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Após ser pressionada pelo Ministério das Comunicações (MiniCom), a operadora Vivo voltou atrás e confirmou que passará a oferecer planos de banda larga fixa ilimitados. O cliente poderá então optar por contratos com livre acesso ou com franquia, afirmou a empresa.

A decisão foi anunciada após o governo afirmar que iria negociar com as empresas de telecomunicações para que todas ofereçam planos ilimitados aos usuários com preços equilibrados. A expectativa é que o compromisso seja assumido até o final deste mês.

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A Vivo, por outro lado, afirmou, em nota enviada ao jornal Estado de São Paulo, que a decisão de oferecer planos ilimitados de banda larga fixa estava em discussão desde fevereiro. O novo tipo de cobrança, por meio de franquias, permite as operadoras reduzir a velocidade ou até mesmo cortar a conexão caso os consumidores esgotem seu limite de dados contratado. 

Os novos limites na banda larga fixa que algumas operadoras estão adotando causaram revolta na internet. Segundo o novo tipo de cobrança, as empresas podem reduzir a velocidade ou até mesmo cortar a conexão caso os clientes esgotem as franquias de dados. Revoltados, consumidores expressaram sua insatisfação nas redes sociais por meio de memes. As hashtags #InternetJusta e #ForaInternetLimitada concentram as brincadeiras no Twitter. Confira abaixo.

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, avaliou nesta terça-feira (19) como inaceitável a medida da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de normatizar o novo tipo de cobrança com franquia na banda larga fixa. A entidade reguladora disse que este regime é permitido, mas que é necessário fornecer aos consumidores meios para medir o consumo de internet. As empresas têm até 90 dias para se adaptarem.

“É inaceitável que uma entidade pública destinada a defender os consumidores opte por normatizar meios para que as empresas os prejudiquem”, disse presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia. O presidente da Anatel, João Rezende, disse em entrevista coletiva que a era da internet ilimitada está chegando ao fim.

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“Ao editar essa resolução, a Anatel nada mais fez do que informar às telefônicas o que elas devem fazer para explorar mais e mais o cidadão. A resolução editada fere o Marco Civil da Internet e o Código de Defesa do Consumidor. A Anatel parece se esquecer que nenhuma norma ou resolução institucional pode ser contrária ao que define a legislação”, complementou Lamachia.      

No mesmo sentido, o presidente nacional da OAB critica o novo modelo de prestação de serviços proposto, que, segundo ele, afasta do mercado as novas tecnologias de streaming, por exemplo, termo que define a transmissão ao vivo de dados através da internet. “São medidas absolutamente anticoncorrenciais”, completa.

Determinação publicada pela Anatel proíbe as empresas de restringir a velocidade, suspender serviços ou cobrar excedente caso seja ultrapassado limites da franquia dos clientes por 90 dias. Nesse prazo, as operadoras terão que comprovar que têm ferramentas que permitam ao consumidor identificar seu perfil, ser alertado sobre a possibilidade de esgotamento da franquia, além de acompanhar de maneira clara o tráfego de dados. Só depois de ter o plano aprovado pela Anatel, a empresa poderá praticar o novo regime de franquias na banda larga.

“Como se não bastasse a péssima qualidade do serviço oferecido e a limitação do acesso fora dos grandes centros, o corte da internet poderá vir a ocasionar o impedimento dos advogados utilizarem o PJe. É um absurdo que o acesso a justiça seja tolhido com a conivência da agência que deveria defender o direito do consumidor”, complementou Lamachia.

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Em meio à discussão sobre a limitação da banda larga fixa, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse nesta segunda-feira (18) que a regulamentação da entidade permite que as operadoras de internet fixa adotem um limite para o consumo.

“A Anatel não proíbe esse modelo de negócios, que haja cobrança adicional tanto pela velocidade como pelos dados. Acreditamos que esse é um pilar importante do sistema, é importante que haja certas garantias para que não haja desestímulo aos investimentos, já que não podemos imaginar um serviço sempre ilimitado”, ressaltou.

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Determinação publicada pela Anatel proíbe as empresas de restringir a velocidade, suspender serviços ou cobrar excedente caso seja ultrapassado limites da franquia dos clientes por 90 dias. Nesse prazo, as operadoras terão que comprovar que têm ferramentas que permitam ao consumidor identificar seu perfil de consumo, ser alertado sobre a possibilidade de esgotamento da franquia, além de acompanhar de maneira clara o tráfego de dados. Só depois de ter o plano aprovado pela Anatel, a empresa poderá praticar os limites de consumo.

