Tópicos | Comissão da Verdade Dom Helder Câmara

O advogado e ex-deputado federal Fernando Coelho morreu, nesta terça-feira (23), aos 86 anos, em João Pessoa. De acordo com a família, o jurista teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e já estava internado há alguns dias. Ele faleceu após complicações na saúde decorrentes de um AVC.

Fernando Coelho foi presidente da Comissão Estadual da Memória e da Verdade Dom Hélder Câmara, que investigou as violações aos direitos humanos ocorridas durante o regime militar, entre eles o caso emblemático do padre Henrique. O relatório final das apurações e juntadas de documentos da Comissão foi divulgado em 2017.

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Além disso, Fernando Coelho foi deputado federal pelo MDB entre os anos de 1974 e 1982 e candidato a vice-governador em 1982, mas a chapa dele não ganhou o pleito. Ele também foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco.

O ex-deputado deixa três filhos e seis netos e deve ser sepultado em João Pessoa.

Repercussão

O governador Paulo Câmara decretou luto oficial de três dias pela morte de Fernando Coelho e divulgou uma nota enaltecendo a trajetória do político.

“Homem conhecido pelas suas atitudes firmes e posições fortes e combativas, o ex-deputado federal por Pernambuco Fernando Coelho sempre lutou pela Justiça e pela democracia no nosso Estado e no Brasil. Foi um incansável lutador que exerceu um importante papel, como político e advogado, no combate à ditadura. Contribuiu com a gestão pública como procurador do Recife, como presidente do IPSEP, no primeiro Governo Miguel Arraes, em 1963, como diretor do BNB e como Chefe da Assessoria Especial da terceira passagem de Miguel Arraes pelo Governo de Pernambuco. E com brilhantismo e responsabilidade, coordenou os trabalhos da Comissão Estadual da Verdade, deixando um legado que nos ajuda a seguir firmes em um momento como o atual”, diz Paulo no texto.

“O seu exemplo continuará nos inspirando na luta pela liberdade, que precisa ser intensificada para impedirmos o avanço de forças obscuras e comprometidas com o cerceamento dos direitos humanos e de conquistas adquiridas pela nossa população. Assim como Arraes e Pelópidas, a coerência foi uma marca em sua longa vida pública. Quero prestar a minha homenagem à família desse pernambucano que deixou o seu exemplo para as gerações seguintes”, completa a nota.

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) quer incluir o nome do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, no Livro dos Heróis da Pátria. Para isso, o coordenador da CEMVDHC, Fernando Coelho, encaminhou um ofício ao governador Paulo Câmara (PSB), solicitando a inclusão. O pedido foi endossado por todos os membros da Comissão. 

Previsto na Lei 13.229, de 28 de dezembro de 2015, o acréscimo seria mais uma homenagem ao aniversário de 100 anos de Arraes, que se estivesse vivo celebraria o centenário em dezembro. 

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“Este é o ano do Centenário de Miguel Arraes, governador de Pernambuco por três vezes. Teve o primeiro mandato interrompido pela ditadura de 1964, que o destituiu pela força, em total desrespeito à vontade popular. Em 1987, retornara ao poder, depois de vários anos no exílio. Pelo mesmo voto popular se reelegeu ainda uma terceira vez, em 1994. Falecido em 2005, deixou enorme contribuição para o estado e para o Brasil”, justifica Coelho. 

Também conhecido como “Livro de Aço”, o monumento está localizado na Praça dos Três Poderes e presta homenagens a nomes como o dos presidentes Tancredo Neves e Getúlio Vargas; além do líder da Revolução Pernambucana de 1817, Joaquim da Silva Rabelo, o Frei Caneca, e o do ex-governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. 

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara participa, na próxima terça-feira (11), de cerimônia para recebimento de relatórios, resultado de pesquisas realizadas por iniciativa da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. A solenidade será na sede da  Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB/PE), a partir das 9h. 

Os documentos são fruto de termo de cooperação entre a Comissão de Anistia, Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A parceria subsidia os trabalhos de investigação da Comissão da Verdade de Pernambuco, responsável pela apuração de 51 casos de violação aos direitos humanos a pernambucanos durante a ditadura militar (1964-1985).

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De acordo com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, os estudos são realizados a partir do acervo de mais de 74 mil requerimentos de anistia política – ainda pouco explorado pela historiografia sobre o período de repressão política no Brasil. No início de outubro, a Comissão de Anistia entregou relatórios às Comissões da Verdade da Universidade Federal do Espírito Santo e da Escola de Magistratura do estado capixaba. Na sequência, foram contempladas as Comissões da Verdade do Rio de Janeiro e mais recentemente a Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas de Santa Catarina.

