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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou, nesta terça-feira (1º), que a queda histórica do PIB "já estava na conta". "Essa queda já estava prevista, ela estava na conta, a gente já sabia que isso ia acontecer, por causa da pandemia, estava precificado", disse.

Ele citou outros países, como a Índia, com queda mais expressiva do que a do Brasil. "O Brasil não foi tão prejudicado como a gente esperava nessa questão da pandemia em termos de queda da atividade econômica. O problema é que o nosso colchão era pequeno em relação aos demais", declarou o vice.

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Segundo Mourão, no segundo semestre, o Brasil vai começar "um movimento mais vigoroso de retomada" econômica. "No final do ano, a expectativa é que o PIB deste ano encolha na faixa de 4,5% a 5%. Já se pensou que encolheria 9%, 10%. Vai ser bem menos do que isso."

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou queda de 9,7% no segundo trimestre de 2020 ante o primeiro trimestre de 2020, informou nesta terça-feira, dia 1º, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o PIB apresentou queda de 11,4%. Ainda segundo o instituto, o PIB do segundo trimestre de 2020 totalizou R$ 1,7 trilhão.

O PIB da indústria caiu 12,3% no segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre de 2020. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o PIB da indústria mostrou queda de 12,7%.

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Já o PIB da agropecuária subiu 0,4% no segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre do ano. Em relação ao segundo trimestre de 2019, o PIB da agropecuária mostrou alta de 1,2%.

O Produto Interno Bruto de serviços caiu 9,7% no segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre de 2020. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o PIB de serviços revelou uma queda de 11,2%.

O consumo das famílias, por sua vez, caiu 12,5% no segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre, segundo o IBGE. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o consumo das famílias mostrou queda de 13,5%.

O consumo do governo caiu 8,8% no segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o consumo do governo recuou 8,6%.

Exportações

As exportações cresceram 1,8% no segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre de 2020, segundo o IBGE. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, as exportações mostraram alta de 0,5%.

As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, caíram 13,2% no segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre de 2020. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, as importações mostraram queda de 14,9%.

A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

FBCF

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 15,4% no segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre de 2020. Ante o segundo trimestre de 2019, a FBCF mostrou queda de 15,2%. Segundo o instituto, a taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 15% no segundo trimestre de 2020.

Poupança e investimento

A taxa de poupança ficou em 15,5% do Produto Interno Bruto no segundo trimestre de 2020. Já a taxa de investimento ficou em 15% no segundo trimestre de 2020, informou o IBGE.

A fabricante brasileira de aeronaves Embraer reportou prejuízo líquido de R$ 1,68 bilhão no segundo trimestre de 2020. No mesmo período do ano passado a companhia teve lucro líquido de R$ 26,1 milhões.

No semestre, o prejuízo líquido da empresa já soma R$ 2,9 bilhões, contra um resultado também negativo de R$ 134,7 milhões em igual comparação.

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Entre os fatores que comprometeram o resultado no segundo trimestre estão a pandemia da covid-19, que comprometeu a demanda por aviões, além do fim do acordo com a Boeing.

Os números foram divulgados pela empresa nesta quarta-feira, 5, em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O prejuízo líquido ajustado no período, excluído o Imposto de Renda e a contribuição social diferidos e também o impacto líquido, após imposto dos itens especiais que eventualmente tenham sido contabilizados, foi de R$ 1,071 bilhão, contra prejuízo de R$ 57,6 milhões na comparação anual.

A companhia teve queda na receita líquida de 47% em relação ao segundo trimestre de 2019, para R$ 2,864 bilhões, em função da queda nas entregas de aviões, sobretudo na aviação comercial.

"Na comparação entre os semestres, todos os segmentos de negócio tiveram queda de receita, sendo que a maior queda ocorreu na Aviação Comercial e seus serviços relacionados que contribuíram com quase 75% da queda na receita líquida", informou o comunicado.

No trimestre, a Embraer entregou apenas quatro aeronaves comerciais ante 26 em igual comparação de 2019. Na aviação executiva as entregas foram de 13 unidades contra 25 no mesmo período do ano passado.

