Tópicos | campanha de 2012

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi indiciado pela Polícia Federal por uso de caixa 2 na campanha de 2012 ao comando da prefeitura da capital paulista. O inquérito é um desdobramento da Operação Lava Jato e acusa o petista de crime de falsidade ideológica eleitoral. Além dele, também foram indiciados ex-tesoureiro de campanha do PT João Vaccari Neto, o coordenador da campanha de Haddad à Prefeitura de São Paulo, Chico Macena, o ex-deputado pelo PT Francisco Carlos de Souza. 

As investigações foram deflagradas a partir da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, sócio da empreiteira UTC, que revelou ter sido procurado por Vaccari depois das eleições para pagar uma despesa deixada pela campanha referente a serviços gráficos custando R$ 2,6 milhões. O valor real seria de R$ 3 milhões, mas uma negociação feita pelo ex-diretor Financeiro da UTC Walmir Pinheiro conquistou o desconto para o pagamento à vista. 

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“Todo conjunto probatório colhido nos autos está a indicar que a prestação de serviços gráficos à campanha de Fernando Haddad por parte das empresas LWC e C NDIDO & OLIVEIRA GRÁFICA LTDA. em valores acima daqueles declarados à Justiça Eleitoral, bem como o pagamento pela prestação desses serviços via empresas de fachada e recebimento de numerário em espécie, com origem ilícita",  afirma o relatório entregue pela PF à Justiça Eleitoral nesta segunda (15). 

A gráfica utilizada era de um homem chamado Chicão, que até o momento não havia sido identificado, mas depois a PF certificou que se tratava do ex-deputado Francisco Carlos de Souza. Outras três pessoas ligadas a uma gráfica que prestou serviços para a campanha eleitoral de Haddad também foram indiciadas no mesmo inquérito. 

O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) rebateu, nesta quinta-feira (16), as afirmações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, de que ele teria pedido propina para financiar a campanha de Gabriel Chalita a prefeito de São Paulo em 2012. Em pronunciamento, no Palácio do Planalto, Temer classificou a delação premiada de Machado como “irresponsável, leviana, mentirosa e criminosa”. 

“Não deixarei passar em branco essas afirmações levianas que acabo de mencionar. Falo com palavras indignadas, para registrar mais uma vez que esta leviandade não pode permanecer”, pontuou o peemedebista, dizendo que a moralidade dele está acima do cargo que exerça ou venha a exercer.

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No depoimento, Sérgio Machado diz que se encontrou com Michel Temer na Base Aérea de Brasília em setembro de 2012 e que a conversa com o presidente interino “deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro, na forma de doação oficial para a campanha de Chalita”. 

Segundo o ex-presidente da Transpetro, o peemedebista estava com “dificuldades financeiras” para bancar a campanha. Para sanar o problema, Machado facilitou a doação de R$1,5 milhão em propina por meio de doação legal da empresa Queiroz Galvão.

Durante o pronunciamento, Michel Temer garantiu estar sóbrio, “como convém a alguém que neste momento conduz o país”. “Alguém que teria cometido não teria condições de presidir o país”, frisou. "No instante em que estamos fazendo um esforço extraordinário, surge um fato leviano como esse que pode embaraçar a atividade governamental. Mas quero registrar, nada embaraçará nossa missão... Nada impedirá que nós continuemos a trabalhar em prol do Brasil e do povo brasileiro”, acrescentou.

O peemedebista ainda elencou as ações que está praticando para “tirar o país da crise profunda” que encontrou e garantiu que se outras delações vierem a citar seu nome ele irá a público protestar contra. 

Veja o pronunciamento na íntregra:

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