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FORTALEZA (CE) – Não foi uma quarta-feira qualquer de futebol. A Arena Castelão e seu entorno viveram situações extremas. Fora do campo, um país borbulhando revolução. Nas quatro linhas, uma Seleção Brasileira que tenta borbulhar as arquibancadas. Recuperar o carinho dos torcedores. Aos poucos vai conseguindo. Contra o México, pelo grupo A da Copa das Confederações, mais uma vitória. Dessa vez por 2x0, com um golaço de Neymar - e um passe genial - para o gol de Jô.
##RECOMENDA##Na terceira e última rodada da primeira fase o Brasil vai encarar a Itália, no sábado (22), às 16h, em Salvador, na Fonte Nova. Já o México encara o Japão, no mesmo horário, em Belo Horizonte, no Mineirão.
Em caso de vitória da Itália contra o México, que jogam em instantes, na Arena Pernambuco, italianos e brasileiros já estão classificados.
Alto falante natural, reflexos automáticos
O padrão Fifa, muita vezes, incomoda. No embalo da quebra dos protocolos e paradigmas, quem esteve no Castelão protagonizou mais uma cena histórica – das tantas que vêm marcando essa edição da competição. Após os 90 segundos estabelecidos pela entidade, os torcedores seguiram cantando o hino nacional. Emocionante.
Contagiante, também. Os jogadores se abraçaram de uma forma ainda não demonstrada nessa Era Felipão. Em seguida, fizeram uma reunião no gramado. O grupo entrava em campo com a mesma formação pela terceira vez consecutiva, algo que não acontecia desde 2007.
Essas misturas de entrosamento e emoção refletiram automaticamente. Em 13 minutos, seis finalizações do Brasil. O gol era questão de tempo. Veio aos oito. Daniel Alves tentou o cruzamento da direita, a zaga desviou e Neymar, de primeira, fez um golaço. Logo depois, o mesmo Daniel Alves tentou novo cruzamento e quase fez de cobertura.
O ritmo era de goleada. Empolgação contida com o tempo e após um erro de Marcelo. O lateral tentou sair jogando dentro da grande área e perdeu a bola. Por pouco não saiu o empate mexicano. Por pouco os primeiros gritos de insatisfação não apareceram. Intervalo com aplausos.
Estilo Felipão
Quem acompanha a carreira de Luiz Felipe Scolari sabe bem o estilo do treinador. Nas últimas entrevistas, a palavra “compactar” é a mais utilizada. “Temos que aproveitar as oportunidades e não dar espaços para o adversário. Jogar de forma compacta”, disse algumas vezes durante a preparação da Seleção para a competição.
A primeira parte não foi cumprida à risca no segundo tempo, mas o pedido final foi atendido com afinco pelos jogadores. O México fazia a falsa pressão. Nada de chutes ou sustos para o goleiro Julio Cesar.
Já o Brasil utilizava o contra-ataque para tentar garantir a vitória. Inspirado, Neymar participava de quase todas as jogadas ofensivas. Sem sucesso porque os companheiro erravam as finalizações até os 47 minutos. Jô veio do banco de reservas para ganhar um presente do craque do Barcelona. Após bela jogada individual e drible desconcertante, Jô só teve o trabalho de empurrar. 2x0. Uma vitória no “estilo Felipão”.
FICHA TÉCNICA
Brasil 1
Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar (Hernanes); Hulk (Lucas), Neymar e Fred (Jô); Técnico: Felipão
México 0
Corona; Flores (Herrera), Rodriguez, Moreno e Salscido; Torres (Barrera), Mier, Torrado (Jimenez) e Guardado; Giovani dos Santos e Chicharito Hernandez; Técnico: José Manuel de la Torre
Local: Arena Castelão, Fortaleza (CE)
Árbitro: Howard Webb (ING)
Assistentes: Michael Mullarkey (ING) e Darren Cann (ING)
Cartões amarelos: Thiago Silva, Daniel Alves (Brasil); Guardado, Herrera, Rodriguez (México)
Gols: Neymar (8min/1ºT) e Jô (47min/2ºT) (Brasil)