A companhia aérea Gol reportou prejuízo líquido antes da participação minoritária de R$ 1,997 bilhão no segundo trimestre de 2020. O valor representa uma ampliação significativa do resultado negativo de igual trimestre do ano anterior, de R$ 120,8 milhões. A empresa destacou que o período foi duramente castigado pela pandemia do Covid-19.

Descontando variações cambiais e monetárias, a empresa reportou prejuízo líquido no período de R$ 771,8 milhões, contra o prejuízo de R$ 2,1 milhões (também ajustado) do segundo trimestre de 2019.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no trimestre fechou em R$ 99 milhões, queda de 88% na comparação com igual trimestre do ano anterior. A margem Ebitda foi de 27,7%, queda de 1,8 ponto porcentual no período.

A receita líquida foi R$ 358 milhões, uma queda de 89% em relação ao segundo trimestre de 2019. A empresa, entretanto, sinalizou que a receita apresentou recuperação. Em abril, a linha ficou em R$ 104,3 milhões e terminou com R$ 164,1 milhões em junho, crescimento de 57%. As outras receitas (cargas e fidelidade) totalizaram R$ 115 milhões, redução de 37% no ano.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou nesta quinta-feira, 30, que o segundo trimestre foi um dos "mais desafiadores" na história recente da instituição. "Provisões e liquidez são absolutamente fundamentais no cenário atual", destacou ele, em teleconferência com a imprensa.

O banco registrou um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 40,1% menor que a do mesmo período do ano passado, de R$ 6,4 bilhões. O banco fez um novo reforço, de R$ 3,8 bilhões, nas provisões contra o crescimento da inadimplência por conta dos efeitos da pandemia da covid-19.

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De acordo com o executivo, o banco segue monitorando o desenrolar da crise e o ritmo de abertura da economia brasileira, mas espera que o pior momento já tenha sido superado. Esta semana, o Bradesco melhorou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. O banco espera que a economia brasileira tenha queda de 4,5%, ante retração de 5,9% prevista anteriormente.

"A partir de maio, o auxílio emergencial ajudou com a injeção de recursos na economia. O cenário econômico ainda continua difícil. Não dá fazer qualquer prognóstico. Parece que o pior momento já passou. Esperamos que já tenha passado", disse Lazari.

Segundo o executivo, o banco concedeu R$ 129 bilhões em crédito novo durante os meses de abril a junho. A demanda por empréstimos, contudo, desacelerou, disse. "O crédito cresceu puxado pelas grandes empresas. A pessoa física teve uma queda natural em meio à redução da demanda." A carteira de crédito expandida do Bradesco totalizou R$ 661,1 bilhões de abril a junho, saldo 0,9% maior que o visto nos três meses anteriores. Em um ano, o crescimento foi de 14,9%.

Para Lazari, o banco pode ter atingido o pico no custo de crédito, que tem chances de se reduzir, dependendo do cenário. "Estamos bem provisionados, continuaremos avaliando cenários e faremos novos ajustes quando e se for necessário", disse.

De acordo com o executivo, o banco está com "relativo conforto", com um saldo de R$ 43 bilhões em provisões. "Temos um volume maior de operações com garantia que crises de 2008 e 2016", ponderou.

As provisões do Bradesco, no conceito 'expandida', somaram R$ 8,890 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 32,5% em relação ao primeiro. Na comparação anual, houve um salto de 154,9%. Outra boa notícia, conforme Lazari, foi a redução da inadimplência em todas as linhas. "A redução neste momento deve-se em boa parte a prorrogações e renegociações feitas em meio à pandemia", explicou.

No primeiro semestre, o Bradesco postergou R$ 61 bilhões em operações de crédito. Foram, no total, 1,9 milhão de contratos.

Fechamento de agências deve se intensificar

O presidente do Bradesco afirmou que o processo de fechamento de agências se intensificará no segundo semestre deste ano e também em 2021. O banco fechou as portas de 311 unidades até junho e pretende, de acordo com o executivo, elevar esse número para mais de 400.

"Estamos fazendo um trabalho de estruturação de fechamento de agências com inteligência, estatística e metodologia aplicada", disse Lazari. "Faz sentido termos 14 agências na Avenida Faria Lima? Podemos ter 12 ou 11", exemplificou.

