O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, nega qualquer preocupação com os rumores de que Fernando Alonso estaria no alvo da McLaren para 2015. O dirigente não vê nenhum risco do piloto romper o contrato com a equipe italiana, que tem duração até 2016.

"Esta especulação é muito boa para os jornais, algumas vezes até para o público", minimizou Montezemolo. "Eu estou muito tranquilo com Fernando. Ele tem contrato conosco até o fim de 2016. Minha única preocupação é preparar um bom carro para ele", declarou.

As especulações sobre o futuro de Alonso tiveram início na semana passada, quando a BBC divulgou um possível interesse da McLaren na contratação do espanhol. O bicampeão mundial seria o alvo ideal para reerguer a equipe inglesa, ainda abalada pelo desempenho decepcionante na temporada 2013 da Fórmula 1.

A partir de 2014, Alonso deverá sofrer maior pressão dentro da própria Ferrari por causa da concorrência direta com o novo companheiro, o finlandês Kimi Raikkonen. Substituto de Felipe Massa, Raikkonen mostrou grande desempenho nas últimas duas temporadas, pela Lotus, e está motivado para brigar por um novo título mundial.

Com o quinto lugar conseguido neste domingo no GP dos Estados Unidos, penúltima etapa da temporada da Fórmula 1, o espanhol Fernando Alonso assegurou a conquista antecipada do vice-campeonato. E disse estar feliz por ser o primeiro colocado "entre os mortais", diante da enorme superioridade mostrada pelo piloto alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, que foi tetracampeão em 2013.

Vettel já tinha sido campeão há duas provas, mas ganhou novamente neste domingo, somando a oitava vitória seguida no campeonato - tem 12 no total. Assim, o alemão da Red Bull lidera agora com 372 pontos. Alonso chegou neste domingo aos 227 pontos e não pode ser mais alcançado, no GP do Brasil, domingo que vem, em Interlagos, pelo inglês Lewis Hamilton (Mercedes), que tem 187.

"Estou contente por ser o vice-campeão e o primeiro entre os mortais", comemorou Alonso, em entrevista após a corrida deste domingo em Austin. O piloto espanhol da Ferrari também contou que suportou bem as 56 voltas, depois de ter passado por exames médicos na etapa anterior, em Abu Dabi, por causa de dores nas costas. "Estou cansado da prova, mas as costas estão bem", avisou.

Apesar do quinto lugar no GP de Abu Dabi, Fernando Alonso se mostrou satisfeito com seu desempenho no circuito de Yas Marina, neste domingo (3). O espanhol, que largou em 10º, disse que "minimizou danos" ao chegar próximo ao pódio nos Emirados Árabes Unidos.

"Eu tinha que minimizar os danos no Mundial de Construtores", comentou Alonso, que foi apenas o 11º mais rápido nos treinos, mas ganhou uma posição no grid por causa de uma punição ao finlandês Kimi Raikkonen.

"Tinha uma Mercedes na frente e atrás de mim. Foi graças à Lotus, e ao abandono de Kimi, que evitamos o massacre. Estou contente em poder ajudar a equipe", comentou o espanhol, que segue na vice-liderança do Mundial de Pilotos, mas sonha com o segundo lugar no campeonato entre as equipes. A Ferrari quer chegar ao vice-campeonato por causa da premiação.

Alonso chegou em quinto após conquistar seguidas posições na segunda metade da corrida. O espanhol protagonizou duelo direto com Felipe Massa, mas levou a melhor. O brasileiro cruzou a linha de chegada em oitavo.

Fernando Alonso admitiu que, diante das circunstâncias, ainda estar na disputa pelo título da Fórmula 1 pode ser considerado "um milagre". Embora não tenha desistido, o piloto espanhol da Ferrari reconheceu que o alemão Sebastian Vettel tem tudo para ser o campeão - o que pode acontecer já neste domingo, no GP do Japão. Para ele, estar em segundo lugar no campeonato já é uma grande conquista, diante do desempenho do seu carro.

"Se alguém começou a assistir a Fórmula 1 hoje ou ontem e você disser que o carro vermelho com um cara com capacete azul estão lutando pelo campeonato e em segundo, dirão que não é verdade. É um milagre", afirmou Alonso. "Fizemos um milagre por 15 corridas e vamos tentar manter este milagre vivo para as cinco restantes", completou o espanhol, que está a 77 pontos de Vettel no Mundial.