“Não estamos proibindo a cobrança de serviços adicionais, mas estamos dizendo que é importante que as empresas disponibilizem aos usuários as ferramentas apropriadas para que haja o acompanhamento do seu perfil de consumo, os dados que está consumindo e quais são os aplicativos, os jogos e os serviços que mais consomem a sua franquia”, disse Rezende.

A franquia de consumo de internet já é adotada por empresas que oferecem banda larga móvel. Algumas reduzem a velocidade depois que o limite é ultrapassado, outras cortam o acesso à internet, dando ao consumidor a opção de contratar um pacote de dados maior.

Para o presidente da Anatel, as empresas estão falhando na comunicação com os clientes por não implementarem as ferramentas necessárias para que os usuários possam saber quanto estão consumindo diariamente. Rezende disse que as empresas cometeram um erro estratégico há alguns anos ao não perceber o crescimento do uso de internet no Brasil.

“Percebemos um avanço progressivo no acesso à internet e é evidente que, em algum momento, esse modelo de negócios aconteceria, assim como ocorreu no serviço ilimitado em voz”, pontuou. Rezende também considera que as empresas ao longo do tempo deseducaram os consumidores, por oferecer internet sem limite de utilização.

“Essa questão da propaganda, do ilimitado acabou de alguma maneira desacostumando os usuários. Foi uma má educação ao consumo que as empresas fizeram ao longo do tempo”, disse. Para o presidente da Anatel, a oferta das empresas tem que ser coerente com a realidade, ou seja, a operadora não pode dizer que um serviço é ilimitado e não praticar.

Posição das operadoras

A NET informou que os planos comercializados pela empresa sempre oferecem, nas suas especificações, velocidade de acesso e franquia mensal de consumo de dados. O contrato estabelece que quando a franquia for ultrapassada, a velocidade de acesso será reduzida e retomada no primeiro dia do mês seguinte.

“Apenas clientes com utilização muito diferente da média ultrapassam as franquias estabelecidas”, diz a empresa. A regra vale para todas as conexões ativas de banda larga fixa da NET e está prevista em contrato desde o lançamento do serviço.

A Telefônica Vivo, que também controla a GVT, informou que está avaliando a medida cautelar divulgada pela Anatel e esclarece que não vem aplicando a franquia de dados para nenhum cliente de banda larga fixa.

“Essa situação permanecerá por tempo indeterminado”, diz a operadora. A empresa diz que quando e se vier a implantar o modelo de franquia para banda larga fixa, fará uma ampla campanha de esclarecimento, em diversos meios de comunicação.

A TIM disse que não comercializa planos com franquia mensal de dados limitada do serviço TIM Live e não prevê mudanças nas ofertas atuais. Os planos são disponibilizados de acordo com a velocidade de conexão e com navegação livre. O TIM Live está disponível nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis e São João de Meriti.

A Oi disse que não vai comentar a decisão da Anatel, mas garante que atualmente não pratica redução de velocidade ou interrupção da navegação após o fim da franquia de dados de seus clientes de banda larga fixa embora o regulamento de ofertas preveja a possibilidade.

A Sky informou que não pratica franquia mensal de dados ou bloqueio do serviço após o consumo nos planos SKY Banda Larga, ainda que o regulamento do setor preveja essa possibilidade.

A intenção das operadoras de telefonia de limitar os planos de banda larga para uso residencial, a partir de 2017, deverá ser debatida pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Para isso, serão convocados representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), do Ministério Público Federal (MPF) e das provedoras Vivo, Claro, Oi, NET e Tim.

O presidente da comissão, senador Lasier Martins (PDT-RS), apresentou requerimento de audiência pública para debater o projeto das operadoras, que pretendem passar a cobrar pelo volume de tráfego dos usuários. Segundo Lasier, os mais prejudicados serão os pobres, aumentando a desigualdade social e dificultando o acesso da classe menos favorecida à informação.

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"Também prejudica o acesso à educação, prejudica jogos, filmes, etc. Estamos dando prioridade a essa audiência pública", ressaltou o senador, informando que a audiência pública deverá ser realizada até o início de maio. Nesta segunda-feira (18), a Anatel determinou, cautelarmente, que operadoras de banda larga fixa deixem de restringir o acesso à internet mesmo após o fim da franquia.