Não há, de acordo com Lazari, uma região específica que o banco olha para reduzir sua estrutura física. Os locais estão sendo definidos conforme os estudos e as agências serão realocadas, permitindo ao banco ter uma rede mais bem distribuída e cortar gastos. Ao fim de junho, o Bradesco contava com 4.167 agências.

Sobre o quadro de empregados, o executivo afirmou que não há planos de redução e que o banco aderiu ao movimento 'não demita' em meio à pandemia. Segundo ele, a baixa registrada no segundo trimestre está relacionada à rotatividade de pessoas normal na instituição.

No segundo trimestre, o Bradesco também apontou a baixa de 447 funcionários frente ao trimestre anterior. Ao fim de junho, detinha um quadro total de 96.787 trabalhadores.

Ações na Amazônia

Octavio de Lazari afirmou também que as ações do banco são mais estruturantes que a adoção de um parque na Amazônia. Na quarta-feira, 29, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou, em entrevista ao Estadão/Broadcast que os bancos privados poderiam aderir a programas federais como "Adote 1 Parque" e "Floresta +", atuando de forma concreta na fiscalização da floresta.

"A adoção de parques na Amazônia é um projeto novo. Está sendo estruturado. Todas as empresas do Brasil vão olhar possibilidade. Nós estamos preocupados", disse Lazari.

O Bradesco tem atuado junto com Itaú Unibanco e Santander em relação ao tema. Além de ter participado de reunião com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, os bancos divulgaram um plano integrado para contribuir com o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

"É muito mais estruturante do que isso (adotar um parque na Amazônia). Podemos olhar, lógico, se for o caso, se for criterioso e a gente quer que seja. Queremos colaborar com um projeto estruturante para a Amazônia", disse o presidente do Bradesco.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha sofreu um tombo de 10,1% no segundo trimestre de 2020 ante os três meses anteriores, refletindo as medidas de confinamento tomadas no período em função da pandemia de Covid-19, segundo dados preliminares com ajustes sazonais publicados hoje pela Destatis, a agência de estatísticas do país.

A queda é a maior já registrada desde que o indicador começou a ser medido, em 1970. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam redução menor do PIB alemão, de 9%.

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Em relação a igual período de 2019, o PIB da maior economia europeia teve contração de 11,7% entre abril e junho. Neste caso, a projeção do mercado era de recuo de 11,1%.

A Destatis também revisou o PIB alemão do primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019, de retração de 2,2% para baixa de 2%.

O último resultado aprofunda a recessão da Alemanha, cuja economia vem se contraindo desde o último trimestre do ano passado.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos tombou à taxa anualizada de 32,9% no segundo trimestre de 2020, de acordo com dados publicados nesta quinta-feira (30) pelo Departamento de Comércio do país. A primeira leitura do indicador deixa evidente o forte impacto da pandemia de Covid-19 na economia americana e é o pior resultado para o período desde 1947.

O resultado, no entanto, veio melhor do que a mediana de 26 estimativas consultadas pelo Projeções Broadcast, que apontava contração de 35%.

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O Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) caiu à taxa anualizada de 1,9% no segundo trimestre. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, recuou 1,1% no mesmo intervalo.

A contração da atividade americana no primeiro trimestre foi confirmada em 5%.

A economia da China registrou expansão de 3,2% no segundo trimestre, na comparação anual, após o tombo histórico dos primeiros três meses do ano (-6,8%), provocado pela pandemia do novo coronavírus. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 16, pelo Escritório Nacional de Estatísticas chinês.

O resultado veio melhor do que a mediana das projeções coletadas pelo jornal The Wall Street Journal junto a economistas, de alta de 2,6% no PIB do segundo trimestre, sobre o mesmo período do ano passado.

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O crescimento em relação ao trimestre anterior foi de 11,5%. No primeiro semestre, a queda do PIB foi de 1,6% em relação aos seis primeiros meses de 2019.

Produção industrial

A produção industrial da China teve expansão anual de 4,8% em junho, após subir 4,4% em maio, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas. O resultado do mês passado veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

Também na comparação anual, as vendas no varejo da segunda maior economia do mundo caíram 1,8% em junho, após recuarem 2,8% em maio. Neste caso, a projeção de economistas era de crescimento anual de 0,3% no último mês.

