Tópicos | camaronês

Amy Lee, Pitty, Cássia Eller (1962-2001), Rita Lee e Janis Joplin (1943-1970) são algumas das musas que conquistaram o público fã de rock 'n' roll. Mas não é só no mainstream que elas tocam um som pesado. Na atual cena underground e independente, vertentes do gênero, muitas mulheres estão cravando seu espaço, liderando suas bandas e conquistando seguidores.

A Cosmogonia é uma banda punk/hardcore formada no início dos anos 1990 por Elisangela Souza e Renata Tolli, em Osasco, na Grande São Paulo. Entre 1998 e 2006, o conjunto participou de festivais em São Paulo, Brasília, Salvador e Rio de Janeiro. Ao defender seu som, o grupo sofreu preconceito pelo fato de ter apenas integrantes mulheres. "E também por sermos da periferia, pois sempre foi difícil o acesso a instrumentos, estúdio, aulas de música. Naquela época, as integrantes já trabalhavam, algumas já eram mães, e era bem complicado conciliar tudo", lembra a vocalista Gabi Delgado.

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Além de Gabi, a formação atual da Cosmogonia reúne Maria Esther Rinaldi (guitarra), Fernando Hernandez (baixo) e os bateristas substitutos, Felipe Fregnani e Roberto Salgado. A banda está em busca de uma nova baterista. "O Fernando, apesar de estar a pouco tempo conosco, já é alguém que temos contato e amizade de longos anos. É alguém que soma, que nos ajuda sempre. Cremos que precisamos de aliados para tudo que acreditamos e lutamos, então o Fernando é alguém que sempre está conosco e é muito bom ter alguém como ele para nós apoiar em nossa caminhada e projetos", conta.

Show da banda Cosmogonia | Foto: Morts HC

As artistas Alê Labelle (guitarra e vocal), Dani Buarque (guitarra e vocal) e Joan Bedin (baixo) participavam da banda BBGG e, após a saída do baterista, Daniely Simões juntou-se ao grupo para assumir o instrumento e o projeto mudou totalmente, sendo rebatizado de The Mönic. "Todas nós nunca tivemos uma banda só de mulheres e temos muita certeza que esse foi o modelo que mais deu certo em termos de convivência, a gente se entende muito bem. Não temos um propósito de ter uma banda apenas com mulheres, o propósito é fazer música e fazer rock", conta Dani.

Com um ano e meio na estrada, The Monic lança seu primeiro álbum, "Deus Picio", com faixas em inglês e português. O show de lançamento acontece neste sábado (13), Dia Mundial do Rock, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na capital paulista.

As integrantes da banda The Monic | Foto: Divulgação

Já Ana Morena é produtora musical, baixista e fundadora da Camarones Orquestra Guitarrística, uma banda de rock instrumental que em 11 anos já lançou sete discos. O grupo é de Natal (RN) e já fez turnê pelo Brasil, Estados Unidos e Europa. "Natal é uma cidade que sempre teve muitas mulheres tocando, se compararmos as outras. Mesmo assim, quando comecei, havia poucas mulheres em bandas, principalmente musicistas. Em muitos momentos, eu notava que era a única mulher no palco em shows e festivais com várias bandas tocando", conta Ana.

Em quase 20 anos tocando pelos palcos, Ana se lembra do preconceito que já sofreu. "Tudo o que é diferente rola um estranhamento. Se os homens são difíceis hoje, quem dirá há 20 anos. Mulher em banda era exótico e, às vezes, acontecia dos músicos homens e técnica [que sempre era homem], querer nos ensinar algo óbvio e inerente a qualquer pessoa que toca, como se fôssemos imbecis. Rolava um descrédito e, depois, um 'poxa é mulher, mas sabe tocar', bem típico."

Tocando ao lado de três homens, Ana acredita que a sociedade evoluiu bastante, mas ainda precisa melhorar em muitos quesitos, como aceitar mais a mulher na cena muscial ocupada em sua maioria por homens. "A importância da mulher no cenário musical é a mesma da mulher na sociedade. Fundamental e essencial. Ninguém pergunta a importância dos homens em canto nenhum porque é óbvio que eles são importantes. Então, eu considero a mesma coisa para as mulheres", conclui.

