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Ele já chega apressado, falando com todo mundo e mostrando um pequeno carcará, que com um toque no botão o faz cantar. Nota-se que Carlos Alberto, de 60 anos, não passa despercebido em nenhum local de Salgueiro. Também pudera Carlão, como é conhecido, é o torcedor símbolo da equipe da cidade. Ele tem 18 camisas do clube, um mascote que carrega nas mãos e está em todos os jogos.
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“Adoro este clube, acompanho desde o início. Tenho cada modelo de camisa. Quando lançam uma, a primeira remessa é logo a minha. As meninas aqui da loja já sabem”, conta o funcionário público com orgulho, enquanto tinha seu nome chamado insistentemente por quem passava na rua em frente à Loja do Salgueiro.
E Carlão é um torcedor fiel, já foi para Recife, Natal e outras cidades acompanhar o Carcará. No entanto, ele não foi para o Rio Grande do Sul por conta do medo. Não do Internacional, o adversário, mas sim do meio de transporte que iria lhe levar ao sul do país.
“Eu tenho pavor a avião. Não acredito nessa história de que é o transporte mais seguro do mundo e posso lhe provar que não é. Nem para o aeroporto eu vou, para não correr riscos. Pensei em ir de ônibus ao Rio Grande do Sul, mas não daria tempo”, lamentou.
No jogo de ida não deu e ele até acredita que a equipe sertaneja perdeu porque ele não foi. Porém, em Salgueiro ele vai acompanhar a partida contra o Internacional. “Comprei três ingressos. Logo cedo venho ao estádio”, disse, antes de arriscar o placar. “Vai ser 3x0 e vamos vencer nos pênaltis. Mondragon vai ser o novo Magrão e vai pegar três pênaltis. Pode anotar”, afirmou Carlão.
O problema é que se o Salgueiro vencer, ele não sabe como vai reagir. “Minha netinha já disse em casa hoje que eu vou acabar a noite no hospital, caso o Carcará vença. Se eu for, vou feliz pelo Salgueiro”, concluiu.