Já os investimentos em ativos fixos diminuíram 3,1% no primeiro semestre de 2020 ante igual período do ano passado. O resultado veio um pouco melhor do que a expectativa de analistas, que era de redução de 3,2%. Entre janeiro e maio, a queda anual dos investimentos havia sido bem mais intensa, de 6,3%. Fonte: Dow Jones Newswires.

A inadimplência da Caixa Econômica Federal, considerando atrasos acima de 90 dias, ficou em 2,46% ao fim de junho, melhora de 0,01 ponto porcentual ante março, quando estava em 2,47%. Em um ano, o indicador teve melhora de 0,04 p.p.

As despesas com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, chamadas de PCLD pelo banco, somaram R$ 6,2 bilhões no primeiro semestre de 2019, redução de 12,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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"Essa redução é reflexo do recuo de R$ 12,9 bilhões na carteira de crédito e da mudança em sua composição, mais concentrada em linhas de baixo risco, além de aperfeiçoamento nos processos de cobrança e renegociação de créditos da Empresa", explica a Caixa em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

A carteira habitacional apresentou inadimplência de 1,70% em junho de 2019, redução de 0,09 p.p. em 12 meses e 0,11 p.p. no trimestre.

Índice de Basileia

O Índice de Basileia da Caixa Econômica Federal, que mede o quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, atingiu 20,29% ao fim de junho, melhora de 1,19 ponto porcentual em um ano. Em relação a março a melhora foi de 0,22 p.p.

Os índices de capital principal, próprio dos acionistas, e de nível I totalizaram 13,9%, mantendo-se acima do mínimo regulatório de 8,0% para o de capital principal, e 9,5% para o índice de capital nível I, conforme o banco.

A Caixa destaca ainda o pagamento de R$ 10,35 bilhões em instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD) ao governo, sendo que R$ 3 bilhões foram transferidos em julho e R$ 7,35 bilhões estão pendentes de autorização do Banco Central. Esses recursos foram aportados na instituição na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff para suportar a estratégia de concessão de crédito utilizada na época.

O banco destaca, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que, a fim de garantir o cumprimento dos requerimentos mínimos de capital, conforme exigências regulatórias e prudenciais previstas no Acordo de Basileia III, tem implementado medidas para reforço da sua estrutura de capital, como redução de despesas, ajuste dos processos de alocação de capital, utilização da métrica do Retorno Ajustado ao Risco no Capital (RAROC) para gestão da carteira de crédito, ampliação da margem de contribuição dos produtos e serviços, ajuste de benefícios pós emprego para equacionamento do passivo atuarial, disseminação da cultura de risco, entre outras.

Participação do Banco Pan

A participação da Caixa Econômica Federal no Banco Pan (ex-Panamericano) teve valorização de 482% entre dezembro do ano passado e junho deste ano. Passou assim de R$ 700 milhões para R$ 4,3 bilhões.

O aumento ocorreu, conforme explica a Caixa em nota à imprensa, após o exercício da opção de 101 milhões de ações, equivalente a R$ 242 milhões.

O Pan está na lista de desinvestimentos da Caixa na gestão atual. A expectativa é que o banco público se desfaça de sua participação em operação a ser realizada em meio à volta das férias no Hemisfério Norte.

O Banco Pan prepara uma oferta de ações subsequente (follow on) de cerca de R$ 1,5 bilhão. Além dos próprios bancos de investimento dos sócios controladores, o BTG Pactual e a Caixa Econômica Federal, o Pan selecionou como assessores financeiros da operação o Santander Brasil e o Morgan Stanley.

A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 5,56 bilhões no segundo trimestre deste ano, avanço em relação ao ganho de R$ 1,3 bilhão observado em igual período de 2018, informou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No período de abril a junho, a empresa teve receita de vendas de R$ 6,64 bilhões, frente à cifra de R$ 5,9 bilhões registrada no segundo trimestre do ano passado. A compra de energia para revenda custou R$ 466 milhões e os encargos para uso da rede elétrica, R$ 575 milhões.

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O resultado líquido de operações descontinuadas no segundo trimestre foi de R$ 5,25 bilhões, frente ao valor de R$ 919 milhões visto no mesmo período do ano passado.

