Tópicos | Copa do Mundo de futebol feminino

O governo de Pernambuco seguiu o governo federal e também decretou ponto facultativo para os servidores nos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol feminino. Os órgãos públicos não essenciais do estado vão abrir mais tarde em dias de jogo.

O torneio começa nesta quinta (20) e vai até o dia 20 de agosto. As partidas são disputadas na Austrália e na Nova Zelândia, com a estreia do Brasil agendada às 8h da segunda (24), contra a seleção do Panamá.

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Conforme o decreto estadual, quando os jogos que começarem até às 7h30, os órgãos públicos não essenciais vão abrir às 11h. Nos confrontos marcados às 8h, o expediente vai iniciar ao meio-dia.

A prefeitura do Recife também anunciou horário especial e os órgãos municipais vão começar o expediente às 11h e ao meio-dia, quando os jogos da seleção começarem às 7h e 8h.

 

A Fifa sorteou na madrugada deste sábado (22), no Aotea Centre, em Auckland (Nova Zelândia), as chaves da Copa do Mundo de futebol feminino, que será disputada entre os dias 20 de julho e 20 de agosto de 2023 na Austrália e na Nova Zelândia. O Brasil caiu no Grupo F, ao lado de França, Jamaica e de uma equipe que virá da repescagem.

A estreia da seleção brasileira na competição será no dia 24 de julho em Adelaide (Austrália), e o adversário será justamente aquele que ainda não está definido. Depois a equipe brasileira medirá forças com a França, no dia 29 em Brisbane (Austrália). O último confronto da equipe canarinho na fase inicial será em 2 de agosto, diante da Jamaica, em Melbourne (Austrália).

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Para a técnica da seleção brasileira, a sueca Pia Sudhage, que esteve presente ao sorteio, o fato de estrear diante de um adversário ainda não definido é um desafio extra: “Honestamente, é um pouco complicado para nós. Não sabemos o time contra o qual vamos jogar na partida de abertura. Porém, o sorteio é sempre emocionante e, seja quem for, tenho a tendência de olhar de forma positiva. Se você quer vencer, você tem que encontrar uma maneira de vencer. Temos um longo caminho a percorrer como equipe, mas todos estão empolgados e as jogadoras estarão prontas”.

Mas, em compensação, o Brasil jogará depois contra dois adversários que enfrentou no Mundial de 2019, a Jamaica, que derrotou por 3 a 0 ainda na fase de grupos, e a França, que eliminou as brasileiras pelas oitavas de final.

“Este [Brasil x França] será um jogo bem diferente. E a razão para isso é que o jogo mudou muito, temos um time mais jovem e a França também. Acho que será bem empolgante. É claro que algumas das jogadoras, e eu me incluo entre elas, lembrarão do jogo passado e pensar como foi quatro anos atrás e como será agora. Mas espero que consigamos criar essa atmosfera contagiante e acredito que jogaremos bem”, declarou a técnica da seleção brasileira.

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) anunciou nesta quinta-feira (24) o cancelamento dos mundiais sub-17 e sub-20 masculinos do ano que vem, que seriam realizados em Peru e Indonésia, respectivamente. A entidade confirmou os dois países como sedes das mesmas edições em 2023. O motivo é a instabilidade da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

"A pandemia da covid-19 segue desafiando a realização de eventos esportivos e tem um efeito restritivo em viagens internacionais. A Fifa consultou regularmente as partes interessadas, incluindo as associações-membro e as confederações [América do Sul e Ásia] envolvidas nos dois torneios. Ficou claro que a situação global não se normalizou o suficiente para a realização das competições e a viabilidade do processo de qualificação", explica a nota divulgada pela Fifa.

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Em novembro, a entidade máxima do futebol cancelou os Mundiais sub-17 e sub-20 femininos inicialmente marcados para Índia e Costa Rica, respectivamente, também em 2021. Tal qual no masculino, os dois países receberão a próxima edição das competições, mas em 2022. Para 2023, está agendada a Copa do Mundo feminina, que será sediada em conjunto por Austrália e Nova Zelândia.

Na última quarta-feira (23), a Confederação Sul-Americana da modalidade (Conmebol) já havia anunciado o cancelamento dos torneios continentais de base masculinos do próximo ano - ambos seriam na Colômbia. A princípio, os Sul-Americanos sub-17 e sub-20 femininos (interrompido antes da segunda fase) estão mantidos para janeiro, respectivamente em Uruguai e Argentina.

Copa Feminina

Também nesta quinta, a Fifa divulgou como será o processo de classificação da Copa do Mundo Feminina de 2023. Segundo a entidade, são 29 vagas diretas divididas pelas seis confederações: Ásia (seis, sendo uma da anfitriã Austrália - que apesar de não ser uma nação asiática, compete pelo continente), África (quatro), América do Norte e Central (quatro), América do Sul (três), Oceania (uma, que é da Nova Zelândia, também como país-sede) e Europa (11).

Seleção feminina tentará uma das 32 vagas para o mundial de 2023

As outras três vagas serão obtidas por meio de uma repescagem mundial que reunirá dez seleções, sendo duas asiáticas, duas africanas, duas da América do Norte e Central, duas sul-americanas, uma da Oceania e uma europeia. Os confrontos dos playoffs serão disputados nos países-sede da Copa e funcionarão como eventos-teste para a competição.

É a primeira vez que o Mundial feminino terá 32 seleções. Em 2019, na França, foram 24 equipes. O Brasil disputará vaga na Copa América de 2022, que ainda não tem sede definida. Com sete títulos em oito edições, a seleção brasileira é a atual tricampeã sul-americana. A última conquista foi em 2018, no Chile.

