Tópicos | Casa dos Ventos

[@#galeria#@]

Mesmo no lançamento de um empreendimento que promete ser um grande sucesso socialmente e economicamente, a palavra "crise" apareceu. Tanto o governador quanto o CEO da Casa dos Ventos citaram o momento de dificuldade vivido pelo país.

##RECOMENDA##

Para o fundador e presidente da Casa dos Ventos, Mário Arararipe, o pior está por vir. "Só piora. Só escureceu. A meia-noite ainda não chegou", sentenciou.

No entanto, segundo o empresário, o complexo eólico dará lucros em um curto espaço de tempo. "Investimos mais de 800 milhões, mas a expectativa é de que isso seja recuperado em 5 anos", explicou.

Arararipe explicou como o empreendimento foi financiado. "A empresa entrou com 35% e o restante foi financiado pelo BNDES (Governo Federal) para ser pago em 16 anos", detalhou.

>> Complexo eólico do Agreste de PE em terras “alugadas”

 

>> Na terra de Lula, empresa inaugura parque eólico

Já Paulo Câmara iniciou seu discurso exaltando o ex-governador Eduardo Campos. "Quando iniciamos o governo queríamos trazer as grandes indústrias para o Estado, mas também implementar um conceito de crescimento sustentável", disse.

Logo depois, exaltou o que chamou de agilidade e competência de sua equipe de governo. "Tudo o que prometemos aos investidores nós cumprimos. Fizemos os licenciamentos da maneira mais rápida possível. Vamos superar essa crise com trabalho", afirmou o governador.

Custos - De acordo com Mário Arararipe, a energia eólica é um investimento mais seguro e que gera uma energia mais barata, chegando a custar a metade do que se paga pela termoelétrica, que quando ativadas acionam a temida bandeira vermelha, que aumenta a conta de energia para os consumidores.

Quanto aos equipamentos, o CEO da Casa dos Ventos afirmou que 65% das peças foram fabricadas no Brasil, sendo boa parte delas em Pernambuco.

[@#galeria#@]

Não havia nada além das terras quase sempre secas, umas poucas cabeças de gado e as plantações de palma na região do semiárido pernambucano.  Moradores das áreas rurais das pequenas cidades de Caetés, Pedra e Paranatama não tinham uma perspectiva de uma mudança radical em suas vidas. Até que o projeto do maior complexo eólico de Pernambuco chegou prometendo transformar essa realidade. Muitos tiveram benefício, outros nem tanto.

##RECOMENDA##

Os 107 aerogeradores precisavam de espaço para ser erguidos e a Casa dos Ventos resolveu optar pelo modelo de arrendamento dos terrenos, mantendo as propriedades com seus respectivos donos e pagando uma espécie de aluguel pelo uso do ambiente. Uma solução mais barata para a empresa e benéfica para os donos de terra.

Apesar do empreendimento ter anunciado o complexo na região de Caetés, foi o município de Paranatama o que teve o maior números de pessoas beneficiadas. Foram 73 aerogeradores  instalados em terras de moradores da cidade. Mesmo antes disso, durante a construção, alguns ganharam um bom dinheiro e empregos, como a família de Zé Vicente Ferreira, 73 anos. “A gente estava numa situação que pedia a Deus que as coisas melhorassem. Foi quando chegou esse projeto e nos trouxe essa mudança”, conta ele. As  peças das torres de energia eólica precisavam de um ‘depósito’ e o terreno dele foi o escolhido. “Foi um ano de aluguel por R$ 100 mil reais. Além disso, vendi uma propriedade por R$ 3 mil e meus filhos tiveram emprego durante a obra”, afirmou.

A segurança com que Zé Vicente descreveu os valores, no entanto, não foi uma unanimidade entre os beneficiados. José Ferreira Sobrinho, o “Juca Ferreira”, ainda não sabe ao certo quanto vai receber mensalmente pelo arrendamento de suas terras onde criava ‘umas 80’ cabeças de gado. “Vendi meu gado e estou agora esperando pela definição dos valores. Já ouvi dizer que eram 1.500 reais e depois 5.000. Vamos ver”, disse esperançoso.

O CEO da Casa dos Ventos, Mário Araripe, explica que cada uma das 80 famílias, cujas terras foram ocupadas com os aerogeradores, deve receber cerca de R$ 2.500 por mês, o que geraria um custo aproximado de R$ 200 mil reais/mês de “aluguel” das terras. “Este é o grande beneficio para essas pessoas. Passarem a ter uma renda segura”, afirmou.