O próprio chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, já admitiu, em entrevista ao jornal britânico The Independent, que a disputa está perdida, tamanha a vantagem de Vettel, que venceu as últimas quatro etapas da temporada e vem mostrando enorme superioridade com o carro da Red Bull

Antes da sexta colocação no GP da Coreia do Sul, no último domingo, Alonso tinha conseguido terminar em segundo lugar em três etapas seguidas - Bélgica, Itália e Cingapura. "Os três segundos lugares que tivemos foram acima da expectativa. Nós tínhamos um carro que dava para chegar em terceiro, quarto ou quinto", avaliou o espanhol.

Apesar de Stefano Domenicali ter desmentido qualquer problema profissional entre a Ferrari e Fernando Alonso, a revista alemã ‘Auto Motor und Sport’ publicou um artigo nesta quinta-feira (29) afirmando que o bicampeão espanhol estaria insatisfeito no time de Maranello. De acordo com o texto, com a atual fase do campeonato, Alonso tem reclamado das condições de trabalho na Scuderia Italiana.

“Alonso já teria espalhado pelo Twitter que sua Ferrari não teria combustível suficiente para dar mais uma volta durante a qualificação [em Spa-Francorchamps]. A Ferrari lhe pediu que apagasse a mensagem. Se for verdade, a indicação de que a relação entre Alonso e a Ferrari não está em uma boa fase. Existe sim um casamento entre ambas as partes de conveniência”, especulou.

A publicação ainda ressaltou que um dos motivos em que fez com que Alonso se chateasse com a Ferrari seria a suposta aproximação do time de Maranello com Kimi Raikkonen. “Portanto, não é de esperar que as estrelas da Ferrari se superem. Alonso deve ter ficado irritado com a possível escolha do seu companheiro de equipe para 2014. Isso limita as chances de Kimi Raikkonen ser o escolhido, pois a decisão poderia desfragmentar a equipe comandada por Luca di Montezemolo”, afirmou.

Sobre os rumores que surgiram após o empresário de Alonso, Luís García Abad, ter sido visto com o chefe de equipe da Red Bull Racing (RBR), Christian Horner, a publicação opinou afirmando que foi uma mera coincidência. “O Motorhome da Red Bull foi o lugar errado para Luís García e Horner discutirem sobre a F1. Eles estiveram no lugar errado e na hora errada, pois isso alimentou rumores e agravaram a situação de Alonso com a Ferrari”, opinou.

Por fim, a revista fez uma pequena analise sobre o comportamento profissional de Alonso em questão de negociação com outras equipes. “É uma situação curiosa. Fernando Alonso é o piloto mais completo da atual F1. Na McLaren, ele não voltou atrás em 2007. Em 2015, que é o ano em que termina o seu contrato com a Ferrari, a Mercedes já afirmou que gostaria de tê-lo junto com Lewis Hamilton. A Lotus não pode arcar com Alonso. Alguem acredita que Alonso pode cancelar o seu contrato com a Ferrari?”, indagou.

Um mês após fazer críticas ao departamento técnico da Ferrari, Fernando Alonso recuou nesta quinta-feira e fez elogios à equipe, principalmente ao presidente Luca Di Montezemolo. O dirigente chegou a vir a público para repreender o piloto espanhol depois dos comentários dele ao fim do GP da Hungria, em julho.

"Nossa relação está melhor do que nunca", destacou Alonso, às vésperas do GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. O espanhol atribuiu as críticas a um mal-entendido durante a entrevista que concedeu em Budapeste.

"Foi uma informação equivocada repassada ao presidente. Nós conferimos as gravações das entrevistas coletivas que dei naquele dia e foi fácil identificar o que eu disse exatamente", justificou o piloto. "Participo de 4 coletivas no fim de semana de corrida. E falo em três línguas (italiano, inglês e espanhol), sendo dois deles idiomas não nativos. E o que levaram a nosso presidente não foi o que disse".

Alonso não apenas desmentiu o atrito com a direção da Ferrari. Ele tratou de desfazer qualquer suspeita de conflito e fez questão de elogiar o presidente. "Ele é o nosso motivador, o pai da família Ferrari. Tenho zero problemas com ele", ressaltou. "A repercussão de estar na Ferrari ou do que a Ferrari faz é maior do que em outra equipe".

