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O governo de São Paulo voltou atrás no plano de vender ou conceder para a iniciativa privada 34 áreas do Instituto Florestal, como hortos, estações experimentais e florestas voltadas para a produção de madeira. Mas ainda pretende aumentar a renda com esses locais, e a nova estratégia estudada é arrendá-los.

Este é um dos planos que estão sendo propostos pelo novo secretário de Meio Ambiente do Estado, o economista Maurício Brusadin. Ele assumiu o cargo no final de agosto em substituição ao advogado Ricardo Salles, que foi quem abriu um chamamento no início do ano para interessados nas áreas. A medida foi contestada pelo Ministério Público, que considerou que o chamamento incorreu em dirigismo, e rendeu a Salles uma segunda investigação de improbidade administrativa. Em entrevistas na época, ele negava que tivesse havido dirigismo.

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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Brusadin disse que o chamamento é "página virada" e que um projeto de lei sobre o tema foi devolvido pelo governo à pasta. "Passou a não ter sentido porque mudamos a orientação política. Sobre essas áreas, tenho uma posição um pouco diferente da do Ricardo", disse, frisando uma mensagem que tem repetido à exaustão desde a posse: de que uma nova estratégia só entrará em vigor depois de muito diálogo com a comunidade, processo que Salles era acusado de ignorar.

"Montamos um grupo de trabalho com os Institutos Florestal (IF) e Geológico (IG), com membros da secretaria, e estamos esperando um posicionamento da USP (Universidade de São Paulo). Vamos debater isso, mas nossa ideia é iniciar um embrião de arrendamento dessas áreas, a princípio em somente umas cinco ou seis unidades. Porque hoje a produtividade de madeira, de resina, é baixíssima comparada com quem produz para o mercado. Com o arrendamento, por meio de técnicas avançadas e até mais sustentáveis, talvez possamos ampliar a produtividade. A ideia é colocar o arrendamento em discussão e que ele possa trazer recurso. Se der certo, por que não expandir?"

O chamamento de Salles trazia a possibilidade de venda, e não só de concessão, como é previsto em lei em relação às unidades de conservação (UCs) do Estado, e pesquisadores do IF temiam que essas áreas, que apesar de não serem florestas nativas desempenham um papel ecológico, se perdessem.

Brusadin disse que com o arrendamento não há essa possibilidade. "A finalidade da produção é a mesma. Ninguém vai arrendar isso para por gado. Essas unidades são para produzir resina ou madeira, mas com mais eficiência. Ninguém vai colocar árvore no chão", afirmou.

Modernização

O secretário pontuou ainda que uma de suas metas é buscar saídas "modernizantes" nessas áreas e nas UCs. Para isso, disse que quer que as comunidades locais "abracem" as florestas e botar em pé os planos de concessões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Não havia nada além das terras quase sempre secas, umas poucas cabeças de gado e as plantações de palma na região do semiárido pernambucano.  Moradores das áreas rurais das pequenas cidades de Caetés, Pedra e Paranatama não tinham uma perspectiva de uma mudança radical em suas vidas. Até que o projeto do maior complexo eólico de Pernambuco chegou prometendo transformar essa realidade. Muitos tiveram benefício, outros nem tanto.

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Os 107 aerogeradores precisavam de espaço para ser erguidos e a Casa dos Ventos resolveu optar pelo modelo de arrendamento dos terrenos, mantendo as propriedades com seus respectivos donos e pagando uma espécie de aluguel pelo uso do ambiente. Uma solução mais barata para a empresa e benéfica para os donos de terra.

Apesar do empreendimento ter anunciado o complexo na região de Caetés, foi o município de Paranatama o que teve o maior números de pessoas beneficiadas. Foram 73 aerogeradores  instalados em terras de moradores da cidade. Mesmo antes disso, durante a construção, alguns ganharam um bom dinheiro e empregos, como a família de Zé Vicente Ferreira, 73 anos. “A gente estava numa situação que pedia a Deus que as coisas melhorassem. Foi quando chegou esse projeto e nos trouxe essa mudança”, conta ele. As  peças das torres de energia eólica precisavam de um ‘depósito’ e o terreno dele foi o escolhido. “Foi um ano de aluguel por R$ 100 mil reais. Além disso, vendi uma propriedade por R$ 3 mil e meus filhos tiveram emprego durante a obra”, afirmou.