A suspensão terá vigência por 90 dias e, em caso de descumprimento da decisão, as empresas estarão sujeitas a multa diária de R$ 150 mil, até o limite de R$ 10 milhões. Segundo a entidade reguladora, as operadoras devem oferecer aos clientes ferramentas que permitam o acompanhamento do consumo do serviço. Também deverão oferecer histórico detalhado de sua utilização e notificar o consumidor quando o esgotamento do plano estiver próximo.

Quem utiliza a banda larga fixa no Brasil certamente está preocupado com o novo tipo de cobrança que permite as operadoras reduzir a velocidade ou até mesmo cortar a conexão caso os consumidores esgotem as franquias de dados. Revoltados com o regime, anunciado pela Vivo em fevereiro e que já estava previsto em contratos da Oi e da NET, youtubers como Felipe Castanhari, Cauê Moura e Eduardo Benvenuti – o BRKsEDU – saíram em defesa do movimento que vem sendo chamado de #InternetJusta.

Eduardo Benvenuti, que mora no Canadá, explica que este tipo de cobrança já é aplicado por lá. Ele afirma, no entanto, que as franquias praticadas no país são satisfatórias aos consumidores mais exigentes, e que também é possível pagar um valor excedente para ter acesso ilimitado à internet.

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“O problema não está na franquia, e sim quando a franquia passa a ser um limitante para o usuário”, defende o dono do canal BRKsEDU, que possui quase 4 milhões de inscritos. Quem também se posicionou no YouTube contra o limite na banda larga fixa foi Felipe Castanhari, do Canal Nostalgia.

Ele acredita que as operadoras brasileiras se sentem ameaçadas graças a serviços como o Netflix, serviço de streaming de filmes e séries de televisão. Rafael Lange, o Cellbit, que é garoto-propaganda da Vivo, também explica que não é a favor da franquia da banda larga fixa.

“Tenho total noção de que isso vai mudar completamente a internet e não vai ser de um jeito bom”, ressalta. Cauê Moura, do canal Desce a Letra, adota um discurso mais agressivo e explica que os limites na banda fixa podem ser facilmente atingidos apenas com algumas horas de streaming em HD no Netflix. Confira abaixo.

O Ministério da Justiça (MJ) deu dez dias para que as operadoras Oi, Vivo e Claro – controladora da NET - deem esclarecimentos sobre a utilização de novas franquias de dados nos planos de banda larga fixa. De acordo com os novos contratos, as empresas poderão reduzir a velocidade ou até mesmo cancelar a conexão se a franquia for excedida, ocorre com a internet móvel.

As empresas foram notificadas no último dia 23 pela a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. O documento pede que as operadoras esclareçam as mudanças recentemente aplicadas ao modelo de oferta de serviços de conexão de dados. 

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A medida é fruto do trabalho desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Para o órgão, não há argumentos técnicos e econômicos que demonstrem a necessidade de redução da franquia de dados nesses planos. Segundo o pesquisador em telecomunicações do Idec, Rafael Zanatta, a nova modalidade de cobrança viola o Marco Civil da Internet.

Na tentativa de barrar a possibilidade de que a cobrança da banda larga fixa passe a ser feita por uma cota mensal e limitada, internautas criaram uma petição pública que pretende reunir 200 mil assinaturas. Até a publicação deste artigo, a campanha havia reunido o apoio de 78 mil pessoas.

O limite de dados na internet banda larga fixa também está sob investigação da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon). O promotor de Justiça Paulo Roberto Binicheski, titular da 1ª Prodecon, acredita que a mudança seria desvantajosa para o consumidor.

"A proposta de alteração do sistema de cobrança reflete planos comerciais abusivos, com o propósito disfarçado de encarecer os custos de utilização da internet pelo usuário médio", afirma Binicheski.

