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SALVADOR (BA) – No ambiente das novas sensações e estilos de jogo, os 26.769 torcedores que estiveram na Fonte Nova, nesta quinta-feira (20), presenciaram uma boa partida. Com gols de Lugano e Forlán, o Uruguai venceu a Nigéria por 2x1 e segue com chances de classificação no grupo B da Copa das Confederações. Mikel descontou para os africanos.

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Nigéria e Uruguai têm três pontos, com saldos de 4 e 0, respectivamente, e definem o futuro na próxima rodada. Entretanto, situação melhor para os uruguaios, já que encaram o frágil Taiti, na Arena Pernambuco – adversário que sofreu 16 gols e marcou apenas um. A Nigéria irá enfrentar a Espanha, líder com seis pontos, no Castelão. As duas partidas serão no domingo (23), às 16h.

O mesmo de (quase) sempre

Cada país, geralmente, tem uma característica dentro das quatro linhas. Um estilo de jogo. Nigerianos e uruguaios, definitivamente, não têm o mesmo jeito de tratar a bola. Escolas de velocidade e força, respectivamente.

Os 45 minutos iniciais refletiram bem isso. Correria contra a raça. Jogadas rápidas contra postura tática. Diferenças nas características e igualdade no placar e nas oportunidades. Poucas para os dois lados. Um gol para cada, também.

Aos 18, Forlán – que voltou ao time titular –, cruzou rasteiro para o zagueirão Lugano, de canela e sem jeito, empurrar. 1x0. Justamente nesse momento a Celeste se retrancou. Teoricamente bom contra um time que tem como arma a velocidade. Não foi bem assim. Aos 38, em bela jogada, Ideye tocou para Mikel. O volante e estrela da Nigéria deu um drible desconcertante em Lugano e bateu no ângulo. 1x1.

Lampejos decisivos de craque

A brilhante carreira de Forlán é indiscutível. Com 34 anos, o atacante está longe de ser o mesmo que foi eleito o melhor da Copa do Mundo 2010 e Copa América 2011.  Mesmo assim, quando inspirado, ainda mostrar toques de genialidade.

Claro que com a ajuda de outros craques. Sempre com muita raça, Luis Suarez roubou a bola no meio de campo e tocou para Cavani. O camisa 21 achou Forlán livre na ponta esquerda. Domínio e chute característico no ângulo. Golaço no dia do 100º jogo com a camisa Celeste. 2x1.

FICHA TÉCNICA

Nigéria 1
Vincent Enyeama; Efe Ambrose, Godfrey Oboabona, Kenneth Omeruo e Uwa Echiejile; Ogude, Obi Mikel e John Ogu (MBA); Brown Ideye (Akpala), Ahmed Musa e Nhamdi Oduamadi (Babatunde); Técnico: Stephen Keshi.

Uruguai 2
Muslera; Godín, Lugano e Cáceres; Maximiliano Pereira, Arévalo Ríos, Cristian Rodríguez (Alvaro Pereira) e Álvaro Gonzálezz; Suárez (Coates), Cavani e Forlán; Técnico: Óscar Tabárez.

Local: Fonte Nova, Salvador-BA

Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda);
Assistentes: Sander van Roekel e Edwin Zeinstra (ambos da Holanda);

Cartões amarelos: Babatunde, Akpala (Nigéria); Lugano, Coates (Uruguai)

Gols: Mikel (37min/1ºT) (Nigéria); Lugano (18min/1ºT), Forlán (5min/2ºT) (Uruguai)

Público: 26.769

Não foi só a torcida no Maracanã que se rendeu ao Taiti. O comandante da campeã mundial Espanha, Vicente Del Bosque, não poupou elogios aos taitianos. Segundo o técnico espanhol, o Taiti veio para jogar, não se fechou, e em momento algum jogou sem fair play, mesmo levando uma goleada histórica. O treinador não quis antecipar se vai escalar todos os titulares contra a Nigéria, domingo, às 16h no Castelão.

Logo após a vitória, Del Bosque afirmou que iria aguardar o resultado do jogo entre Uruguai e Nigéria, que ainda não havia começado, para definir a equipe. "O resultado de hoje (quinta-feira) mostra que a diferença entre uma seleção e outra é muito grande, mas jogamos sério e eles fizeram um jogo muito limpo, não se fecharam e tiveram três ou quatro possibilidades de conseguir um gol", disse Del Bosque. "Eles foram muito nobres. Não acho que o futebol hoje foi prejudicado, mas reforçado".

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O técnico disse ter não ter se surpreendido com a opção do público presente ao Maracanã pelo apoio ao Taiti: "Normal que fique ao lado dos mais fracos", disse. Del Bosque desconversou sobre uma possível final entre Brasil e Espanha, no Maracanã: "Não sei qual será o resultado da competição. A final será entre os dois que merecerem e esperamos estar entre eles", afirmou o atual campeão mundial.

O goleiro Mikael Roche poderia ter sido escolhido o personagem do jogo entre Espanha e Taiti nesta quinta-feira. Não pelo desempenho, afinal sofreu dez gols em apenas uma partida, mas em razão da postura séria adotada até o apito final e do apoio recebido da empolgada torcida brasileira presente no Maracanã.

