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A Câmara dos Deputados e o Senado realizam, na manhã desta terça-feira (29), uma reunião da comissão geral para debater os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis no Brasil, que resultou em uma crise com a paralisação das atividades dos caminhoneiros. A greve, apesar de acordos firmados com o Governo Federal, já está no nono dia. O movimento tem resultado no desabastecimento de diversos setores do país. 

Os ministros de Minas e Energia, Wellington Franco; e da Fazenda, Eduardo Guardia, foram convidados para participar do debate no Plenário da Câmara. Além de representantes da Petrobras, de distribuidoras, de postos e especialistas do setor. 

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Os constantes aumentos dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha chamaram a atenção do Parlamento brasileiro. Os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia, anunciaram que vão reunir deputados, senadores, autoridades e especialistas do setor para um debate sobre o tema no dia 30 de maio.

Trata-se de uma Comissão Geral, prevista no artigo 91 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que permite a interrupção dos trabalhos ordinários da sessão plenária para debater assunto considerado relevante, discutir projeto de lei de iniciativa popular ou receber algum ministro de Estado.

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Segundo o Regimento, pode haver no máximo dois convidados indicados por partido ou bloco, cuja lista deverá ser divulgada pela Mesa com, no mínimo, 24 horas de antecedência. Neste caso, Rodrigo Maia já anunciou que serão chamados representantes da Petrobras, de distribuidoras, de postos, do governo, além de especialistas.

A intenção, segundo Maia, é buscar ações para enfrentar as causas que encararem os combustíveis, impactando diretamente na vida da população brasileira.

Nas redes sociais, o deputado publicou mensagem dizendo que o governo federal deve, a curto prazo, avaliar a possibilidade de zerar a Cide e reduzir o PIS/Cofins sobre os combustíveis. Os estados, segundo ele, dever avaliar a questão do ICMS. "São ideias de políticas compensatórias para enfrentar o momento atual. E estão distantes do congelamento de preços que vimos no passado", afirmou.

Na manhã desta segunda-feira (21), os chefes do Legislativo divulgaram uma nota conjunta:

“As sucessivas elevações dos preços dos combustíveis  - sobretudo da gasolina, do diesel e do gás de cozinha - levam os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados a chamar uma Comissão Geral conjunta, no Congresso, em 30/5, para debater e mediar saídas que atendam aos apelos da população.

O preço dos combustíveis, no nível em que se encontra,  impacta negativamente o dia a dia dos brasileiros.

Petrobras, distribuidoras, postos, governo e estudiosos do setor serão convidados a propor e buscar ações imediatas diante da crise geopolítica global que encarece os combustíveis”.

Eunício Oliveira, presidente do Senado Federal

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados

*Das Agências Senado e Câmara

O ministro das Minas e Energias, Eduardo Braga, minimizou o risco de racionamento de energia nos próximos meses. Durante comissão geral sobre a crise hídrica e energética na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (4), ele disse que apesar da situação grave que o país enfrenta, o "risco de racionamento é administrável".

Segundo dados apresentados por ele, o nível de chuvas registrado no início do ano é o pior já registrado nos últimos anos, embora a situação de abastecimento ainda seja melhor que o registrado em 2001, quando o risco de racionamento chegou a 14,8%, bem acima da meta máxima para o sistema, que é de 5%. O índice atualmente é de 6,1%.

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Braga disse que, mesmo com pouca chuva, a segurança do abastecimento se deve aos investimentos feitos no sistema elétrico. "Mesmo estando com os reservatórios abaixo dos níveis de 2001 (no Sudeste chega à metade), estamos conseguindo manter o fornecimento de energia, em função da robustez do sistema e da segurança energética”. Ele destacou o investimento em usinas térmicas, biomassa, energia eólica e geração fotovotáica (solar).

O ministro lembrou ainda que o sistema de produção e transmissão de energia será ampliado, com a conclusão das 105 obras em andamento e realização dos chamados "leilões de energia". O próximo está previsto para abril.

Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, a crise energética é grave e o governo deve preparar um plano de racionamento que contenha regras para redução de consumo, com benefícios e penalidades para os consumidores. Já o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Argileu Martins, disse que o problema no abastecimento de água deveria ser prioridade. “Se estivéssemos olhado para a crise hídrica, não teríamos crise energética”, disparou.

