Tópicos | Cápsula Dragon

A nova cápsula Crew Dragon da SpaceX foi capaz, neste domingo (3), de se acoplar automaticamente à Estação Espacial Internacional (ISS), confirmaram a NASA e a SpaceX durante uma transmissão ao vivo da operação.

"Acoplagem suave confirmada", anunciou a NASA, que acrescentou minutos depois: "Podemos confirmar que a captura total foi finalizada". O anúncio foi recebido com aplausos no Centro Espacial Johnson em Houston, nos Estados Unidos.

O contato ocorreu às 10h51 GMT (07h51 de Brasília), mais de 400 km acima da superfície da Terra, ao norte da Nova Zelândia, 27 horas após o lançamento da Dragon por um foguete SpaceX do Centro Espacial Kennedy.

A cápsula se aproximou progressivamente da estação, sincronizando sua velocidade e sua trajetória. Esta é uma primeira missão de demonstração, sem astronauta, antes de uma primeira missão tripulada prevista para este ano.

Com sua ponta aberta, em meio à escuridão do espaço, a cápsula se acoplou automaticamente à Estadção, onde estão atualmente a americana Anne McClain, o russo Oleg Kononenko e o canadense David Saint-Jacques.

Na imagem, o contato pareceu acontecer muito lentamente, enquanto a ISS e a cápsula avançavam paralelas a mais de 27.000 km/h na órbita da Terra.

"Outro passo que nos aproxima de nosso voo", reagiu o astronauta Bob Behnken, um dos escolhidos pela NASA para a primeira missão tripulada da Dragon.

Dragon transporta apenas um boneco, Ripley. A missão de teste, que está três anos atrasada em relação ao cronograma original, é um ensaio das condições reais para o próximo voo, que terá dois astronautas a bordo. A data oficial é julho, mas pode ser adiada.

Os engenheiros da SpaceX e da NASA querem garantir que o veículo seja confiável e seguro para os seres humanos. Eles também querem verificar se os quatro paraquedas, já testados muitas vezes, retardarão a queda no Atlântico.

Os sensores ligados a Ripley, nomeado em homenagem à heroína dos filmes Alien, vão medir as forças exercidas sobre os futuros passageiros.

A abertura da comporta pela tripulação da ISS está programada para 13H30 GMT (10h30 de Brasília).

Dragon permanecerá acoplada à ISS até sexta-feira, quando retornará à Terra para pousar no Atlântico, uma das etapas mais perigosas da missão.

Desde 2010, a NASA pagou mais de US$ 3 bilhões em contratos com a SpaceX para desenvolver este serviço de táxi, e US$ 4,8 bilhões para o grupo Boeing, que está desenvolvendo sua própria cápsula, a Starliner (teste programado para abril).

Cada uma terá que fazer seis viagens de ida e volta à ISS, sem contar os testes. Os grandes contratos são de 2014.

A SpaceX ocupa, desde 2014, a lendária plataforma de lançamento No. 39A do Kennedy Center, de onde partiram as missões Apollo para a Lua, e numerosos ônibus espaciais durante seus trinta anos de serviço.

Desde 2011, os astronautas vão para a ISS a bordo dos foguetes russos Soyuz. Eles devem aprender russo e treinar na Rússia.

Para a SpaceX, que tem garantido o abastecimento da Estação Espacial desde 2012, conseguir enviar astronautas à órbita seria uma consagração.

Mas, por precaução, no caso de nem a SpaceX nem a Boeing estarem prontas antes do final do ano, a NASA já reservou dois assentos na Soyuz para garantir o acesso à ISS até 2020.

A Dragon, cápsula não tripulada da empresa americana SpaceX, separou-se nesta quinta-feira (21) da Estação Espacial Internacional (ISS) para iniciar o retorno à Terra com 1,4 tonelada de carga, incluindo amostras de experimentos médicos e biotecnológicos.

A manobra para separar a Dragon, que estava acoplada à ISS desde 17 de abril para deixar duas toneladas de mantimentos e material para experimentos, foi realizada por um braço robótico operado pelo astronauta Scott Kelly, um dos seis membros da tripulação. A cápsula foi liberada, como estava previsto, às 11H04 GMT (8H04 de Brasília), informou a Nasa.

A Dragon foi colocada em órbita ao redor da ISS e dará três voltas para se afastar gradativamente da Estação. Às 15H49 GMT (12H49 de Brasília) deve acionar os motores de retropropulsão que ajudarão a reduzir sua velocidade de reingresso na Terra, antes de usar os paraquedas que devem apoiar a descida.

A cápsula deve cair no Oceano Pacífico, na altura da península de 'Baja California' no México, onde será recuperada por uma embarcação. Esta foi a sexta missão de abastecimento da Dragon de um total de 12 contratadas pela Nasa com a SpaceX, em um contrato de 1,6 bilhão de dólares.

Em 2012, a cápsula fez uma viagem de teste até a ISS e se tornou o primeiro aparelho de uma empresa privada a ser acoplado à Estação.

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