Roche, de 30 anos, foi de longe o jogador que mais sofreu em campo. Sofria diante das limitações dos seus companheiros de time e da sensação de impotência de não conseguir parar um ataque formado por David Villa, David Silva, Juan Mata e Fernando Torres. Sofria também por causa dos próprios erros.

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Aos 18 minutos do segundo tempo, Roche viveu seu pior momento na partida. Saiu mal do gol e deixou a bola passar. Deitado no chão, viu Villa finalizar para marcar o sétimo gol espanhol. Tão abatido, recebeu o consolo de Torres, que o ajudou a levantar do chão. "Foi rápido demais, muito difícil, gostaria de ter um desempenho melhor para defender nossas cores, mas enfrentamos um time muito forte", lamentou Roche.

Enquanto os espanhóis deixaram transparecer certo constrangimento, a torcida empurrava o goleiro como se fosse um compatriota. E chamava a atenção por adotar o Taiti como se fosse a equipe da casa. Os brasileiros exultavam nos raros lances ofensivos dos taitianos, pediam faltas e gritaram de raiva quando o árbitro argelino Djamel Haimoudi não marcou duvidoso pênalti da defesa espanhola sobre Teaonui Tehau.

Após o apito final, o público do Maracanã protagonizou momento singular ao aplaudir de pé os esforçados jogadores do Taiti. E Roche viveu situação inesperada. Ao fim de um dos piores dias de sua carreira, o goleiro taitiano foi premiado com aplausos de quase todos os 71.806 torcedores presentes no Maracanã.

"Gostaria de agradecer a todos que se esforçaram e congratular a equipe espanhola. Mas principalmente agradecer ao público brasileiro que nos apoiou, apesar de sermos uma equipe pequena. Foi maravilhoso, nunca esquecerei esse momento", afirmou o emocionado goleiro.

Do Estadão Conteúdo

A seleção brasileira chegou no fim da tarde desta quinta-feira a Salvador, onde no sábado enfrentará a Itália, para alegria do povo baiano (ou, pelo menos, de boa parte do povo baiano) e de quatro jogadores que têm bons motivos para se sentir em casa: o lateral-direito Daniel Alves, os zagueiros Dante e David Luiz e o atacante Hulk. Os dois primeiros são baianos e os dois últimos jogaram em Salvador, ambos no Vitória.

Sem nenhuma dúvida, o mais empolgado com a volta à Bahia é Daniel Alves. Nascido em Juazeiro, cidade localizada na divisa com Pernambuco, ele foi criado para o futebol nas divisões de base do Bahia, o único clube que defendeu no Brasil. Por isso, não vê a hora de pisar novamente no gramado da Fonte Nova, que está agora muito diferente daquela Fonte Nova que ele deixou quando foi jogar no Sevilla, da Espanha, em 2003. "Vai ser um dia especial, único na minha vida. Será como uma volta no tempo. A Fonte Nova foi, é e sempre será um estádio especial para mim, porque foi onde tudo começou", contou.

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Segundo Daniel Alves, seu jogo inesquecível no principal estádio de Salvador foi a estreia no time profissional do Bahia, contra o Paraná, em 2001, pelo Campeonato Brasileiro. "Não tem jeito, a estreia é sempre o jogo que marca mais. Eu me lembro que o Evaristo (de Macedo, na época o técnico do Bahia) só me disse: 'Vá lá e jogue'", contou. E o lateral, então com 18 anos, jogou mesmo. Ele sofreu um pênalti e deu uma assistência na vitória por 3 a 0 de sua equipe.

Hulk, Dante e David Luiz também sentirão uma emoção especial quando estiverem diante do público baiano. Assim como o paulista David Luiz, o paraibano Hulk teve passagem curta pelo Vitória, o que não o impediu de guardar boas lembranças de Salvador. E o atacante do Zenit, da Rússia, espera novamente contar com a solidariedade nordestina que tanto o ajudou em Fortaleza - vaiado em vários jogos da seleção no País, ele foi bastante aplaudido e incentivado pela torcida cearense na vitória diante do México, quarta-feira, na Arena Castelão.

"É lógico que eu recebo mais apoio por ser aqui de cima", comentou Hulk. "É claro que o nordestino tem uma relação especial com a seleção, até porque não tem o costume de receber o time. Quando a gente vem para cá, ele quer aproveitar, ficar perto de nós."

Daniel Alves concorda com seu companheiro e diz que fica sempre empolgado quando a seleção joga em sua região. "O Nordeste, para a gente, é sempre especial, eles vivem o clima de seleção com outro sentimento. É o que a gente quer em todos os Estados", disse o lateral.

Do Estadão Conteúdo

A Espanha aproveitou o confronto diante do frágil Taiti para descansar os titulares e, mesmo com os reservas, impor uma goleada histórica. O 10 a 0 desta quinta-feira, no Maracanã, pela segunda rodada da Copa das Confederações, também serviu para dar ritmo a jogadores que vinham atuando menos, como Fernando Torres, que marcou quatro vezes e foi eleito pelos torcedores o melhor jogador da partida.

Apesar de todos esperarem uma goleada, o próprio Torres admitiu que dez gols era mais do que os espanhóis imaginavam. "Foi mais do que tínhamos sonhado, mas realmente merecemos esta vitória", declarou. "Ninguém faltou com respeito em nenhum momento, tentamos jogar bem e isso é muito importante para a próxima fase."

