Tópicos | Asbel Kiprop

O atleta Asbel Kiprop, campeão olímpico nos 1500 metros em 2008 e tricampeão mundial da mesma distância entre 2011 e 2015, foi suspenso por quatro anos por uso de doping. O anúncio foi feito neste sábado (20) pela Unidade para a Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês).

O queniano de 29 anos testou positivo para a presença de EPO (eritropoietina) em uma verificação realizada em novembro de 2017, fora do período de competições. O atleta alegou que a coleta de seu sangue havia sido adulterada e um segundo exame que foi feito em fevereiro de 2018. Ambos os testes comprovaram o uso da substância proibida e o argumento de Kiprop foi negado.

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Ele também disse que outros dois aspectos podem ter causado o resultado dos exames: a rotina intensa de treinamentos em elevada altitude no Quênia e a utilização de um remédio antes dos testes.

A AIU negou as teses apresentadas pelo atleta e confirmou a punição. A entidade é responsável pela fiscalização de doping e responde à Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês). Kiprop fica suspenso até fevereiro de 2022.

Além do resultado positivo, foi confirmada a informação de que o queniano soube com antecedência da realização do primeiro exame, o que infringe os protocolos de controle antidoping.

Kiprop também teria pago uma quantia em dinheiro para os oficiais responsáveis pelo teste. O atleta alega que o pagamento foi apenas para refrescos e outras despesas triviais. A AIU, porém, disse que a postura foi "inadequada", embora não tenha impacto no resultado dos exames.

"Nem todo preso na cadeia é culpado. Vou consultar meu advogado para ver se vou recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). Mas não importa o resultado, voltarei mais forte", disse Kiprop neste sábado.

Seu caso traz mais dúvidas sobre a qualidade do controle antidoping no Quênia, potência do atletismo de longa distância que tem sua reputação manchada por dezenas de escândalos nos últimos anos.

Kiprop recebeu a medalha de ouro da Olimpíada de Pequim de 2008. A conquista veio depois que o vencedor da corrida, Rashid Ramzi, do Bahrein, não passou no antidoping e perdeu sua medalha.

O último dia do Mundial de Atletismo em Moscou foi dominado pelos competidores do Quênia nas provas de média e longa distância. Com Eunice Jepkoech Sum, nos 800 metros, e Asbel Kiprop, nos 1.500 metros, o país africano conquistou mais duas medalhas de ouro e confirmou o seu excelente histórico nesse tipo de prova.

Campeão olímpico dos 1.500 metros em 2008, Kiprop defendeu o seu título mundial em Moscou ao registrar o tempo de 3min36s28. Ele foi seguido pelo norte-americano Matthew Centrowitz, que ficou na segunda colocação, com 3min36s78, e pelo sul-africano Johan Cronje, que garantiu o terceiro lugar, com 3min36s83.

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Já Eunice Sum marcou 1min57s38 e superou Mariya Savinova na parte final dos 800 metros para conquistar a medalha de ouro. Atual campeã olímpica e ouro no Mundial de 2011, a russa terminou na segunda colocação, com 1min57s80. A norte-americana Brenda Martinez completou o pódio, em terceiro lugar, com o tempo de 1min57s91.

Em uma disputa acirrada com o cubano Pedro Pichardo, o francês Teddy Tamgho foi campeão mundial no salto triplo. Os dois competidores estavam empatados até o último salto, com 17,68 metros, quando Tamgho garantiu o seu triunfo ao alcançar 18,04 metros, deixando Pichardo em segundo lugar. O norte-americano Will Claye garantiu a terceira colocação com 17,52 metros.

Também neste domingo, a alemã Christina Obergföll faturou a medalha de ouro no lançamento de dardo com 69,05 metros. A australiana Kimberley Mickle ficou com a medalha de prata ao atingir 66,25 metros. A russa Maria Abakumova, que era a atual campeã mundial, ficou em terceiro lugar, com 65,09 metros.

QUADRO DE MEDALHAS - A Rússia aproveitou bem a condição de país-sede do Mundial de Atletismo e garantiu o primeiro lugar no quadro de medalhas, com sete ouros, quatro pratas e seis bronzes. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com seis ouros, 13 pratas e seis bronzes, seguidos por Jamaica (seis ouros, duas pratas e um bronze), e Quênia (cinco ouros, quatro pratas e três bronzes). O Brasil não conquistou nenhuma medalha em Moscou.

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