Tópicos | Contra o preconceito

A ONG Fábrica Fazendo Arte apresenta o espetáculo Máscaras, nesta quarta (15), no Teatro Apolo. A apresentação marca um ato de "resistência" após ataques LGBTfóbicos sofridos pelo fundador da ONG, Genivaldo Francisco, na ocasião da estreia da montagem, no início deste mês.

Máscaras narra a história de uma das integrantes do Fábrica, uma travesti, negra, moradora da periferia do Recife. A personagem passa por eventos de transfobia ao ser expulsa de casa e sofrer ataques preconceituosos na rua.

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Na noite de estreia do espetáculo, Genivaldo relatou, através de seu Facebook, ter sofrido ameaças anônimas por conta do seu trabalho: "Recebi uma ligação de um telefone público com mensagens de cunho preconceituosos e racistas, mas relevei e cheguei a pensar que seria apenas uma brincadeira de mau gosto, fui descansar porque no outro dia a rotina seria exaustiva. Contudo, ao acordar recebi outra ligação de um outro telefone público com ameaças mais fortes, palavras irônicas e violentas sobre o trabalho que venho desenvolvendo com jovens dessa cidade".

A apresentação desta quarta (15), foi pensada como um ato de resistência contra o preconceito e a LGBTFobia. Como forma de oportunizar o acesso da produção para um maior númerod e pessoas, a bilheteria estará operando no sistema "paque quanto puder".

Serviço

Máscaras

Quarta (15) | 19h

Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121 - Bairro do Recife)

Paque o quanto puder

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Milhares de pessoas acompanharam, neste sábado (8), a marcha do orgulho LGBT nas ruas de Londres, celebrando o 50º aniversário da descriminalização da homossexualidade na Inglaterra e no País de Gales.

Os serviços de socorro londrinos (bombeiros, policiais e paramédicos) abriram o desfile, seguidos pelos 26 mil participantes e os carros de som.

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Os organizadores fizeram isso para homenagear "seu compromisso e seu valor nos trágicos acontecimentos recentes".

Desde março, a capital britânica foi alvo de três atentados e um incêndio que deixou mais de 80 mortos.

Muitos agentes de segurança foram mobilizados para o desfile, que atravessou algumas das vias mais movimentadas de Londres, como Oxford Street, Piccadilly Circus e Trafalgar Square.

Celebrando a Lei de Infrações Sexuais, de 1967, os organizadores quiseram passar "uma mensagem de esperança, de reconhecimento, de ativismo e de amor", dirigida especialmente à "Irlanda do Norte, que ainda precisa reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo".

A primeira-ministra, Theresa May, que estava em Hamburgo, na Alemanha, para a cúpula do G20, expressou seu apoio à manifestação

"Devemos seguir defendendo uma verdadeira igualdade para todos e o respeito a cada um", disse em comunicado. "O Reino Unido tem a responsabilidade de promover os direitos das pessoas LGBT em nível internacional", completou.

Alguns ativistas, no entanto, afirmaram que a marcha perdeu seu caráter questionador. "Ela se tornou um evento comercial, burocratizado e regulado", lamentou o defensor de direitos humanos britânico Peter Tatchell, em coluna publicada pelo jornal The Guardian.

No próximo domingo (18), a 15ª Parada da Diversidade pretende levar às ruas do Bairro e Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, milhares de pessoas de diferentes orientações sexuais, identidades e expresões de gênero para mais um ano de festa e, sobretudo, visibilidade para a causa LGBT. Começando às 9h, a Parada reunirá diversas atrações e palco, no Parque Dona Lindu, e, às 12h40, 12 trios sairão pelas ruas da avenida arrastando os participantes. 

A Parada da Diversidade já se tornou um evento consolidado no calendário de festas do Recife. Nesta 15ª edição, a ideia dos organizadores é destacar a visibilidade para a luta contra o preconceito quebrando os silêncios que cooperam para a violência e exclusão na sociedade e chamando atenção para a diversidade sexual. Se valendo de uma metáfora, o tema deste ano, Democracia fora do armário, se propõe a confrontar a invisibilidade associada ao 'armário' atuando como estratégia política de enfrentamento ao preconceito.   

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Dentre as atrações de palco estarão Michele Monteiro e artistas LGBT como Bárbara Finsking, Hera de Tauros, Andrea Valois e Odilex. Já os trios, sairão com o Felix Hair e Alan Ka, Coletivo de Lésbicas, Boate Metrópole, Grupo Gay Leões do Norte, Uber e Gaymado, entre outros. 

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

15ª Parada da Diversidade

Domingo (18) | 9h

Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s/n - Boa Viagem)

Gratuito

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Arte quebrando os limites que o preconceito impõe, este é o tema da nona edição do projeto Show Especial do Recife, realizado pela ONG Integrarte com o objetivo de incluir no mundo das artes pessoas com deficiência. Este ano, o projeto ganhou ares de festival e será apresentado em dois finais de semana, neste sábado (12) e domingo (13) e nos próximos (19 e 20 de setembro), na Caixa Cultural. 