Patrimônio líquido

A alta do lucro líquido da Eletrobras no segundo trimestre deste ano, de 305% em relação ao mesmo período de 2018, refletiu a privatização da Amazonas Energia e a consequente reversão do patrimônio líquido negativo, informou a empresa em comunicado à imprensa. Já as operações continuadas geraram lucro líquido de R$ 301 milhões. No período, a receita operacional líquida ficou em R$ 6,6 bilhões, alta de 12% frente aos R$ 5,9 bilhões registrados no segundo trimestre do ano passado. Nesse ponto, a empresa destacou a agregação de receita da Eletrobras Amazonas GT, de R$ 727 milhões, e para a GAG Melhoria relativa às concessões renovadas de cerca de R$ 250 milhões.

O Ebitda recorrente da companhia cresceu 8% em relação ao período entre abril e junho de 2018, ao passar de R$ 2,8 bilhões para R$ 3,1 bilhões no segundo trimestre deste ano. Com isso, a empresa registrou índice de alavancagem (dívida líquida/Ebitda recorrente LTM), nos período de 12 meses concluído em junho, de duas vezes, ultrapassando a meta da companhia de ficar abaixo de três vezes.

No semestre, o lucro líquido da Eletrobras foi de R$ 6,9 bilhões, alta de 272% em relação aos R$ 1,8 bilhões obtidos no primeiro semestre do ano passado. Na mesma base de comparação, a receita operacional líquida apresentou crescimento de 9,2%, passando de R$ 11,9 bilhões no primeiro semestre de 2018 para R$ 13,09 bilhões no primeiro semestre de 2019.

Nesse período, o destaque foi a entrada em operação da usina térmica Mauá 3, da Eletrobras Amazonas GT, e o recebimento de GAG Melhoria relativa às concessões renovadas pela Lei 12.783/2013.

"Excluindo os efeitos não recorrentes, o Ebitda recorrente se manteve em linha no acumulado, passando de R$ 6,1 bilhões no primeiro semestre de 2018 para R$ 6,03 bilhões no primeiro semestre de 2019", informou a Eletrobras.

A Vale voltou a registrar prejuízo no segundo trimestre deste ano, devido às novas provisões relacionadas à tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais. Com isso a companhia registrou perdas de US$ 133 milhões no intervalo de abril a junho. O prejuízo é o segundo consecutivo, depois da perda de US$ 1,6 bilhão nos três primeiros meses do ano.

"Conforme progredimos para uma reparação completa e efetiva, o segundo trimestre foi um período de transição para o negócio, com o rompimento da barragem em Brumadinho ainda impactando volumes, custos e despesas. Entretanto, nossa resposta começou a dar frutos para garantir a segurança das pessoas e das operações da companhia, bem como para reduzir incertezas e entregar resultados sustentáveis com um portfólio de produtos de alta qualidade, que já serão refletidos no próximo trimestre", afirmou o presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo, em documento que acompanha o demonstrativo financeiro divulgado nesta noite de quarta-feira, 31.

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Segundo a Vale, provisões por conta da tragédia de Brumadinho somaram US$ 1,5 bilhão no segundo trimestre. O descomissionamento de barragem de rejeitos de Germano consumiu US$ 257 milhões adicionais e a Fundação Renova, relacionada à tragédia da Barragem em Mariana, mais US$ 383 milhões. As provisões não haviam sido contabilizadas nas projeções das instituições financeiras.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no intervalo entre abril e junho veio em US$ 3,098 bilhões, queda de 20% na relação anual. O resultado reverte ainda o número negativo registrado nos três primeiros meses deste ano, quando a empresa teve queima de caixa, a primeiro de sua história, exatamente por conta de Brumadinho. No segundo trimestre a margem Ebitda ajustado ficou em 34%.

Projeções

A Vale apresentou um prejuízo líquido de US$ 133 milhões no segundo trimestre do ano, ante uma projeção de lucro do mercado. Sem considerarem provisões adicionais por conta da tragédia em Brumadinho, que ocorreu em janeiro, a média projetada por instituições financeiras apontava para um ganho de US$ 2,508 bilhões, conforme estimativas coletadas no BB Banco de Investimento, BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA, Safra e XP Investimentos.

