Tópicos | Caso Beatriz

Na tarde desta terça-feira (19), por volta das 15h, os pais, amigos e familiares da menina Beatriz Angélica Mota, assassinada a facadas em dezembro, durante uma festa de formatura em Petrolina, Sertão pernambucano, foram recebidos pelo governador Paulo Câmara. A intenção da conversa foi cobrar agilidade nas investigações sobre o crime.

De acordo com Denilira Cavalcante, amiga da família, a reunião foi finalizada no início da noite e o sentimento dos que participaram foi de esperança. “Saímos de lá bastante satisfeitos. O governador se comprometeu em investigar o caso com todos os recursos necessários como tecnológicos e de inteligência, assim como buscar alternativas para o desfecho das investigações e informou que até o final desta semana já devemos ter novidades”. 

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Ainda segundo Denilira, estava presente na ocasião Alessandro Carvalho, secretário de defesa social, que também tratou o assunto de forma específica. Por conta disso, a amiga da família informou que os pais de Beatriz se mostraram satisfeitos com o que foi discutido na reunião. “Os pais ficaram otimistas e estão esperançosos com o desfecho do caso”, explicou.

Abaixo-assinado

Foram captadas 20 mil assinaturas de pessoas com interesse de que se tenha o desfecho do caso e documento foi entregue às autoridades durante a ocasião. Segundo Denilira, essa é uma das ações realizadas para que o caso não seja esquecido e fique sem finalização.     

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Na última quarta-feira (1), foi publicado o segundo vídeo no canal do YouTube “Beatriz Clama por Justiça”, criado por familiares da criança vítima de um assassinato brutal, no dia 10 de dezembro de 2015, em Petrolina, Sertão de PErnambuco. No vídeo, a mãe da criança, Lúcia Mota Menezes, cobra que o Ministério Público Federal (MPF) investigue o comportamento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Após o apelo, o órgão em Pernambuco se pronunciou através de nota à imprensa. O MPPE explica que “entende a dor dos familiares da criança Beatriz da Mota Menezes e esclarece que apesar da vontade e esforços envidados pela Instituição e especificamente pelo promotor de Justiça com atuação no caso, para elucidação do crime, o órgão ministerial tem justamente a função de velar pela legalidade do procedimento e o respeito aos direitos e garantias fundamentais de todos e de cada cidadão e às instituições democráticas, mesmo diante do clamor da sociedade e mídia, sob a pena da investigação se transmudar em arbítrio”.

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Quanto ao esforço feito pelo órgão, é apontado que tem sido realizada uma busca incessante por uma atuação conjunta com a polícia judiciária, tendo o “cuidado de não ferir a independência da atuação ministerial para a garantia da legalidade nem se revelar prejudicial à atividade da polícia judiciária, que detêm a atribuição investigativa”. No entanto, o MPPE revele ter limitações, mas garante requisitar à autoridade policial diligências imprescindíveis à investigação e tem e ainda tem participado pessoalmente de diligências em conjunto com os investigadores.

Para finalizar o documento, o MPPE diz ter consciência da sua responsabilidade diante do caso, mas também sabe das limitações materiais do aparato de Justiça e Segurança. Diante disso, “tem atuado com afinco, junto às demais instituições, para a elucidação do caso, tendo, como adrede declinado, conseguido contribuir para a consecução da quase totalidade das diligências requeridas pela investigação, outorgando à polícia Judiciária todas as condições para o esclarecimento da autoria delitiva”.

O caso da menina Beatriz, de sete anos, assassinada a facadas no dia 10 de dezembro de 2015 dentro de um colégio, continua sem solução. Em um vídeo publicado no Youtube, a mãe da criança, Lúcia Mota, acusa a escola de negligência e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de omissão.

Publicado na quarta-feira (1º), este é o segundo vídeo do canal “Beatriz Clama por Justiça”, criado por familiares para fazer as devidas críticas e informar sobre o avanço das investigações. 

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Bastante emocionada, Lúcia apresenta documentos revelando que o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, de Petrolina, não possui atestado de regularidade do Corpo de Bombeiros. A mãe também mostra documentos assinados pela Secretaria de Segurança Pública e pela Polícia Militar afirmando que o colégio não informou do evento que haveria na instituição. Beatriz foi assassinada durante uma festa de formatura que reuniu quase três mil pessoas. “Vocês assumiram o risco”, diz Mota.

