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O diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Guarulhos anunciou o deputado federal Alencar Santana (PT-SP) como pré-candidato à prefeitura da cidade nas eleições municipais de 2024. Conforme mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a sigla estuda lançar candidatos em 12 a 14 das 26 capitais - Brasília não tem eleições municipais.

O deputado comemorou o anúncio da pré-candidatura nas redes sociais. "Com muita honra e responsabilidade, acabo de ser indicado pelo diretório municipal do PT de Guarulhos para a missão de ser o pré-candidato do PT na eleição de 2024 para a prefeitura desta que é a 13ª maior cidade do Brasil! Pra cima!", escreveu Santana no X, antigo Twitter. O deputado foi o relator na Câmara do projeto de lei do Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Como mostrou a reportagem, as duas maiores cidades do Brasil não devem ter candidatos a prefeito do PT. A sigla deve apoiar Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo e Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro.

Em entrevista, o senador Humberto Costa (PE), um dos responsáveis pela organização do partido para o ano que vem, disse que Vitória (ES) e Aracaju (SE) estão entre as capitais onde o partido tem melhores chances. O ex-prefeito João Coser é o principal nome do partido na capital do Espírito Santo. Para Aracaju, o principal nome especulado é o do ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo.

O deputado Alencar Santana (PT-SP), relator da medida provisória do Desenrola, disse nesta quinta-feira (24) que seu parecer vai incluir artigo para limitar os juros do rotativo do cartão de crédito a 100% ao ano caso o setor financeiro não apresente uma proposta de autorregulação. Santana disse também que o texto não tratará do fim do parcelamento de compras sem juros, modalidade apontada pelos bancos como responsável pelas altas taxas - que chegaram em junho a 437% ao ano. O parecer será apresentado oficialmente na próxima terça-feira.

O Desenrola é o programa do governo federal que facilita a renegociação de dívidas de consumidores com bancos. Durante a tramitação da medida provisória, houve articulação para determinar um limite para as taxas cobradas pelas operadoras no crédito rotativo, acionado quando a fatura não é paga integralmente em dia.

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Segundo o relator, o Brasil adotaria o modelo britânico, pelo qual a dívida total renegociada não pode ultrapassar o dobro do valor principal. "Se nada for feito em 90 dias, e o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central não disciplinarem, os juros máximos serão até o valor da dívida principal. Se a pessoa deve R$ 1 mil, os juros cobrados ao longo do tempo só podem fazê-la chegar a R$ 2 mil", disse Alencar. Conforme o deputado, propor o "Desenrola e não tratar desse 'mal' (os juros do crédito rotativo) seria remédio paliativo".

No parecer, foi incluído um dispositivo para incentivar a portabilidade das dívidas do rotativo. A ideia seria induzir a concorrência entre os bancos para os juros baixarem na ponta do consumidor. Um possível obstáculo seria a falta de garantias dessas dívidas - débitos imobiliários, por exemplo, são garantidos pelos imóveis.

Parcelamento

Santana afirmou também que não há sentido em limitar o parcelado sem juros e que o tema não consta de seu parecer. "Foi conquista da sociedade brasileira", disse.

Santana disse que houve discussão com alguns setores que queriam limitar as parcelas. Há duas semanas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em sessão no Senado que a solução para os juros do rotativo estava se "encaminhando" para o fim da modalidade, acrescentando que poderia haver algum dispositivo para desestimular o parcelado sem juros "longo".

Conforme interlocutores do Congresso ouvidos pela reportagem, os bancos pressionam para que o CMN tenha poder para decidir sobre o tema e extinguir a compra parcelada. Os bancos também defendem que a tarifa máxima de 100% dos juros do rotativo do cartão só tenha validade por um ano, podendo aumentar depois. Para os bancos, uma operação de crédito de longo prazo, devido ao seu risco, deveria ser mais cara do que o pagamento à vista. No entanto, a sinalização dos líderes é de que não há acordo para votação da MP se houver mudanças no parcelado sem juros.

Em relação ao Desenrola, não houve mudanças. Segundo os bancos, o programa, que começou em 17 de julho, havia negociado até a primeira semana deste mês R$ 5,4 bilhões, envolvendo 905 mil contratos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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