O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) contou, nesta quinta-feira (28), que vai realizar na segunda quinzena de janeiro uma audiência pública para debater os “procedimentos padrões” da segurança pública nos casos como da jovem Remís Carla, que foi morta asfixiada pelo namorado.
Edilson falou que houve um procedimento investigado “inadequado” enquanto a estudante estava desaparecida e também comentou a coletiva de imprensa concedida pela Polícia Civil. “Além do procedimento investigativo inadequado enquanto estava desaparecida, Remís ainda foi responsabilizada publicamente pela tragédia em entrevista coletiva concedida pela Polícia Civil”, escreveu em sua página do Facebook.
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“Esses procedimentos do mandato buscam apurar responsabilidades, qualificar o serviço público e instrumentalizar as polícias para tratar de forma adequada os casos de violência contra as mulheres”, destacou o deputado.
Durante a coletiva de imprensa que Edilson se refere, o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Amaral, chegou a dizer que Remís foi ao encontro da morte. “Ela tinha ciência de que o pedido dela fora acatado. Isso é um fato relevante, que deve ser retratado para que as mulheres, em uma situação dessas onde ela tem a ciência de que o afastamento foi decretado, não vá ao encontro. Se ele convidou e ela foi, ela foi ao encontro da morte”, disse na ocasião o delegado.
Edilson também falou que recebeu hoje, em seu gabinete, algumas amigas e companheiras de militância de Remís. “Nosso mandato entrará nas próximas horas com pedido de investigação junto à Corregedoria para apurar denúncias de negligência por parte de agentes da Polícia Civil”, avisou.