Tópicos | Auditório Capiba

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Exposição, debates e palestras fazem parte da programação do Seminário ‘Marcas da Memória- 49 anos do Golpe Civil Militar no Brasil’, que iniciou na manhã desta segunda-feira (01), e segue até às 16h no auditório Capiba da Faculdade Maurício de Nassau, no bairro das Graças. O evento é realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos – SEDSDH, por meio do Centro Estadual de Apoio as Vítimas de Violência – CEAV e com parceria do Grupo Ser Educacional.

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O encontro tem por objetivo mostrar um resgate da época de luta pela democracia e os fatos que marcaram o período da Ditadura Militar. “É uma parte da história que tem que ser lembrada, já que vivemos num país democrático e muitos alunos não se lembram dos casos. Quando paramos para ver a história, chega a ser inacreditável!”, disse o estudante de direito, Mitchelson Rodrigues, 46 anos, que observava a exposição de Rubens Paiva 

De acordo com o secretário Geral da Comissão da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara (CEMVDH C), Henrique Mariano, é necessário que os culpados com os crimes políticos sejam punidos. “Não podemos conceber que num país como o Brasil que viveu uma época ferrenha, fique sem pagar o que cometeu (os responsáveis pelos crimes)”, argumentou Mariano, que em seguida acrescentou: “Uma sociedade não pode progredir sem a sua verdade, seja ela qual for”, cravou.

O seminário seguirá com debates e palestras no decorrer do dia até ás 16h. Após o almoço, por volta das 14h será trabalhado o tema: ‘Direito de transição e políticas de reparação’. Ainda na programação da tarde haverá a apresentação da Clínica do Testemunho e abertura para o debate com perguntas e respostas.

Exposição: A mostra está disponível no Hall do Auditório e conta a trajetória de vida e a obra do ex-deputado, Rubens Paiva, desaparecido em 1971 durante o regime militar. A exposição conta com 10 painéis de fotos e documentários e pode ser conferida até a próxima sexta-feira (5).

Clínica do Testemunho – A ação faz parte de uma iniciativa do Ministério da Justiça e será custeado integralmente pelo governo do Estado de Pernambuco. Segundo o secretário Executivo de Justiça e Diretos Humanos, Paulo Moraes, estarão disponíveis 100 vagas a princípio.  “Esse momento aqui deve ser relembrado pela relevância do que foi a ditadura militar e desmistificar que foi algo brando. Já a Clínica do Testemunho vem para atender as pessoas que ainda sofrem com impactos diretamente ou por meio de familiares”, explica Moraes.

A Clínica do Testemunho atenderá exclusivamente pessoas vítimas da anistia política de forma coletiva ou individual. Será oferecido apoio psicológico gratuito num período de um ano. O edital para realização da inscrição está disponível no site da SEDSDH e permanecerá com inscrições abertas até o dia 6 de abril.

Para conferir o edital clique AQUI.

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Durante audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira (13) pela Comissão Estadual da Verdade Dom Helder Câmara, no auditório Capiba, da UNINASSAU, três ex-presos políticos:  Carlos Alberto Soares, José Emilson Ribeiro da Silva e José Calistrato falaram sobre o golpe militar de 1964. Eles comentaram sobre as ações dos agentes da ditadura e sobre os partidos de esquerda em Pernambuco, além de reforçarem as críticas ao regime que usou da truculência para conter o desenvolvimento social e o diálogo com a sociedade civil organizada. Segundo os ex-presos políticos, as forças armadas precisam vir a público e falar sobre a estrutura montada durante o regime militar.

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“Éramos estudantes de Geologia fazíamos panfletagem e meu nome com o de outros sete companheiros entrou na lista negra dos militares por causa da nossa atuação no movimento estudantil. Quando fui para a clandestinidade fiquei responsável pelas ações do PCRB nas cidades de Recife e Fortaleza (CE). Me prenderam e depois de ser bastante torturado assumi o comando de uma ação que matou um tenente da Aeronáutica”, contou o sociólogo Carlos Alberto Soares.

Durante seu depoimento, Carlos Alberto contou que depois da redemocratização do Brasil as forças armadas deveriam vir a público e se posicionar sobre o período militar, pois outros países da América Latina já tomaram suas atitudes. “Essas estruturas do estado criaram e apoiaram o Comando de Caças aos Comunistas (CCC), temos que perder o medo e essas questões têm que ser discutidas. Os militares precisam se explicar, pois muitos ainda pensam que estão a cima da sociedade civil”, declarou.

Questionado se o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) havia realizado, na época alguma vistoria para averiguar as torturas nos presos políticos, Carlos Soares disse que não se lembrava. “só me lembro que a Ordem do Advogados do Brasil (OAB) foi lá, mas sobre o MPPE eu não tenho notícia de nenhuma visita.”

Outro depoente foi José Emilson Ribeiro, um dos responsáveis pela ações armadas da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e por realizar um trabalho junto aos operários das fábricas em Pernambuco. Ele também relatou sobre as bombas panfletos como forma de divulgar informações sobre os direitos trabalhistas, lutar contra a operação militar pedindo para as pessoas votarem em branco.

“Muitas panfletagem eram suspensas por causa de tiros, aí para não sermos presos criamos as bombas panfletos que quando explodiam espalhavam cerca de 200 panfletos. Somente no Recife 16 bombas foram explodidas”, ressaltou José Emilson Ribeiro.

Profissionais da rede de saúde da mulher participarão de uma capacitação nos próximos dias 27 e 28 de setembro, oferecida pela Prefeitura do Recife, das 8h às 12h, no auditório Capiba, localizado no 15º andar do edifício-sede da Administração Municipal. São esperados cerca de 150 participantes, dentre eles, enfermeiros e médicos que atuam no Programa Saúde da Família (PSF), para discutirem assuntos acerca da saúde feminina. 

“A ação pretende apresentar novas ideias e conceitos para o que antes era chamado de planejamento familiar. Foram disponibilizadas 30 vagas para cada um dos seis Distritos Sanitários, de forma a estender a oportunidade de atualização para profissionais que atuam em todos os territórios na rede municipal de saúde”, explicou a gerente de Atenção à Saúde da Mulher do Recife, Benita Spinelli. Ela também é uma das responsáveis pelos diálogos durantes os dois dias, junto a Ísis Campos, que é assessora técnica da Gerência. 

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A palestra que abrirá o evento, nesta quinta, falará sobre o exame clínico da mama, e será ministrada pelo ginecologista e obstetra Danilo Campos. Já na sexta-feira (28), o foco central serão os anticoncepcionais, citando a camisinha feminina e a pílula do dia seguinte, métodos que serão discutidos tem seus prós e contras por Benita e Ísis.

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