As análises realizadas até agora permitiram estabelecer um mapeamento do perfil de anistiados, os locais e circunstâncias das perseguições e os nomes de agentes do Estado que promoveram violações, além de centros de detenções. No relatório apresentado à Comissão da Verdade do Rio de Janeiro foi possível demonstrar 25 tipos de violações distintas. Foram vítimas de retaliações na forma de perseguições, tortura e violação de domicílios os metalúrgicos, bancários, petroleiros, professores, trabalhadores rurais, servidores dos Correios e de estatais. Segundo Rodrigo Lentz, coordenador do estudo, “estas pessoas tinham vínculos trabalhistas, mas também faziam militância política, por isso foram perseguidos". Os estudos apontam ainda indicativos de gênero, idade, ocupação, data, local e tipo de ato de exceção cometido.

 

Na próxima terça-feira (17), a Comissão da Memória, Verdade e Justiça Dom Hélder Câmara vai realizar uma sessão pública para ouvir o depoimento do jornalista Milton Coelho. A ouvida está no contexto da temática que apura as “Ocorrências nos Meios de Comunicação”, na qual a Comissão busca evidências para preencher lacunas nas investigações dos casos de violação dos direitos humanos imposta à imprensa durante a ditadura militar.

A audiência, que é aberta ao público, tem início às 9h e acontece na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (ADUFEPE), no campus UFPE.

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Memórias do Cárcere - Com o Golpe de 1964, Milton Coelho, em uma de suas prisões, compartilhou experiências vividas no cárcere durante oito meses com o companheiro de cela Waldir Ximenes – amigo e conselheiro político do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar. Testemunhou as atrocidades sofridas por Ximenes e as subsequentes sessões de tortura e espancamento a que Waldir era submetido.

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara ouve, na próxima segunda-feira (9), o depoimento da ex-presa política pernambucana, Sylvia de Montarroyos. A sessão pública acontece, às 9h, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), no campus UFPE, Cidade Universitária. Aos 17 anos foi presa por pertencer ao movimento de resistência ao golpe de Estado. “Fugi na primeira noite, estive escondida por alguns dias, fui recapturada e barbaramente torturada a ponto de enlouquecer, por me recusar a falar e denunciar os companheiros”, relembra.

Sylvia lançou no Recife o livro Réquiem por Tatiana, com o apoio da Comissão da Verdade. A obra apresenta as memórias de guerra e de vida da autora. Ela é sobrevivente da geração de 60. No dia 2 de novembro de 1964, a estudante participante do movimento de resistência à ditadura militar que se instalara no país, foi, depois de presa, fotografada na Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco. Fugiu da prisão nessa mesma noite. Um cartaz, com a tal foto, foi distribuído pelos aeroportos e fronteiras do Brasil. Sylvia foi recapturada e passou por torturas tão violentas que perdeu,  temporariamente, a razão sendo internada no Hospital Psiquiátrico da Tamarineira. A “perigosa terrorista” era uma estudante ativista dos direitos humanos e da justiça social.

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Neste sábado (27) a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) vai realizar uma sessão pública na Câmara Municipal de Garanhuns, agreste de Pernambuco. A discussão acontece, a partir das 14 horas, dentro da programação oficial do Festival de Inverno do município (FIG). A solenidade é a primeira fora da Região Metropolitana do Recife (RMR) e prestará homenagem aos 40 anos de morte da ex-militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Ranúsia Rodrigues, natural da cidade. 

O microfone do plenário vai estar aberto para que a sociedade possa trazer informações que contribuam com o trabalho da Comissão em busca da verdade. Durante a sessão pública, o ex-assessor de Miguel Arraes, ex-militante do MDB e advogado aposentado, Ivan Rodrigues, 85 anos, (natural de Garanhuns) vai depor sobre a época do golpe civil militar de 1964. Ele é considerado, pelos membros da Comissão da Verdade, como um dos importantes testemunhos da história política de Pernambuco. 

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Caso Ranúsia  - A versão oficial divulgada pelos órgãos de segurança à época relata que Ranúsia Alves Rodrigues, Almir Custódio de Lima e Ramires Maranhão teriam participado de um suposto tiroteio na Praça Sentinela, em Jacarepaguá/RJ, em 27 de outubro de 1973, e acabaram mortos. O caso dos ex-militantes foi tratado pela CEMVDHC, em sessão pública, no Recife, em março de 2013.

