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O brasileiro Bruno Caboclo aproveitou bem as oportunidades que teve e convenceu o Memphis Grizzlies a definir sua permanência. Nesta quarta-feira, a franquia do Tennessee anunciou que o ala de 23 anos assinou um contrato em definitivo.

Os termos do acordo não foram revelados, mas é certo que Caboclo permanece no Grizzlies ao menos até o fim desta temporada. A imprensa local informou que o novo contrato do brasileiro é válido até o fim da próxima edição da NBA, em 2019/2020.

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Trata-se de um avanço para o jogador, que estava desde o mês passado no Grizzlies, com quem assinou dois contratos consecutivos válidos por 10 dias. Neste período, o brasileiro atuou em dez partidas, nas quais registrou médias de 6,1 pontos, 3,2 rebotes e 1,4 toco, em 21,1 minutos em quadra.

Caboclo chegou à NBA em 2014, após ser escolhido na 30.ª colocação daquele Draft pelo Toronto Raptors. Pelo time canadense, não passou de uma promessa, e ao longo de quatro anos pouco atuou. Teve breve passagem na última temporada pelo Sacramento Kings, mas também não foi aproveitado.

Sua nova oportunidade na NBA só aconteceu porque ele se destacou na G-League, a liga de desenvolvimento da NBA, pelo Rio Grande Valley Vipers. Em reconstrução, o Grizzlies apostou no brasileiro e se mostrou satisfeito com o trabalho apresentado.

A seleção brasileira masculina de basquete encerrou a sua preparação para a Copa América com derrota. No fim da noite de segunda-feira, a equipe encarou a Argentina pela rodada final do Super Four de Salta e acabou perdendo por 86 a 74 para a equipe campeã do torneio amistoso.

Em Salta, a renovada seleção do Brasil, comandada por César Guidetti, havia entrado em quadra outras duas vezes, com derrota para o Uruguai, por 69 a 63, e vitória sobre a Colômbia, por 72 a 58. Assim, fechou o torneio em terceiro lugar, atrás dos argentinos, com três triunfos, e dos uruguaios, com dois, e só à frente da Colômbia, que perdeu todos os jogos que disputou.

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Diante da Argentina, o Brasil fez um duelo equilibrado e fechou o primeiro quarto vencendo por 19 a 17, apoiada pela boa atuação de Bruno Caboclo, com 11 pontos e três de quatro arremessos de três convertidos. Porém, os argentinos reagiram no segundo período e foram ao intervalo ganhando por 41 a 36.

Após o intervalo, a seleção brasileira se manteve competitiva, mas permitiu que a Argentina fosse abrindo vantagem no placar. Os anfitriões fecharam o terceiro quarto vencendo por 61 a 42 e terminaram o jogo com o placar favorável de 86 a 74.

Bruno Caboclo foi o grande destaque do Brasil na partida ao registrar um "double-double" de 23 pontos e 14 rebotes. Já Fúlvio somou 14 pontos, oito rebotes e sete assistências. Facundo Campazzo foi o cestinha da Argentina com 16 pontos.

Bastante renovada e sob novo comando, a seleção iniciou a sua preparação para a Copa América em Pindamonhangaba, no interior paulista, onde venceu dois amistosos contra Camarões. E agora participou do torneio amistoso em Salta. Já nesta terça, segue para a Colômbia.

O Brasil está no Grupo A da Copa América, que será realizado em Medellín, sendo que a estreia ocorrerá diante da anfitriã Colômbia, na próxima sexta-feira. Nos dois dias seguintes, as partidas serão contra México e Porto Rico. O primeiro colocado da chave se garante nas semifinais, com a fase decisiva sendo realizada em Córdoba, na Argentina.