A mãe de Beatriz também faz um apelo ao Ministério Público Federal (MPF) para que investigue o comportamento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no caso. Segundo Mota, o MPPE tem sido omisso e tem indeferido pedidos do delegado à frente do caso e da polícia sem as devidas justificativas. “Faço um apelo ao Ministério Público Federal que reveja esses pedidos que foram solicitados pelo delegado. Por favor, fiscalizem. Todos os erros cometidos é porque o Ministério Público de Petrolina só se preocupa em denegrir a imagem da polícia”, diz aos prantos. 

O Portal LeiaJá entrou em contato com o escritório de advocacia de Clailson Ribeiro, que responde pelo Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. O advogado não está disponível no momento. O LeiaJá também indagou ao MPPE se pretende se posicionar sobre as acusações e aguarda resposta. 

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O delegado de Petrolina, Marceone Ferreira, responsável pelo caso Beatriz, convocou coletiva de imprensa na noite desta terça-feira (29), na sede operacional da Polícia Civil, área central do Recife. Durante a ocasião, novas informações foram repassadas sobre o assassinato. O fato aconteceu no dia 10 de dezembro, durante uma festa de formatura na quadra do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no sertão do estado. A criança levou 40 brutais facadas. 

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De acordo com o delegado, três chaves que dariam passagem para o locais próximos ao ginásio da festa estão desaparecidas. Com isso, as possibilidades de qual foi o local exato do crime foram reduzidas. Além disso, quem matou a menina Beatriz só teria uma rota de tráfego, em frente ao palco da festa; no entanto, a falta de imagens (não há circuito de vigilância) dificulta as investigações.

Estão sendo analisadas imagens dos profissionais de vídeo e fotografia que registravam a festa, além das imagens do evento feitas pelos convidados. Ainda segundo as investigações, cinco personagens são suspeitos e todos pertencem ao quadro de funcionários da escola. "Cinco pessoas estão entre os suspeitos e todos apresentam mentiras durante o depoimento. O que há em comum é que todos são funcionários da escola", explica o delegado.

Foram ouvidas mais de 100 pessoas e, dentre elas, nove testemunhas dizem ter visto o suspeito do retrato falado no local onde o corpo da criança foi encontrado. Uma delas contou que cruzou com Beatriz enquanto ela descia as escadas para a área do bebedouro. Outra, de acordo com imagens, desceu as escadas vinte e nove segundos após a vítima e ao chegar no local do bebedouro, ela já não estava mais lá.

Apesar disso, as investigações apontam que a escolha da vítima foi feita de forma aleatória. "Uma outra criança foi convidada a ir em uma sala buscar uma mesa, mas correu de volta para a mesa onde se encontravam os pais", detalha o delegado.

Segundo as informações, Beatriz não foi atraída até o local da morte. A mãe havia permitido sua ida ao bebedouro, no entanto, fez o pedido para que voltasse rápido para assistir a entrega do diploma da irmã que estava se formando. Diante dos acontecimentos da celebração da festa, a mãe somente deu conta da falta da menina após vinte minutos. 

As investigações apontam que todo o processo da chegada da menina ao local do bebedouro, sua morte e a limpeza do local aconteceu em vinte minutos. "Esse caso ainda está cercado de mistérios", aponta o delegado. 

O Disque-Denúncia Pernambuco está oferecendo uma recompensa de até R$ 5 mil para quem tiver informações sobre a morte de Beatriz Mota, de sete anos. Ela foi assassinada a facadas no dia 10 de dezembro durante festa no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. 

A campanha foi lançada em Petrolina na última sexta-feira (15). “Precisamos despertar na população a atenção para este caso. Assim como outros ao longo dos mais de 15 anos do Disque-Denúncia em Pernambuco, informações anônimas podem ser a chave para solucionar o crime e encontrar os culpados”, disse o coordenador do Disque-Denúncia no interior Alexandre César. 

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Quem tiver informações pode ligar para o Disque-Denúncia através do telefone (81) 3719-4545, no interior do Estado, ou (81) 3421-9595 na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata Norte. As informações também podem ser repassadas pelo site. O anonimato é garantido.

Polícia - Na última quinta-feira (14), o chefe da Polícia Civil Antônio Barros e o secretário executivo de Defesa Social Rodrigo Bastos estiveram em Petrolina para uma reunião com todos os delegados do município. Um dos objetivos do encontro foi discutir as estratégias de investigação para o caso. 

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