Já a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$ 3,098 bilhões veio 33% menor do que a projeção de US$ 4,663 bilhões.

A receita líquida da Vale, por fim, que alcançou US$ 9,186 bilhões, ficou em linha com as estimativas (US$ 9,458 bilhões).

O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, considera em linha quando o resultado se difere em até 5% das estimativas de mercado.

Uma história silenciosa de recuperação está sendo construída em 2019 no mundo da tecnologia: a da Snap, empresa que é dona do app de mensagens efêmeras Snapchat. Depois de abrir capital em 2017 e sofrer com números desastrosos, a companhia está se recuperando este ano. Nesta terça-feira (23) um novo foi passo foi dado, com o anúncio de que o aplicativo liderado por Evan Spiegel ultrapassou pela primeira vez a marca de 200 milhões de usuários diários. Ao total, hoje o Snapchat tem 203 milhões de usuários diários - alta de 8% ano a ano.

Os números fazem parte do balanço da empresa para o segundo trimestre de 2019 e foram divulgados na noite da terça-feira após o fechamento do pregão. Os resultados animaram os investidores, levando os papeis da empresa a serem negociados com alta de quase 10% depois do fim do mercado. Durante o dia, as ações já tinham subido 4,8%. Considerando-se o patamar de US$ 16, os papeis da Snap já tiveram valorização de 176%.

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Além do crescimento em usuários, a empresa também reduziu suas perdas e aumentou as receitas: faturou US$ 388 milhões no período de abril a junho de 2019 e perdeu apenas US$ 0,06 por ação. Para o próximo trimestre, a empresa espera faturar entre US$ 410 milhões e US$ 435 milhões.

No relatório divulgado a acionistas, a empresa detalhou como sua estratégia está funcionando: a reforma no app do Android, usado em pelo menos 80% dos smartphones do mundo hoje, melhorou o engajamento da plataforma. "Tivemos 10% a mais de retenção dos usuários que abriram o Snapchat pela primeira vez", disse a companhia. O tempo de uso médio por dia também aumentou: está em cerca de 30 minutos, informou a Snap.

Ainda é cedo, porém, para que a Snap chegue perto de sua valorização máxima, bem na época da abertura de capital, em março de 2017, quando a empresa chegou a ter ações cotadas a US$ 22.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,4% no segundo trimestre, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo da mediana (12,6%) das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast e perto do piso do intervalo das previsões, que ia de 12,3% e 12,8%.

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Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,0%. No primeiro trimestre, o resultado ficou em 13,1%. No trimestre encerrado em maio, a taxa era de 12,7%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.198 no segundo trimestre. O resultado representa alta de 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 195,7 bilhões no segundo trimestre, alta de 2,3% ante igual período do ano anterior.

A inflação sentida pela população idosa acelerou o ritmo de alta de 0,89% no primeiro trimestre deste ano para 2,30% no segundo trimestre, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 11. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma alta de 5,14% em 12 meses.

Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 4,43% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos.

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No segundo trimestre de 2018, seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas. A principal contribuição partiu do grupo Habitação, que passou de alta de 0,07% no primeiro trimestre para aumento de 3,08% no segundo trimestre. O item que mais influenciou o avanço foi a tarifa de eletricidade residencial, que variou 13,97% no segundo trimestre, ante uma queda de 2,05% no trimestre anterior.

Os demais acréscimos ocorreram nos grupos: Alimentação (de 1,41% para 2,50%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,59% para 2,55%), Transportes (de 1,61% para 2,39%), Vestuário (de -0,02% para 1,05%) e Comunicação (de -0,13% para 0,09%).

Os destaques partiram dos itens laticínios (de 0,84% para 8,22%), medicamentos em geral (de 0,09% para 3,17%), gasolina (de 2,81% para 7,83%), roupas (de -0,02% para 1,26%) e mensalidade para TV por assinatura (de -0,42% para 1,80%), respectivamente.

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,73% para -0,98%) e Despesas Diversas (de 0,62% para 0,35%), sob influência de itens como passeios e férias (de -2,91% para -5,75%) e cartório (de 2,87% para 0,12%).

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,30% no segundo trimestre, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o maior patamar de desemprego já registrado pela Pnad Contínua desde o início da série, em 2012.

