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Um ''banquetaço'' em defesa das políticas públicas voltadas à alimentação saudável ocorreu simultaneamente, nesta quarta-feira (27), em mais de 16 cidades em todo Brasil. Reivindicando a manutenção do CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), extinto pelo Governo Nacional no início de janeiro, a iniciativa distribuiu mais de 15 mil refeições, a maioria preparada com produtos da agricultura familiar e agroecologia.

Em Pernambuco, a ação começou às 12h, na Avenida Martins de Barros, na região Central do Recife. No local foi oferecido um cozido pernambucano vegetariano, produzido por alunos do Senac, para a população em geral. A coordenadora local de comunicação do banquetaço, Sofia Hunka, afirmou que a perda do CONSEA extingue a ligação entre o povo e os políticos em relação a alimentação, o uso de agrotóxicos e enatizou a relevância da nutrição. "Para todos terem o direito de ter uma comida boa na mesa. Para ninguém mais morrer por agrotóxicos, e para que todos agricultores familiares também tenham o nosso reforço e de toda população", reafirmou a importância do banquetaço.

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Quem experimentou o cozido vegano aprovou e até repetiu. "Foi uma interação muito legal. Eu vi trabalhadores comendo um alimento saudável, feito ela agricultura familiar do Estado. Atos como esse são importantes, já que não podemos perder esse conselho que, ao longo dos anos, fez coisas importantíssimas", pontuou a jornalista Katarina de Angola. A dona de casa Maria Cristina também aprovou a refeição: "Foi muito bom, a gente veio de Dois Unidos e foi muito divertido participar". O morador de rua Gesiel Santana se surpreendeu com o sabor da comida feita sem proteína animal. “Cheguei agora, mas tá muito legal. A comida está deliciosa e saudável, só verduras”, finalizou.

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O presidente do Conselho Regional de Nutrição (CRN6), Hilário Damásio, acredita que a intenção é retomar um dispositivo para fomentar as políticas públicas alimentares e reforçar a importância da alimentação saudável. "Diante do arcabouço que a gente se encontra, com o aumento de doenças crônicas e obesidade, tem que existir no Brasil a tramitação de políticas públicas que abordem a segurança alimentar e a nutrição no país", enfatizou. A voluntária e nutricionista Stefane Rocha atestou a relevância de ações solidárias como essa, “a gente veio ficar junto nessa luta, ajudando a população e lutar pelas nossas causas”, e complementou, “é muito legal ver que eles estão gostando”.

Por Waleska Andrade

Cerca de 15 mil refeições serão distribuídas nesta quarta (27), em todo o país. O 'Banquetaço' é um movimento político suprapartidário em defesa da boa alimentação e pretende chamar a atenção da população e dos políticos para a importância da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. A maior parte dos alimentos distribuídos serão preparados com produtos da agricultura familiar e agroecológica.

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Esta edição vai pedir a manutenção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA, extinto pelo atual governo, através da Medida Provisória Nº 870/2019, no primeiro dia do ano. Segundo Glenn Makuta, representante da Associação SlowFood Brasil e um dos organizadores do Banquetaço, o evento "É um banquete coletivo e solidário, que pretende alertar para a fome, o excesso de agrotóxicos e outras substâncias nocivas".

No Recife, o evento acontece das 12h às 15h, na frente do Armazém do Campo, localizado na Avenida Martins de Barros, 387, no bairro de Santo Antônio. O Banquetaço estará oferecendo um cozido pernambucano vegetariano. Haverá programação de artística e cultural, além de grafitagem com Bozó Bacamarte, Galo de Souza, Rafa Mattos, e Raoni Assis.

Serviço

Banquetaço

Quarta (27) | 12h às 15h

Avenida Martins de Barros, 387 - Santo Antonio, Recife (em frente ao Armazém do Campo)

Gratuito

*Com informações da assessoria

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom nesta quinta-feira (5) e disse que não vai mais admitir que corruptos o acusem de corrupção. Durante discurso de quase uma hora na 5º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o petista também criticou a oposição por pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Não vou mais admitir que corrupto me chame de corrupto porque todos esses que ficam nos acusando, se colocar um dentro do outro, não dá 10% da minha honestidade", afirmou Lula durante o evento promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), do qual é presidente de honra.

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O ex-presidente conclamou a militância a reagir às críticas de corrupção que ele o PT vêm sofrendo. Sem citar qualquer investigação específica, Lula destacou que os escândalos de corrupção estão vindo à tona atualmente não porque começaram só agora. "É porque tem um governo que está apurando mais do que eles apuravam antes", ressaltou.

O petista reconheceu que a presidente Dilma Rousseff não vive o melhor momento de seu governo, mas ponderou que a dificuldade não é apenas dela. "É nossa, é do Brasil, é do mundo", disse, emendando: "Nós temos que ajudar. Quando as coisas não estão bem é que temos que assumir a postura."

Lula avaliou que, ao pedir o impeachment de Dilma, a oposição quer "derrubar um projeto que teve sucesso neste País". Segundo ele, os ataques que ele vem sofrendo "não são à toa". Para ele, a oposição quer derrubá-lo pelo medo de que ele volte à Presidência nas eleições de 2018.