A seleção brasileira masculina de basquete já se prepara em Pindamonhangaba, no interior paulista, para a disputa da Copa América, que será realizada na Colômbia. Novo comandante da equipe, o técnico César Guidetti vai contar na competição com um elenco bastante renovado, tanto que nenhum dos atletas convocados participaram da Olimpíada do Rio, no ano passado, e só um jogador participa da NBA - o ala/pivô Bruno Caboclo, do Toronto Raptors. O armador Georginho também fechou contrato com o Houston Rockets para a pré-temporada, mas tem chances remotas de seguir na equipe para o campeonato.

A lista de 20 convocados ainda sofreu uma baixa, pois o pivô Rafael Hettsheimeir está lesionado e pediu dispensa. Mas apesar dos problemas e da equipe renovada, Guidetti acredita ser possível iniciar o novo ciclo da seleção brasileira masculina de basquete com uma conquista.

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"Sempre foi e sempre será um orgulho vestir a camisa do selecionado nacional, por isso, vamos lutar pelos nossos objetivos, ou seja, queremos jogar bem, vencer os jogos e conquistar o título para marcar o nosso nome nessa rica história do basquete nacional. Estamos iniciando um novo ciclo, com uma base de atletas jovens, mas todos com totais condições de desempenhar um bom papel", explicou o treinador.

Bruno Caboclo abriu mão das férias para defender a seleção e garantiu que isso não lhe causou qualquer problema com o Raptors. "A minha equipe não criou nenhum time de problema para me liberar, muito pelo contrário, eles me incentivaram a vir para a seleção brasileira, visto que eles acham positivo que eu defenda o meu País e construa a minha história", relatou.

A equipe do Brasil ficará em Pindamonhangaba até 17 de agosto, quando seguirá para Salta, na Argentina, onde disputará um torneio preparatório. Na Copa América, a seleção está no Grupo A, que será realizado em Medellín, na Colômbia, e vai encarar a equipe anfitriã no dia 25, o México no dia 26 e Porto Rico no dia 27.

O técnico Rubén Magnano ainda não divulgou a lista de convocados da seleção brasileira masculina de basquete para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, mas Bruno Caboclo e Lucas Bebê já se adiantaram e avisaram nesta segunda-feira, através da assessoria de imprensa de ambos, que não irão participar da competição poliesportiva.

A informação não chega a surpreender, pois o Brasil não tem levado a sua força máxima para o Pan, ainda mais que o torneio não é classificatório para os Jogos Olímpicos do Rio. A curiosidade é que o Pan será disputado na cidade do time de ambos na NBA, o Toronto Raptors.

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Porém, eles preferiram se concentrar na equipe canadense, em busca de mais tempo de quadra na próxima temporada. Por isso, ao invés de disputarem o Pan, vão defender o Raptors na Summer League, a Liga de Verão da NBA, realizada durante a pré-temporada, e que neste ano acontecerá em Orlando, Utah e Las Vegas entre os dias 4 e 20 de julho.

"Quero agradecer ao Magnano por ter sido compreensivo e continuar acreditando em mim. É uma decisão difícil, deixar de disputar um campeonato como o Pan, especialmente na cidade em que eu moro atualmente, mas é um investimento que estou fazendo na minha carreira, preciso me dedicar ao Toronto nesse verão. Sou novo, tenho muito orgulho de jogar pelo Brasil, já disputei campeonatos importantes e quero vestir a camisa amarela por muitos anos ainda", afirmou Lucas Bebê.

Já Bruno Caboclo adotou discurso parecido. "Magnano entendeu os meus motivos e agradeço a ele. Deixei claro que ele pode contar comigo, mas que esse era um momento de ganhar espaço na equipe, mostrar meu basquete, buscar meu lugar no Raptors para a próxima temporada. Quero que o meu futuro seja na Seleção Brasileira, ter a minha história com a camisa do Brasil, e vou fazer o meu máximo para que isso aconteça", comentou.

Anteriormente, Magnano foi ao exterior para se encontrar com jogadores brasileiros sobre a disponibilidades deles para a temporada 2015. Mas mais do que o Pan, o seu foco está mesmo na Copa América, que servirá como classificatório para a Olimpíada de 2016 - apenas os dois primeiros se garantem nos Jogos do Rio - e vai ser disputada no México entre 31 de agosto e 12 de setembro.