O resultado ficou alinhado com a previsão dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,20% e 11,90%, com mediana de exatos 11,30%. Em igual período do ano passado, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,3%. No primeiro trimestre deste ano, a taxa havia ficado em 10,9%, no maior patamar da história até então.

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A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.972 no segundo trimestre de 2016. O resultado representa queda de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 174,6 bilhões no segundo trimestre, queda de 4,9% ante igual período do ano anterior.

Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A nova pesquisa substitui a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.

Postos de trabalho

O País já tem 11,586 milhões de desempregados, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O montante representa um avanço de 38,7% no segundo trimestre do ano ante o mesmo período de 2015, o equivalente a 3,231 milhões de pessoas a mais em busca de uma vaga.

Ao mesmo tempo, 1,413 milhão de postos de trabalho foram fechados, uma redução de 1,5% na população ocupada no mesmo período. Ainda no segundo trimestre, a população inativa cresceu 0,5%, com 344 mil pessoas a mais nessa condição, fora do mercado de trabalho.

A taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua fechou o segundo trimestre em 11,3%, no maior patamar da série histórica iniciada no primeiro trimestre de 2012. No segundo trimestre de 2015, a taxa de desocupação era de 8,3%. No trimestre encerrado em maio, o resultado foi de 11,2%. Já no consolidado do primeiro trimestre deste ano, a taxa havia alcançado 10,9%.

Afetada pela alta de preços, a alimentação fora do domicílio foi um dos destaques negativos dentro da queda de 1,9% da rubrica outros serviços, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O brasileiro pagou mais caro para comer fora, com avanço maior nesse serviço do que a média dos preços.

De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a média dos preços de alimentação fora de casa no segundo trimestre de 2015 ante o segundo trimestre de 2014 subiu 10,4%, enquanto o preço médio da economia medido pelo IPCA no período teve alta de 8,5%. "Isso afetou o setor negativamente", disse.

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As exportações contabilizadas no Produto Interno Bruto (PIB) subiram 3,4% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta sexta-feira, 28, os resultados das Contas Nacionais Trimestrais.

Na comparação com o segundo trimestre de 2014, as exportações mostraram alta de 7,5%. As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, recuaram 8,8% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Já na comparação ao segundo trimestre de 2014, as importações caíram 11,7%.

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A contabilidade das exportações e importações nas Contas Nacionais é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

O consumo das famílias teve queda de 2,1% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta sexta-feira, 28, os resultados das Contas Nacionais Trimestrais. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, o consumo das famílias mostrou recuo de 2,7%.

O consumo do governo, por sua vez, subiu 0,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Já na comparação com o segundo trimestre de 2014, o consumo do governo mostrou queda de 1,1%.

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O IBGE também informou que a taxa de poupança da economia brasileira ficou em 14,4% do PIB no segundo trimestre. Já a taxa de investimento ficou em 17,8% do PIB no período, segundo o instituto.

O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria caiu 5,2% na comparação com o segundo trimestre do ano passado e os dados desagregados mostram quedas acentuadas na construção civil (-8,2%), na indústria de transformação (-8,3%) e na produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-4,7%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria extrativa mineral, que inclui petróleo e minério de ferro, foi a única a ter resultado positivo, com uma alta de 8,1% no trimestre de abril a junho.

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No setor agropecuário, o PIB teve queda de 2,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, o PIB do setor mostrou alta de 1,8%.

Já no setor de serviços, o PIB recuou 0,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, o PIB de serviços mostrou queda de 1,4%.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 1,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano, informou na manhã desta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas de 42 instituições consultados pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 2,20% até recuo de 1,30%, com mediana negativa de 1,70%.

Na comparação com o segundo trimestre de 2014, o PIB recuou 2,6% no segundo trimestre deste ano. O resultado ficou dentro das estimavas dos analistas de 39 casas, que previam desde queda de 3,10% até baixa de 1,10%, com mediana de -2,00%.

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Com o dado divulgado hoje, o PIB recuou 2,1% no primeiro semestre deste ano, em relação a igual período de 2014, e acumula queda de 1,2% em 12 meses até o segundo trimestre de 2015. Ainda segundo o instituto, o PIB do segundo trimestre do ano totalizou R$ 1,428 trilhão.

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