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Considerando a crescente expansão da produção de energia eólica no Brasil, com um olhar especial para Pernambuco, e tendo em vista a importância desse assunto para o desenvolvimento do Estado e das comunidades rurais, a Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), debaterá “os parques eólicos do Agreste Meridional e os seus impactos socioambentais”.

 A Comissão é presidida pelo deputado Doriel Barros (PT) e o debate será nesta quarta-feira (15), às 9h. Para contribuir com a conversa, o Colegiado convidou as empresas responsáveis pela implantação dos parques nessa região, o Governo do Estado e agricultores e agricultoras familiares que têm aerogeradores instalados em suas terras.

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“Não somos contra o desenvolvimento promovido por esses parques, mas é preciso ampliar esse debate aqui na Alepe, para que possamos ajudar o Estado a avançar economicamente, sem deixar de assegurar a qualidade de vida das famílias que convivem diretamente com esses empreendimentos”, disse Doriel Barros.

A Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural organizou, para este primeiro semestre, uma agenda de escutas sobre a realidade do campo, que envolve trabalhadores, empresários e Governo do Estado. O objetivo é que esses momentos subsidiem a decisão sobre quais temas e ações deverão ser priorizados por esse Colegiado, durante os dois anos da atual gestão.

Em visita a cidade de Caetés, no Agreste de Pernambuco, onde há um parque eólico instalado, o deputado estadual Doriel Barros (PT) recebeu reclamações dos moradores em relação a problemas de saúde decorrentes dos equipamentos.

Durante pronunciamento na Reunião Plenária dessa terça-feira (26), o parlamentar afirmou que conversou com famílias das comunidades de Larguinha e Pau Ferro, que relataram dores de cabeça, distúrbios do sono, tontura, perda de audição, irritabilidade e depressão. Todos associados ao funcionamento do parque.

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Barros solicitou que o tema seja discutido pela Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Além disso, a estrutura estaria causando redução da produção de ovos e leite e o desaparecimento de abelhas e pássaros. O deputado ainda lembrou que as regulações na França e no Reino Unido estabelecem afastamentos de até 1,5 quilômetro entre os aerogeradores e as casas.

“Eu estava lá durante o dia. É um barulho absurdo. Imagine à noite. É uma região que tem predominância de agricultura familiar e pequenas propriedades, e essas pessoas, na grande maioria, não foram indenizadas”, pontuou Barros.

A empresa francesa de energia renovável Voltalia anunciou a construção de um parque eólico de 60,5 megawatts (MW) no Brasil, depois de vencer um leilão público em agosto.

O parque, chamado Ventos da Serra do Mel 2, ficará no estado do Rio Grande do Norte, onde a empresa já está presente, informou a Voltalia em um comunicado.

Com o novo parque, a Voltalia assegura poder cumprir a meta de instalar mil megawatts de capacidade no mundo até 2020.

De acordo com a empresa, o Brasil abrigará em 2020 a maioria de seus parques energéticos (69%), à frente da Europa (19%) e África (12%).

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Não havia nada além das terras quase sempre secas, umas poucas cabeças de gado e as plantações de palma na região do semiárido pernambucano.  Moradores das áreas rurais das pequenas cidades de Caetés, Pedra e Paranatama não tinham uma perspectiva de uma mudança radical em suas vidas. Até que o projeto do maior complexo eólico de Pernambuco chegou prometendo transformar essa realidade. Muitos tiveram benefício, outros nem tanto.

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Os 107 aerogeradores precisavam de espaço para ser erguidos e a Casa dos Ventos resolveu optar pelo modelo de arrendamento dos terrenos, mantendo as propriedades com seus respectivos donos e pagando uma espécie de aluguel pelo uso do ambiente. Uma solução mais barata para a empresa e benéfica para os donos de terra.

Apesar do empreendimento ter anunciado o complexo na região de Caetés, foi o município de Paranatama o que teve o maior números de pessoas beneficiadas. Foram 73 aerogeradores  instalados em terras de moradores da cidade. Mesmo antes disso, durante a construção, alguns ganharam um bom dinheiro e empregos, como a família de Zé Vicente Ferreira, 73 anos. “A gente estava numa situação que pedia a Deus que as coisas melhorassem. Foi quando chegou esse projeto e nos trouxe essa mudança”, conta ele. As  peças das torres de energia eólica precisavam de um ‘depósito’ e o terreno dele foi o escolhido. “Foi um ano de aluguel por R$ 100 mil reais. Além disso, vendi uma propriedade por R$ 3 mil e meus filhos tiveram emprego durante a obra”, afirmou.

A segurança com que Zé Vicente descreveu os valores, no entanto, não foi uma unanimidade entre os beneficiados. José Ferreira Sobrinho, o “Juca Ferreira”, ainda não sabe ao certo quanto vai receber mensalmente pelo arrendamento de suas terras onde criava ‘umas 80’ cabeças de gado. “Vendi meu gado e estou agora esperando pela definição dos valores. Já ouvi dizer que eram 1.500 reais e depois 5.000. Vamos ver”, disse esperançoso.

O CEO da Casa dos Ventos, Mário Araripe, explica que cada uma das 80 famílias, cujas terras foram ocupadas com os aerogeradores, deve receber cerca de R$ 2.500 por mês, o que geraria um custo aproximado de R$ 200 mil reais/mês de “aluguel” das terras. “Este é o grande beneficio para essas pessoas. Passarem a ter uma renda segura”, afirmou.