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Torres ressaltou o fato de a Espanha não ter tirado o pé em nenhum momento, mesmo com a goleada já desenhada diante do fraco adversário, que tem em seu elenco apenas um jogador profissional, o atacante Vahirua. Por outro lado, o atacante também elogiou a postura do Taiti, que não apelou em nenhum momento para a violência.

"Temos experiência de que muitos times menores às vezes tentam perturbar o jogo, ser agressivo, mas isso não aconteceu aqui", comentou. "O Taiti é um claro exemplo de equipe que quer jogar futebol", completou o atacante, agora artilheiro da competição, com quatro gols.

Do Estadão Conteúdo

A Espanha não teve problemas para confirmar a goleada anunciada sobre o Taiti. Diante de um bom público no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, os atuais campeões mundiais não precisaram dos titulares para aplicar nada menos que 10 a 0 na "zebra" da Copa das Confederações, em um duelo de Davi e Golias praticamente sem precedentes em torneios deste nível.

Fernando Torres, com quatro gols, e David Villa, três, foram os destaques da equipe reserva da Espanha no jogo válido pela segunda rodada do Grupo B. Pelo Taiti, o goleiro Roche ganhou o apoio da torcida e até o consolo de alguns espanhóis em campo, após sofrer dez gols. Ele e todo o grupo de jogadores taitianos foram aplaudidos de pé pelos torcedores no Maracanã.

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O elástico placar marcou a maior vitória da história da Copa das Confederações. O triunfo superou a goleada de 8 a 2 aplicada pela seleção brasileira na Arábia Saudita, na semifinal da edição de 1999, no México.

A segunda vitória no Grupo B ainda não garantiu a classificação espanhola para a semifinal. O time europeu precisa de um triunfo ou empate da Nigéria sobre o Uruguai, ainda nesta quinta, para garantir seu lugar na próxima fase. As quatro seleções da chave voltam a campo no domingo. Os espanhóis duelam contra os nigerianos em Fortaleza, enquanto que os uruguaios enfrentam os taitianos no Recife.

O JOGO - O abismo entre os dois times podia ser constatado de diversas formas. Pelo ranking da Fifa, a Espanha lidera a tabela de classificação nos últimos anos, enquanto que o Taiti é apenas o 138.º colocado. A entidade nunca teve em seus torneios um confronto entre seleções tão distantes desde a criação do ranking em 1993.

Entre os títulos, os taitianos exibem o troféu continental da Oceania, contra duas taças europeias e uma mundial da Espanha. No quesito elenco, jogadores do Barcelona e Real Madrid, dois dos clubes mais ricos e tradicionais do planeta, compõem a equipe espanhola. O Taiti conta com somente um jogador profissional.

Diante de tal diferença, o técnico Vicente Del Bosque resolveu dar um descanso à maioria dos seus jogadores. Dos titulares, somente Sérgio Ramos, Fábregas e Iniesta, os dois últimos apenas no segundo tempo, entraram em campo. Ainda assim, o Taiti precisou enfrentar uma equipe que tinha David Villa, do Barcelona, Juan Mata e Fernando Torres, do Chelsea.

Foi por essa razão que não surpreendeu quando Torres abriu o placar logo aos 4 minutos de jogo. Ele tabelou pela esquerda, invadiu a área e bateu fraco, de forma despretensiosa. O goleiro Roche, contudo, caiu mal no canto direito e aceitou.

Parecia apenas o início da goleada anunciada. Mas a Espanha teve inesperada dificuldade para fazer valer sua superioridade no placar. A equipe dominava, mas não empolgava. Mantinha seu estilo de chegar ao ataque com facilidade. Porém, finalizava pouco. As melhores chances surgiam em erros na saída de bola do Taiti, que atuava com uma linha de cinco defensores à frente do goleiro.

O jogo era morno quando David Silva recebeu enfiada de Mata e bateu na saída do goleiro, aos 31. Em pouco mais de um minuto, Torres driblou Roche, que saiu mal do gol, e só empurrou a bola para as redes. O que parecia difícil se tornou fácil rapidamente. E, aos 38, David Silva cruzou da esquerda para David Villa completar para o gol.

Os gols em série desanimaram a torcida brasileira, que adotava o Taiti como seu xodó nesta Copa das Confederações. As raras investidas taitianas, em contra-ataques mal sucedidos, levantavam as arquibancadas, na ânsia pelo gol de honra. Foi apenas um chute a gol, defendido com tranquilidade pelo goleiro Reina.

O segundo tempo começou com mais um gol de Villa, logo aos 3 minutos. O atacante completou cruzamento de Monreal e ampliou a goleada. A contagem aumentou aos 11, com Torres. E, aos 18, Villa contou com grande ajuda de Roche para anotar mais um. O goleiro saiu mal, deixou a bola passar e só viu o atacante finalizar com muita tranquilidade para as redes. Deitado no chão, Roche foi consolado em cumprimento de Torres.

A partida, enfim, apresentava o panorama aguardado com antecedência. As estatísticas confirmavam o domínio dos favoritos. Eram 27 chutes, contra apenas um da "zebra". Só a Espanha jogava, ciente do constrangimento do rival, o Taiti assistia e Roche lamentava. Aos 20, Mata marcou o oitavo dos europeus. Frustrado, o goleiro taitiano levantou a torcida ao fazer bela defesa, após cobrança de falta de Villa, e comemorar como se fosse um gol.

