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No último domingo, dia 22, ocorreu a formatura da primeira turma do Parque Bengui de Informática. O curso, que teve duração de 10 meses, auxiliou jovens de duas organizações sem fins lucrativos, o Emaús e a Tia Anízia, que trabalham com moradores de áreas periféricas da capital paraense.

Além dos alunos, familiares e amigos, o público geral também pôde acompanhar o evento. Entre os objetivos da inciativa, projeto do Parque Shopping Belém em parceria com o Instituto Íris e a Microlins, está a inclusão digital de crianças e adolescentes que vivem em vulnerabilidade social, além da profissionalização gratuita.

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“Partindo do princípio que o desenvolvimento social sustentável é composto de três pilares, o ambiental, social e o econômico, há uma necessidade veemente das organizações privadas investirem na educação da comunidade onde ela está inserida. Optamos em promover a educação através dos cursos de informática e orientação profissional para jovens da comunidade do Bengui, bairro onde nosso empreendimento está localizado. E a formatura desta primeira turma mostra o sucesso da iniciativa”, destaca Izabel Portela, superintendente do Parque Shopping Belém.

O Parque Bengui de Informática é uma mudança de vida para os jovens que fazem parte do projeto. “Antes de fazer o curso, eu me encontrava perdida na vida pessoal e profissional. No projeto, eu achei o direcionamento correto. Por isso, sou grata, de coração, a todos. Espero que o Parque Bengui possa ganhar mais força e assim ajudar mais pessoas”, diz Lana Almeida, de 15 anos, sobre a mudança na rotina depois que começou a integrar a iniciativa.

 O Parque Bengui já está com renovação garantida por mais um ano para atender mais jovens da comunidade do entorno do empreendimento.

Da assessoria do projeto.

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</p><p>Um avião monomotor caiu na manhã desta quarta-feira (13) em cima de uma empresa na rua Ferreira Filho, no Bengui, periferia de Belém. O acidente foi próximo à delegacia de polícia do bairro, um dos mais populosos da capital paraense (veja vídeo abaixo).&#13;&#13;
</p>##RECOMENDA##<p>De acordo com as informações do Corpo de Bombeiros Militar, que atuou no resgate das vítimas, o copiloto Lucas Ernesto Santos, de 25 anos, morreu no local do acidente. O piloto Bruno Alencar, de 22 anos, foi retirado com vida e encaminhado para um hospital. Ele sofreu traumatismo craniano.&#13;&#13;
</p><p>Uma terceira vítima ainda não foi identificada. Trata-se do vigilante que estava no imóvel onde o avião caiu.&#13;&#13;
</p><p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">Ainda não se sabe as causas do acidente. Bombeiros e perícia permanecem no local para a coleta de informações que serão analisadas.&#13;&#13;
</p><p><em>Da Redação do LeiaJá Pará.&#13;&#13;
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Eunice Costa, 24 anos, foi a única estudante de Belém que conseguiu tirar nota máxima no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018. No Pará, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), apenas Eunice e uma aluna de Ananindeua, ainda não identificada, alcançaram a nota máxima. Das 4,1 milhões de redações corrigidas, somente 55 obtiveram nota máxima no exame, sendo 42 mulheres.

De família humilde, moradora do bairro do Bengui, periferia de Belém, Eunice preparou-se para o exame estudando em casa e não conteve a alegria ao ver o resultado. "Quando entrei na página do participante e vi minha nota 1000 fiquei muito supressa e ao mesmo tempo muito feliz, porque é muito gratificante receber uma nota excelente por algo que a gente lutou tanto. Todo aquele esforço, todo o sacrifício que a gente fez nos anos anteriores sendo recompensado, foi isso que eu pensei", disse.

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Eunice disse que uma das maiores dificuldades que enfrentou para alcançar seu objetivo foi conseguir organizar o tempo dedicado aos estudos. “Até aquela época eu não sabia muito bem como me organizar. Pesquisei na internet, assistia vídeo-aulas, assistia dicas de pessoas que faziam a mesma coisa - estudado em cas. O primeiro desafio foi me organizar, montar um cronograma. O segundo desafio, acho que o maior deles, é seguir o cronograma à risca. Sentar ali todos os dias, de 8 até 1 hora e estudar. Esse é o maior desafio porque estudar mais de dez horas por dia requer muita disciplina, também um alto controle psicológico, porque não é fácil você ficar todos os dias estudando dez horas e ainda há o risco de não conseguir. O maior desafio foi esse, a organização", afirmou.