A banda Camarones Orquestra Guitarrística | Foto: Mylena Sousa

O sem-teto morto há três dias por disparos de policiais em Los Angeles, durante uma confusão na rua, era um cidadão camaronês, informaram as autoridades nesta quarta-feira.

O serviço de imigração e alfândegas (ICE, em inglês) notificou que o sem-teto morto procedia de Camarões, esclarecendo a polêmica sobre sua origem após o jornal Los Angeles Times afirmar que tratava-se do francês Charley Saturmin Robinet.

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A chancelaria francesa assinalou nesta quarta-feira à AFP que esta é uma situação "de roubo de identidade, cuja vítima é o francês Charley Robinet".

O chefe da polícia de Los Angeles, Charlie Beck, declarou na segunda-feira que a vítima pegou a arma de um dos agentes, deflagrando a resposta a tiros das autoridades.

O incidente ocorreu em Skid Row, no sul da cidade, onde vivem duas mil pessoas - 75% delas negras - nas ruas, ou em miseráveis barracas de camping.

O vídeo do assassinato logo se tornou viral na internet, provocando críticas generalizadas da ação policial.

Na terça-feira, dezenas de pessoas participaram de um protesto em frente à sede da polícia de Los Angeles para condenar o assassinato.

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A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) apresentou, nesta sexta-feira (24), o repatriamento do camaronês Ondobo Happy Wilfredm, de 31 anos, encontrado clandestinamente em um navio graneleiro que descarregaria carga no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Não é a primeira vez que o estrangeiro viaja para um país ilegalmente, tendo sido repatriado já três vezes pelo Brasil e duas vezes pela Argentina.

O camaronês havia sido encontrado no navio MV Bulk Patagonia, de bandeira panamenha, desde o dia 26 de junho deste ano, mas só foi repatriado pelos policiais federais na terça-feira (21). Segundo a PF-PE, Ondobo havia subido na embarcação no dia 19 de junho através das cordas que prendiam o navio no Porto de Duala, na República dos Camarões. Quando o clandestino foi encontrado, o navio navegava próximo ao Porto de San Lorenzo. A legislação orienta que o estrangeiro deve ser deixado no porto mais próximo, mas ele teve seu desembarque negado na Argentina, Argélia e na Espanha. 

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Durante a espera pelas formalizações legais para a repatriação, o clandestino permaneceu sob fiscalização na cabine do navio, sendo entregue em seguida às autoridades de imigração federal no dia 6 de outubro. Todas as despesas com alimentação e hospedagem foram arcadas pela empresa responsável pelo navio.

Em seu depoimento, Ondobo informou que tinha o intuito de desembarcar em portos europeus para tentar melhores condições de vida e conseguir trabalho. De acordo com a PF-PE, o camaronês disse ainda que vive fugindo do seu país por ter matado um cachorro no país e por ser homossexual, sofrendo bastante perseguição. Ele foi escoltado por policiais militares e tem previsão de chegada ao Aeroporto de Duala, em Camarões, às 21h desta sexta-feira (24).

Com informações da assessoria

O juiz federal Vicente de Paula Ataíde Júnior, de Paranaguá, no litoral paranaense, considerou que houve ausência de provas contra o comandante do navio maltês Seref Kuru, Coskun Çavdar; e o liberou da acusação de tentativa de homicídio contra o camaronês Wilfred Ondobo Happy, que estava como clandestino no navio e alega ter sido jogado ao mar pela tripulação. Depois de 94 dias sob liberdade vigiada, Coskun embarcou na segunda-feira (1) para Istambul, na Turquia.

Os outros cinco marinheiros envolvidos no episódio, porém, tiveram as denúncias acatadas e serão levados a júri popular federal na cidade portuária. O júri está previsto para acontecer nos dias 23 e 24 deste mês. A situação mais complicada é a do imediato Orhan Satilmis, que será julgado pelos crimes de tortura e racismo, além de tentativa de homicídio. Os marinheiros Ihsan Sonmezocak, Mamuka Kirkitadze, Zafer Yildirim e Ramzan Ozdamar serão julgados por tentativa de homicídio. Enquanto aguardam o julgamento, os marinheiros e o camaronês permanecem sob liberdade vigiada.