SERVIÇO:

Assunto: Sessão Pública na programação do Festival de Inverno de Garanhuns

DIA: 27 de julho de 2013

HORÁRIO: 14h

LOCAL: Câmara Municipal de Garanhuns

Rua Siqueira Campos, 43 Garanhuns- PE 

Na próxima quinta-feira (4), a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara - CEMVDHC realizará uma sessão pública com objetivo de apurar as circunstâncias das mortes de três militantes pernambucanos do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). O evento é aberto ao público e acontecerá na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), na cidade universitária, a partir das 9h.

Durante a sessão pública serão ouvidos: Paulo Pontes da Silva (ex-preso político e viúvo de Lourdes Maria Wanderley Pontes); Tereza Cristina Wanderley Corrêa de Araújo, (prima de Lourdes Maria) e Theodomiro Romeiro dos Santos (ex-preso político e primeiro condenado à pena de morte no Brasil). Ele teve a punição comutada para prisão perpétua em 1971, pelo crime contra o sargento da Aeronáutica, Walder Xavier de Lima.

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A versão oficial divulgada pelos órgãos de segurança da época foi de que os militantes teriam morrido em intenso tiroteio com os órgãos de repressão no dia 29 de  dezembro de 1972. “Há testemunhas, já ouvidas na Comissão Dom Helder, que afirmam que Fernando Augusto foi morto sob torturas no DOI-CODI de Recife, sendo o corpo levado para o Rio de Janeiro, para compor o cenário do tiroteio. Há também relato de que José Bartolomeu foi assassinado sob tortura no DOI-CODI RJ. Não há ainda informações sobre as circunstâncias reais da morte de Lourdes Maria”, explica Nadja Brayner, uma das relatoras dos casos.

Vingança - Segundo registro contido no livro “Os filhos deste solo”, de autoria de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, os militantes do PCBR, teriam sido vitimas de um “Teatrinho de Vingança”. Foi escolhido o dia 29 de dezembro como suposta data das mortes em virtude do aniversário de Theodomiro Romeiro, que ao ser preso no dia 27 de outubro de 1970, junto com Paulo Pontes (viúvo de Lourdes), em Salvador - Bahia,  teria sido o autor do tiro que matou o sargento da Aeronáutica, Walder Xavier de Lima, evitando  desse modo  a prisão de Getúlio de Oliveira Cabral, parceiro militante. 

*Com informações da Assessoria

 

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara recebeu na tarde desta segunda-feira (21) o pedido de investigação sobre o caso Waldir Ximenes, preso político no golpe de 1964, época que o então governador de Pernambuco, Miguel Arraes foi deposto do cargo pelos militares. A solicitação acontece durante uma visita do presidente do Instituto Miguel Arraes (IMA), Antônio de Campos, à secretaria estadual de Direitos Humanos.        

Waldir Ximenes que sofreu torturas por causa de problemas políticos. Antes do golpe militar ocupou o cargo de presidente da extinta Companhia de Revenda e Colonização (CRC) em 1963 e também atuou como conselheiro do então governador deposto, Miguel Arraes.

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O presidente do IMA também vai solicitar a Comissão Estadual uma investigação sobre “Os alunos de Pinochet”, grupo de policiais de Pernambuco e agentes da ditadura militar que foram treinados no Chile e nos Estados Unidos para combater as organizações de esquerda contratrias ao golpe.

De acordo com o Antônio de Campos, “A Operação Condor foi também uma rede de comunicação, formação de repressão, além de extermínio de lideranças políticas” e esse pedido de investigação cumpri o dever com a memória, a verdade e a história.

A relatoria dessa investigação deve ficar sobre o comando do presidente da comissão estadual da verdade Dom Helder Câmara, Fernando Coelho, dos outros membros Manuel Morais e Henrique Mariano.

Segundo alguns documentos pesquisados, há registros de que Ximenes foi torturado nos dias 18, 20 e 21 de abril de 1964 nas dependências do Regimento de Obuses, no município de Olinda.

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Durante audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira (13) pela Comissão Estadual da Verdade Dom Helder Câmara, no auditório Capiba, da UNINASSAU, três ex-presos políticos:  Carlos Alberto Soares, José Emilson Ribeiro da Silva e José Calistrato falaram sobre o golpe militar de 1964. Eles comentaram sobre as ações dos agentes da ditadura e sobre os partidos de esquerda em Pernambuco, além de reforçarem as críticas ao regime que usou da truculência para conter o desenvolvimento social e o diálogo com a sociedade civil organizada. Segundo os ex-presos políticos, as forças armadas precisam vir a público e falar sobre a estrutura montada durante o regime militar.

