 e avanço de 1,6% ante igual período de 2014.

Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação com periodicidade trimestral para todo o território nacional. A nova pesquisa tem por objetivo substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas seis regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.

A receita do setor de serviços encolheu 2,8% no segundo trimestre de 2015 em relação a igual período do ano passado, já descontados os efeitos da inflação, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Embora o impacto mais negativo tenha vindo de serviços de tecnologia da informação e dos transportes, a desaceleração mais intensa ocorreu nos serviços prestados às famílias.

"Os serviços prestados às famílias não pesam muito, mas a desaceleração tem um significado maior, pois eles são a ponta da atividade de serviços. Talvez esse desempenho explique a aceleração da queda no mercado de trabalho", nota o economista Silvio Sales, consultor do Ibre/FGV.

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Apenas em junho, a receita de serviços encolheu 2,4% em termos reais na comparação com junho do ano passado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga apenas o dado nominal, sem descontar a influência de preços - neste caso, o crescimento foi de 2,1%.

"A comparação com a Copa teve influência negativa em alguns setores, mas de maneira geral o evento reduziu o tempo de trabalho, o que gerou agora resultado positivo em outros segmentos. No fim, o efeito foi neutro. Já a trajetória de desaceleração da atividade prossegue", diz Sales.

No acumulado do primeiro semestre, o setor de serviços teve uma queda de 2,1% na receita em relação a igual período do ano passado, já descontada a inflação.

O Ibre/FGV tem trabalhado para deflacionar os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de acordo com os parâmetros empregados pelo próprio IBGE ao incorporar os dados no cálculo do PIB. Tais definições foram explicitadas em uma nota técnica de 7 de novembro de 2013.

No primeiro semestre, o deflator ficou em 4,4%, menor do que o IPCA de serviços ou qualquer outro índice de inflação varejista. "A energia elétrica, que tem jogado a inflação para cima, não deflaciona nenhum item da PMS. Além disso, no setor de informação e comunicação, que tem peso grande na pesquisa, não há quase movimentação de preços", explica Sales.

A Fibria reportou lucro líquido de R$ 614 milhões no segundo trimestre de 2015, uma queda de 2,7% na comparação com igual intervalo de 2014, mas a empresa reverteu o prejuízo de R$ 566 milhões registrado nos três primeiros meses deste ano.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,157 bilhão, uma alta de 94,8% ante o período de abril a junho do ano passado e de 15% contra o primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o ano passado, a margem Ebitda passou de 35% para 50%.

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De abril a junho de 2015, a receita líquida totalizou R$ 2,309 bilhões, o que representou uma expansão de 36,3% ante o mesmo período de 2014 e de 16% contra o primeiro trimestre deste ano.

O resultado financeiro ficou positivo em R$ 321 milhões, ante um resultado negativo de R$ 68 milhões no segundo trimestre de 2014 e de R$ 1,746 bilhão no primeiro trimestre de 2015.

Projeção

O lucro de R$ 614 milhões da Fibria registrado no segundo trimestre de 2015 ficou 7,5% abaixo da média das projeções dos analistas consultados pelo Broadcast - Bank Of America Merrill Lynch, Bradesco, BTG Pactual, Itaú BBA e Santander -, que previam um resultado positivo de R$ 663,8 milhões.

Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, de R$ 1,157 bilhão, ficou em linha com a média das projeções, de R$ 1,150 bilhão.

A receita líquida no segundo trimestre, de R$ 2,309 bilhões, também ficou próxima da média esperada pelos analistas, de R$ 2,320 bilhões.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, considera que os resultados estão em linha com as estimativas quando a variação para mais ou para menos é de até 5%.

O Departamento do Comércio dos EUA informou que o PIB do país cresceu à taxa anualizada de 4,6% no segundo trimestre, ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2011. Esta foi a segunda revisão do PIB do segundo trimestre; a primeira revisão, divulgada há um mês, apontava uma expansão de 4,2%; a estimativa preliminar era um crescimento de 4,0%.