Bruno Caboclo viveu uma overdose de emoções no dia em que foi escolhido para o Draft da NBA, em Nova York. Deu várias entrevistas e no dia seguinte viajou para Toronto para se apresentar ao Raptors. Ainda teve de passar em uma loja para comprar terno e camisas. Jantou e, por volta das 23 horas, já exausto, na véspera de sua apresentação à imprensa, resolveu aproveitar um dos confortos oferecidos pela franquia canadense: uma quadra aberta por 24 horas, só para se aclimatar.

A imprensa de Toronto não gostou de ver o gerente geral do Raptors, o nigeriano Masai Ujiri, escolher um jogador de apenas 18 anos, cru, como sua primeira escolha), na 20.ª posição geral. "Ele está a dois anos de estar a dois anos..." (de amadurecer), escreveu o comentarista Fran Fraschilla, especialista em draft e basquete universitário da ESPN norte-americana.

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No dia seguinte, já adaptado aos pontos de referência da quadra, mostrou parte de suas habilidades e a decisão de Ujiri foi mais bem assimilada. "O Ujiri tem essa estratégia na cabeça dele. Como já tem um time na mão, resolveu apostar num jogador de futuro e deixá-lo amadurecer dentro da franquia, não num jogador para já. Isso representou uma pressão sobre a diretoria. Mas essa pressão começou a se esvaziar assim que viram o Bruno treinar", disse Eduardo Resende, agente do ala.

Na verdade, basta dar uma olhada em Caboclo para que alguém se convença de que está diante de uma pessoa com o físico ideal para o basquete. Ele tem 2,06m e o normal seria que sua envergadura (a distância da ponta do dedo médio de uma mão à outra) tivesse medida semelhante - mas ele tem 2,27m. "Qualquer um que entenda um pouco de basquete já via no Bruno um jogador com um potencial atlético fabuloso", afirmou Breno Blassioli, técnico das categorias de base do Pinheiros-SP.

Por enxergar justamente isso, o Pinheiros fez de tudo para tirar Caboclo do Barueri-SP, o time em que o garoto, nascido em Osasco (SP) e criado em Pirapora do Bom Jesus (SP), começou a jogar. "Ele nos chamou a atenção numa clínica promovida pelo Tiago Splitter (jogador do San Antonio Spurs, primeiro brasileiro campeão da NBA). Foi difícil convencê-lo a deixar Barueri porque ele via o Pinheiros como inimigo. Mas nós conseguimos convencê-lo de que o clube tinha a estrutura ideal para ele se desenvolver", disse Breno.

Assim que chegou ao Pinheiros, Caboclo foi tratado como jogador de alto potencial e passou por uma bateria de exames físicos e psicológicos. Muito abaixo do peso, teve acompanhamento nutricional e passou a fazer musculação. Além dos treinos na categoria sub-19, tinha preparação específica de fundamentos com o treinador José Luis Marcondes.

Os resultados não demoraram a aparecer. Caboclo foi campeão estadual sub-19 e sub-22, além de ter sido escolhido como MVP (jogador mais valioso) da clínica da NBA Basketball Without Borders (Basquete sem Fronteiras) na Argentina, em julho de 2013. O promissor jogador foi também beneficiado por um dos maiores acertos da Liga Nacional de Basquete, que organiza o NBB: a Liga de Desenvolvimento, que reúne jogadores de até 22 anos. Com um time sub-19, o Pinheiros ficou na terceira colocação. Bruno foi uma atração à parte, dando show na defesa, com rebotes e tocos, e no ataque. "Esse campeonato é muito legal. Todos puderam ver o Bruno. Ele tem um arremesso excelente, sabe jogar, sabe marcar, sabe driblar", apontou Blassioli.

