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Cerca de 50 estudantes universitários que tinham contratado os serviços da agência de formatura W9 realizam um protesto nesta tarde (29). O grupo saiu da Praça do Derby, região central do Recife, em direção à Delegacia Policial de Proteção Ao Consumidor, no bairro da Boa Vista. Porém ao chegar ao local os estudantes foram informados que o delegado não estava no recinto e que o mandado de prisão para Lídia Gomes, ex-dono da W9, já havia sido expedido. Agora a investigação fica a cargo da Delegacia de Capturas. 

O objetivo principal da manifestação é fazer com que a justiça acelera os processos para o ex-dono da W9 responda pelo calote dado a centenas de universitários.

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"Nossa festa de formatura será em 2015! Queremos que tudo seja investigado e que o dono pague pelos atos dele" afirma Mateus Barros, estudante de Medicina da UFPE.

Agência de formatura declara falência e frustra estudantes
Funcionários da W9 movem ação contra a empresa

Aline Nascimento, estudante de Direito da UNINASSAU, não tem esperanças que reaver o dinheiro investido. "Paguei a colação de grau, mas não tenho esperanças de reaver o dinheiro. No momento só quero que ele seja preso, foram 180 comissões de formatura lesadas" afirmou a estudante.

Na próxima terça-feira (30) os formandos irão promover um encontro em frente ao Corpo de Bombeiros, na João de Barros. A reunião será às 19h e na ocasião os estudantes irão avaliar propostas de patrocínio de empresas que querem ajudar os prejudicados pela W9. 

 

O vice-presidente da Associação das Empresas de Formatura do Estado de Pernambuco (AEFEPE), Rogério Rodrigues, está presente na sede da Agência W9, onde estudantes e familiares pedem esclarecimentos sobre a falência da empresa. Para Rodrigues, o fim das atividades da W9 não surpreende.

Segundo Rodrigues, pelo que ele ouvia no mercado, a W9 possuía uma série de irregularidades. “A agência não pagava funcionário, nem fornecedores”, revela. Devido a esses problemas, a empresa não fazia parte da associação.

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Rodrigues, com base na quantidade de formaturas realizadas pela W9 (80 por semestre), estima que a dívida da agência esteja em torno de R$ 20 milhões. Ainda hoje a AEFEPE emitirá uma nota para se posicionar ao público.

A associação também promete se reunir com as empresas de formatura para articular uma forma de ajudar os estudantes lesados. “Pernambuco tem um mercado sério de formatura, mas as pessoas precisam pesquisar antes de contratar”, conclui o vice-presidente. 

Com informações de Nathan Santos

A Agência W9, responsável por realizar formaturas, casamentos e ensaios fotográficos em Recife, Natal e Petrolina, anunciou falência na manhã desta segunda-feira (22). Diversas comissões de estudantes estão na sede da empresa, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife.

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Através de email, a agência informou que o motivo do encerramento das atividades seria uma crise financeira, que tem acarretado “uma alta inadimplência que em alguns momentos tem chegado a mais de 60%”. A estudante do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Raíssa Bezerra, teria colação de grau na próxima quarta-feira (25). “Todo mundo foi pego de surpresa. Não havia indícios que isso fosse acontecer”, disse Raíssa, que pretende acionar a Justiça e prestar queixa na Delegacia do Consumidor.

Segundo a estudante, os próprios funcionários não estavam sabendo da falência da empresa. “Fomos falar com o pessoal da recepção e eles souberam através da gente”, disse. A estudante da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOPE), Hallysandra Tavares, é outra insatisfeita que decidiu ir até a sede da W9. Segundo ela, a sua turma teve um gasto médio de R$ 200 mil com a formatura.

Outra estudante, Ana Aline dos Santos, foi acompanhada da mãe para reclamar. “Agora vou prestar queixa para não ser lesada”, disse ela que, sozinha, já havia gasto R$ 20 mil com a agência. A mãe, Maria Aparecida dos Santos, também está surpresa com a notícia. “Nunca imaginei que isso aconteceria com minha filha. Não tenho condições de repor esse dinheiro”, lamenta.

O advogado Leandro José Pereira tem uma prima lesada. Ele aproveitou a movimentação para esclarecer os estudantes. “Estou orientado o grupo a procurar a Delegacia do Consumidor. Também vamos entrar com um processo judicial”, comenta o advogado.

As comissões de estudantes tentaram entrar em contato com o proprietário da empresa, mas não conseguiram contatá-lo. No email enviado pela W9, a agência informou que a assessoria jurídica ficará responsável por dar prosseguimento às anulações. 

Confira abaixo o email enviado aos estudantes:

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