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“Éramos estudantes de Geologia fazíamos panfletagem e meu nome com o de outros sete companheiros entrou na lista negra dos militares por causa da nossa atuação no movimento estudantil. Quando fui para a clandestinidade fiquei responsável pelas ações do PCRB nas cidades de Recife e Fortaleza (CE). Me prenderam e depois de ser bastante torturado assumi o comando de uma ação que matou um tenente da Aeronáutica”, contou o sociólogo Carlos Alberto Soares.

Durante seu depoimento, Carlos Alberto contou que depois da redemocratização do Brasil as forças armadas deveriam vir a público e se posicionar sobre o período militar, pois outros países da América Latina já tomaram suas atitudes. “Essas estruturas do estado criaram e apoiaram o Comando de Caças aos Comunistas (CCC), temos que perder o medo e essas questões têm que ser discutidas. Os militares precisam se explicar, pois muitos ainda pensam que estão a cima da sociedade civil”, declarou.

Questionado se o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) havia realizado, na época alguma vistoria para averiguar as torturas nos presos políticos, Carlos Soares disse que não se lembrava. “só me lembro que a Ordem do Advogados do Brasil (OAB) foi lá, mas sobre o MPPE eu não tenho notícia de nenhuma visita.”

Outro depoente foi José Emilson Ribeiro, um dos responsáveis pela ações armadas da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e por realizar um trabalho junto aos operários das fábricas em Pernambuco. Ele também relatou sobre as bombas panfletos como forma de divulgar informações sobre os direitos trabalhistas, lutar contra a operação militar pedindo para as pessoas votarem em branco.

“Muitas panfletagem eram suspensas por causa de tiros, aí para não sermos presos criamos as bombas panfletos que quando explodiam espalhavam cerca de 200 panfletos. Somente no Recife 16 bombas foram explodidas”, ressaltou José Emilson Ribeiro.

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara realiza, nesta quinta-feira, (13), às 14h, no auditório do bloco Capunga, do Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU), no bairro das Graças, a audiência pública com os ex-presos políticos Carlos Alberto Soares, José Emilson Ribeiro da Silva e José Calistrato. A sessão tem por finalidade esclarecer as circunstâncias dos casos de mortes e desaparecidos durante a ditadura militar. Os nove representantes da comissão participam da solenidade. A abertura do encontro é presidida pelo coordenador e ex-presidente OAB-PE, Fernando Coelho. A sessão é aberta ao público.

Carlos Alberto Soares é o único preso político do Brasil a receber duas condenações à prisão perpétua por ter participado de ações armadas. Natural da Paraíba, mudou-se para o Recife aos quatro anos de idade e antes de entrar na clandestinidade estudava Geologia na UFPE. Militante do PCBR (Partido Comunista Revolucionário Brasileiro) quando foi preso em 1971 por oficiais do exército, dentro de um ônibus interestadual no Rio Grande do Norte, depois foi levado ao quartel do Exército no RN e, no dia seguinte, enviado com outros companheiros (a esposa, Rosa Maria Barros; Maria Yvone Loureiro - mulher do estudante Odijas Carvalho- e Claudio Gurgel )para o DOPS/ Recife. 

Segundo Carlos Alberto, ele foi barbaramente torturado por jovens oficiais sob as ordens do Cel. Carlos Alberto Bravo Câmara. Cumpriu pena na Casa de Detenção do Recife e na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá. Conseguiu transferência para prisão em SP. Carlos Alberto foi o último preso político solto, em dez/79, após a anistia, mas mesmo assim em regime de liberdade condicional.

O jornalista José Emilson Ribeiro da Silva era membro da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e foi preso no Recife pelo delegado Fleury em agosto de 73 e Passou seis anos e oito meses cumprindo pena no presídio de Itamaracá. Foi retirado da penitenciária,  com mais alguns presos políticos, e encaminhado ao Quartel da Aeronáutica, em Recife. Lá, era realizada uma preleção para jovens oficiais em comemoração ao 31 de março.Os presos políticos eram colocados numa sala onde serviam de cobaias para administração de aula de tortura. 