A polêmica teve início quando Alonso fez um desabafo na entrevista coletiva logo depois do GP da Hungria. O piloto não poupou críticas ao departamento técnico da Ferrari e disse que faltavam boas peças para o carro melhorar seu desempenho.

A resposta da direção da Ferrari veio no dia seguinte. "Fernando tem de compreender que seus interesses vêm depois dos da nossa equipe. Não gostei do que ele disse", afirmara Montezemolo. A polêmica, contudo, acabou perdendo força por causa do recesso de verão da Fórmula 1. Após quase um mês de folga, os pilotos voltam à pista neste fim de semana, na Bélgica.

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O presidente da Ferrari, Luca Di Montezemolo, repreendeu Fernando Alonso nesta segunda-feira em razão das críticas públicas proferidas pelo piloto após a corrida de domingo, na Hungria. Em Budapeste, o espanhol reclamou do trabalho do corpo técnico da equipe, que não teria contribuído para a evolução do carro no decorrer desta temporada. "As novas peças não melhoram o carro em nada", afirmara.

As declarações incomodaram Montezemolo, que revelou um "puxão de orelha" no piloto, segundo palavras da própria Ferrari. O presidente repreendeu o espanhol ao parabenizá-lo pelo aniversário, por telefone. Alonso completa 32 anos nesta segunda. "Todos os grandes campeões que pilotaram pela Ferrari sempre foram instados a colocar os interesses da equipe acima dos seus próprios", disse o dirigente.

"Este é o momento de ficar calmo, evitar polêmicas e mostrar humildade e determinação em dar sua própria contribuição, ficando ao lado do time e dos seus colegas tanto dentro quanto fora da pista", ressaltou Montezemolo. Na mesma nota em que divulgou as declarações do presidente, a assessoria registrou que "este não é definitivamente o momento para começar a discutir sobre quem são os responsáveis por esta ou aquela decisão".

No domingo, após terminar a corrida em 5º e perder a vice-liderança do campeonato, Alonso não poupou críticas à área técnica da Ferrari. "Quando tivemos carro, eu e Felipe terminamos no pódio, como em Barcelona", declarou. "O pessoal de pista, engenheiros, mecânicos, pilotos realizam um trabalho aceitável. Já aqueles que concebem as peças...", alfinetou.

As declarações de Alonso marcam uma nova postura do espanhol, acostumado a defender as decisões da equipe. Pela primeira vez desde que chegou à Ferrari, em 2010, o piloto fez críticas públicas à escuderia e gerou atrito com a direção. No mesmo fim de semana das críticas, Alonso foi citado por uma revista estrangeira como candidato a assumir a vaga de Mark Webber na Red Bull a partir de 2014. O piloto se recusou a responder perguntas sobre o assunto, no domingo.

Antes de rebater as críticas de Alonso, Montezemolo confirmou nesta segunda a contratação do inglês James Allison para reforçar a área técnica da Ferrari. O novo diretor técnico, ex-Lotus, vai assumir a função no início de setembro. Pat Fry, então titular do cargo, será alçado à nova posição de diretor de engenharia.

Fernando Alonso admitiu em entrevista nesta quinta-feira (25) que se Daniel Ricciardo ficar na Red Bull Racing (RBR) ele vai ser um grande rival para a Ferrari. O bicampeão espanhol ressaltou que qualquer piloto – munido ou não de talento – que for pegar o RB9 da Red Bull consegue ter o melhor desempenho possível.

“Nós vimos isso no teste de novatos. Qualquer um que guia a Red Bull é muito rápido. É um fato, é mais forte do que os outros. Qualquer piloto que pegar a Red Bull consegue ser muito forte”, respondeu Alonso em entrevista com a emissora italiana ‘TG1’.

Sobre a situação atual no campeonato, Alonso afirmou que a meta da Ferrari é tentar se aproximar do líder Sebastian Vettel da Red Bull. “Nós devemos tentar terminar na frente de Vettel. A diferença para ele está começando a ser um pouco demais em termos de pontos. Nós temos que reduzir essa diferença o mais rápido possível”, ressaltou. No Mundial de Pilotos, Vettel é o atual líder com 157 pontos, em segundo vem Alonso com 123 e em terceiro Kimi Raikkonen da Lotus com 99.