Em comparação com o mesmo período de 2013, o crescimento do PIB foi de 2,6% no segundo trimestre, após uma expansão de 1,9% no primeiro trimestre e de 3,1% no quarto trimestre de 2013.

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Segundo o Departamento do Comércio, os gastos do consumidor cresceram à taxa anualizada de 2,5% no segundo trimestre (sem alteração em relação à estimativa anterior). O investimento em ativos fixos (não residenciais) cresceu à taxa anualizada de 9,7%, de 8,4% na estimativa anterior; as exportações cresceram à taxa anualizada de 11,1%, de 10,1% na estimativa anterior; os gastos do governo cresceram à taxa anualizada de 1,7%, de 1,4% na estimativa anterior.

Os lucros das empresas cresceram à taxa anualizada de 6,2%, de 6% na estimativa anterior.

O déficit em conta corrente dos EUA caiu para US$ 98,51 bilhões no segundo trimestre deste ano, o equivalente a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo divulgou nesta quarta-feira o Departamento do Comércio. O número é menor que o déficit do primeiro trimestre, que foi revisado para baixo, a US$ 102,11 bilhões, de uma leitura original de US$ 111,16 bilhões.

Analistas consultados pela Dow Jones esperavam um déficit maior no período entre abril e junho, de US$ 112 bilhões.

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A manutenção do déficit em conta corrente exige que os EUA atraiam grandes montantes de financiamento do exterior, inclusive da China, para o dólar não perder seu valor.

As vendas de celulares seguem crescendo no País, puxadas pela comercialização recorde de smartphones, enquanto os aparelhos mais simples têm caído no esquecimento. De acordo com pesquisa da consultoria IDC Brasil, foram vendidos 17,9 milhões de aparelhos no segundo trimestre deste ano, montante 7% superior ao do mesmo período do ano passado.

Desse total, 13,3 milhões são smartphones e 4,6 milhões são celulares comuns. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 22% nas vendas de smartphones e queda de 16% nas vendas dos aparelhos simples. Dentre as unidades vendidas entre abril e junho, o valor médio foi de R$ 700.

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"O resultado do segundo trimestre para smartphones ficou acima da nossa previsão e representa um recorde de vendas. É a primeira vez que o País entra nesse patamar de 13 milhões de smartphones vendidos (em um trimestre)", afirmou Leonardo Munin, analista de mercado da IDC Brasil. "A expectativa é o bom momento persistir", completou.

Os dados mostram que o cenário ruim da economia brasileira - com inflação alta, crédito mais caro para os consumidores e incertezas políticas - não afetaram a categoria de smartphones. A maior desenvoltura desse segmento está relacionado ao lançamento de novos produtos, queda nos preços, prorrogação da isenção de impostos por parte do governo e o desenvolvimentos de mais aplicativos e funcionalidades.

O analista também destaca que vem ocorrendo uma mudança de comportamento dos usuários, com o desejo crescente de as pessoas estarem conectadas a qualquer hora, em qualquer lugar, o que estimula a aquisição dos smartphones e dos planos de dados.

Para 2014, a projeção do IDC Brasil é que 75% dos aparelhos vendidos sejam smartphones e 25%, aparelhos comuns. Para 2018, a estimativa é que os smartphones correspondam a 95% dos negócios.

O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). O dado representa uma leve desaceleração ante o avanço de 1,0% registrado no primeiro trimestre.

Na comparação entre o segundo trimestre e o primeiro, o PIB português teve expansão de 0,3%, depois de uma contração de 0,5% nos três primeiros meses deste ano.

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O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ficou estagnado no segundo trimestre ante os três meses anteriores e cresceu 0,7% na comparação anual, de acordo com revisão divulgada nesta sexta-feira pela Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia. Os números confirmam as primeiras estimativas do PIB do bloco. Fonte: Dow Jones Newswires.