A presidente Dilma Rousseff voltou a garantir que não permitirá cortes no Bolsa Família, uma das bandeiras do governo do PT. Durante discurso na 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, evento organizado pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Ela afirmou que o País passa por um momento temporário de ajuste e que levará o Brasil para condições econômicas melhores. "Passamos, hoje, por momento de ajustes, necessário para organizar nossa situação fiscal, reduzir a inflação e recuperar economia", afirmou.

Dilma ainda disse que as escolhas que têm sido feitas neste momento de ajuste foram no sentido de evitar impactos nos programas sociais. "As escolhas que fizemos estiveram orientadas por compromissos de não abrir mão de políticas que mudam o Brasil", afirmou. Durante o evento, houve protesto pela rejeição da Proposta de Emenda à Constituição 215, que transfere do Executivo para o Legislativo a atribuição de demarcar terras indígenas.

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Apesar de o governo já ter se posicionado contrário à proposta, a presidente não tocou no assunto em seu discurso. O texto foi aprovado na semana passada em uma comissão especial da Câmara. Para valer, ainda precisa ser votado em dois turnos tanto pelo plenário da Câmara quanto do Senado.

Durante o evento, ela assinou o decreto para regulamentar a lei 11.265, que tem o objetivo de assegurar o uso apropriado e estabelece orientações para comercialização e publicidade de produtos direcionados às crianças de até três anos, como leites artificiais, papinhas industrializadas, mamadeiras e chupetas - as empresas poderão vender, mas não fazer publicidade. Os estabelecimentos terão um ano para se adaptar e, em caso de descumprimento da lei, podem sofrer interdição e multa de até R$ 1,5 milhão. A presidente também assinou o pacto nacional para alimentação saudável.

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) encaminhou ao Congresso recomendação para que seja dada prioridade à tramitação dos projetos de lei que proponham a regulação da publicidade de alimentos não saudáveis. O Consea defende tal sugestão ressaltando o direito humano à alimentação e os direitos básicos dos consumidores à informação e à proteção contra publicidades enganosas e abusivas.

A recomendação Consea 006/2013 aborda o impacto negativo à saúde provocado pelas massivas estratégias de comunicação mercadológica veiculadas em diversos meios e formatos para promoção de alimentos industrializados e ultraprocessados com altos teores de sódio, açúcar, gorduras e bebidas de baixo valor nutricional.

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No texto, o conselho cita critério fixado pelo Código de Defesa do Consumidor que assegura o direito à informação, até mesmo veiculada por meio de propaganda, sobre as características de produtos e serviços de forma correta, clara, precisa, e também sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.

Um dos itens lembrados pelo Consea, dentro do Código de Defesa do Consumidor, é o que proíbe a propaganda abusiva, dentre elas a que tire proveito da deficiência de julgamento e experiência da criança e que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à saúde ou segurança.

A recomendação cita ainda dados sobre a ocorrência de sobrepeso e obesidade, destacando que a questão é verificada em todos os grupos de renda e em todas as regiões do Brasil e que tais dados já permitem considerar esta situação como epidêmica. Diante disso, o conselho alerta para o consequente aumento no número de pacientes, cada vez mais jovens, com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como câncer, hipertensão, enfermidades cardiovasculares e diabetes, havendo previsão que em 2030 essas moléstias respondam por 70% das mortes do mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), "sendo urgente a adoção de estratégias para reversão desse quadro". O documento é assinado pela presidente do conselho, Maria Emília Lisboa Pacheco. O Consea é um conselho de assessoramento da Presidência da República. O grupo é formado por 19 representantes de ministérios e 38 da sociedade civil.

A presidente Dilma Rousseff lembrou nesta terça que foi muito importante que o Brasil tenha alcançado a sexta posição entre as economias mundiais, mas alertou que esse ranking considerou apenas o Produto Interno Bruto (PIB) e alertou que é preciso ir além, garantindo à população acesso a bens e riquezas. O comentário foi realizado durante cerimônia de posse dos novos conselheiros do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

"Muitas vezes dizem para nós que é muito importante que o Brasil tenha chegado a ser a sexta potência baseado nos critérios e indicadores do Produto Interno Bruto. Para nós, para os que pensam como nós, o Brasil só chegará a ser a sexta potência do mundo se a sua população for também, em matéria de acesso a riqueza e aos bens, a sexta população mais rica do planeta", disse a presidente.

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"Nosso País será realmente rico se todos nós pudermos participar e desfrutar das benesses do nosso desenvolvimento. Muitas vezes dizem pra nós que é muito importante que o Brasil tenha chegado a ser a sexta potência baseado nos critérios e indicadores do Produto Interno Bruto", discursou Dilma no Consea. O órgão articula com o governo e sociedade civil propostas para as ações na área da alimentação e nutrição. Dilma defendeu o estímulo a hábitos alimentares saudáveis, destacando o compromisso do governo de erradicar a pobreza.

Em 2011, Brasil passou o Reino Unido e se tornou a sexta economia global. O relatório "Perspectiva Econômica Mundial" (WEO, na sigla em inglês), divulgado nesta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), entretanto, projeta que a economia brasileira será ultrapassada pela do Reino Unido neste ano, voltando para a sétima colocação. O FMI prevê que a inflação no Brasil, medida pelo índice de preços ao consumidor, ficará em 5,2% neste ano e em 5% em 2013, em comparação com 6,6% em 2011. Para o crescimento econômico, a projeção é de expansão no PIB de 3,0% em 2012 e de 4,1% em 2013.

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