Nos quatro dias de shows, haverá a participação de artistas com deficiência e outros sem esta condição. Participam do evento os grupos Maracaarte (cortejo formado em sua maioria por pesoas com síndrome de Down), Batuqueiros do Silêncio (surdos sob a regência do Mestre batman), Segnos (deficientes visuais), Cervac (do Centro de Reabilitação e Valorização da Criança) e Cia cadências (dança em cadeira de rodas). Também se apresentarão os artistas Getúlio Cavalcanti, Geraldo Maia, Tribo Cordel e Aglaia Costa. 

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A ONG Integrarte, responsável pela produção do festival, encerrará todos os dias da programação com a peça Quatro variações sobre o mesmo tema. A montagem aborda o preconceito a partir de um novo olhar sobre a diferença. A abertura também fica por conta da ONG com apresentações do seu grupo de maracatu, Maracaarte. 

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Programação

Sábado (12) | 16h

Grupo Integrarte – Maracaarte 

Getúlio Cavalcanti 

Segnos (deficientes visuais)

Grupo Integrarte 

 

Domingo (13) | 16h

Grupo Integrarte - Maracaarte 

Geraldo Maia 

Batuqueiros do Silêncio 

Grupo Integrarte 

 

Sábado (19) | 16h

Grupo Integrarte - Maracaarte 

Tribo Cordel

Cia Cadências 

Grupo Integrarte

 

Domingo (20) | 16h

Grupo Integrarte - Maracaarte

Aglaia Costa

Cervac 

Grupo Integrarte 

 

Serviço

IX Show Especial do Recife

Sábado (12) e domingo (13) | 16h

Sábado (19) e domingo (20) | 16h

Caixa Cultural Recife (Av. Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife)

R$ 10 e R$ 5

(81) 3425 1900

 

 

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A 13ª edição da Parada da Diversidade acontece neste domingo (21), com concentração no Parque Dona Lindu, na Zona Sul do Recife. As atrações musicais estavam previstas para começar às 9h, mas o público só começou a se formar por volta das 10h, ainda assim com uma presença baixa. Apesar disso, a expectativa dos organizadores do evento é que 600 mil participem do evento cujo tema deste ano é "Onde houver ódio, que eu leve amor".

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O clima geral é de otimismo. A coordenadora Íris de Fátima representa o colegiado lésbico do Fórum LGBT de Pernambuco. Segundo ela, a causa conseguiu uma série de conquistas recentes. “Entre outras coisas, temos centros de referência estadual e municipal”, ela cita. “Uma conquista muito importante foi a comunicação. Tivemos mais espaço, o que deixou a conscientização mais tranquila”, diz. Para Thiago Rocha, do colegiado gay, passar a mensagem está mais fácil, a dificuldade é recebê-la. “A sociedade como um todo é ensinada a ser machista. Temos que continuar fazendo o nosso trabalho, para tentar reverter isto”, comenta Rocha.

No pátio, em frente ao palco, o clima é de irreverência. Pessoas em roupas coloridas, fantasias, ou simples adornos – como chifres de diabo ou quepe policial -, aproveitam a oportunidade de celebrar sem serem discriminados. “Curtição!”, disse Chachai, em uma fantasia rosa choque de gata, enquanto definia o principal motivo para participar de todas as edições. “Eu não sinto preconceito. Acho que essa questão melhorou muito”, ela disse.

O gastrônomo Ademir Santos e o aposentado Johnny Max são casados há cinco anos – mesmo tempo também que prestigiam a Parada da Diversidade. Ao contrário de Chachai, eles conseguem relatar situações em que a orientação sexual resultou em preconceito. “Já tentamos alugar duas casas e não conseguimos. Em uma das situações, disseram que não alugam casa para pessoas ‘assim’”, comenta Ademir. “Para que essa mentalidade mude vai demorar. Espero que mude, mas vai demorar”, lamenta Johnny.

Sarita Metálica se intitula a drag queen “mais badalada”. É outra que sempre está presente. Nesta edição, ela veio carregando um cartaz com o papa Francisco. “Ele é o primeiro papa em defesa dos homossexuais”, Sarita explica.  Ao contrário de Metálica, a estudante Meridge Ariens, que é lésbica, participa da parada pela primeira vez. “Não vejo tantas situações de homofobia contra mim. Acho que o cenário tem melhorado”.

O evento também atrai pessoas que não são LGBT. A empresária Adriana Silva é heterossexual. Ela não só veio prestigiar o evento, mas também trouxe a filha Gabriela, de seis anos. “É importante para ensiná-la a não ter preconceitos no futuro”. O casal carioca Giovani e Roseli Tulice deram o passeio pelo local do evento. Apesar de heterossexuais, eles têm amigos próximos de orientação distinta e sabem o preconceito que eles sofrem. “Infelizmente tudo que é diferente sofre preconceito. Mas a diversidade está aí para ser conhecida”, comenta Roseli.

O senhorzinho Luciano Lopes é comerciante do bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, mas vende seus produtos em todos os eventos. Desse em particular, ele gosta bastante. “É um pessoal lutando por sua independência, é bom de ver”, comenta Luciano.

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