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Em entrevista à publicação "The Banker", uma divisão do jornal britânico "Financial Times", o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que vai pensar sobre o futuro político do País no próximo ano, ao ser questionado sobre uma eventual candidatura à Presidência da República.

A entrevista, divulgada nesta quinta-feira, 5, foi concedida no fim de setembro, quando Meirelles foi a Londres participar de uma série de reuniões com investidores interessados no Brasil. "Eu não estou pensando sobre isso no momento. Estou focado em meu trabalho como ministro da Fazenda, acho que todas as reformas estão avançando, e na retomada da economia. Penso que eu tenho que estar completamente dedicado, com 100% da minha atenção, na recuperação da atividade", disse.

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Na avaliação do ministro, o desenvolvimento político no País está se dando de "forma natural". A esquerda, apontada por ele como constituída basicamente pelo PT, tem praticamente a mesma fatia da intenção de votos das últimas décadas. "Este é um eleitor tradicional do partido, não há surpresa, era esperado", afirmou, citando que o crescimento foi visto nas reeleições dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Perguntado sobre a baixa popularidade do governo Michel Temer, o ministro ressaltou que a pouca aprovação é "compreensível". "O presidente não foi eleito, pois chegou ao poder como um resultado do impeachment, e a segunda coisa é que ele é o responsável por realizar reformas importantes, mas impopulares, como a da Previdência", citou. "O ponto é que justamente por ele ter um curto período de mandato é que decidiu fazer o que é necessário para o Brasil, pois não concorrerá à eleição de 2018", disse.

Meirelles enfatizou à "The Banker" que boa parte das reformas já foi finalizada. O primeiro passo foi a PEC do Teto, aprovada em dezembro, e que outra "grande reforma" foi a trabalhista. "As reformas estão andando e a nossa expectativa é a de que a da Previdência seja aprovada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil voltou a cair posições no ranking “The Banker/Brand Finance Banking 500”, sobre as 500 marcas globais mais valiosas no setor bancário, conforme relatório divulgado na terça-feira (4). Pressionado pela desvalorização cambial e pela política de baixos juros dos bancos públicos, o País, com nove instituições na disputa, recuou da sexta para a oitava colocação na última edição da pesquisa.

Em valor de marca, o Brasil somou US$ 33,483 bilhões, perdendo para países como Espanha, Canadá e França. Os Estados Unidos permaneceram no topo do ranking, com 56 bancos e um total de US$ 193,633 bilhões em valor de marca.

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A queda do Brasil, porém, poderia ter sido maior, não fosse o esforço dos bancos brasileiros em selecionar melhor seus riscos, atuando principalmente em segmentos com garantias como imobiliário e consignado (com desconto em folha), e ainda o trabalho de recuperação de créditos em atraso e consequente melhora na qualidade dos ativos, segundo Gilson Nunes, CEO da Brand Finance para a América Latina. “Esperávamos que tanto a posição do País como dos bancos de maneira individual fosse cair mais no ranking de 2014.”

Ainda assim, dois bancos brasileiros figuraram entre os 25 maiores do mundo. No ano passado, eram três. O Bradesco ficou na 20ª colocação ante a 16ª em 2013, com US$ 10,600 bilhões e líder na América Latina pelo sexto ano seguido. Atrás veio o Itaú Unibanco no 23º lugar contra o 18º na edição do estudo de 2013, com US$ 9,904 bilhões. Já o Banco do Brasil ficou na 35ª posição, com US$ 6,972 bilhões.

Apesar de os bancos brasileiros terem acompanhado o País e recuado posições, a maior queda em valor de marca foi o Banco do Brasil, que passou do 22º para o 35º lugar. Nunes explica que a instituição não teve o mesmo sucesso em termos de gestão da inadimplência, além do fato de ter comandado junto à Caixa Econômica Federal o movimento de redução de spreads, sendo mais agressivo na oferta de crédito e não tão eficiente quanto os privados.

A novidade do ranking 2014 foi, segundo ele, a presença de mais um banco público brasileiro - a Caixa. Embora não seja uma instituição listada em bolsa, foi incluída devido ao tamanho da sua carteira de crédito, impulsionada no último ano pelo programa de menores taxas de juros. Em sua estreia, o banco ocupou a 49ª posição, com US$ 4,8 bilhões em valor de marca.

“Mesmo sendo um banco de nicho, diferente de Bradesco e Itaú, que têm perfil de banco de varejo, a Caixa conseguiu figurar em sua primeira vez no ranking entre os 50 maiores bancos globais em valor de marca”, pontua o presidente da Brand Finance.

Sobre a expectativa para 2015, Nunes acredita ser possível ao Brasil retomar algumas colocações no ranking dos maiores bancos em marcas globais. Isso porque, nos últimos anos, as instituições brasileiras fizeram, em sua opinião, a lição de casa necessária para serem mais eficientes e garantir uma melhor colocação ao País no ranking, ultrapassando concorrentes como Espanha e França - que ainda se recuperam da crise econômica. “O pior já passou. O cenário para 2015 é de melhora.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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