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A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) espionou cerca de 56 mil comunicações eletrônicas, no período de 2008 a 2011, de cidadãos sem ligações com o terrorismo. A informação está em documento oficial, preparado pela direção da agência, confirmando a interceptação de dados.

O gabinete do diretor nacional do serviço de informações, James Clapper, publicou ontem (21) documento, de 86 páginas, em que detalha a forma como a agência interceptava dados que violam a privacidade de pessoas, sem relação com o terrorismo, levando a instituição a mudar a forma de coleta de informações eletrônicas.

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A publicação do documento ocorre depois de o governo norte-americano decidir desclassificar as decisões do tribunal federal, que define e autoriza as operações de vigilância, assim como analisa a legalidade dos programas de espionagem.

As deliberações do tribunal são normalmente secretas (classificadas), mas a mudança para revelar os documentos surge em meio às denúncias de Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços à NSA e que divulgou o esquema de espionagem.

Com base no extinto programa, a NSA desviava grandes volumes de dados internacionais que circulavam por fibra ótica nos Estados Unidos, supostamente para filtrar as comunicações estrangeiras. Porém, a agência indicou dificuldades para separar os e-mails dos norte-americanos e a estimativa é que tenha recolhido cerca de 56 mil comunicações domésticas todos os anos.

A NSA recolhia entre 20 milhões e 25 milhões de correios eletrônicos por ano, por intermédio desse programa, dos quais cerca de 56 mil eram classificados como domésticos, representando comunicação de cidadãos norte-americanos ou residentes nos Estados Unidos sem ligações com o terrorismo.

Em 2011, o tribunal federal, criado pela Lei de Vigilância e Inteligência Estrangeira, considerou o programa inconstitucional. “A aquisição desse tipo de comunicação obviamente não ajuda ao objetivo do governo de ‘obter, produzir e disseminar informação de inteligência estrangeira’”, destacou o juiz John Bates, do tribunal federal, segundo o documento desclassificado.

De acordo com a NSA, o que houve foi um problema técnico e não uma deliberada invasão de privacidade. Em 2012, a agência apagou todos os correios eletrônicos de cidadãos norte-americanos que tinha recolhido por esse método.

O documento judicial foi publicado com outros igualmente desclassificados e está disponível na páginahttp://icontherecord.tumblr.com, criada pelo gabinete do diretor nacional da NSA na tentativa de aumentar a transparência sobre os programas de espionagem nos Estados Unidos. Há menos de duas semanas, o presidente norte-americano, Barack Obama, avisou sobre a criação da página.

 

Os cidadãos estão contribuindo cada vez mais com as tarefas do governo, visando minimizar os problemas e melhorar a qualidade de vida da população, através dos aplicativos para dispositivos móveis. Essa discussão foi tratada por diversos palestrantes envolvidos no assunto, através de um fórum que contou com a participação dos campuseiros, no Palco Principal da Campus Party.

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O diretor Presidente da Emprel, Eugenio Antunes, envolvido no concurso Cidadão Inteligente, em parceria com a prefeitura do Recife, Gustavo Maia, que está na frente da rede social Colab, site colaborativo para a cidadania estiveram presentes no debate.

Também estiveram na discussão o professor da UFPE Kiev Gama, que é um dos coordenadores do concurso Hackathon, Eduardo Oliveira, que trabalha como engenheiro de sistemas no C.E.S.A.R desde 2004 e Cristiano Coelho, professor do Cin-UFPE.  Os convidados debateram sobre a importância dessas iniciativas para a população e indicaram que ela é realmente comprovada com boa receptividade do público.

 

Em meio à divulgação de informações de que, nos Estados Unidos, o governo monitora telefonemas e e-mails, as autoridades brasileiras defendem a ampliação das discussões sobre o tema, sob a ótica do interesse dos cidadãos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar da Silva Nunes, disse à Agência Brasil que os debates devem ser em nível multilateral e não bilateral.

“Participamos das discussões, observando os interesses dos cidadãos, com os focos na segurança, na democratização e na privacidade”, ressaltou o porta-voz, ressaltando a importância dos debates em torno do marco civil da internet. O marco civil da internet é uma iniciativa para regular o uso da rede no país, por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres, detalhando as diretrizes para usuários e do Estado.

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O assunto é controvertido em vários países e está em tramitação na Câmara uma proposta sobre o tema. O texto faz menção à privacidade, identificação dos usuários, retenção de dados, a função social da rede e responsabilidade civil de usuários e provedores.

No último dia 12, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo brasileiro está preocupado em decorrência das denúncias sobre a existência de um programa que permite aos serviços de segurança dos Estados Unidos monitorar telefonemas e e-mails. Segundo ele, há uma série de aspectos que devem ser esclarecidos. Ele defendeu a liberdade na internet e o direito de seus usuários à privacidade.

“Para o governo brasileiro, essas notícias são preocupantes”, disse Bernardo, na abertura de um evento promovido pela Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), em São Paulo. “Não vou me meter nas questões dos Estados Unidos, que têm suas preocupações com segurança, como nós aqui também temos. Acho, contudo, que há uma série de questões que precisam ser respondidas”.

No último dia 7, os jornais The Guardian (britânico) e The Washington Post (norte-americano) publicaram informações de que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (do inglês, NSA) e o Escritório Federal de Investigação norte-americano (cuja sigla é FBI) tiveram acesso direto ao banco de dados de empresas de internet e telefonia.

Após a divulgação das informações, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, manifestaram-se. As empresas citadas nas reportagens negaram conhecimento sobre a existência do Programa Prism (sigla em inglês para Métodos Sustentáveis de Integração de Projetos). O programa secreto permite à NSA se ligar aos servidores das empresas para consultar informações sobre os utilizadores.

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