Um surfista relatou ter sido atacado por um tubarão na praia de Boa Viagem, nesta terça-feira (24). Arthur Andrade disse que estava tomando banho em frente ao Hotel Atlante Plaza, quando foi surpreendido por uma mordida de um 'filhote faminto que por pouco não arrancou seus dedos'.
A história foi contada em um post do pai do surfista, Andrey Andrade, que afirmou que o ataque teria acontecido em 'águas rasas'. "Autoridades, isso já passou dos limites! Vocês preferem colocar placas de proibição a resolver o problema de forma coerente e responsável? Já ouvi relatos e vi fotos aqui nas redes sociais, sobre a quantidade de filhotes que até os pescadores com vara estão capturando sem querer, está na hora de tomarem alguma providência séria", desabafou Andrey.
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Para o engenheiro de pesca Bruno Pantoja - do Instituto PROPESCA - o problema da quantidade de tubarões na orla pernambucana vem se potencializando 'por não haver ações mitigadoras'. "Gestão ambiental em conformidade se abaliza por quatro pilares, que visam a melhoria contínua do meio em simbiose com sua fauna. Ver incidentes nunca antes ocorrido na nossa praia, nos mostra com fatos o que estamos lutando para solucionar. Imagine uma criança passando por isso? Que todos os dias brincam alegremente neste mar", questionou ele, em postagem sobre o caso no Facebook.
Pantoja foi um dos críticos da forma como aconteceu o resgate da turista Bruna Gobbi, que morreu em 2013 após ser atacada por um tubarão na mesma praia de Boa Viagem, zona sul do Recife. Na época, o engenheiro falou sobre os erros que teriam sido cometidos nos primeiros socorros e ainda apontou como solução uma rede de proteção. "Uma barreira física formada por tela rígida retrátil resistente revestida de PVC e com boias que emitem as ondas eletromagnéticas que seja instalada da praia de Piedade até o Pina para evitar novos ataques. Este modelo não oferece risco aos animais nem a fauna", disse ele em entrevista ao LeiaJá em julho daquele ano.