Os brasileiros também festejaram quando Torres acertou um pênalti no travessão, depois de um toque de mão da defesa taitiana, aos 31. Mas o atacante se redimiu no minuto seguinte. Lançado em velocidade, driblou Roche e marcou seu quarto gol na partida. Aos 43, David Silva ainda teve tempo de selar o placar com o décimo gol espanhol.

FICHA TÉCNICA

ESPANHA 10 x 0 TAITI

ESPANHA - Reina; Azpilicueta, Albiol, Ramos (Jesus Navas) e Monreal; Cazorla (Iniesta), Javi Martínez, David Silva, Juan Mata (Fábregas); Torres e David Villa. Técnico: Vicente Del Bosque.

TAITI - Roche; Ludivion, Vallar e Jonathan Tehau; Lemaire (Vero), Bourebare (Lorenzo Tehau), Caroine e Aitamai; Vahirua, Chong-Hue e Alvin Tehau (Teaonui Tehau). Técnico: Eddy Etaeta.

GOLS - Torres, aos 4 e aos 32, David Silva, aos 31, e David Villa, aos 38 minutos do primeiro tempo; David Villa, aos 3 e aos 18, Mata, aos 20, Torres, aos 11 e aos 32, e David Silva, aos 43 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO - Cazorla (Espanha).

ÁRBITRO - Djamel Haimoudi (Fifa/Argélia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 71.806 pagantes.

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

Do Estadão Conteúdo

O volante Pirlo não enfrentará o Brasil na partida que define a primeira colocação do Grupo A da Copa das Confederações, sábado, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Um dos destaques da seleção italiana, o jogador da Juventus está sentindo dores musculares e será poupado no clássico válido pela terceira e última rodada da fase de classificação.

Na noite de quarta-feira, a seleção italiana conseguiu uma grande vitória contra o Japão, por 4 a 3, na Arena Pernambuco, o que lhe garantiu a classificação antecipada para as semifinais - tem os mesmos seis pontos do Brasil no Grupo A. Agora, busca uma vitória diante do Brasil para fugir de um possível confronto com a poderosa Espanha, que deve terminar na primeira posição da outra chave.

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Após o confronto na Arena Pernambuco, os italianos reclamaram bastante do desgaste físico gerado pelo calor que fazia, mesmo durante a noite de outono, em São Lourenço da Mata, na região metropolitana do Recife. O técnico Cesare Prandelli tem reclamando repetidamente da má condição física da sua equipe, desgastada por uma longa temporada europeia. Para piorar, o próximo compromisso da equipe será no calor de Salvador, às 16 horas de sábado.

Do Estadão Contéudo

Assim como fez um dia depois da partida entre Espanha e Uruguai, a Secopa reuniu a imprensa, nesta quinta-feira, para fazer uma avaliação do segundo jogo da Arena Pernambuco na Copa das Confederações. Desta vez, mais elogios do que críticas ao sistema de mobilidade para o jogo da Itália diante do Japão. 

Uma das atitudes do Governo foi colocar um estacionamento na Universidade Federal de Pernambuco. De lá, os torcedores pegaram ônibus até a Arena. Isso fez com que o fluxo no metrô diminuísse.

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Entretanto, esse esquema não será repetido no próximo domingo, às 16h, na partida entre Uruguai x Taiti. “A experiência foi positiva e poderemos usar na Copa do Mundo. Mas para o próximo jogo não será necessário. Achamos melhor deslocar os voluntários e policiais que trabalharam nessa estrutura para mais perto da Arena”, afirmou Ricardo Leitão.

Ainda segundo o secretário extraordinário da Copa no Estado, a expectativa é de que no máximo 25 mil torcedores assistam a última partida da Arena Pernambuco na Copa das Confederações. E por isso, a opção por não repetir o esquema de mobilidade.

Sobre o jogo da última quarta-feira, Ricardo Leitão ficou satisfeito com o funcionamento da Arena. “Vimos a experiência como bastante positiva e para um público que superou as nossas expectativas. O escoamento total da Arena Pernambuco foi feito em uma hora e dez minutos. E o sistema de operação de segurança foi encerrado às 23h30”, concluiu.

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O povo de Pernambuco adotou a Seleção do Japão e as manifestações de carinho foram demonstradas durante toda a passagem deles por Recife. Nesta quinta-feira, os nipônicos deixaram a capital pernambucana e, mais uma vez, receberam o apoio de cerca de 50 torcedores na saída do hotel, em Boa Viagem, na Zona Sul.

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A grande maioria dos jogadores foi reconhecida pela torcida, que os chamavam pelo nome. Porém, alguns passaram despercebidos. Mas nem por isso eles deixaram de retribuir o apoio e acenaram para o público agradecendo o carinho.

O público que aguardava o Japão era formado por alguns fãs e descendentes de japoneses. Mas alguns estavam ali apenas para presenciar o fato de ma seleção estar no Recife. A dona de casa Maria Cláudia, 32 anos, levou o pequeno Pedro, de seis anos, para acompanhar a movimentação em frente ao hotel.

“Tirei umas fotos deles, mas são todos iguais. Meu filho, o Pedro, perguntou quem eram, mas não sabia dizer. Apenas disse que era o Japão”, confessou.