A segurança com que Zé Vicente descreveu os valores, no entanto, não foi uma unanimidade entre os beneficiados. José Ferreira Sobrinho, o “Juca Ferreira”, ainda não sabe ao certo quanto vai receber mensalmente pelo arrendamento de suas terras onde criava ‘umas 80’ cabeças de gado. “Vendi meu gado e estou agora esperando pela definição dos valores. Já ouvi dizer que eram 1.500 reais e depois 5.000. Vamos ver”, disse esperançoso.

O CEO da Casa dos Ventos, Mário Araripe, explica que cada uma das 80 famílias, cujas terras foram ocupadas com os aerogeradores, deve receber cerca de R$ 2.500 por mês, o que geraria um custo aproximado de R$ 200 mil reais/mês de “aluguel” das terras. “Este é o grande beneficio para essas pessoas. Passarem a ter uma renda segura”, afirmou.

Mas nem todos quiseram entrar no negócio. Os pais de Luciano Leite da Silva, 35 anos, proprietários da terra onde ele mora, não aceitaram os valores oferecidos, principalmente, porque a obra incluía a derrubada da casa deles. “Meu pai queria 100 mil pela casa e eles queriam pagar 15. Ele até chegou a baixar para 80 mil, mas a empresa só chegou a 44.900 e ele não fechou. Se fosse eu, tinha aceito”, admite Luciano, um dos oito filhos de seus pais, dos quais quatro deixaram o Agreste de Pernambuco rumo a São Paulo.

Outros moradores que chegavam junto à equipe de reportagem durante a conversa com os entrevistados, contavam outras histórias. Uma senhora teria dito que não sairia de sua terra nem por “um caminhão de dinheiro”. Outros teriam colocado a empresa na justiça para receber os valores referentes à passagem das linhas de transmissão por suas terras, porém, sem maiores detalhes sobre os fatos relatados.

Social – Segundo a Casa dos Ventos, cerca de 4 milhões de reais – menos de 0,5% do total investido no empreendimento – foram destinados para benefícios sociais para os moradores das cidades que receberam o complexo. O valor seria destinado para construção de quadras poliesportivas, reforma de escolas, capacitação de gestores e realização de cursos para gerar emprego e renda. Nenhuma parte desse dinheiro, porém, foi investido na capacitação de mão de obra local, que só foi utilizada para o período de construção, segundo o próprio CEO da Casa dos Ventos.

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O arrendamento da área do estádio dos Aflitos, visto por muitos alvirrubros como a solução para os problemas financeiros do clube, pode acontecer em 2015. O clube já recebeu algumas propostas, que estão sendo analisadas por uma Comissão do Conselho Deliberativo do Timbu. 

De acordo com Eduardo Turton, vice-presidente do Conselho e membro desta comissão, no próximo ano os Aflitos deve ter um destino. “Em 2015 teremos algo concreto”, disse, sem entrar em detalhes sobre qual pode ser o empreendimento e nem os valores que o negócio engloba.

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Além de passar pelo Conselho Deliberativo, o sócios também terão poder de decisão. “O assunto ainda será levado para o Conselho Deliberativo e a Assembleia de Sócios. Ratifico, apenas em 2015 teremos algo concreto”, completou Eduardo Turton.

O Náutico, desde 2013, manda seus jogos na Arena Pernambuco. Em maio de 2014, houve um jogo de despedida dos Aflitos contra o Avaí, pela Série B. No restante do ano, o estádio recebeu jogos de futebol americano e beisebol. A área arrendada será apenas o do campo, já que a sede social é tombada como patrimônio histórico.

A Secretaria do Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo de Pernambuco (STQE) disponibiliza as vagas de emprego abertas para esta terça-feira (28). Há vagas para deficientes. As oportunidades são para as cidades do Recife, Cabo de Santo Agostinho, Araripina, Caruaru, Petrolina e São Lourenço da Mata.

Interessados podem obter mais detalhes no site da Agência do Trabalho. Confira o quadro com todas as oportunidades no link abaixo.

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