A necessidade de financiamento da economia brasileira atingiu R$ 48,004 bilhões no segundo trimestre de 2014, um acréscimo de R$ 5,7 bilhões em relação a igual período de 2013. Este é o maior valor para o período entre abril e junho desde pelo menos 2000, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Isso é muito explicado pelo aumento do déficit de bens e serviços. Além disso, mandamos mais lucros e dividendos para fora", explicou Rebeca de La Rocque Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE.

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No segundo trimestre, houve um aumento de R$ 2,8 bilhões no déficit de bens e serviços na comparação de 2014 com 2013, para R$ 27,3 bilhões. Além disso, foram remetidos ao exterior R$ 20,2 bilhões, R$ 1,6 bilhão a mais do que em igual período de 2013. Essas remessas são relativas principalmente a lucros e dividendos, enquanto uma parcela pequena se refere ao pagamento de juros.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano ficou aquém das expectativas da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), segundo o presidente da instituição e diretor superintendente da Itaú Vida e Previdência, Osvaldo Nascimento. "O crescimento do País já estava aquém e agora tivemos uma recessão. Nossa expectativa para crescimento de 10% da captação líquida dos planos de previdência privada aberta está mantida, mas o segmento é afetado pelo baixo crescimento econômico", diz ele, em entrevista ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro recuou 0,60% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Na comparação com o segundo trimestre de 2013, a queda foi maior, de 0,90%. De janeiro a junho, o PIB avançou 0,5% em relação a igual período de 2013 e acumula alta de 1,4% em 12 meses até o segundo trimestre.

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"Quando o PIB aponta recessão, o que se observa subsequentemente é desemprego. É um sinal ruim e que resulta da falta de um cenário mais previsível no longo prazo. O índice de desemprego está baixo, mas é preciso tomar cuidado com a leitura porque muitas pessoas não estão à procura de emprego, devido ao crescimento de renda combinado com programas sociais", diz Nascimento.

O setor de previdência privada, conforme ele, é consequência do desempenho da economia brasileira, uma vez que representa a poupança de longo prazo da população. Quando as pessoas não veem, segundo o especialista, muita visibilidade no futuro, encurtam seus investimentos e são mais imediatistas. "O longo prazo só existe quando o curto prazo está atendido. O setor de previdência não influencia o PIB, mas é consequência dele", conclui o presidente da Fenaprevi.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Índia registrou uma alta de 5,7% no segundo trimestre do ano em relação a igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Ministério de Estatísticas e Implementação do Programa. Este é o ritmo mais forte da economia indiana para um trimestre em dois anos, superando as expectativas do governo e do banco central, que aguardavam uma desaceleração.

O resultado foi impulsionado principalmente por uma maior demanda das empresas e dos consumidores e representou um salto significativo em comparação com a expansão do trimestre anterior, de 4,6%. "As perspectivas para a Índia são brilhantes", disse Bill Adamas, economista da área de negócios internacionais do banco de investimentos PNC.

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Com o aquecimento das vendas de carros, aumento das exportações de manufaturados e a produção de energia começando a deslanchar, os economistas acreditam que a Índia pode estar próxima de sair de um período doloroso de stagflação, combinação de baixo crescimento e inflação alta. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Itália encolheu 0,2% no segundo trimestre ante os três meses anteriores, segundo dados finais divulgados nesta sexta-feira pelo instituto nacional de estatísticas (Istat), que confirmam a leitura preliminar.

Com dois trimestres seguidos de contração, confirmou-se que a Itália entrou em sua terceira recessão desde 2008. Na comparação anual, o PIB italiano também diminuiu 0,2% entre abril e junho, informou o Istat, revisando a estimativa anterior, de declínio de 0,3%.