Emilson conta que sofreu torturas físicas e também chegou a ser empalado (método de  tortura e execução  que consistia na inserção de uma estaca no ânus, vagina ou umbigo até a morte, além de outras formas brutais de agressões físicas). Atualmente, ele é pesquisador da cultura popular, participa de movimentos sociais e preside o Comitê de Verdade Memória e Justiça da Paraíba.

José Calistrato era militante ALN quando foi preso com a queda de um aparelho em Olinda em janeiro de 1972. Na ocasião, foram mortos durante o tiroteio João Mendes Araújo (que integra a lista preliminar com nomes de mortos e desaparecidos políticos e que são alvo de investigações da CEMVDHC). Calistrato foi detido por policiais do DOI -CODI e encaminhado, inicialmente, para o Quartel da PE. De acordo com Calistrato, os policiais receberam a ordem do comandante para levá-lo de volta ao aparelho e matá-lo, já que o outro também tinha morrido em tiroteio. Em vez de acatar essa ordem, os policiais seguiram para o DOI- CODI onde conta que foi bastante torturado. 

Condenado pela Auditoria da 7ª RM a 86 anos de prisão foi conduzido à Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá. Permaneceu preso por oito anos e conseguiu a liberdade depois da Anistia. Hoje é funcionário público aposentado e um dos dirigentes do Comitê da Verdade Memória e Justiça da Paraíba.

 

Com a iniciativa da Comissão Estadual da Verdade Dom Helder Câmara, será lançado nesta segunda-feira (10) às 15h30, na livraria Saraiva (Shopping Riomar) o livro As Duas Guerras de Vladimir Herzog, do jornalista Audálio Dantas. Na ocasião também haverá uma palestra intitulada Memória e Verdade: O caso Herzog sobre o período da ditadura militar com o autor, a abertura do evento ficará na responsabilidade do presidente da Comissão Dom Helder, Fernando Coelho. A entrada é gratuita. 

“Acompanhei, ao longo dos anos, praticamente tudo que se escreveu a respeito em jornais, revistas, livros e teses acadêmicas. A leitura de inúmeros textos levou-me à conclusão de que eu tinha uma dívida a pagar. Era preciso, em muitos casos, tentar repor a verdade dos fatos, preencher lacunas de informações, apontar inverdades e até omissões propositais. Escrever este livro tornou-se, para mim, uma tarefa irrecusável”, relata Dantas.

O autor também resgata o papel desempenhado pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na denúncia de um assassinato cometido num aparelho do Estado. “Este livro é uma tentativa de reconstituição de um tempo ruim. Centrado nos tumultuados dias de outubro de 1975, quando a fúria dos agentes do lado mais escuro da ditadura militar golpeou a fundo a categoria dos jornalistas. Ele mostra os acontecimentos do ponto de vista de quem os viveu intensamente. Eu, por exemplo, que não tenho dúvidas de que aqueles foram os dias mais angustiantes da minha vida”, contou.

O ponto de partida é a saga da pequena família Herzog em fuga desesperada da Iugoslávia para a Itália, durante os dias de horror da Segunda Guerra Mundial. Fugiam da guerra que despedaçava a Europa e da perseguição nazista aos judeus. Para trás ficou o que restava da família, em sua maior parte assassinada nos campos de concentração. Para sobreviver, o menino judeu Vladimir Herzog aprendeu dolorosas lições de fuga. Ele vivia a sua primeira guerra. A segunda viveria no Brasil, país a que chegou aos 9 anos. A paz que ele e seus pais acreditavam ter encontrado aqui terminou um dia na escuridão de uma sala de tortura.

“Ao escrever este livro, não tive a pretensão de esgotar o assunto, mas sim acrescentar novas informações e jogar um pouco mais de luz sobre o que se pode considerar um dos capítulos mais importantes da história recente do Brasil”, reforçou Dantas.

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Em pouco mais de quatro horas de depoimentos, três ex-presos políticos foram ouvidos, nesta quinta-feira (6), pela Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara. Representantes da sociedade civil, de organizações ligadas aos Direitos Humanos, do Ministério Público Estadual, além de estudantes e professores, participaram da sessão na Fundação Joaquim Nabuco, no bairro do Derby, área central do Recife.

O primeiro a falar da época da repressão foi Pedro Bezerra, 87 anos. Ele Participou ativamente do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e foi perseguido pela repressão do Governo de Getúlio Vargas. Depois do golpe militar de 1964, esteve dez anos preso na antiga Casa de Detenção, local que funciona atualmente a Casa da Cultura.