O ônibus com os japoneses saiu do hotel às 15h50 e seguiu para o Aeroporto. De lá, eles pegam um voo fretado para Belo Horizonte, onde enfrentam o México, sábado, às 16h, pela terceira rodada do Grupo A da Copa das Confederações.

TRÂNSITO

Toda a delegação do Japão levou cerca de 20 minutos para sair do hotel e ir para o ônibus. Durante este tempo, o trânsito na Rua Barão de Souza Leão foi bloqueado, causando um grande congestionamento e a revolta de alguns motoristas. Muitos desceram dos carros e foram cobrar explicações dos agentes de trânsito.

Um senhor, que estava mais exaltado e não quis se identificar, ficou bastante irritado pelo tempo que esperou por causa do Japão. “Isto é uma palhaçada. Fecham toda a via por causa de um time. Não quero saber de Copa das Confederações, quero só chegar em casa. O ônibus está na calçada e eles poderiam liberar pelo menos uma faixa”, reclamou.

 

Até que o trânsito fosse liberado, os motoristas optaram pela buzina como forma de protesto. O fluxo de carros em frente ao hotel só diminuiu quase uma hora depois da saída da seleção japonesa. 

O médico José Luiz Runco confirmou nesta quinta-feira que o volante Paulinho é dúvida da seleção brasileira para o duelo com a Itália, no próximo sábado, em Salvador, que definirá o primeiro colocado do Grupo A da Copa das Confederações. O jogador deixou o triunfo por 2 a 0 sobre o México, na quarta-feira, em Fortaleza, com lesão no tornozelo esquerdo e passará por novas avaliações.

O volante sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo durante a partida da última quarta-feira. Runco explicou que aguardará a evolução do jogador para definir se ele poderá enfrentar a Itália. "Não é preciso fazer exame de imagem. Vai ser acompanhado e vamos determinar se pode ou não participar do próximo sábado", disse o médico.

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O médico da seleção brasileira reconheceu que Paulinho poderá ser poupado em Salvador, mesmo que a sua lesão não seja grave. "A entorse dele foi leve. Ainda tem dor. Com tratamento, essa dor pode sumir e ele tenha condições de jogo", revelou Runco.

Já o zagueiro David Luiz sofreu uma fratura no nariz, como já havia sido confirmado pelo próprio jogador, em função de choque casual sofrido com Thiago Silva durante o duelo no Castelão. Runco contou nesta quinta-feira que aguarda a realização de um exame detalhado, a ser feito durante a tarde em Salvador, para definir o tipo de tratamento, mas disse que o jogador está liberado para enfrentar a Itália.

"David Luiz acordou bem. Conforme a programação inicial, fará exame em Salvador com um otorrinolaringologista. Mas isso não muda nada em relação à partida. E só para saber o que será feito no futuro", explicou Runco. "Quero tirar a imagem para ver se houve fratura óssea ou só na cartilagem", completou o médico da seleção brasileira.

De acordo com Runco, David Luiz não precisará usar uma máscara para proteger o nariz. "Não haverá necessidade de nenhum uso de proteção, porque não compromete vias aéreas e o aspecto estético", disse, lembrando que o zagueiro não precisou ser substituído contra o México, apesar do choque com Thiago Silva no primeiro tempo.

Do Estadão Conteúdo

A segunda rodada da Copa das Confederações pode definir os representantes do grupo B, nas semifinais. Com Brasil e Itália já classificados para a próxima fase, a competição pode conhecer hoje mais duas seleções classificadas.

Para isso acontecer, basta que a Espanha confirme o grande favoritismo que possui diante da seleção do Taiti. Mesmo jogando com os reservas, a Fúria deverá vencer com facilidade. O jogo entre a seleção número 1 e a 138 do ranking da FIFA será às 16h00, no Maracanã.

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No outro jogo do grupo, que acontece às 19h00, Nigéria e Uruguai fazem a disputa direta pela segunda vaga. A equipe africana lidera o grupo B, pois goleou a seleção taitiana por 6 x 1. O Uruguai jogou a primeira partida contra a Espanha e perdeu por 2 x 1. Caso a Nigéria vença a partida, estará classificada a segunda fase. Outro resultado e a definição dos classificados só será descoberta na última rodada.

A terceira e última rodada do grupo B acontece no domingo (23). Uruguai x Taiti jogam na Arena Pernambuco, e Nigéria x Espanha duelam no Castelão. Os jogos aconteceram às 16h00.

O artilheiro da Copa das Confederações, o nigeriano Oduamadi, pode ficar no Brasil para a disputa da série A. O jogador, que pertence ao Milan, estaria negociando com o Vitória para reforçar o clube.

Oduamadi tem apenas 22 anos e ganhou visibilidade ao aproveitar a chance e marcar três vezes, no jogo contra o Taiti. Atleta do da equipe rossonera desde 2008, o jogador nunca atuou pelo clube, sendo emprestado em duas oportunidades. O atacante deve ser titular no jogo desta quinta feira (20), contra o Uruguai.

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O Vitória espera contar com o atleta logo após o término da competição internacional. A negociação esta sendo intermediada pelo nigeriano, e ex jogador do clube, Ricky.

O ex-jogador e atual deputado federal, Romário, envolveu-se em mais uma polêmica com Pelé. Em resposta ao melhor jogador do século 20, que pediu aos brasileiros que acabassem com os protestos e se concentrassem no apoio à Seleção, Romário, em bom e claro português, mandou ele se calar.