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Os juros maiores seguiram impulsionando o resultado financeiro das seguradoras no segundo trimestre que, associado a um maior volume de prêmios e a trégua na sinistralidade em alguns segmentos, beneficiaram os números dessas companhias no período. Nas carteiras de automóvel e saúde, porém, o aumento da frequência pesou sob o desempenho operacional a despeito de um cenário benigno em termos de preço no mercado.

O destaque ficou para o resultado financeiro das seguradoras que avançou 34% no primeiro semestre, para R$ 14,5 bilhões ante R$ 10,8 bilhões registrados um ano antes, conforme dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). "O ano de 2013 foi em particular muito difícil para o resultado financeiro, ele fechou com 79% do CDI, excluindo previdência, e neste ano já estamos a 101%, mesmo em um cenário difícil, muito bipolar", disse Marcelo Picanço, diretor financeiro e de relações com investidores da Porto Seguro, em teleconferência com analistas.

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No entanto, o executivo destacou que o ano ainda é bastante desafiador para a economia como um todo, pelos movimentos de taxa de juros e questões internacionais que ainda impactam o Brasil. A Porto Seguro, conforme ele, busca ficar acima do CDI em 2014, mas admite que não será possível galgar um patamar muito superior.

A BB Seguridade, holding que controla os negócios de seguros do Banco do Brasil, o resultado financeiro voltou a ter mais representatividade no lucro da companhia. Ao final do primeiro semestre, ficou em 25,5%, bem acima dos 14,9% vistos um ano antes como reflexo dos juros mais elevados. Segundo Werner Suffert, CFO da seguradora, essa fatia deve ficar entre 22% e 25% ao longo dos próximos trimestres.

O resultado financeiro da SulAmérica mais que dobrou no segundo trimestre, saltando de R$ 81,4 milhões de abril a junho do ano passado para R$ 164,8 milhões em igual intervalo de 2014. Tal desempenho impulsionou, segundo a seguradora, o índice combinado da companhia, que mede o seu resultado operacional, contribuindo para a sua estabilidade ainda que a inadimplência tenha crescido 1,5 ponto porcentual no segundo trimestre ante o primeiro, para 79%.

Ao perseguirem suas metas para 2014, as seguradoras cresceram os prêmios em ritmo superior aos do mercado. A BB Seguridade entregou a maior expansão do período mesmo não alcançando parte das suas metas (guidances para o ano). Os prêmios cresceram 37,0% no segundo trimestre ante um ano, para R$ 15,7 bilhões. A comparação com uma base mais fraca de 2013 e o impulso do fator calendário são as apostas da companhia para bater suas projeções.

Além disso, a BB Seguridade é considerada um caso a parte, uma vez que tem a base de clientes do BB para explorar. Para o segundo semestre, a companhia ingressará num novo segmento, dental, em parceria com a Odontoprev. "O primeiro semestre deste ano reforçou o potencial que a BB Seguridade tem para distribuir seguros na rede de agências e para a base de clientes do Banco do Brasil", disse o diretor presidente da holding, Marcelo Labuto, em teleconferência, esta semana.

A SulAmérica apresentou crescimento dos prêmios da ordem de 18,3%, para R$ 4,2 bilhões em um ano, impulsionado, principalmente, por títulos de capitalização e saúde, foco da companhia. Gabriel Portela, presidente da seguradora, disse que a prioridade é crescer prêmios em segmentos de interesse do grupo. Em saúde, conforme ele, há um grande mercado nas pequenas e médias empresas.

"Temos sido capazes de crescer em outras regiões do país e em outras linhas de negócio. O foco é no retorno ao invés de crescimento, estamos mantendo nossa perspectiva", disse Portela, em teleconferência com analistas.

A Porto Seguro cresceu num ritmo menor os prêmios no segundo trimestre. O montante passou dos R$ 3 bilhões no período, 12,4% maior ante 12 meses. O volume de prêmios foi impulsionado pelas marcas Porto e Itaú no seguro de automóvel, principal negócio da seguradora. A sinistralidade, porém, subiu de 51,1% no segundo trimestre do ano passado para 55,8% no mesmo período de 2014.