Essas qualidades não passaram despercebidas por Claudio Mortari, técnico do Pinheiros na temporada passada. O veterano, que deu as primeiras oportunidades a um certo Oscar Schmidt no Palmeiras, em 1974, quando o Mão Santa tinha apenas 14 anos, começou a escalar Bruno na Liga das Américas. "O Bruno é um garoto que gosta de aprender e de treinar. Tem um físico bastante privilegiado e a explosão da juventude. Seu desenvolvimento foi espantoso", disse Mortari.

Um dos grandes méritos do Pinheiros foi não ter empurrado o garoto para jogar no garrafão. O mais comum, nas divisões de base brasileiras, é transformar a maior parte dos atletas com mais de 2 metros em pivôs.

OLHO EM 2016 - O surgimento de Caboclo é saudado especialmente pela seleção brasileira - ele já fazia parte da lista dos jogadores que poderiam ser convocados para o Sul-Americano adulto que está sendo disputado na Venezuela, mas foi dispensado a pedido, para iniciar a adaptação à NBA.

Para se ter uma ideia da carência brasileira na posição, o técnico argentino Rubén Magnano se viu obrigado a convocar o veterano Marcelinho Machado, de 39 anos, que havia se aposentado da seleção, para o Mundial. "Trabalharei muito para estar na seleção. É o meu objetivo agora, vestir a camisa do Brasil. Se tudo der certo, estarei pronto para a Olimpíada de 2016", disse o tímido jogador, que prefere dar entrevistas por e-mail porque "trava" frente a jornalistas.

Enquanto isso, trata de se preparar, e com tranquilidade. "Não existe pressão no Toronto. Faço parte de um projeto, me deixam bem à vontade para treinar e me desenvolver".

Bruno Caboclo deixou uma boa impressão nas duas primeiras partidas pelo Toronto Raptors. Escolhido na 20.ª posição do draft, o brasileiro entrou em quadra na última sexta-feira e no sábado, em Las Vegas, pela Summer League (Liga de Verão) da NBA. O primeiro jogo contra o Los Angeles Lakers (vitória por 88 a 78) foi um pouco melhor do que o segundo, diante do Denver Nuggets (derrota por 110 a 82), em termos de números, mas o que mais impressionou foi o comportamento.

Apesar de ser o jogador mais jovem do último draft, Bruno Caboclo, de 18 anos, foi elogiado pela intensidade defensiva - é verdade que cometeu 11 faltas nos dois jogos - e por não se intimidar nem se precipitar no ataque. No primeiro jogo, na última sexta, o ala, que jogou exatos 24 minutos e 9 segundos, terminou com 12 pontos, acertando cinco de sete tentativas, sendo 100% de aproveitamento nos três pontos (2/2). Caboclo amealhou ainda três rebotes e cometeu três desperdícios de bola.

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No sábado, na segunda partida pela Liga de Verão, o aproveitamento nos arremessos foi ruim, com apenas três acertos em 11 tentativas. As bolas de três pontos também não caíram: uma em seis. Por outro lado, Bruno Caboclo, que ficou em quadra exatos 28 minutos e 54 segundos na segunda partida, foi mais agressivo, atacou mais o aro com infiltrações e sofreu faltas, convertendo quatro de cinco lances livres. O brasileiro conseguiu ainda três rebotes, deu uma assistência e registrou um roubo de bola.

"Os esquemas defensivos são semelhantes. A diferença está na intensidade", comentou Bruno Caboclo sobre o elogiado comportamento na defesa. O brasileiro, porém, não ficou 100% satisfeito com o desempenho.

Os companheiros de Toronto Raptors ficaram empolgados. "Eu acho que o Bruno é muito talentoso", disse o armador Kyle Lowry. "Uma vez que ele ficar mais forte e aprender o jogo, ele vai ser um inferno de jogador",

acrescentou o ala DeMar DeRozan. "Ele é muito rápido e atlético. Ele vai demorar a desenvolver e construir essa força, mas eu gosto do que vejo até agora e ele vai ser um grande jogador", completou o ala Amir Johnson.

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