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“Fui arrastado da casa de meu pai, no bairro da Torre. Tiraram minhas roupas e levei muita surra. Desmaiei e fui encaminhado ao 140 R.I. Minha primeira esposa, levada junto comigo, também morreu em consequência da tortura e estupros que sofreu. Pelo menos 35 homens, sob as ordens do coronel Ibiapina, participavam das sessões”, relembrou Pedro Bezerra.

O Jornalista Mário Melo, que participou da fundação do PCBR, fez revelações importantes aos membros da comissão. Ele, que também esteve preso por nove anos, destacou a atuação do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) e fez uma correlação desta organização clandestina com a atuação de membros da força da extrema direita.

“O esquema funcionou muito bem e até hoje, 44 anos depois, ninguém do CCC foi identificado. Entender este comando é buscar na história da extrema direita quem eram seus integrantes à época.”Marcelo Melo relacionou, durante a sessão, vários nomes de políticos do PDS e PMDB (governador e vice, prefeito, deputados federais, estaduais, senador, vereadores) que tinham mandatos em 1985.

Melo também falou para a Comissão sobre um episódio em que o político, Jarbas Vasconcelos teria presenciado a atuação do CCC no estacionamento da Unicap. “Jarbas foi um dos maiores aliados dos presos políticos no período da ditadura. Ele pode ajudar nas investigações da CEMVDHC”, comentou Marcelo Melo.

Ele também ressaltou que sabe algumas informações de duas pessoas que faziam parte do CCC, mas não tem provas. “No dia do meu funeral, todos vão conhecer os nomes, que deixarei em documento. Porque não correrei mais riscos de figurar como réu em uma ação judicial”, revelou.

O também jornalista, Francisco de Assis foi o último a ser ouvido na sessão pública. Ele também trouxe informações dos dois momentos em que esteve preso. De 1970 a 1979 esteve na antiga Casa de Detenção do Recife e na Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá. 

“Fui violentamente espancado. A prisão foi efetuada por agentes policiais do DOPS e da DSS (Delegacia de Segurança Social), através de cerco à casa onde morava, no bairro de Afogados. Fui torturado, submetido ao pau–de–arara e ao espancamento generalizado, chamado de "ciranda" pelos agentes policiais”, relembra Assis.

“No DOPS, fui recebido pelo delegado Valdir Figueiredo, com murro no estômago. Fui encaminhado para sala do gabinete do delegado José Silvestre que ordenou que fizesse o “serviço”. Os delegados Bartolomeu Gibson, Carlos de Brito e Mário Alencar, juntamente com Cabo Rocha e Luiz Miranda, também estavam no cenário dos espancamentos e das sessões das torturas, tudo sob orientação do então Secretário de Segurança Pública do estado de Pernambuco, Armando Samico”, completou.

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara realiza, nesta quinta-feira, (6), às 14h, na sala Aloísio Magalhães (Fundaj/Derby), sessão pública para tomar os depoimentos dos ex-presos políticos Pedro Bezerra, Francisco de Assis Filho e Marcelo Mário Melo. O objetivo é buscar esclarecimentos sobre o período da história compreendido entre o golpe militar de 1964 e a promulgação da Lei da Anistia Política. Os nove representantes da comissão participam da solenidade, que será presidida pelo coordenador e ex-presidente OAB-PE, Fernando Coelho. A sessão é aberta ao público.



Chico de Assis, Advogado e jornalista, foi dirigente regional do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário PCBR (1968/1970) e preso em duas ocasiões. Na segunda, de 1970 a 1979 esteve na antiga Casa de Detenção do Recife (Casa da Cultura de Pernambuco) e na Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, onde sofreu várias torturas. A prisão efetuada por agentes do DOPS e da DSS (Delegacia de Segurança Social), aconteceu através do cerco à casa onde morava, no bairro de Afogados. Houve tiroteio e a companheira  Nancy Mangabeira Unger saiu gravemente ferida. Fui torturado, submetido ao pau-de-arara e ao espancamento generalizado, chamado de "ciranda" pelos agentes policiais, relembra Assis. 

   

Marcelo Mário Melo, jornalista, ingressou na base do Ginásio Pernambucano do PCB em 1961, aos 17 anos de idade. Participou da fundação do PCBR em 1967-68, entrou na clandestinidade e foi preso político em Pernambuco de 1971 a 1979, tendo participado de cinco greves de fome. “Defendo a militância quadrilateral: contra a fome, o raquitismo político, a subnutrição cultural e a corrupção visceral”, declarou Marcelo que também escreve poemas, histórias infantis, minicontos, textos de humor e notas críticas. 