A Bradesco Seguros, que assim como a BB Seguridade tem um forte balcão para explorar para a venda de apólices, emitiu R$ 13,992 bilhões em prêmios de abril a junho, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste trimestre, a seguradora concluiu depois de um ano de trabalho a unificação das suas áreas comerciais, segundo o presidente da companhia, Marco Antonio Rossi. "A nova estrutura comercial da Bradesco Seguros é multirramo e aprimoramos uma visão única de cliente e de corretores", afirmou ele, em teleconferência recente com a imprensa.

Boa parte das companhias abertas seguiu no segundo trimestre deste ano com a estratégia de redução de custos para manter margens. O que se viu também foi que muitas dessas empresas conseguiram reduzir endividamento - uma das exceções foi a Petrobras -, reagindo com cautela ao ambiente macroeconômico desfavorável e às incertezas por conta das eleições. Nesse ambiente, optaram por frear investimentos e preservar fluxo de caixa, segundo analistas consultados pelo Broadcast. Os grandes bancos, por sua vez, conseguiram aumentar o lucro mesmo diante do ritmo menor nas concessões de crédito.

"Ao buscarem reduzir custos e a alavancagem, além de moderar os investimentos, as empresas mostram disciplina para preservar suas margens e manter seu fluxo de caixa", comenta Nataniel Cezimbra, analista do BB Investimentos.

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No caso da mineradora Vale, a dívida líquida no segundo trimestre ficou em US$ 23,19 bilhões, queda de 1,8% em relação ao visto um ano antes. Já os investimentos, excluindo pesquisa e desenvolvimento e aquisições, somaram US$ 2,469 bilhões no período, queda de 28,3% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

O presidente da companhia, Murilo Ferreira, ressaltou que o capex abaixo das estimativas ajudou na manutenção de um fluxo de caixa mais positivo. Além disso, analistas consideraram que a mineradora reportou resultados operacionais satisfatórios, apesar da queda do preço do minério de ferro e da desaceleração econômica da China. No período, a Vale registrou o melhor segundo trimestre de sua história na produção de minério de ferro, com um total de 79,4 milhões de toneladas, 12,6% superior ao do mesmo período de 2013.

A Petrobras também reduziu investimentos - no segundo trimestre, somaram R$ 20,915 bilhões, retração de 14,1% em relação ao mesmo intervalo de 2013. Entretanto, a alavancagem líquida, medida pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido, chegou a 40% no final de junho, o mais alto já registrado pela estatal.

Apesar de ter aumentado o volume de produção de petróleo e gás no território nacional e ter anotado receita líquida trimestral recorde, de R$ 82,298 bilhões, a estatal continua sendo penalizada pela defasagem entre os preços dos combustíveis vendidos no Brasil e o valor pago no exterior.

No setor de papel e celulose, a alavancagem da Fibria caiu para 2,3 vezes no final do segundo trimestre de 2014. O indicador é 0,1 ponto porcentual inferior ao de 2,4 vezes do primeiro trimestre de 2014. Em dólares, a alavancagem se manteve em 2,4 vezes como no trimestre passado. A dívida líquida fechou o trimestre em R$ 6,681 bilhões, abaixo dos R$ 6,970 bilhões reportados ao final do primeiro trimestre do ano.

Em relatório, o analista Victor Penna, do BB Investimentos, afirma que a Fibria conseguiu aumentar suas vendas, mesmo com o alto nível dos estoques nos produtores mundiais, preço reduzido e câmbio depreciado. O profissional destaca a nova contração do nível de alavancagem. "A Fibria mostrou que está aproveitando-se de oportunidades mesmo diante de um mercado de celulose mais instável."