Mas nem todos quiseram entrar no negócio. Os pais de Luciano Leite da Silva, 35 anos, proprietários da terra onde ele mora, não aceitaram os valores oferecidos, principalmente, porque a obra incluía a derrubada da casa deles. “Meu pai queria 100 mil pela casa e eles queriam pagar 15. Ele até chegou a baixar para 80 mil, mas a empresa só chegou a 44.900 e ele não fechou. Se fosse eu, tinha aceito”, admite Luciano, um dos oito filhos de seus pais, dos quais quatro deixaram o Agreste de Pernambuco rumo a São Paulo.

Outros moradores que chegavam junto à equipe de reportagem durante a conversa com os entrevistados, contavam outras histórias. Uma senhora teria dito que não sairia de sua terra nem por “um caminhão de dinheiro”. Outros teriam colocado a empresa na justiça para receber os valores referentes à passagem das linhas de transmissão por suas terras, porém, sem maiores detalhes sobre os fatos relatados.

Social – Segundo a Casa dos Ventos, cerca de 4 milhões de reais – menos de 0,5% do total investido no empreendimento – foram destinados para benefícios sociais para os moradores das cidades que receberam o complexo. O valor seria destinado para construção de quadras poliesportivas, reforma de escolas, capacitação de gestores e realização de cursos para gerar emprego e renda. Nenhuma parte desse dinheiro, porém, foi investido na capacitação de mão de obra local, que só foi utilizada para o período de construção, segundo o próprio CEO da Casa dos Ventos.

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Na manhã desta terça (29), a empresa Casa dos Ventos inaugura a primeira parte de um dos maiores conplexos de energia eólica do Brasil. Na região de Caetés, terra onde nasceu o ex-presidente Lula, passam a funcionar mais de 100 aerogeradores, que podem fornecer energia para cerca de 350 mil residências.

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Localizado a 250km da capital pernambucana, o complexo tem 3.500 hectares entre as cidades de Caetés, Pedra e Paranatama, no Agreste do Estado. Foram investidos R$ 864 milhões, gerando cerca de 3.000 empregos em sua implantação, segundo a empresa, dando prioridade à mão de obra local.

As terras onde estão instaladas os aerogeradores foram arrendadas de produtores rurais. O modelo permite à empresa repassar aos proprietários, mensalmente, uma quantia calculada a partir da energia gerada, o que deve resultar em R$ 2 milhões pagos anualmente aos moradores locais.

Expansão - Em 2016, a Casa dos Ventos deve inaugurar a outra parte do complexo eólico, com capacidade de geração de energia ainda maior, englobando também as cidades de Venturosa e Capoeiras. Com isso, a região se tornará um dos maiores pólos de geração desse tipo de energia no país.

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a formação de uma joint venture entre a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a fabricante de equipamentos elétricos WEG para implementação de um parque eólico. O aval está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 28.

Segundo documento do Cade sobre o negócio, as empresas têm interesse em constituir uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) denominada Usina Eólica Palmas II, que será responsável pelo desenvolvimento de um projeto de parque eólico com capacidade não inferior a 4,2 MW. O parque eólico terá sede em Palmas (PR).

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"A operação se justifica por representar a continuação do desenvolvimento sustentável da Copel no setor de geração de fontes renováveis de energia elétrica. Para WEG, trata-se de uma oportunidade de negócio no contexto e sua estratégia de desenvolvimento de aerogeradores eólicos, atividade nova em seu portfólio, sendo este o primeiro projeto neste mercado", afirmam as empresas no documento.

O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) realiza nesta sexta-feira (25), o Seminário Tecnologia Tropical, que aborda o tema “Tecnologias na Medição do Recurso Eólico e Avanços nos Estudos de Modelagem”. Coordenado pelo diretor técnico-científico do Itep, Geraldo Eugênio, o debate visa apontar soluções para as questões estratégicas em tecnologia e inovação, aplicáveis no Estado de Pernambuco e às regiões tropicais do país.

O encontro conta com a participação de profissionais da área de engenharia. Pollyanna Silva tem graduada em Estatística pela UEPB (2008) e é mestre em Meteorologia pela UFCG (2009 e 2011). Atualmente é doutoranda em Meteorologia pela UFCG. Trabalha no desenvolvimento de campanhas de medição do recurso eólico no Nordeste e Sul do Brasil, bem como no acompanhamento climatológico e ambiental nestas áreas.

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Já Lucas Espínola de Carvalho Maia é graduado em Engenharia Eletrotécnica pela UPE (2011), certificado pela Universidade Técnica da Dinamarca na metodologia WAsP® de projetos eólicos e é mestrando em Engenharia Mecânica pela UFPE. Ele também participou da concepção e projeto de parques eólicos no Nordeste e Sul do Brasil, América do Sul e Ásia, bem como ministrou cursos em modelagem de parques eólicos.

Seminário Tecnologia Tropical

Instituto de Tecnologia de Pernambuco  (Avenida Prof. Luiz Freire, 700 - Cidade Universitária)

81 3183 4399

 

A Honda vai construir um parque eólico em Xangri-lá, no litoral do Rio Grande do Sul, para suprir a demanda de energia da fábrica de automóveis que tem em Sumaré (SP). O projeto de R$ 100 milhões foi anunciado nesta quarta-feira, 24, no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, por executivos da empresa.

O local foi escolhido por ter boa disponibilidade de vento, rede de transmissão e uma subestação a um quilômetro de distância. O parque deve entrar em operação no final do ano que vem, com nove turbinas de 3 Megawatts (MW) cada e capacidade instalada de 27 MW, correspondente ao que é necessário para abastecer uma cidade de 35 mil pessoas.

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