“Peço aos brasileiros que não confundam as coisas. Estamos nos preparando para o Mundial. Vamos esquecer a confusão que está no Brasil. Esquecer os protestos e nos concentramos na Seleção Brasileira”, disse o ex-craque santista em um vídeo.

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A declaração teve o efeito oposto e os ânimos dos manifestantes se exaltaram ainda mais. Romário, que é desafeto antigo de Pelé, não perdeu a oportunidade e desferiu duras criticas ao melhor jogador de todos os tempos. “Eu tinha prometido nunca mais falar do Pelé, porque o Pelé fala tanta merda a cada dia... Lembra de uma frase que eu falei que o Pelé calado é um poeta? Isso serve de novo. O Pelé não tem nenhuma consciência do que está acontecendo no país. Então ele não pode falar estas besteiras”, disparou.

Ainda durante a entrevista, Romário afirmou que Pelé, ao pedir o fim das manifestações pelo Brasil, poderia ter recebido algo da CBF. “E tem outra coisa, eu não levo nenhum da CBF não viu. Talvez ele leve, deve ser por isso que ele disse”, finalizou.

A atual campeã mundial, país com uma das ligas nacionais mais fortes do planeta, contra uma seleção que só foi apresentada ao futebol há pouco mais de uma década. O abismo que separa Espanha e Taiti é imensurável. O que promete fazer do duelo desta quinta-feira, a partir das 16 horas, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, um verdadeiro massacre de dimensões jamais vistas em uma competição do porte da Copa das Confederações.

Os espanhóis vão atuar com a sua segunda força, mesmo assim o carioca verá em campo jogadores do quilate de Victor Valdés, Sergio Ramos, David Silva e Juan Mata. Do outro, uma equipe formada por eletricistas, entregadores, catadores de coco e desempregados. É impossível imaginar algo que não um verdadeiro baile. É possível imaginar que os taitianos só vão tocar na bola quando forem cobrar tiros de meta.

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Como ninguém ganha de véspera, o discurso dos espanhóis não foi outro que o do respeito ao adversário, que não se pode menosprezar nenhuma seleção e que será preciso jogar com seriedade e concentração os 90 minutos. Exatamente o que pode ser o problema para o humilde time da Polinésia Francesa. "Jamais vou pedir isso a meus jogadores (para aliviar). Primeiro temos que pensar em vencer e quanto mais gols fizermos melhor. Isso é a verdadeira demonstração de respeito", disse o técnico Vicente Del Bosque.

Se for assim, o torcedor carioca verá um jogo desigual, sem a emoção de um duelo disputado e brigado. Em compensação, testemunhará um festival de gols sem precedentes. "A maior expressão de respeito ao rival e ao seu futebol é jogar direito e tentar fazer gols. Eles vão tentar evitá-los e fazer os seus. Se trata de uma seleção pouco conhecida e isso inspira muito respeito em nós", comentou Iniesta, ecoando as palavras de seu treinador.

Há uma motivação para a turma espanhola. A seleção do país não joga no Maracanã desde 1950, quando foi despachada da Copa do Mundo pelo Brasil pelo placar de 6 a 1. A Espanha tem agora a chance de deixar o mítico estádio com uma ampla vantagem a seu favor. "Todos nós conhecemos bem a história do Maracanã. A maior parte dos jogadores nunca jogou aqui. Vamos aproveitar essa oportunidade de jogar em um estádio histórico", comentou o zagueiro Raul Albiol.

Iniesta, coração e mente dos campeões mundiais, promete que o público carioca não verá um time desatento, desinteressado ou se poupando para a partida contra a Nigéria. O meia garante que a seleção espanhola vai encarar o confronto com a seriedade habitual e tentar retribuir a grande expectativa em torno de uma exibição para a história.

"Vivemos uma fase muito boa, não apenas pelos títulos, mas pelo nosso estilo de jogo, que é o que fica na memória de todos. Receber elogios de um país que ganhou tudo, sempre teve os melhores jogadores do mundo, é muito significativo. Esperamos corresponder", disse o baixinho de grande habilidade.

Del Bosque vai colocar em campo todos os reservas e deverá utilizar durante a partida jogadores que costumam atuar pouco na seleção. Uma alteração que adiantou será a entrada de Valdés no gol, em lugar de Casillas.

"Não existe essa distinção entre titulares e reservas na seleção. Ninguém vê nomes por aqui", reforçou Iniesta.

Do Estadão Conteúdo

O técnico Alberto Zaccheroni não escondeu a decepção pela derrota do Japão diante da Itália, nesta quarta-feira. O treinador não lamentou o resultado somente por causa eliminação precoce na Copa das Confederações, mas principalmente pelas reviravoltas na partida, que quase garantiu o triunfo aos japoneses.

O time asiático chegou a abrir 2 a 0 no primeiro tempo antes de levar a virada. No segundo tempo, o Japão alcançou o empate em 3 a 3, mas um gol italiano no fim acabou com as esperanças de vitória do time de Zaccheroni.

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"Os dois times jogaram com muita coragem e técnica. É claro que cometemos muitos erros. Tivemos a chance de garantir a vitória, mas não conseguimos. Depois, a Itália teve mais chances e soube aproveitá-las. O mais importante, porém, é que vou dizer para os meus jogadores que eles mereciam muito mais por essa partida", disse o treinador.