"As empresas com dívida em dólar foram beneficiadas pela queda da moeda norte-americana ante o real no segundo trimestre", ressalta Roberto Indech, analista da Rico. No período, na comparação com o primeiro trimestre, o dólar ptax recuou 2,67% ante o real.

O câmbio favoreceu a Gol, por exemplo. No segundo trimestre, a companhia aérea amortizou R$ 52 milhões de dívidas e captou R$ 168 milhões. O total de empréstimos e financiamentos totalizou R$ 5,407 bilhões (incluindo leasing financeiro), queda de 3,4% na comparação anual e de 1% na comparação trimestral.

Mesmo no setor siderúrgico, que reportou resultados fracos diante da queda da demanda por aço, houve redução do nível de endividamento. A Gerdau viu sua alavancagem cair de 3,1 vezes, visto no segundo trimestre do ano passado, para 2,4 vezes no intervalo de abril a junho deste ano. No primeiro trimestre, esse índice estava em 2,5 vezes.

Os investimentos em ativo imobilizado da siderúrgica gaúcha atingiram R$ 478,7 milhões, queda de 24,6% em relação ao segundo trimestre de 2013. Além disso, a companhia reduziu seu programa de investimentos para este ano de R$ 2,9 bilhões para R$ 2,4 bilhões. "Daremos continuidade ao trabalho de aumento de eficiência operacional nos negócios da empresa, de otimização do capital de giro frente aos níveis de demanda e de revisão dos investimentos em ativo imobilizado", afirmou o diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, em nota divulgada no dia do balanço.

Indech, da Rico, destaca que, como a Gerdau, outras empresas reduziram suas expectativas de investimento para 2014. "As empresas estão mais cautelosas, também por se tratar de um ano eleitoral, que traz incertezas."

Bancos

O grande destaque positivo do segundo trimestre foram os balanços dos grandes bancos, segundo analistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. "O setor bancário vem reportando resultados bastante sólidos nos últimos três trimestres, principalmente o Itaú", comenta Fábio Galdino, analista da Guide Investimentos. De acordo com o profissional, números de inadimplência melhores, com políticas austeras na concessão de crédito, e a manutenção ou aumento de margens são alguns dos fatores que mostram a resiliência do setor bancário diante do cenário macroeconômico desafiador.

Juntos, os três maiores bancos privados do País - Itaú Unibanco, Bradesco e Santander - tiveram lucro contábil 30,8% maior de abril a junho ante um ano, de R$ 9,205 bilhões. Já o público Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado, livre dos efeitos de itens extraordinários, de R$ 3,002 bilhões no período, cifra 14% maior que a vista em um ano, de R$ 2,634 bilhões.

O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal subiu 0,8% no segundo trimestre de 2014 ante o mesmo período do ano anterior, segundo dados preliminares divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INA). Na comparação mensal, o PIB português avançou 0,6% nos três meses de abril a junho deste ano, ante medições de janeiro a março de 2014.

A recessão na Grécia foi reduzida para uma contração de 0,2% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2013. De janeiro a março, o resultado havia sido de -1,1%, segundo dados do Serviço Nacional de Estatística da Grécia.

Os resultados vieram melhores do que as expectativas dos analistas, que previam uma queda mais forte, de 0,4%. O dado divulgado nesta quarta-feira teve ajuda da temporada turística com recorde de movimento e da estabilização das atividades de consumo e investimento.

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Após enfrentar seis anos de recessão, a economia grega deve voltar a crescer nos próximos meses. Tanto o governo da Grécia quanto a União Europeia e o FMI, credores do país, preveem uma expansão de 0,6% do PIB em 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.

A sinalização dos índices de confiança apurados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o segundo trimestre de 2014 não é muito favorável, avaliou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo. "As expectativas costumam antecipar o movimento da economia. Se não houve choque interno ou externo que provoque aceleração, a sinalização não é muito favorável", disse.