A estudante, que concorre à vaga de Medicina, disse que foram incansáveis as pesquisas para ajudar a compreender temas complexos já abordados pelo Exame, em redações anteriores, e que era um desafio pesquisar e organizar os argumentos na hora de passar para o papel. Eunice estudava em casa, mas aos sábados ia para um curso de redação, no qual tornava sua rotina de estudos ainda mais puxada, mas que, segundo a estudante, ajudou muito no resultado. "Tudo isso foi um desgaste muito grande de energia, de recursos financeiros. Principalmente enfrentar o cansaço físico porque no final da semana eu estava extremamente cansada, cansaço psicológico, físico, enfrentar dores, tudo isso foi um desafio para mim", ressaltou.

Eunice mora com os pais e a irmã mais nova, que estuda Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Pará (UFPA), e disse que os pais são os principais responsáveis pela nota máxima no Enem, porque sempre incentivaram seus estudos. “Eu já tenho idade de trabalhar. Tenho 24 anos. Sempre me preocupei muito com isso, em começar logo a trabalhar para poder ajudar aqui em casa, mas eles sempre disseram 'não! A gente quer que vocês estudem, que vocês se esforcem, porque o que a gente pode deixar para vocês é a oportunidade de estudar'. Meu pai desde criança trabalhou, minha mãe também. Eles vieram do interior. No decorrer da vida perceberam o valor da educação, da pessoa se esforçar e conseguir com os próprios méritos. Essa vitória foi uma vitória para a minha família e para mim. Agora, se Deus quiser, vou alcançar esse objetivo de passar em Medicina e vou honrar a Deus e à minha família com esse presente", explicou.

As dicas que Eunice dá para os alunos que estão se preparando para Enem deste ano é que definam primeiramente o curso que querem fazer e se esforcem para se destacar. Em seguida, o candidato deve definir se vai ou não fazer cursinho e os métodos de estudos. Resolver muitas provas é a dica que Eunice chama de  "valiosa". "Resolver o máximo de provas que puder. Inclusive, os meus pais me ajudaram a comprar uma impressora. Eu falei 'mãe eu só preciso de uma impressora para estudar, só isso. A senhora só compra essa impressora para mim e eu garanto o resto', e foi isso o que ela vez”, detalhou Eunice, que resolvia provas dos Exames anteriores quase todos os dias. "Eu lembro que no mês de março de 2018 eu fiz uma prova por dia, então foram aproximadamente 30 provas em um mês. Então é resolver muitos exercícios, fazer muitas redações, ler o máximo que puder, ler jornais, livros, revistas, principalmente livros de filosofia, sociologia, literatura. Assistir a noticiários, porque a gente sabe que o tema sobre a segurança digital também foi muito falado, isso também ajuda", acrescentou.

Eunice disse que a internet precisa ser usada como aliada, e não somente a internet, mas todos os recursos disponíveis, e nunca deixar de confiar em si mesmo. "Autoconfiança é a palavra. Confiança em Deus acima de tudo", ressaltou. Para conseguir estudar todos os conteúdos, a aluna contou que estudava o dia todo, mas dividido em intervalos. "Estuda de manhã, das 8 às 12 horas. À tarde eu também tinha um período de estudo, das 12 às 20 horas, depois eu para um pouco e ia até 23 horas ou meia-noite, era mais ou menos assim  todos os dias", reiterou a estudante, que evitava estudar aos domingos e aproveitava para descansar e ouvir músicas, um de seus passatempos.

"Para mim funcionou assim, cada dia da semana eu estudava uma disciplina. Lembro que na segunda-feira eu estudava matemática e alternava entre uma matéria de exatas e uma de humanas. Conforme avançava a semana eu ia mudando o cronograma, mudando os dias, ia percebendo que eu tinha mais dificuldades em uma matéria, então eu sempre ia alterando o meu material de estudo", explicou Eunice.

Sobre a nota máxima, Eunice disse o que julgou ser o grande diferencial. "Em relação à redação, eu tinha as aulas nos dias de sábado, mas o diferencial é que minha professora não deixava os alunos saírem do curso sem entregar a redação e ela sempre marcava o tempo, no máximo uma hora. Então ela ficava pressionando. Em casa eu também treinava, nos finais de semana principalmente. Deixei os sábados para estudar redação. Eu sempre lia alguma coisa, sempre pesquisava. Esse ano eu li muitos artigos científicos, então isso me ajudou muito. Treino é o principal. Acho que é assim que se aprende: praticando. A leitura te dá o embasamento. Para desenvolver, você tem que escrever, escrever muito", avaliou.

 

 

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