Foram cinco horas e meia de emoção. A berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré entrou na Praça Santuário às 11h30, diante de milhares de fiéis que se emocionaram com a chegada da Virgem. A devoção superou as adversidades, desde a saída, por volta de 6 horas, da Catedral: o cansaço, o empurra-empurra, o calor de 36 graus com sensação térmica de quase 40 e a união de 2 milhões de pessoas. Estava encerrada a grande procissão do 223º Círio, a maior festa católica dos paraenses, com seus 3,7 quilômetros de caminhada para reverenciar a santa padroeira.
A imagem peregrina subiu ao altar da Praça Santuário, na frente da Basílica de Nazaré, para duas semanas de homenagens e orações dos devotos.
##RECOMENDA##A chegada ficou dentro das expectativas da Diretoria da Festa de Nazaré. Mesmo com os problemas que ocorreram quando promesseiros cortaram a corda que puxa a berlinda, bem antes da Praça Santuário, o horário de término da romaria foi considerado bom pelos organizadores e garantiu tranquilidade para outro momento importante da celebração nazarena: a confraternização das famílias à ceia do almoço tradicional, com o pato no tucupi, a maniçoba e outras iguarias típicas da gastronomia regional.
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Abençoada pelo papa Francisco, a procissão do Círio mobilizou cerca de dois milhões de romeiros, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Desde sexta-feira, quando da saída do Traslado da imagem de Nossa Senhora de Belém para Ananindeua, município da Região Metropolitana, e depois nas romarias Rodoviária, Fluvial e Motorromaria, os católicos manifestaram, nas ruas, sua devoção mariana.
Para agradecer pelas bênçãos recebidas ou clamar por perdão, os fiéis não pouparam sacrifícios. Na Praça Santuário, carregavam nos olhares contritos, nas lágrimas e nos pés descalços, muitos de joelhos, o sentimento de alegria pela chegada e a certeza do dever cumprido.