Apesar de a confiança de alguns setores, como comércio e construção, estarem em campo positivo (na série com ajuste sazonal experimental, já que a FGV ainda não divulga dados do mês contra mês imediatamente anterior), Campelo ressaltou que as expectativas têm mostrado deterioração em todos os segmentos empresariais e também na avaliação do consumidor.

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"Todos estão muito desanimados. No momento, há certa dificuldade em imaginar qual seria o tipo de choque que poderíamos ter, já que o caminho da política monetária está dado e na política fiscal também se sabe que precisa fazer ajuste. É difícil imaginar medidas contracíclicas no momento, como redução no IPI", disse Campelo.

"A sinalização é de que as empresas contam com esse período de desaceleração, e como as expectativas estão muito baixas, isso interfere nas decisões de investimento. É como se as empresas e os consumidores estivessem dirigindo, mas com o pé no freio, principalmente nas decisões de contratação e investimentos", acrescentou.

Para o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, o fato de 2014 ser ano eleitoral só joga mais um pouco de incerteza no cenário. "Há um quadro incerto sobre a sucessão", disse.

Segundo Campelo, o baixo nível de atividade econômica, a taxa de juros em alta, a menor rentabilidade das empresas e o fator incerteza em relação à economia interna jogam a confiança dos empresários e dos consumidores para níveis comparáveis a 2009, quando o País sentia os efeitos da crise financeira nos Estados Unidos.

As vendas de materiais de construção no varejo impulsionaram o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em 2013, de acordo com Ana Maria Castelo, coordenadora de estudos da construção da Fundação Getulio Vargas (FGV). "O consumo das famílias está mostrando um dinamismo maior", disse.

A pesquisadora explicou que, apesar do quadro mais adverso da economia brasileira, a renda e o emprego ainda se mantiveram em bons níveis nos últimos meses, mantendo consistente a demanda por materiais de construção para reformas e ampliações domésticas. "O crédito para financiar a compra de materiais também tem um peso muito importante para incentivar a demanda", completou.

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As vendas de materiais de construção no varejo cresceram 6,8% no primeiro semestre de 2013 ante o mesmo período de 2012, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, o PIB da construção aumentou 1,4%. Já no segundo trimestre, houve alta de 3,8% em comparação com o primeiro trimestre deste ano e de 4,0% ante o mesmo intervalo de 2012, divulgou a instituição nesta sexta-feira, 30.

Ana Maria observou, por outro lado, que os níveis de atividade econômica no mercado imobiliário e nas obras de infraestrutura estão baixos. O número de trabalhadores empregados em obras residenciais e comerciais caiu 0,1% no primeiro semestre deste ano, pois as incorporadoras ainda estão terminando obras antigas, enquanto as obras novas estão sendo iniciadas em um ritmo mais lento. Já no setor de infraestrutura, o total de empregados aumentou 1,5%, o que mostra uma leve recuperação no ritmo de execução das obras públicas, segundo a pesquisadora.

O desempenho mais vigoroso da indústria de transformação foi o principal responsável pela alta acima das expectativas do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. O destaque ficou com segmentos da indústria mais voltados para o investimento, como máquinas e equipamentos, equipamentos médico-hospitalares e indústria automobilística. A coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca de La Roque Palis, lembra que a indústria de transformação responde por 13,5% do cálculo do PIB.

Segundo ela, o destaque negativo na indústria foi o resultado da extrativa mineral, que refletiu a queda na produção de minério de ferro e também, em menor escala, de petróleo. Rebeca observa ainda que o PIB do segundo trimestre foi impulsionado também pelos segmentos da construção civil, que pesa 5,7% no cálculo total, e da agropecuária, que responde por 5%.

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Rio, 30/08/2013 - O crescimento de 4% do setor de construção civil em relação ao segundo trimestre do ano passado foi impulsionado pelo crescimento do crédito com recursos direcionados ao financiamento imobiliário. O crescimento nominal do crédito para esse tipo de financiamento foi de 33,6% segundo o Banco Central, acima da média do crédito. "Isso explica muito esse crescimento da construção", disse Rebeca Palis, gerente da coordenação de Contas Nacionais do IBGE.