Em ação inédita a Coca-Cola, uma das patrocinadoras oficiais da Copa do Mundo de Futebol Feminino que está sendo realizada na França, lançou minicraques inspiradas nas seleções femininas que compõem o torneio. Como representante da seleção brasileira, a escolhida foi a atacante Debinha, atleta do North Carolina Courage dos EUA, que há anos luta pela igualdade de gênero no futebol.

A iniciativa da empresa de bebidas teve origem na Copa do Mundo de 1998, disputada também em território francês e vencida pela seleção da casa. Diferente das edições dos mundiais masculinos, a campanha da empresa será limitada a 40 unidades de cada miniatura, as quais não serão comercializadas. Os exemplares das mini craques da jogadora Debinha foram distribuídas entre famosos como a apresentadora do SBT Maisa, a cantora Luisa Sonza e o ator da TV Globo Bruno Gagliasso, para que presenteiem seus seguidores nas redes sociais.

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Além da brasileira Debinha, a empresa "escalou" outras seis atletas que disputam a Copa do Mundo de Futebol Feminino para a campanha, que promete difundir o empoderamento das mulheres pelo mundo: a alemã Sara Däbritz, a norte-americana Abby Dahlkemper, a francesa Grace Geyoro, a japonesa Saki Kumagai e a nigeriana Desire Oparanozie. As jogadoras participaram da gravação de filmes, nos quais destacam o perfil de cada uma, suas jornadas até chegarem ao Mundial e os desafios que enfrentaram até se consolidarem como atletas profissionais de futebol.

Em tempos de Copa do Mundo de futebol, as ruas de todo Brasil são decoradas com as cores da bandeira para demonstrar incentivo aos jogadores que vestem a camisa pentacampeã do mundo. Vizinhos se unem para fazer desenhos, confeccionar bandeirolas, colorir o asfalto e as calçadas de seus bairros. A tradição, que marca o período pré-Copa, continua firme a cada quatro anos.

Porém, no que depender das artistas Clara Leff, Sarah Lörenk e Afolego, este costume vai ser ampliado durante a disputa de outra Copa do Mundo: a de futebol feminino. As grafiteiras aproveitaram para homenagear, nos muros da Zona Norte de São Paulo, as atletas que estão no mundial da França. Na parede que também recebe o trabalho do grafiteiro Digão, o Comprido desenhou Phillipe Coutinho e Gabriel Jesus, as grafiteiras ilustrastraram imagens alusivas às jogadoras que representam o Brasil na Copa.

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Atuando no grafite há pouco mais de três anos, a artista Clara Leff já tem trabalhos fora do Brasil e mostra seu traço ao homenagear as atletas do futebol feminino. "Me chamaram para pintar este painel e propus que fosse com mais duas artistas de traços completamente diferentes dos meus. Acho importante fazer essa união de mulheres para homenagear outras mulheres", conta ela, que uniu artistas, agências de publicidade e uma fabricante de tintas não só para exaltar o espaço das mulheres no futebol como também na vida cotidiana de seu segmento. "O movimento hip-hop em geral é muito machista então para mulheres fica ainda mais difícil. Cada dia que percebo que estou conseguindo conquistar esse 'espacinho' é uma sensação maravilhosa, mas é sempre uma luta diária, de muita força", complementa.

Convidada por Clara para compor o time que ilustrou o painel em homenagem ao futebol feminino do Brasil, a artista e educadora de arte Afolego avalia a importância do espaço aberto para dar mais visibilidade às esportistas. "A ideia é que esse mural incentive a todos para que pintem as ruas e torçam pela nossa seleção feminina, como sempre é feito na copa masculina", comenta. "Mantenho meu discurso alinhado ao movimento feminista. Vivemos numa sociedade patriarcal, e eu fico imensamente feliz quando as pessoas se identificam com meu trabalho", complementa.

O painel ilustrado pelas grafiteiras está exposto na Rua Jerônimo Souto Maior, 346, Vila Brasilândia, São Paulo – SP.

Cedella Marley, de 51 anos, tem um sobrenome conhecido no mundo da musica. Filha de Bob Marley, Cedella tem gostos parecidos com o do seu pai. A musica e o futebol. E foi graças a ela que a seleção jamaicana de futebol feminino chegou ao seu primeiro mundial.

Depois de receber um folheto pedindo ajuda as “Reggae Girlz”, Cedella, que é embaixadora global do futebol feminino na Jamaica, demonstrou vontade de ajudar e ao conhecer a difícil situação financeira vivida pelas atletas que buscavam patrocínio decidiu então colocar a fundação Bob Marley como marca principal na camisa da seleção.

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“As meninas saíram de praticamente uma situação de extinção para alcançar marcas históricas. A história é definitivamente feita daquilo que se fazem os sonhos, e é por isso que eu sinto como se fosse um filme da Disney, que, antes, esperava para acontecer. E, agora, está acontecendo”, disse ao globoesporte.com.

Cedella lembrou do amor que o seu pai tinha pelo futebol. Se não fosse um dos maiores cantores e o maior difusor da consciência rastarafi, é bem provável que Bob tivesse seguido carreira de jogador de futebol.

“Meu pai amava futebol. Ele sempre me dizia que se não fosse músico, teria sido jogador. Eu acredito que ele esteja feliz e ansioso para ver as Reggae Girlz fazendo história, e orgulhoso da sua família e sua fundação, por serem responsáveis por isso“, completou Cedella.

A Jamaica estreia na Copa do Mundo de futebol feminino da França no dia 9 de junho, às 11h, contra o Brasil.

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