Para o lateral Nagatomo, a Itália contou com a sorte para buscar o triunfo. Mas reconheceu o bom futebol dos rivais. "Nós poderíamos ter ganho. Eu costumo jogar para ganhar sempre. A Itália teve um pouco de sorte, sim. Mas eles realmente são bons."

Do Estadão Conteúdo

O atacante Diego Forlán está se sentindo mais do que nunca em casa no Brasil. Ele vai completar nesta quinta-feira, contra a Nigéria, 100 jogos com a camisa do Uruguai, sendo o primeiro jogador do país a atingir a expressiva marca.

"Na realidade é um orgulho ser o primeiro jogador a chegar a essa quantidade de jogos com a camisa do Uruguai. Nunca imaginei completar isso na carreira", diz, lembrando que está feliz por estar no Brasil, onde seu pai, Pablo Forlán, fez história. "Para mim, jogar aqui é algo que acredito que pessoalmente é bom. Estou muito feliz, é o lugar onde meu pai jogou, e ter o reconhecimento do povo no caso de Recife foi fantástico."

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Sem muito espaço no futebol italiano, Forlán optou por jogar no Brasil na última temporada e acertou sua transferência para o Internacional. Mas logo que chegou demorou a engrenar. Neste ano, ao contrário, brilhou, levou o clube gaúcho ao título estadual e se tornou artilheiro.

Agora, contra a Nigéria, ele pensa em brilhar novamente na Fonte Nova - contra o Vitória, o atacante fez um gol no estádio, pelo Campeonato Brasileiro, no empate por 2 a 2. "Eu joguei lá, tive a oportunidade de fazer gol, e como já falei para os colegas uruguaios, é um orgulho. Mas agora temos de ganhar da Nigéria para ter a oportunidade de se classificar."

Ele sabe que só a vitória interessa ao time, que não pode pensar em tropeçar diante dos africanos, caso contrário dará adeus precocemente à Copa das Confederações. O próprio técnico Óscar Tabárez explica a situação da equipe.

"Tentamos fazer o melhor contra a Espanha, mas fomos superados amplamente, apesar de termos um esforço digno. Só que para mim não muda nada ter perdido para a Espanha. A partida decisiva era a segunda da série, e se vencermos é mais provável que estejamos na semifinal, se perdermos estamos fora e se empatarmos não dependeremos mais de nós. Estamos muito tranquilos", conclui o treinador.

Do Estadão Conteúdo

A maior ilha do Taiti tem 150 mil pessoas. Nesta quinta-feira, em jogo contra a toda poderosa Espanha, os taitianos vão jogar para mais de 70 mil torcedores no Maracanã. O time quase todo amador (são oito desempregados e só um jogador profissional no grupo que veio ao Brasil) espera ter do torcedor do Rio a mesma acolhida que recebeu em Belo Horizonte, na derrota para a Nigéria por 6 a 1, na última segunda, na estreia na Copa das Confederações.

Mesmo diante da atual campeã mundial e bicampeã europeia, o técnico Eddy Etaeta deu o recado: "Não estou aqui para jogar fechado". O simpático treinador taitiano admitiu ser impossível uma vitória sobre os espanhóis. Mas fixou metas: tentar não tomar gol nos primeiros 30 minutos ou, quem sabe, no primeiro tempo inteiro. "Não vamos jogar na retranca. Viemos para jogar e vamos tentar atacar ao máximo, mas será difícil", reconheceu. "Se marcarmos um gol contra a Espanha, mesmo se perdermos por 15 a 1 ou 20 a 1, já será maravilhoso."

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Etaeta confirmou uma alteração em relação ao time que jogou contra a Nigéria no Mineirão: sai o goleiro Xavier Samin, de 35 anos, e entra Mikäel Roche, de 20. Tudo faz parte do plano do técnico de dar experiência aos jogadores da sua seleção. Quando o Taiti fizer sua despedida da Copa das Confederações, contra o Uruguai, domingo, no Recife, ele deve colocar em campo todos os atletas que ainda não tiverem jogado na competição.

Depois de conquistar os torcedores mineiros na passagem por Belo Horizonte, jogadores e comissão técnica do Taiti vão distribuir na porta do hotel, horas antes do jogo desta quinta-feira, ingressos para crianças de comunidades carentes do Rio. "Tem sido um sonho para nós, amanhã será outro jogar contra a Espanha", afirmou Etaeta. "Vamos dar para elas também algumas bolas 'cafusa', adoraríamos ficar com elas porque não temos com tanta qualidade assim lá no Taiti, mas será ótimo dar um presente de Natal antecipado às crianças."

O atacante Steevy Chong-Hue, escalado para a entrevista coletiva ao lado do treinador, admitiu que todos os jogadores do Taiti querem trocar camisas com o meia espanhol Iniesta, que foi poupado e não será titular, mas pode entrar ao longo da partida. "Queremos jogar bem para mostrar ao mundo que o futebol amador tem seus valores. Esperamos que a torcida esteja ao nosso lado", afirmou o atleta, que lamentou não ter trazido sua prancha para surfar nas praias do Rio - na manhã desta quarta-feira, o grupo foi rapidamente à areia na Barra da Tijuca.