Código Florestal

Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, Sarney Filho, sustentou que uma das medidas a serem tomadas é redefinir as Áreas de Preservação Permanentes (APPs). "Já existem propostas em análise na Câmara que redefinem as APPs com limites maiores do que os definidos no atual Código Florestal. Precisamos de mais matas em beira de rio para nos proteger de situações como essa”, defendeu.

Aldem Bourscheit, especialista em Políticas Públicas convidado para a comissão, também criticou a norma em vigor. “No campo da política pública, a implantação do novo Código Florestal foi um retrocesso no que se refere à proteção de nascentes, beiras de rio e cursos d’água”, destacou.

A Câmara dos Deputados reúne-se nesta quarta-feira (4) em comissão geral para discutir a crise hídrica e energética no País. Um dos convidados para o debate é o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Também poderão ser ouvidos representantes de Agência Nacional de Águas (ANA), da Secretaria de Recursos Hídricos de São Paulo (Sabesp) e de outras instituições.

O Brasil detém 12% da água doce do planeta e abriga grandes bacias hidrográficas, como a do rio Amazonas (a maior do mundo), mas diversos estados têm enfrentado sérios problemas de abastecimento. O caso mais greve é o de São Paulo, onde ainda não foi totalmente descartada a hipótese de rodízio de água.

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“A falta de água afeta uma grande população da Região Sudeste neste momento. Há causas que precisam ser debatidas”, disse o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Essa lamentável situação tem relação direta com aspectos estruturais e conjunturais”, salientou o líder do PV, deputado Sarney Filho (MA).

Crise

O Brasil detém 12% da água doce do planeta e abriga grandes bacias hidrográficas, como a do rio Amazonas (a maior do mundo), mas diversos estados têm enfrentado sérios problemas de abastecimento. O caso mais greve é o de São Paulo, onde ainda não foi totalmente descartada a hipótese de rodízio de água.

Com informações da Agência Câmara.

Enquanto o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), defendeu e citou as ações realizadas nas cidades atingidas pela seca durante Comissão Geral realizada nesta quarta-feira (8), o deputado federal Paulo Rubens (PDT-PE), criticou a falta de agilidades. O debate ocorreu na Câmara Federal dos deputados em Brasília.

Visto como um dos principais interlocutores da presidente Dilma Rousseff (PT), principalmente no que diz a respeito ao Nordeste, Fernando Bezerra elencou algumas obras e investimentos por parte do governo. No entanto, o parlamentar de Pernambuco afirmou que é preciso a criação de um sistema nacional de enfrentamento à seca. “Não temos um sistema nacional que congregue a União, estados e municípios na assistência técnica, na garantia ao crédito e no acesso a terra”, cobrou.

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Para o pedetista, o sistema precisaria ter metas claras previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA) para ser possível cobrar dirigentes de governo e órgãos. “Temos metas para o superávit, para o câmbio, mas não para o semiárido”, frisou.

Rubens criticou a demora da liberação dos recursos enviados pelo governo para lidar com a seca e reclamou ainda do Ministério da Integração Nacional pelo bloqueio de despesas no Orçamento. “A seca é a única questão em que a política de governo não dá certo e fica tudo no mesmo lugar. Se a seca atingisse a indústria automobilística ou o agronegócio, isso seria diferente”, alfinetou.

*Com informações da Câmara

A seca no Nordeste será o foco de debates na próxima quarta-feira (8) na Câmara. Parlamentares e representantes do governo federal vão avaliar medidas eficazes para amenizar os efeitos da estiagem que neste ano atinge mais de 1415 municípios.

Para isso, a sessão plenária será transformada em comissão geral. Nesse caso, além dos parlamentares, os especialistas convidados para a ocasião também poderão falar na tribuna do plenário.

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A comissão geral foi proposta pelo deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB), que sugeriu o convite ao diretor do Instituto Nacional do Semiárido, Ignacio Hernán Salcedo. O deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) destacou que pesquisas científicas podem contribuir para ações mais eficazes.

Também deverá estar presente o presidente do Banco do Nordeste, Ari Joel Lanzarin, para falar sobre a questão do crédito ao agricultor. “Com o ritmo em que estão sendo feitas as execuções no Nordeste, brevemente haverá apenas um grande latifúndio pertencente aos bancos”, criticou o deputado Alexandre Toledo (PSDB-AL), referindo-se às dívidas dos produtores rurais.

Outro ponto importante a ser discutido é a transposição do Rio São Francisco. "Nós precisamos saber quando vamos poder contar com essa água da transposição”, disse Gadelha. Foi convidado ainda o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

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