A noite desta quarta-feira (21) foi agitada em Caruaru, Agreste de Pernambuco. Nem mesmo um apagão geral, que atingiu diversos estados do Brasil, tirou o foco da semifinal do campeonato estadual, entre Central x Sport. No Lacerdão, por conta da boa campanha alvinegra, a Patativa mediu forças com o Leão. Valente, o time alvinegro conseguiu inutilizar as armas dos rubro-negros e conquistou uma classificação histórica à sua primeira final no Campeonato Estadual.
Central defende e aperta melhor
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Em um clima de festa do interior, os rubro-negros sabiam que não teriam vida fácil no campo adversário. O que ficou ainda mais evidente nos primeiros lances de perigo da partida. Foi já aos 14 que Charles cobrou falta pela direita e a bola passou pelo meio de todo mundo antes de Magrão aparecer para afastar. Quatro minutos depois, Leandro Costa levantou a bola na área e Júnior Lemos apareceu para cabecear por cima da meta rubro-negra. A resposta veio aos 23 em cruzamento de Marlone que Léo Ortiz desviou para a defesa em dois tempos do goleiro França, um pouco desajeitado.
Melhor no começo de jogo, a Patativa assustou novamente aos 27, em lance que ninguém do Sport afastou e Vitão emendou um chute forte de fora da área. Bem colocado, o 'camisa 700' conseguiu encaixar. O jogo passou a ser mais travado no meio de campo. Principalmente porque o Central estava bem posicionado e o ataque leonino sofria para encontrar os espaços, sempre sobrando um contra-golpe ou outro em especial, pelo lado direito. Além da própria dificuldade em criar jogadas, quando o lance chegava no último terço, faltava inspiração para o último toque, ou finalização.
Não espanta que o último lance do rubro-negro no primeiro tempo tenha sido uma cabeçada em vão de Índio. Por sinal, também foi a tentativa derradeira do atacante em campo.
Improdutivo, Leão só assiste a própria eliminação
Como um replay do primeiro tempo, a Patativa recomeçou a partida apertando, e muito, a defesa leonina. Logo aos três minutos, Júnior Lemos recebeu na entrada da área e soltou o pé. A bola desviou e quase traiu Magrão, passando ao lado da trave direita. No escanteio, o cabeceio passou por cima da barra. No contra-ataque, Everton Felipe até livrou bem o primeiro marcador, mas na hora de lançar Thomás pecou pelo excesso de força, desperdiçando uma boa oportunidade. Era um jogo equilibrado, porém as melhores chances eram do time caruaruense, o que deixava a torcida rubro-negra cada vez mais apreensiva.
Nas laterais do campo, imprimindo velocidade, o Leão tentava encontrar uma oportunidade de finalizar em gol, porém foi o alvinegro quem abriu o placar. No contra-ataque rápido, aos 14, a bola lançada na área bateu em Leandro Costa e sobrou para Itacaré dividir com Magrão, devolvendo para o atacante balançar as redes; 1x0. Era uma tragédia anunciada e o Sport ia precisar correr para evitar um vexame histórico, afinal, mais do que nunca, o relógio virou inimigo do time da capital. Com várias paralisações, a partida chegou aos 30 de maneira tão rápida que o time rubro-negro nem se deu conta.
O fim de jogo seria tenso. E de muita pressão pelo empate do Sport. Já aos 42, Ronaldo Alves tentou chute de longe e mandou perto da trave esquerda de França. Sem querer mais jogo, o Central afastava qualquer bola recuperada para ganhar mais tempo, ciente de que haveriam acréscimos além do usual por conta das paralisações. Foi quando a torcida 'entrou em campo'. Eram as vibrações a cada lance salvo pelo goleiro ou defensores levantaram o ânimo dos atletas centralinos. Enquanto que no nervosismo, Fellipe Bastos era expulso, complicando ainda mais para o time do Leão. Dá para imaginar a festa quando o árbitro deu fim ao jogo que colocou o Central em sua maior campanha em Pernambucanos, finalista com méritos.
Sport, eliminado espera agora o início do Brasileirão, pois ficou sem competições para disputar. Pior para Magrão, que em seu jogo de número 700, viu seu time sofrer uma das eliminações mais vexaminosas.
FICHA DE JOGO
Campeonato Pernambucano - semifinal (jogo único)
Local: Estádio Luiz Lacerda, em Caruaru
Central: França; Eduardo Gago, Danilo Quipapá, Vitão e Charles; Douglas Carioca (Graxa), Fernando Pires, Eduardo Erê e Júnior Lemos (Issa); Leandro Costa e Itacaré (Lucas Silva). Técnico: Mauro Fernandes.
Sport: Magrão; Raul Prata, Ronaldo Alves, Leo Ortiz e Sander (Capa); Anselmo, Neto Moura (Fellipe Bastos), Thomás e Marlone; Gabriel e índio (Everton Felipe). Técnico: Nelsinho Baptista.
Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro - MG
Assistentes: Guilherme Dias Camilo - MG / Neuza Inês Back (SC)
Gols: Leandro Costa (CEN)
Cartões amarelos: Douglas Carioca, Eduardo Erê Júnior Lemos (CEN) / Anselmo, Thomás e Fellipe Bastos (SPT)
Cartões vermelhos: Fellipe Bastos (SPT)
Público: 8.530 torcedores
Renda: R$ 189.030,00