Tópicos | Alexya Salvador

A reverenda trans Alexya Salvador foi anunciada como pré-candidata a vice-prefeita de São Paulo pelo PSOL. A religiosa pode concorrer ao cargo na chapa liderada pela deputada federal Sâmia Bomfim, do mesmo partido. Além de Sâmia, o ex-candidato a presidente, Guilherme Boulos, apresentou pré-candidatura ao comando da capital paulista pela legenda.

"Com imensa alegria anuncio que a Reverenda Alexya Salvador aceitou meu convite e, junto comigo, agora é pré-candidata a vice-prefeita de SP. Mulher, trans, negra, mãe, periférica, professora, cristã, do PSOL. Uma potência enorme que me deixa confiante e feliz", escreveu Sâmia no Twitter na noite do último domingo (5). 

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Na mesma rede social, Alexya elencou qualidades de Sâmia e acrescentou: "Enfrentar esse Cis-tema requer de nós coragem e ousadia para fazer de São Paulo uma cidade para todas as pessoas. E para finalizar, vai ter Vice Prefeita Reverenda travesti, sim".

Alexya está no PSOL desde 2007 e esta será a segunda vez que ela se coloca como opção para um cargo público pelo partido. Em 2018, Alexya foi candidata a deputada estadual. A reverenda é líder da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM).

A bancada evangélica da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) pode ter uma componente inusitada a partir das eleições deste ano. Caso a pastora Alexya Salvador (PSOL) seja eleita, o colegiado terá pela primeira vez uma pastora transgênero entre os seus componentes. Alexya é líder da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM). 

Inicialmente, o desejo da pré-candidata psolista era de pleitear uma vaga na Câmara Federal, mas recentemente ela mudou o requerimento no PSOL e anunciou que vai concorrer a vaga de deputada estadual. 

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Independente da Casa Legislativa, o intuito principal de Alexya é “mudar o sistema por dentro”. “Se acontecer de eu ser eleita, imagina o nó na cabeça da bancada evangélica? Como assim uma pastora 'trava'?”, salientou em recente entrevista ao jornal Folha de São Paulo. 

Nas redes sociais, a pastora se apresenta como “transgênera por natureza e transfeminista por convicção”. Para ela, é preciso ter novos representantes LGBTs no pleito deste ano para que haja mais igualdade no país.

“Minha candidatura é um caminhar de transformação para que possamos ter cada vez mais representatividade. Se nós não tivermos representatividade em Brasília e na Assembleia em São Paulo não teremos os nossos direitos garantidos. Cada vez mais aquela bancada que alí está continuará execrando, nos humilhando, nos massacrando e fazendo de nós fantoches apenas”, ponderou, no vídeo em que anuncia sua pré-candidatura. 

“Temos sim que eleger LGBTs para o assumir em 2019 aquelas cadeiras para que possamos reconstruir a história do país e aquela Casa seja de igualdade. Meu desejo é exercer a igualdade. Que todas as pessoas tenham a sua experiência representadas. Que não seja simplesmente uma bancada evangélica, que possamos ter todas as religiões lá representadas. O Estado é laico, mas sabemos que as religiões elegem seus representantes para estar lá”, completou Alexya. 

Filiada ao PSOL desde 2017, esta é a primeira vez que a pastora concorre a um cargo público. Ela tem 37 ano,s é casada e mãe de dois filhos adotivos. Formada em Letras, Pedagogia e Teologia, Alexya é professora rede estadual de ensino paulista e vice-presidente da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH). 

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