O Brasil encerrou o mês de junho com 24,944 milhões de acessos de banda larga fixa. Houve, portanto, um crescimento de 0,35% em relação ao final de maio, quando a base era de 24,857 milhões de acessos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A base de quase 25 milhões de acessos fez que a banda larga fixa estivesse presente em 37,68% dos domicílios ao final de junho. São Paulo terminou o sexto mês de 2015 com 9,130 milhões de acessos, ou seja, 36,6% do total do País. Entre os paulistas, o serviço estava presente em 62,09% dos domicílios. A mais alta densidade, entretanto, foi registrada no Distrito Federal, onde os 623 mil acessos representavam presença da banda larga fixa em 66,56% dos endereços brasilienses. A menor densidade, de 10,05%, foi apurada no Maranhão, Estado com 188 mil acessos da banda larga fixa ao final de junho.

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Na divisão de mercado, a liderança foi obtida pelo grupo Telmex (Claro/Embratel/NET), com 7,876 milhões de acessos, ou seja, 31,57% do total (ao final de maio era 31,53%). Em segundo lugar ficou a OI, com 6,446 milhões de acessos da banda larga fixa, representando 25,84% do total (26,02% no mês anterior). A terceira posição foi ocupada pela Telefônica, com 4,098 milhões de acessos, ou 16,43% do total (16,49% em maio).

O Brasil encerrou 2014 com 23,968 milhões de acessos de banda larga fixa, informou nesta segunda-feira (2), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O número registrado ao final de dezembro do ano passado representa um crescimento de 8,03% em relação a dezembro de 2013. A banda larga fixa terminou 2014, portanto, presente em 36,51% dos domicílios brasileiros.

Por unidades da Federação, o Distrito Federal liderou o ranking de acesso ao serviço, com internet fixa presente em 66,59% dos endereços brasilienses. No Maranhão foi registrada a presença mais baixa, com apenas 9,37% dos domicílios atendidos. O Estado de São Paulo, com 8,894 milhões de acessos, encerrou 2014 com banda larga fixa presente em 60,36% dos domicílios atendidos.

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Na divisão de mercado, a liderança ficou com a Telmex (Claro/Embratel/NET), responsável por 7,522 milhões de acessos ao final de dezembro, ou seja, 31,39% de participação. Em segundo lugar ficou a Oi, com 6,553 milhões de acessos (27,34%). A terceira posição foi ocupada pela Telefônica, com 4,102 milhões de acessos da banda larga fixa (17,11%). As informações divulgadas hoje refletem dados disponíveis em 2 de fevereiro de 2015 e podem sofrer alterações, alerta a Anatel.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou novo regulamento para o serviço de banda larga fixa. A partir de agora, a contratação de provedores de acesso para o serviço de ADSL - serviço de banda larga fixa prestado pelas concessionárias de telefonia fixa - deixa de ser obrigatória e passa a ser facultativa. Essa exigência nunca existiu para a banda larga a cabo, satélite e móvel.

Embora boa parte seja gratuita, ainda assim a contratação de outra empresa incorre em custos para as companhias, que são repassados ao consumidor, argumentou o relator da proposta, conselheiro Marcelo Bechara.

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A Anatel decidiu ainda manter o provimento de acesso à internet como um serviço de valor adicionado, sobre o qual incide ISS, e não torná-lo um serviço de telecomunicações, que recolhe ICMS. A diferença é que a média das alíquotas de ICMS é de 5%, enquanto a alíquota de ICMS pode chegar a 30%, dependendo do Estado.

A Anatel também vai facilitar a entrada de novos players no mercado de telecomunicações. O valor das outorgas para prestação de serviços de banda larga, telefonia fixa e TV por assinatura será reduzida de R$ 27 mil para R$ 9 mil. Se uma empresa estiver interessada em oferecer apenas banda larga, a outorga, hoje em R$ 9 mil, cairá para R$ 400. Atualmente, existem cerca de 3,8 mil prestadores de serviço nessa área.

A ideia é aumentar a competição no setor, principalmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros, onde apenas as concessionárias de telecomunicações oferecem esse tipo de serviço, e baixar os preços dos serviços para o consumidor final. Assim, as pequenas terão condições de funcionar como uma empresa de telecomunicações completa e oferecer pacotes convergentes com os três serviços. É o primeiro passo para que a Anatel passe a trabalhar com a outorga unificada.

No novo regulamento da Anatel, Bechara decidiu não discutir a neutralidade da rede, mas o conselheiro Rodrigo Zerbone pediu que o regulamento inclua a obrigação de que as empresas do setor respeitem esse conceito. O assunto deve ser definido nas discussões do marco civil da internet no Congresso Nacional.

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