O setor de serviços veio com uma alta de 2,4% ante o igual trimestre do ano passado. O atacado foi o que mais influenciou o crescimento do comércio (3,5%), puxado pelo desempenho da indústria. O que menos cresceu foi a intermediação financeira (1,5%) influenciada negativamente pelo segmento de seguros. "Houve um aumento da sinistralidade acima do prêmio pago ao setor, o que acaba levando a um efeito negativo", explicou Rebeca. Segundo ela, o IBGE não captou o efeito das manifestações sobre o setor de serviços.

Bens de capital

A produção interna de bens de capital, tanto de caminhões e ônibus quanto de máquinas e equipamentos, foi o que puxou a alta da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no segundo trimestre. Segundo divulgou nesta sexta-feira, 30, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a FBCF cresceu 9,0% na comparação com o segundo trimestre de 2012 e 3,6% ante o primeiro trimestre do ano. "Na indústria da transformação, vários destaques estão na indústria de bens de capital", disse Rebeca.

Segundo ela, contribuíram para a alta na produção interna de bens de capital tanto uma situação melhor em relação à taxa de câmbio, que favoreceu a indústria nacional, quanto incentivos do governo, como crédito subsidiado e IPI reduzido.

O câmbio teve um efeito no crescimento das exportações no segundo trimestre, mas foi combinado com o escoamento da soja que havia sido represado por questões logísticas no primeiro trimestre do ano, afirmou a coordenadora do IBGE. As exportações cresceram 6,3% sobre o segundo trimestre de 2012 e as importações, 7,9%.

Na comparação na margem, Rebeca destacou a diferença entre a taxa para exportação e a para importação. As exportações de bens e serviços cresceram 6,9%, enquanto as importações vieram em um ritmo menor: 0,6% ante os três primeiros meses de 2013. "Nesse trimestre houve uma contribuição positiva do setor externo para o crescimento do PIB", disse ela.

Consumo famílias

O crescimento do consumo das famílias no segundo trimestre, de 0,3% ante o trimestre anterior, e de 2,3% sobre igual período de 2012, foi, segundo Rebeca, puxado pela elevação da massa salarial real, de 2,1%, e pelo crescimento nominal das operações de crédito direcionado para pessoas físicas". O consumo das famílias, entretanto, cresce em ritmo menor que nos anos anteriores.

"Há um consumo menor, influenciado por muitos fatores, como a desaceleração da massa salarial em relação ao trimestre anterior. Crédito também desacelerou. Vários trimestres foi o consumo das famílias que puxou a alta do PIB, ele ainda pesa muito", afirmou a coordenadora.

O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria cresceu 2% no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro. Na comparação com o segundo trimestre de 2012, o PIB da indústria avançou 2,8%. No primeiro semestre deste ano, o PIB da indústria subiu 0,8% ante o primeiro semestre de 2012,informou, nesta sexta-feira, 30, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar os resultados das Contas Nacionais Trimestrais.

Consumo famílias

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O consumo das famílias registrou alta de 0,3% no segundo trimestre sobre o primeiro. Na comparação com o segundo trimestre de 2012, ficou 2,3% maior. No primeiro semestre, o consumo das famílias cresceu 2,2% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Segundo o IBGE, o consumo do governo, por sua vez, cresceu 0,5% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre de 2013. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, houve avanço de 1,0%. No primeiro semestre deste ano, o consumo do governo cresceu 1,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Revisão

O IBGE revisou três dados do PIB de trimestres anteriores. No quarto trimestre de 2012, o indicador foi revisado de 0,6% para 0,8%. No terceiro trimestre de 2012, o PIB foi revisado de 0,3% para 0,4%. E no segundo trimestre de 2012, o PIB foi alterado de 0,3% para 0,1%.

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