Pedro Bezerra, filiado ao Partido Comunista Brasileiro, era, na época de 1964, um quadro importante dentro do Partido. Atuava na seção sindical, articulando-se com os sindicatos dos portuários, dos arrumadores e estivadores. Esteve na prisão, por motivos políticos, antes e depois de 1964 e sofreu várias violações em seus direitos.

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Segundo informações dos ex-presos políticos que prestaram depoimento na manhã desta terça-feira (27) no auditório do Tribunal de Contas do Estado, a desaparecida política, Anatália Alves, não cometeu suicídio, mas foi morta pelos agentes da ditadura militar. Participaram da audiência pública, José Adeildo Ramos, Edmilson Vitorino de Lima e Luiz Alves Neto, viúvo da vítima. “Ouvi uma pancadaria no banheiro, depois me vem um policial e me diz, seja corajoso, porque ela está morta. Não vi o corpo no banheiro, mas jogado no chão da cela com o abdômen e a genitália queimados. Não havia marcas no seu pescoço, nem marcas de sangue”, informou Luiz Neto.

O atestado de obtido nunca foi emitido, mas segundo informações divulgadas no laudo pericial da polícia, Anatália ateou fogo nas suas roupas e se enforcou com a alça de uma bolsa no banheiro do Departamento de Ordem Política e Social (DOPs) do Recife, em 22 de janeiro de 1973. As quatro pessoas que foram detidas, nessa época, faziam parte do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).  “Os torturadores nos obrigavam a chamá-los de doutores, mas Anatália se recusou a falar. Nos autos não há nenhum depoimento dela. Eu dizia para eles que ela não sabia de nada, nunca realizou uma ação e não fazia parte da organização. Eles não acreditavam e insistiam na tortura”, contou Luiz Neto.   
        
A forma brutal como os agentes praticavam a tortura também foi citada pelos depoentes. “Logo quando Anatália chegou ao Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI CODE ), foi submetida a uma tortura violenta, por três agentes, eu lembro que ela gritava muito e me chamava. Como ficávamos em celas separadas e não tínhamos contatos algum, um companheiro chegou para a gente e falou que ela tinha sido estuprada por cinco policiais”, desabafou.

O viúvo também relatou que tempos depois, a família de Anatália, que vivia na cidade de Mossoró no Estado do Rio Grande do Norte, recebeu a visita uma pessoa se dizendo “amigo do DOPs” com uma urna em que supostamente estaria os restos mortais da mulher. “Surgiu uma pessoa como se tivesse caído de paraquedas, ele dizia que na urna estavam os restos mortais e não poderia ser aberta por ordem do DOPs. Mas nada comprova que isso é verdade, não fizeram exame de DNA e a família estava com muito medo por causa da repressão e silenciou sobre o assunto.” 

Outro preso político, José Adeildo Ramos, militar da marinha que foi expulso por participar de uma passeata de protestos no Rio de Janeiro, afirmou que todo preso político em Pernambuco recebia choques nos órgãos sexuais. A intenção dos agentes era que os torturados informassem o local em que ficavam os aparelhos (casas) dos militantes de esquerda e os pontos de encontro. “Não condeno ninguém por ter falado qualquer coisa, pois só quem passou por isso sabe o que é a tortura”, lamentou José Ramos.

Sobre o assassinato de Anatália, ele respondeu que não teve coragem de ver o corpo por ser uma pessoa bastante emotiva e que após sair da prisão conheceu um médico especialista em medicina legal e pericial, Genival Veloso, que lhe esclareceu alguns fatos. “Ele reconheceu que ninguém se enforca com as duas mãos, pois chega uma hora que não terá mais força para apertar e colocar fogo na roupa ao mesmo tempo, essa é uma versão falsa, eu não acredito. No dia de sua morte não escutei não senti cheiro de queimado nem barulho algum. Ela ficava presa na sala dos policiais”, respondeu.

Aconteceram outros casos de morte e tortura nas dependências do DOI CODI e DOPs do Recife e sobre o assunto, José Ramos relatou: “Escutava muitos gritos de uma mulher do Rio Grande do Norte chamada de Isolda, depois nunca mais escutei falar dela. Os torturadores também mataram a chutes Fernando Saldanha que era membro da comissão central do partido e tinha problemas nos rins. Eles levaram o corpo para o Rio de Janeiro, tocaram fogo dentro de um fusca e montaram um teatrinho afirmando que Saldanha iria entregar os companheiros.” 
    