Mas nem todos quiseram entrar no negócio. Os pais de Luciano Leite da Silva, 35 anos, proprietários da terra onde ele mora, não aceitaram os valores oferecidos, principalmente, porque a obra incluía a derrubada da casa deles. “Meu pai queria 100 mil pela casa e eles queriam pagar 15. Ele até chegou a baixar para 80 mil, mas a empresa só chegou a 44.900 e ele não fechou. Se fosse eu, tinha aceito”, admite Luciano, um dos oito filhos de seus pais, dos quais quatro deixaram o Agreste de Pernambuco rumo a São Paulo.

Outros moradores que chegavam junto à equipe de reportagem durante a conversa com os entrevistados, contavam outras histórias. Uma senhora teria dito que não sairia de sua terra nem por “um caminhão de dinheiro”. Outros teriam colocado a empresa na justiça para receber os valores referentes à passagem das linhas de transmissão por suas terras, porém, sem maiores detalhes sobre os fatos relatados.

Social – Segundo a Casa dos Ventos, cerca de 4 milhões de reais – menos de 0,5% do total investido no empreendimento – foram destinados para benefícios sociais para os moradores das cidades que receberam o complexo. O valor seria destinado para construção de quadras poliesportivas, reforma de escolas, capacitação de gestores e realização de cursos para gerar emprego e renda. Nenhuma parte desse dinheiro, porém, foi investido na capacitação de mão de obra local, que só foi utilizada para o período de construção, segundo o próprio CEO da Casa dos Ventos.

LeiaJá também

--> Na terra de Lula, empresa inaugura parque eólico

--> Em inauguração, empresário diz que crise ainda piora

[@#galeria#@]

Na manhã desta terça (29), a empresa Casa dos Ventos inaugura a primeira parte de um dos maiores conplexos de energia eólica do Brasil. Na região de Caetés, terra onde nasceu o ex-presidente Lula, passam a funcionar mais de 100 aerogeradores, que podem fornecer energia para cerca de 350 mil residências.

##RECOMENDA##

Localizado a 250km da capital pernambucana, o complexo tem 3.500 hectares entre as cidades de Caetés, Pedra e Paranatama, no Agreste do Estado. Foram investidos R$ 864 milhões, gerando cerca de 3.000 empregos em sua implantação, segundo a empresa, dando prioridade à mão de obra local.

As terras onde estão instaladas os aerogeradores foram arrendadas de produtores rurais. O modelo permite à empresa repassar aos proprietários, mensalmente, uma quantia calculada a partir da energia gerada, o que deve resultar em R$ 2 milhões pagos anualmente aos moradores locais.

Expansão - Em 2016, a Casa dos Ventos deve inaugurar a outra parte do complexo eólico, com capacidade de geração de energia ainda maior, englobando também as cidades de Venturosa e Capoeiras. Com isso, a região se tornará um dos maiores pólos de geração desse tipo de energia no país.

LeiaJá também

--> Complexo eólico do Agreste de PE em terras “alugadas”

--> Em inauguração, empresário diz que crise ainda piora

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), tem a agenda cheia nesta quarta-feira (8). Renovação de parcerias e a posse da nova mesa diretora do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, fazem parte das atividades previstas para hoje. 

Nesta manhã ele está reunido com o presidente da Casa dos Ventos, Mário Araripe, e executivos do grupo que pretendem investir R$ 6 bilhões em parques eólicos em Pernambuco nos próximos anos. A reunião acontece cerca de um mês após o governador Paulo Câmara visitar o empreendimento da Casa dos Ventos em Marcolândia, no Piauí, durante o primeiro ciclo do seminário Todos Por Pernambuco.

##RECOMENDA##

À tarde, Paulo Câmara assina um Termo de Cooperação Técnica entre o Estado e a Unicef. O documento vai garantir a manutenção de uma parceria de 20 anos entre Pernambuco e a entidade, na formatação de políticas públicas que assegurem a defesa dos direitos das crianças, adolescentes e mulheres. As duas agendas acontecem no Palácio do Campo das Princesas. 

Já no fim da tarde, às 17h,  o governador vai participar da posse da nova mesa diretora do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Os novos presidente e vice-presidente do órgão são, respectivamente, os desembargadores federais Marcelo Navarro, Roberto Machado e Fernando Braga. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando