Tópicos | Carboidrato

A dieta cetogênica é mais uma estratégia nutricional que reduz em grande quantidade os carboidratos, e aumenta a ingestão de gorduras. É uma dieta restrita em calorias e variações de alimentos.

Atualmente existem outras dietas que reduzem os carboidratos, como a dieta Low Carb. Mas a principal diferença entre elas é que a cetogênica estimula a cetose, processo metabólico onde o organismo passa usar a gordura como principal fonte de energia, tomando o lugar do carboidrato.

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“Nem todas pessoas se beneficiam dessa estratégia nutricional. Mulheres grávidas e que estão amamentando não podem fazer essa dieta. Pessoas que retiraram a vesícula biliar e pessoas com problemas renais também não. Por isso, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar”, orienta a nutricionista Débora França.

Como funciona?

É necessário que a dieta seja composta por 75% de gordura, 15% de proteínas e de 5 a 10% de carboidratos. Vale lembrar que o cálculo exato é feito de maneira individualizada, levando em consideração a capacidade energética de cada um.

Os alimentos mais consumidos são os derivados do leite, como manteigas e queijos, óleos, carnes, peixes gordurosos, como atum e sardinha, frutas como abacate e açaí e algumas oleaginosas como amendoim, castanhas e  amêndoas.

Riscos

Débora apontou algumas consequências negativas, caso a dieta seja feita de maneira incorreta.

"Assim como as outras dietas, se for realizada sem acompanhamento de um nutricionista, ela pode causar riscos à saúde, como desidratação, hipoglicemia, vômitos, diarreias, alterações no humor, no sono, tonturas, tudo devido à baixa ingestão de carboidratos", alerta França.

As gorduras não são os principais "assassinos" do coração, mas sim os carboidratos, é o que diz um estudo apresentado nessa terça-feira (29) no Congresso Europeu de Cardiologia, que ocorre em Barcelona, na Espanha. A pesquisa "PURE" (Prospective Urban Rural Epidemiology), conduzida pela Universidade de Hamilton, em Ontário, no Canadá, foi publicada na revista científica "Lancet" e questiona dezenas de estudos e trabalhos científicos já debatidos até agora sobre a prevenção da saúde cardíaca.

De acordo com Mahshid Dehghan, pesquisador do Instituto de Pesquisa em Saúde da População da Universidade McMaster, "a redução da gordura não melhoraria a saúde das pessoas". No entanto, os benefícios resultariam da redução de glicídios, ou seja, carboidratos, e "do aumento da gordura total em até 35%".

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Os resultados das análises em mais de 135 mil indivíduos de 18 países de baixa, média e alta renda demonstram que a alta ingestão de carboidratos gera um grande risco de mortalidade cardiovascular".

A ingestão de gordura, de acordo com os dados, está surpreendentemente associada a menores riscos. As pessoas que mais consumiram gordura apresentaram uma redução de 23% no risco total de mortalidade, além de ter 18% a menos de chances de sofrer um acidente vascular cerebral.

Cada tipo de gordura foi associada a uma redução no percentual total dos riscos de mortalidade: saturada (-14%); monoinsaturada (-19%), poliinsaturadas (-29%). Entretanto, uma maior ingestão de gordura saturada também foi associada a uma redução de 21% no risco de um acidente cardiovascular (AVC). 

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