Já Edmilson Vitorino de Lima, líder estudantil na cidade de Campina Grande, que chegou a ter um cartaz de procurado vivo ou morto, depôs na audiência e falou dos motivos que levaram os militares a perseguirem os estudantes e militantes de esquerda que entravam para a clandestinidade. “Pichávamos a cidade e lutávamos pelo abatimento de 50% no ingresso de cinemas e transporte público. Saímos do cerco policial repressivo da Zona Urbana e fomos para a Zona Rural. Criamos um comando nos engenhos, reuníamos os trabalhadores para discutir melhoras no trabalho e denunciávamos mortes e torturas dos camponeses. Lutávamos para combater a miséria e as diferenças sociais”, defendeu Vitorino.

Depois de escutar os relatos dos ex-presos políticos, um dos membros da Comissão Dom Helder Câmara, Pedro Eurico, solicitou que fosse enviado um ofício ao governo do Estado e a algumas prefeituras da Região Metropolitana. Pedro Eurico tenciona fazer uma pesquisa sobre os sepultamentos realizados entre os dias 22 e 30 de janeiro de 1973, nos cemitérios do Recife, Olinda, Paulista e Tejipió. As informações poderão ajudar a identificar o lugar onde se encontra os restos mortais de Anatália. O pedido foi deferido pelo presidente da comissão, Fernando Coelho e será encaminhado aos órgãos responsáveis.

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A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Camara participa do VII Seminário Internacional de Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba, que acontece de 20 a 23 de novembro, no Campus I, em João Pessoa. O evento objetiva contribuir para o processo de transição democrática no Brasil e na América Latina.

Durante o encontro serão realizadas conferências, seis mesas redondas com expositores convidados do Brasil e de outros países da América Latina e da Europa, sessões de comunicações por Grupos Temáticos (GTs) com a participação de professores, estudantes de graduação e pós-graduação e militantes dos direitos humanos.

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Também haverá apresentação e debate sobre o filme Condor, de Roberto Mader, e da peça de teatro “Milagre Brasileiro”, do Coletivo de Teatro Alfenim da Paraíba, além do lançamento de livros e outras atividades culturais. O cientista político, professor de Direitos Humanos e membro da comissão Dom Helder Câmara, Manuel Moraes, representa a comissão na mesa redonda: Testemunhos de Memória e Verdade que acontece no dia 23.11, a partir das 8h30, no auditório central.

Manoel Moraes comanda a discussão sobre: “Justiça de Transição: possibilidades e desafios das Comissões da Verdade no Brasil”. “Este encontro garante o aprofundamento dos debates sobre Direitos Humanos no Brasil e no Mundo e ainda o desenvolvimento de mecanismos de sua efetivação como a criação das Comissões da Verdade no âmbito: nacional e estadual”, explica Moraes.

Durante o evento, haverá ainda a 64ª Caravana da Anistia com a instalação da sessão de julgamento de processos de anistia política de ex-perseguidos políticos. Também será prestada uma homenagem a algumas vítimas da ditadura militar no âmbito do projeto da UFPB “Memórias Reveladas”.

Na programação, será comemorado o acordo entre a Comissão de Anistia e a Fundação Lelio e Lisli Basso de Roma, com a mediação da Embaixada Brasileira, para a aquisição e digitalização do acervo do Tribunal Russel II sobre os crimes cometidos pelas ditaduras latino-americanas nos anos setenta do século passado.

O VII Seminário Internacional de Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba é promovido pelo Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos em parceria com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça do Brasil e a Cátedra UNESCO de "Direitos humanos e violência: governo e governança", coordenada pela Universidade Externado da Colômbia.

Conta com o apoio institucional da CAPES, do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas - PNUD-BRASIL, do Governo do Estado da Paraíba, da Prefeitura Municipal de João Pessoa e das Fundações José Américo da UFPB e Alpargatas.

Tem como parceiros a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), a Associação Nacional de Direitos Humanos: Pesquisa e Pós-Graduação (ANDHEP), a Fundação Lelio e Lisli Basso de Roma, Itália, o Comitê Paraibano de Educação em Direitos Humanos e os Comitês de Verdade e Memória de Pernambuco, Paraíba e do Rio Grande do Norte.

O VII SEMINÁRIO aborda um tema atual e relevante para a consolidação do Estado Democrático de Direito: a Justiça de Transição da ditadura militar para a democracia no Brasil e em vários países da América Latina (e da Europa), nos seus vários aspectos: jurídicos, históricos, políticos, sociais e culturais.

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