Do Estadão Conteúdo

O confronto entre manifestantes e a Polícia Militar, ocorrido durante protesto antes do jogo entre Brasil e México, deixou um rastro de destruição nos arredores da Arena Castelão, nesta quarta-feira, em Fortaleza. Foram danificadas placas de sinalização para acesso ao estádio e até mesmo jarros colocados nos canteiros centrais da pista, entre outros estragos.

Segundo a organização do movimento "Mais Pão, Menos Circo", o protesto desta quarta-feira reuniu cerca de 30 mil pessoas. A mobilização começou às 9 horas e a dispersão dos manifestantes, após ação policial, só aconteceu pouco antes do início da partida - a vitória do Brasil sobre o México, por 2 a 0, começou às 16 horas, pela segunda rodada da Copa das Confederações.

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O momento mais tenso do protesto aconteceu por volta do meio-dia, quando os manifestantes resolveram marchar para o Castelão e tentaram passar pelo cordão de isolamento feito pelo Batalhão de Choque da PM na principal via de acesso ao estádio - a partir daquele ponto, os policiais só permitiam a passagem de quem tinha ingresso ou era credenciado para trabalhar no jogo.

A PM tentou evitar que o protesto chegasse ao Castelão. Para isso, chegou a usar bombas de efeito moral, balas de borracha e spray de pimenta. Os manifestantes revidaram com paus e pedras. O resultado foi que dezenas de pessoas ficaram feridas, incluindo oito policiais e dois jornalistas. Além disso, um carro da Autarquia Municipal de Trânsito foi incendiado.

O protesto desta quarta-feira em Fortaleza foi mais um contra a realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Com gritos como "menos Copa, mais escolas", os manifestantes reclamam dos gastos públicos para receber as competições da Fifa. Manifestação similar já tinha acontecido no sábado em Brasília, antes de Brasil x Japão.

O técnico Luiz Felipe Scolari saiu de campo satisfeito com mais uma vitória do Brasil na Copa das Confederações, nesta quarta-feira. Mas não deixou de apontar "momentos de desatenção" da seleção diante do México, principalmente no segundo tempo.

"Saio satisfeito com o resultado, sim. Mas, em determinados momentos, quando estávamos com o jogo dominado, tivemos muitas dificuldades, principalmente quando o David Luiz saiu", comentou o treinador, referindo-se à saída provisória do zagueiro para estancar o sangue do nariz, após um choque com Thiago Silva, no primeiro tempo.

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"Nos perdemos durante 15, 20 minutos e eles dominaram o jogo. Em determinados momentos tivemos desatenção nos lados do campo. Temos que corrigir isso", alertou Felipão, que preferiu deixar as críticas de lado para elogiar a postura da torcida na Arena Castelão, em Fortaleza.

"Tenho que ressaltar este espírito, a brasilidade. O que vimos e ouvimos aqui em Fortaleza foi muito bonito. E saiu daqui o grande o grito para que nos tornemos uma seleção cada vez mais completa para 2014", declarou.

Sobre a próxima rodada, contra a Itália, Felipão evitou previsões. Apenas elogiou o desempenho dos jogadores que entraram somente no segundo tempo, como Jô, autor do segundo gol na vitória por 2 a 0 sobre os mexicanos. "É bom ter que quebrar a cabeça para escolher os melhores. E, sabe como é, o pessoal do banco vai entrando e correspondendo. Estão plantando uma sementinha para o futuro", declarou.

Do Estadão Conteúdo

Se Neymar ainda devia uma grande atuação pela seleção brasileira, não deve mais. Em dois jogos da Copa das Confederações ele fez dois golaços, foi duas vezes eleito o melhor em campo e comanda a equipe que está muito perto da classificação à semifinal. Nesta quarta-feira, após mais uma boa atuação com a camisa 10 do Brasil, o craque valorizou a força do conjunto.

Questionado sobre o protagonismo, ele recusou o rótulo de herói. "Nós estamos merecendo (as vitórias), independente de quem faz os gols, de ser o cara da partida. Isso tudo é fora do que a gente quer. A gente quer é vencer o jogo, jogar bem", disse o jogador, ainda na saída do gramado do Castelão.

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Neymar foi fundamental para a vitória do Brasil por 2 a 0 sobre o México, nesta quarta-feira, em Fortaleza. Fez o primeiro gol num belo chute de primeira, antes que a bola caísse no chão, aos 8 minutos do primeiro tempo, e fez toda a jogada do segundo, já nos acréscimos da partida, com direito a drible por baixo da perna do marcador. Jô só teve o trabalho de completar para a rede a linda assistência do craque.

A boa atuação fez Neymar literalmente cair nos braços da torcida - o jogador foi abraçar torcedores para comemorar a vitória. As desconfianças que recaíam sobre ele antes da Copa das Confederações, quando acumulava nove jogos sem marcar, parecem ter se dizimado. "É sempre maravilhoso (o apoio da torcida). Nos dão muita confiança. O Hino foi emocionante mais uma vez", comentou Neymar, fazendo referência ao fato de a torcida ter continuado a cantar o Hino Nacional, no início do jogo, mesmo depois do fim da música no sistema de som.

Na análise do jogador, a equipe vem evoluindo dentro da Copa das Confederações. "Estamos crescendo a cada partida. Estamos de parabéns", disse ele. O Brasil volta a jogar no sábado, às 16h, na Arena Fonte Nova, em Salvador, contra a Itália, na disputa pelo primeiro lugar do Grupo A.

Do Estadão Conteúdo

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