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O caso teve início em junho, quando o Ministério Público Federal (MPF) recebeu a denúncia de que Ondobo, que viajava clandestinamente na embarcação, havia sido jogado ao mar, a 12 quilômetros da costa brasileira. Depois de ser resgatado pelo navio chileno Marine R., Ondobo disse que foi torturado, ficou em um pequeno compartimento preso e depois foi lançado ao mar em um "pallet" com uma lanterna e mais 150 euros entregues pela tripulação. Ele foi encontrado após 11 horas à deriva.

Logo após a denúncia, os 19 tripulantes (17 turcos e dois georgianos) ficaram sob escolta. Em agosto, 13 deles foram liberados e seguiram para seus países.

Não há prazo para os 19 tripulantes de origem turca, do navio maltês Seref Kuru, deixarem o Porto de Paranaguá (PR). Eles devem começar a ser ouvidos nesta semana pela Polícia Federal (PF) de Paranaguá, após serem denunciados por tentativa de homicídio depois que jogaram o soldador Ondobo Wilfred, 28 anos, de Camarões - que viajava clandestinamente na embarcação - em alto mar com 150 euros e um "pallet", pequena estrutura de madeira com boias para flutuar, a 15 quilômetros da costa brasileira. O navio também deve permanecer retido no porto até o caso ser esclarecido.

Após a conclusão do inquérito, o Ministério Público Federal (MPF) decidirá se acatará ou não a denúncia contra a tripulação, e caso isso aconteça, será o primeiro júri federal a ocorrer em Paranaguá. Segundo a assessoria da Procuradoria da República no Paraná, o processo deve estar pronto em até 15 dias.

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O camaronês está na cidade portuária há uma semana, quando foi resgatado (mas para evitar problemas na investigação veio à tona somente na quinta-feira). O local onde está, porém, tem sido mantido sob sigilo para evitar problemas na investigação, segundo a polícia.

O drama dele, no entanto, começou no Porto de Douala, em Camarões, quando embarcou no navio. Depois de oito dias ele foi descoberto e, segundo sua versão, foi torturado e apanhou durante três dias, antes de ser jogado no mar à deriva. Um navio chileno o encontrou e posteriormente o entregou às autoridades brasileiras.

A Polícia Federal (PF) do Paraná, em conjunto com o Ministério Público Federal, investiga a tripulação de um navio acusada de lançar ao mar um homem de 28 anos, vindo de Camarões, após tortura. Segundo a PF, o homem foi resgatado há cerca de um mês, em alto mar, há mais de 10 quilômetros da costa brasileira, mas procedimentos das investigações impediam a divulgação do caso.

O camaronês afirma ter deixado o país a procura de melhores condições financeiras. Ele embarcou clandestinamente em um navio com bandeira de Malta, no Porto de Douala, em Camarões. O homem afirma que não sabia qual destino teria o navio. Após seis dias escondido, o camaronês procurou a tripulação do navio de Malta. Segundo depoimento, ele afirma que foi trancado em uma sala da embarcação onde foi torturado e verbalmente agredido.

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Após outros quatro dias trancado no ambiente, a tripulação o abandonou em alto mar com uma lanterna, uma pequena quantia em dinheiro, sobre um pallet (espécie de estrado de madeira usado para movimentação de carga). Segundo delegado chefe da Delegacia da PF em Paranaguá, Gabriel Pucci, um navio proveniente do Chile encontrou o camaronês em alto mar e efetuou o resgate. O navio que salvou o homem entrou, então, em contato com as autoridades brasileiras para pedir autorização do desembarque do clandestino no Porto de Paranaguá.

Em depoimento, o homem disse ter colado uma fotografia sob a pia da sala onde ele teria sofrido as agressões. Com um mandado de busca e apreensão, agentes federais localizaram e concluíram a varredura na suposta embarcação na qual ele teria deixado Camarões. Pucci afirma que o clandestino foi muito específico ao detalhar o cenário de onde tinha sofrido as práticas violentas e a polícia pôde reconhecer o local. A fotografia continuava colada onde ele havia colocado, diz o delegado. A tripulação do navio nega a presença do camaronês.

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